História Stand Squad - Uma história de JoJo - Invasão

Cidade B, 19:04.

A cidade B costumava passar por momentos de paz. Sendo uma das cidades com maior nível de segurança por estar bem próxima da associação de heróis, foram poucos os momentos em que ela foi atacada por alguma calamidade monstruosa desde a sua construção. E assim, seus cidadãos seguem suas vidas tranquilas, sempre sabendo que os heróis estarão lá para salvá-los quando possível...

Um táxi seguia seu caminho pelas tumultuadas ruas da cidade enquanto eram vistos vários pedestres caminhando. As luzes das lojas e dos edifícios deixavam tudo mais iluminado, ao mesmo tempo que se notava que boa parte daquelas pessoas estavam voltando para suas casas após um longo dia de trabalho. O motorista do táxi demonstrava uma grande felicidade no rosto e fazia algumas observações para sua passageira, provavelmente querendo deixar a viagem um pouco mais agradável:

- Já faz uns 4 meses desde a última vez que essa cidade sofreu um ataque de monstros... e adivinha? Tudo está normal mais uma vez, como se nada tivesse acontecido. Graças aos grandes avanços da engenharia, nem dá pra perceber que um gigante passou por aqui e saiu pisando em tudo. Eu lembro bem porque estava lá... E pode ter certeza que foi terrível. Mas pra nossa sorte, os heróis sempre estão ativos e prontos pra nos ajudar. Bastou um único soco e aquele gigante foi arremessado longe, acabando com seu rastro de destruição. Os jornalistas disseram que o responsável foi King, o herói de Classe S que chamam de homem mais forte do mundo. Só de saber disso, eu fico extremamente feliz! É por isso que adoro heróis e posso me considerar um fã de carteirinha deles. E você, qual a sua opinião sobre eles? Aposto que deve amá-los também!

Olhando pelo retrovisor, ele notou que a mulher no banco de trás estava mexendo no celular, como se não estivesse dando a mínima:

- Oi? Ah, sim, sim... Eu não sei qual a minha opinião sobre esse assunto bem interessante. Moço, será que ainda vai demorar muito pra chegarmos?

Abaixando um pouco a cabeça, o motorista respirou fundo e demonstrou certa frustração com aquela pergunta:

- Não, já estamos quase lá... Eu vou só dobrar a esquina e chegamos ao seu destino.

O táxi fez a manobra rapidamente, enquanto aquela longa viagem havia chegado ao fim. Parando um pouco para esticar os dedos, o motorista tentou se despedir de sua passageira:

- Bem, parece que chegamos. Pelo monitor aqui, deu apenas 327¥. Se o dinheiro estiver trocado eu agradeço muito! Espero que a viagem tenha sido ótima pra você e que tenha aproveitado para...

Enquanto estava falando, a mulher bateu a porta do táxi, saindo do veículo sem sequer se despedir e agradecer. Contudo, ela havia deixado o dinheiro no banco, sendo logo pego pelo motorista:

- Ganhei até um pouco mais... Mas do que isso importa? Sinto que não estou mais agradando ninguém com as minhas histórias sobre heróis...

Fechando um pouco os olhos, ele bateu a cabeça levemente no volante três vezes, como se estivesse amargurado com sua atual situação:

- Ah, mas que merda... O quê que eu preciso fazer pra agradar esse povo? Parece que ser feliz, alegre e falador não está sendo o suficiente. Como que ainda existem pessoas que não gostam de ouvir histórias sobre heróis? Eu não consigo entender isso!!!

Enquanto o taxista afundava cada vez mais em sua amargura, uma voz fria e direta surgiu no banco de trás:

- Nos leve para a associação de heróis...

Tomando um grande susto, o motorista quase pula da cadeira quando olhou no retrovisor e havia dois homens extremamente sérios e misteriosos sentados no banco de trás:

- Nossa, que susto foi esse?! Eu quase tive um infarto. Desculpem, mas eu nem vi quando vocês entraram. Estava um pouco distraído e... Espera, você disse Associação de Heróis? Então quer dizer que vocês são heróis mesmo?! Nossa, eu nem acredito nisso! Sabe, eu adoro muito o trabalho de vocês e podem ter certeza que é uma honra levar vocês no meu táxi! Muito prazer, o meu nome é Steve.

Estendendo sua mão para trás, o motorista tentou cumprimentar os dois, mas acabou sendo completamente ignorado. Enquanto Dio mantinha os dedos cruzados e o seu semblante calmo de sempre, Pucci cruzava os braços e apenas continuava olhando para o lado de fora. Estranhando um pouco o comportamento dos dois, o motorista recolheu a mão e imaginou que ambos poderiam estar muito cansados da rotina diária:

- O dia deve ter sido difícil, hein. Eu estou sabendo que tem muitos ataques de monstros ocorrendo recentemente. Vocês devem ter muito trabalho pra ficar indo atrás deles toda hora, não é? Aliás, olhando mais perto, não estou lembrando de ter visto vocês do guia de heróis. São de qual classe? Não que isso importe, é claro! Pra mim, todos os heróis tem a mesma importância, afinal vocês arriscam suas vidas todos os dias pra salvar trabalhadores como eu. Ah, e antes de mais nada, qual vai ser a forma de pagamento? Pode ser dinheiro ou cartão se quiserem...

Enquanto estava falando e marcando a rota no seu monitor, o motorista sentiu um forte puxão em sua cabeça. Sem entender o que havia acontecido, ele notou um líquido vermelho escorrer em sua camisa e uma forte dor surgir na região do ouvido. Dio havia arrancado sua orelha como se estivesse rasgando um pedaço de papel:

- AHHHHH!!!! QUE MERDA FOI ESSA?!! POR QUÊ VOCÊ FEZ ISSO?!!

Em Pânico e com muita dor, ele usou as duas mãos para pressionar o ferimento enquanto gritava dentro do carro. Dio então respondeu com tranquilidade:

- O seu pagamento vai ser sua vida. Se não calar essa boca e começar a dirigir, você morre...

Percebendo agora que não se tratavam de heróis, o motorista logo soltou o cinto e tentou correr para longe do carro:

- VOCÊS SÃO É MALUCOS, ISSO SIM! SOCORRO!!! ALGUEM ME AJUDA!!!

Assim que colocou o corpo todo para fora do veículo, o motorista se surpreendeu ao notar que estava sentado novamente no banco da frente, com o cinto colocado e a porta fechada:

- Hã?!! O que aconteceu?!

Mais uma vez ele tentou o mesmo processo, só para voltar para o banco novamente. Parecia que o tempo estava voltando e ele não fazia a menor ideia do verdadeiro motivo:

- M-Mas... M-Mas... Eu tinha saído do carro... O-O que é... isso?!

Foi nesse momento que Pucci resolveu falar:

- De acordo com a bíblia, todos os homens tem um propósito em vida. Propósito esse que deve ser concluído para que eles alcancem a verdadeira felicidade... Nesse momento, o seu propósito é nos guiar até a Associação de Heróis. Se fizer isso, você receberá a retribuição divina.

Após ouvir aquelas palavras e perceber que não conseguiria escapar nem se quisesse, o motorista tentou manter a calma em meio àquela loucura:

- E-Eu... E-Eu... V-Vou fazer o que querem... M-Mas por favor... N-Não me matem... E-Eu tenho família...

Puxando a marca e pisando no acelerador, o taxista manobrou o veículo e seguiu rumo à associação. Com muita velocidade e atravessando vários sinais vermelhos, o motorista começava a perder um pouco da sanidade por conta do medo:

( Eu vou morrer... Eu vou morrer... Não, eu não vou... Só preciso levar eles... Levar eles pra associação... Sim, eles vão me deixar vivo... Só preciso levar... Levar pra associação...)

Enquanto isso, Pucci e Dio estavam satisfeitos com o progresso de seu motorista. Foi aí que o padre Indagou:

- Dio... Estamos bem próximos de alcançar nosso objetivo aqui. Ainda acha que Valentine vai ficar em nosso caminho?

O vampiro soltou um riso debochado e respondeu:

- Não só acho como tenho certeza disso. Porém, ele é esperto o suficiente para saber que não pode lutar contra nós dois. Levando isso em conta, certamente ele esperará recuperarmos o cubo para dar as caras... E é aí que vamos nos livrar dele. Nós temos a vantagem de saber como parte da sua habilidade funciona. O resto vai ser simples de descobrir e, com apenas um uso do meu The World, ele sucumbirá de uma vez por todas...

Pucci notou que, enquanto Dio falava, tudo parecia ser bem mais simples do que o esperado. Isso passava ainda mais confiança para ele, deixando claro que seu amigo não temia perigo algum:

- Isso só mostra o quanto o seu destino é forte, Dio. Uma pena que seus filhos não tenham tido a mesma força de vontade para se manterem vivos...

De repente, Dio virou seus olhos, parecendo demonstrar um pouco de interesse no assunto:

- Filhos? Você nunca mencionou nada sobre isso.

O padre continuou:

- Não achei que fosse necessário mencionar, mas já que toquei no assunto, irei até o fim. Durante o meu plano para alcançar o Céu, a filha de Jotaro Kujo foi uma grande pedra no meu sapato. Para me livrar dela, eu usei o poder da gravidade para atrair três homens até mim... Seus Filhos Ungalo, Rikiel e Donatello. Afinal, apenas os herdeiros do seu sangue seriam capazes de me ajudar naquele momento. Sem nenhum propósito na vida e incapazes de usar seus stands, eu os convenci e mostrei o caminho que deveriam seguir... E em troca, eles me ajudariam a eliminar Jolyne Cujoh. Eu só não esperava que aquela garota tivesse um destino bem mais forte do que todos eles. Um a um, os seus filhos foram derrotados, mas o sacrifício deles me trouxe até onde estou agora.

Ouvindo até o fim, Dio abriu um certo sorriso no rosto e respondeu:

- Ho... Eu não esperava por isso. Apesar de passar a noite com tantas mulheres enquanto estive no Egito, seria lógico algum dia surgirem herdeiros da minha linhagem. Porém, saber que a filha de Jotaro acabou com eles deixa um gosto amargo na minha boca. Se a minha linhagem não foi capaz de parar os Joestar, então eles são inúteis!

Pucci tentou amenizar a situação:

- Eu concordo com isso, mas lembre-se que a sua linhagem não é limitada à apenas aqueles três. Quem sabe não exista um outro que represente melhor o seu sangue. Um filho que fosse capaz de chegar ao seu nível em questão de poder e conseguisse superar qualquer adversário. Esse sim poderia ser o seu maior orgulho, Dio. Pense nisso...

Um pouco indiferente, Dio ficou calado por alguns segundos e logo respondeu:

- É... Quem sabe.

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Cidade R, 19:15.

- Bushi!! Kama!! Venham aqui!!

Em um beco isolado da cidade R, Os três discípulos do Samurai Atômico continuavam sua busca por Yoshikage Kira. O vilão havia deixado rastros de sangue por onde passou e isso deixava tudo mais fácil. Iaian passou um dos dedos no chão para sentir a viscosidade do líquido:

- A mancha de sangue ainda está fresca e segue pro norte. Estamos à 5 minutos de alcançá-lo, então vamos continuar...

Apressando o passo, eles continuavam seguindo a trilha de sangue enquanto Bushidrill se questionava:

- E quanto àquele homem loiro que estava com ele quando o encurralados? Não sei como, mas ele simplesmente sumiu quando eu tentei atacá-lo. Se eles forem parceiros, não devíamos estar preocupados em procurar pelos dois?

Okamaitachi comentou:

- Fubuki não comentou nada sobre aquele outro cara. Mas se eles forem aliados mesmo, aposto que vão se reunir em breve. Achando o Kira, nós achamos o outro. Pelo menos vou ter uma outra chance de ver aquele rostinho bonito de novo.

Ouvindo as palavras dos dois, Iaian Indagou:

- Nosso foco agora é pegar Yoshikage Kira. Ele se mostrou perigoso demais para continuar vivo. Sendo um monstro ou não, vamos ter que enfrentá-lo. Estejam prontos...

Com ambos acenando a cabeça, os três continuaram correndo por alguns minutos até se depararem com uma grande fábrica de alimentos. Era o único edifício para onde as marcas levavam, então os heróis logo perceberam que o vilão provavelmente estava escondido lá:

- Já escureceu, então ele deve imaginar que se esconder é melhor do que continuar fugindo. As marcas de sangue seguem pra lá, então vamos entrar e procurá-lo.

Andando em passos silenciosos, os três chegaram à entrada da fábrica, que teve suas portas derrubadas, já indicando que ele estava dentro do local. Sacando suas espadas, os três espadachins adentraram rapidamente enquanto deixavam sua guarda alta. No interior da fábrica, haviam grandes caixas de madeira cobertas por lonas azuis em todo local. Haviam poucas janelas na parte superior da estrutura, enquanto que a iluminação do local estava bastante avariada, dificultando ainda mais a busca pelo vilão:

- Ele preparou o ambiente. Provavelmente quer nos emboscar e finalizar um por um. Fiquem juntos e vigiem o ponto cego de cada um.

Com uma formação bem estratégica, eles começaram a caminhar pelos corredores entre as grandes caixas, tendo a sensação de estarem sendo observados. Seus olhos se moviam para todas as direções, buscando encontrar Kira. Foi aí que Bushidrill notou uma pequena poça de sangue próximo de uma das caixas um pouco mais à frente. Com um sinal de mão, todos conseguiram ver e analisar que o vilão estava se escondendo atrás daquela caixa. Iaian então sussurrou:

~ Lembrem-se que ele está ferido. Eu e Kama vamos pelas laterais e você derruba a caixa. Assim que ele estiver sem cobertura, faremos um ataque em pinça.

Formulada a estratégia, os três se dividiram enquanto Bushidrill preparava sua grande espada broca. Um golpe seria o bastante para derrubar a caixa e ainda atingir Yoshikage Kira se fosse rápido o bastante. Caso algo desse errado, ele ainda teria o suporte dos outros dois para finalizar o oponente. Assim que se posicionaram, Iaian balançou a cabeça em sinal para que seu amigo iniciasse a investida. Sem perder tempo, Bushidrill segurou firme sua arma e correu na direção da caixa. Tanto ela quanto a lona seriam destruídas e abririam o campo de visão para um golpe efetivo:

- Drill Soul!!!

Com toda a sua força, o espadachim atingiu o ataque e quebrou a caixa em diversos pedaços enquanto a lona se rasgava no meio. Com um rápido vislumbre, Bushidrill observou que havia a silhueta de um homem de olhos verdes o encarando. Não era possível ver seu rosto completamente, mas estava claro de que era o inimigo só por conta de sua presença maligna:

- Aí está você!! É apenas um inimigo!

Balançando sua espada, o herói tentou um golpe rápido e poderoso contra o torso do vilão, vendo que o mesmo seria incapaz de desviar daquela distância. Quando o atingiu, Bushidrill notou que havia algo errado. Sua espada broca tocou em um objeto sólido e resistente, que ele logo reconheceu como sendo sua própria espada broca. A silhueta que estava na sua frente também mudou de aparência e se tornou um reflexo dele mesmo, como se a pessoa que estava se escondendo ali esse tempo todo fosse ele:

- O... O quê? Sou eu...

Subitamente, ele havia trocado de lugar com o seu reflexo, ainda sem entender o que estava acontecendo. Esse momento de distração e confusão foi o suficiente para que Bushidrill sentisse uma grande força preencher seu peito e atravessá-lo com extrema facilidade:

- Ugh!

Ao olhar para baixo, era possível ver um musculoso braço carmesim com tons de branco enfiado em seu peito. O inimigo estava atrás dele e foi responsável por atacá-lo tão repentinamente:

- O que você acabou de ver foi um vislumbre do seu eu do futuro. Esse é o poder... do meu King Crimson.

Atrás de Bushidrill estava agora Diavolo, que usou de suas habilidades para desferir aquele golpe crítico contra o herói usando o seu poderoso Stand King Crimson. Demonstrando estar completamente recuperado, o vilão estava ali para ajudar seu aliado Yoshikage Kira a se livrar dos heróis:

- Não importa quem é você... Qualquer um que ficar no caminho de um rei será apagado.

Cuspindo sangue pela boca e deixando sua espada broca cair ao chão, Bushidrill começava a entender o que estava acontecendo. Só não imaginava que o poder do inimigo estava além das suas expectativas:

( Que força absurda... Ele está em um nível completamente diferente... De nós...)

Afiando os olhos e mantendo a consciência, Bushidrill ainda teve fôlego para agarrar o braço de King Crimson que estava atravessado em seu peito e segurá-lo com força para não deixar que o mesmo escapasse:

- AGORA!!! ACABEM COM ESSE DESGRAÇADO!!!

O grito ecoou pelo local, chamando a atenção de Diavolo e o surpreendendo um pouco:

( Ele ainda consegue ter tanta força mesmo após receber um golpe fatal como esse?)

Nesse momento, Iaian e Okamaitachi que estavam esperando o sinal, avançaram de forma tão rápida que já estavam ao lado de Diavolo, mirando suas lâminas no corpo dele durante o movimento. Seria um ataque em conjunto que certamente atingiria o vilão sem qualquer chance de esquiva:

- Morra!

- É o seu fim!

O vilão de cabelos rosados percebeu o ataque e, com tranquilidade na voz, exclamou:

- King Crimson!

Com um lapso carmesim, o cenário ao redor dos quatro começou a se desmantelar, enquanto o vazio do espaço sideral cercado de estrelas tomava forma. Os movimentos dos heróis estavam mais lentos, porém eles continuavam a se mover. Suas lâminas passaram pelo corpo de Diavolo como se ele fosse intangível, enquanto o vilão começava a observar tudo e comentar:

- Eu consigo ver seus movimentos. Com a habilidade do meu King Crimson, o tempo desse mundo desaparece...

Enquanto falava, Diavolo caminhava calmamente pelo local, buscando o melhor ponto para realizar seu próximo ataque. Iaian e Okamaitachi realizaram mais dois ataques no vazio e então puxaram Bushidrill já ferido para longe. Tudo isso acontecia enquanto a habilidade do Stand estava ativa e iria durar pelos próximos 10 segundos:

- Nenhum de vocês terá consciência dos movimentos que fizeram neste mundo. Somente eu posso reagir aos seus movimentos no mundo onde apenas os resultados serão mantidos. Sim, eu posso ver todos eles... Essa é a verdadeira Habilidade do meu King Crimson!

Explicando mais diretamente, enquanto a habilidade do seu Stand estivesse ativa, Diavolo se tornava intocável e ainda conseguia ver tudo que seus adversários iriam fazer nos próximos 10 segundos. Com essa informação, bastava apenas que ele procurasse um ponto estratégico e aguardasse a habilidade terminar. Assim, realizar um golpe indefensável no oponente que não fazia a menor ideia do que estava acontecendo se tornaria tão fácil quanto respirar:

- Agora... Pereça diante do meu poder invencível.

Ficando bem atrás de Iaian, Diavolo ergueu o braço do seu King Crimson, apenas esperando para atacá-lo quando fosse possível. Terminado isso, só sobraria um oponente de pé contra ele. O lapso carmesim se desfez de uma vez e o mundo voltou ao normal. Iaian arregalou os olhos ao sentir uma presença intensa atrás de si e então, Diavolo balançou o braço para baixo. Quando o golpe estava prestes a acertar, o herói conseguiu se esquivar na última hora para frente, sofrendo apenas um leve corte no ombro. Apesar de só ter um braço, Iaian demonstrou bastante agilidade para algo que parecia impossível de escapar. Diavolo então disse:

- Impressionante... Como você conseguiu evitar o meu ataque?

O espadachim se manteve de pé e encarou o vilão enquanto respondia:

- Achou que eu não conseguiria sentir sua sede de sangue? Quem é você? Onde está Yoshikage Kira?

Diavolo ficou parado por alguns segundos enquanto o encarava. Ao seu lado, King Crimson se mantinha ativo e também observava o herói. Enquanto isso, era possível ouvir a voz de Okamaitachi, que estava tentando ajudar Bushidrill:

- Iai! Ele não está respirando direito! Acho que o ferimento atingiu o pulmão! Precisamos de um médico pra cuidar dele!

A situação estava um pouco crítica para os heróis. Iaian sabia que fugir agora daria a oportunidade para que Kira escapasse e, ao mesmo tempo, era improvável que esse novo inimigo os deixasse ir embora assim tão fácil:

( Tem algo de errado aqui. Bushi não seria atingido por um ataque assim tão facilmente... )

- Kama! Quero que você leve ele pra um lugar seguro. Eu vou te dar cobertura.

Foi então que, nesse exato momento, uma segunda voz surgiu naquele lugar:

- Como se eu fosse permitir isso...

Todos olharam para trás e viram que Yoshikage Kira havia surgido. O vilão ainda estava ferido, porém se comportava como se nada tivesse acontecido. Ele carregava uma mão decepada consigo, ao mesmo tempo que se encostava em uma das caixas. Ao percebê-lo, Iaian gritou:

- Yoshikage Kira!!

Enquanto isso, Okamaitachi admirava a beleza do vilão, tentando resistir aos seus impulsos:

( Ele é... Tão gostoso... Não, pára! Ele está tentando me seduzir...)

- Eu vou resistir! Ele não vai conseguir o quer!

Por último, Diavolo se mostrou incomodado com a presença de Kira naquela batalha:

- Pensei que estivesse descansando. Eu disse que cuidaria deles quando chegassem aqui...

O Serial Killer então respondeu:

- E perder a diversão? Preciso descarregar o meu ódio e frustração em alguém... E eles são as pessoas perfeitas para isso.

Diavolo fechou os olhos lentamente e Indagou:

- Se é o que você quer, quem sou eu para impedir...

Com a situação meio fora de controle e com um de seus amigos gravemente ferido, Iaian tentava pensar em um plano para lutar e, ao mesmo tempo, ajudar Bushidrill:

( A situação está difícil... Nós sabemos um pouco sobre Kira, mas não fazemos a menor ideia de quem é esse outro cara. Seria um monstro da associação dos monstros? )

Nesse momento, Bushidrill gritou:

- Iai!! Kama!! Se mantenham fortes... Eu... Eu aguento... Apenas acabem... Com esses desgraçados...

Com uma tosse forte e os ferimentos ainda abertos, o espadachim não conseguia se mexer e tentava como último recurso fortalecer o espírito dos seus aliados. Iaian então exclamou:

- Ele tem razão! O mestre nos deu liberdade para agir sozinhos. Agora, é hora de atender às expectativas!!

Desembainhando sua espada, Okamaitachi também se mostrou confiante e pronta para o combate:

- Pode descansar agora, Grandalhão. Nós vamos resolver isso...

Diavolo encarava Iaian e Kira trocava olhares com Okama, deixando claro que a batalha ali seria extremamente difícil, mas que somente um lado iria ser o vencedor...

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Sede da Associação de Heróis, 19:32.

Alguns minutos após deixar a cidade B, o táxi onde Dio e Pucci estavam atravessou uma das pontes que levavam até a associação. Havia um grande deserto abaixo deles, onde antigamente se localizava a cidade A. Depois de cruzar todo o caminho, eles pararam em uma guarita que ficava próxima de um grande portão. Dio logo notou isso e comentou:

- A hora chegou...

Pucci olhou para fora e notou que haviam alguns guardas bem armados vigiando o portão:

- A segurança é reforçada, mas nada que nós não possamos lidar.

Então, um guarda se aproximou do veículo com uma lanterna e falou com o motorista:

- Documento, por favor.

Ele então estranhou ao notar que o motorista estava completamente fora de si:

- Sim... Sim... Eu vou levar... Levar pra associação... A associação... Nós... Nós chegamos... Chegamos na associação...

O guarda o questionou mais uma vez:

- Ei, o que há com você?! Me mostre logo sua identificação!

A porta traseira do carro se abriu, enquanto Dio saía de lá bastante extravagante com sua capa vermelha. Notando isso, o guarda tentou manter a ordem:

- Senhor, por favor! Volte pro veículo. Precisamos averiguar a sua...

A mão de Dio segurou o rosto do homem subitamente, fazendo tanta pressão que acabou por esmagar o crânio dele em vários pedaços, matando-o instantaneamente:

- Você pode tirar o dia de folga.

Da mesma forma, o padre Pucci saiu do carro, olhando para os arredores enquanto dizia:

- Imagino que você vai dar um jeito naquele portão, Dio. De qualquer forma, os verdadeiros obstáculos são os heróis que estão lá dentro...

Dio sorriu maliciosamente e respondeu:

- Sim... Apenas me dê 15 segundos.

Todos os guardas que estavam na entrada notaram a movimentação estranha na guarita e logo sacaram suas armas de fogo:

- VOCÊS AÍ!!! PARADOS!!!

Dio fechou os olhos e parou de andar, demonstrando uma postura desleixada ao cruzar os braços. Enquanto isso, Pucci também não se movia, mas já era visível que os ponteiros do seu relógio estavam girando em velocidades incríveis. Nesse momento, o Stand de Dio surgiu em sua frente, fazendo todos os guardas se assustarem e começarem a disparar suas armas contra os dois. Foi aí que o vampiro gritou em voz alta para todos:

- ZA WARUDO!!! TOKI YO TOMARE!!!

O Stand dele começou a liberar uma energia enquanto o fluxo de tempo desacelerou. Um som de relógio parando também podia ser escutado, até que, finalmente, o tempo parou para tudo e para todos. Somente Dio e seu Stand poderiam se mover pelos próximos 15 segundos:

- O poder para dominar o mundo é meu...

Com sua força sobre-humana, o vampiro segurou o táxi com as duas mãos e o ergueu no ar. O taxista ainda estava dentro do veículo, porém isso não fazia diferença para Dio. Pegando impulso com os pés, o vampiro pulou e então arremessou o veículo contra o portão, fazendo o impacto ser reduzido por conta do tempo parado. Mas ele não havia terminado ainda. Com toda a sua força e velocidade, Dio correu até o local do impacto, passando por todos os guardas e suas balas congeladas no ar, até ativar seu Stand e começar a socar o táxi e o portão com intensa brutalidade e agressividade:

- MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDA MUDAAA!!!!

Os impactos absurdos fizeram o grande portão negro ser arrebentado e totalmente avariado, enquanto o táxi foi completamente esmagado pelos poderosos socos do The World. No fim, tudo que Dio precisava fazer era esperar mais alguns segundos:

- Mais 4 segundos... Três... Dois... Um... Zero...

O fluxo de tempo foi restabelecido, enquanto o portão era derrubado ao chão e uma grande explosão causada pelo táxi acontecia atrás dos guardas. Nesse momento, Pucci apenas passou por cada um deles enquanto cortava suas gargantas com as mãos por conta da extrema velocidade em que se encontrava. No fim, uma nuvem de fumaça subiu e através dela, Dio e Pucci caminharam juntos pela entrada destruída de uma forma bem estilosa:

- Wryy...

Enquanto isso, dentro da sala de operações, os administradores começaram a receber imagens do ataque que estava acontecendo:

- Sr. Sitch! Tivemos uma falha na segurança do portão oeste que leva para a cidade B. Aparentemente dois monstros estão destruindo nosso sistema de defesa e vindo em direção à base!

Sem entender nada, o secretário principal chegou à sala e logo ordenou:

- Mostre as imagens!

Assim, a operadora começou a passar no monitor algumas gravações das câmeras de segurança da ala oeste. Em todas elas era possível ver Dio e Pucci em ação pelo local, destruindo diversos veículos militares e matando vários agentes de segurança:

- Isso não pode estar acontecendo... Rápido, ecoem as sirenes de evacuação do setor Oeste imediatamente. Diga para todos que não forem heróis de Classe A ou superior evitarem o confronto direto contra esses indivíduos.

- Sim, senhor!

Enquanto faziam os preparativos para evitar o confronto, o herói de Classe S Garoto imperador adentrava na sala de operações com um pirulito na boca:

- Eu devia ter esperado por isso. Só não achei que eles seriam tão audaciosos em nos atacar diretamente aqui.

Sitch usou um lenço para limpar sua testa suada de preocupação, ficando mais aliviado em ver que ainda havia heróis de Classe S na base:

- Acha que eles tem alguma coisa a ver com o assassino de heróis ou a associação de monstros?

Retirando o pirulito da boca, o herói comentou:

- Não é a primeira vez que os monstros mandam emissários até nós. Mas acho que se quisessem destruir a base da associação, apenas dois monstros não seriam o suficiente. Tem algo a mais nessa história que não está me cheirando bem...

Após dizer isso, o garoto ajeitou a mochila nas costas e então caminhou na direção da saída. Antes de deixar o recinto, ele pediu:

- Darkshine e Flash Flashy ainda estão aqui na base. Eu vou me juntar a eles para dar suporte e acabar com esses invasores. Mantenho contato quando for possível!

Assim, o herói saiu do local, deixando todos ali com esperança de que tudo aquilo iria acabar em breve. Sitch suspirou um pouco e disse:

- Parece que a guerra começou...

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Em uma sala completamente branca e vazia, um homem de cabelos loiros analisava uma prancheta com o olhar concentrado sem qualquer pressa. Se tratava de Draken, a entidade responsável por reviver os vilões de JoJo. Em sua frente, também se encontrava outro homem com o olhar sério, usando um colete sem mangas de cor roxa. Era o ex-presidente dos Estados, Funny Valentine. A reunião entre os dois parecia ser bem importante. Depois de um tempo analisando a prancheta, Draken disse:

- Bem, bem... Você pode começar a explicar o motivo de ter pedido uma audiência comigo? Por que não me conta o que está acontecendo com nossos queridos vilões e aliados?

Apoiando o rosto com uma das mãos, Valentine começou a falar:

- Não está muito diferente do que você imaginou. Kars foi em busca de poder e não tenho notícias dele há três dias. Tentei acabar com Kira e Diavolo, mas fui atrapalhado e tive que recuar. Mesmo assim eles não oferecem tanto risco quanto Dio e Pucci, que certamente já estão indo atrás do Cubo e vão recuperá-lo em breve. Tentei atrasa-los um pouco, mas nada tão efetivo assim... E como eu não pretendia partir para o confronto direto até que eles recuperassem o cubo, tenho minhas dúvidas se posso acabar com os dois de uma vez quando essa hora chegar.

Draken ouviu atentamente aquelas palavras e então se levantou, começando a andar ao redor de Valentine:

- Funny Valentine... 23° Presidente dos Estados Unidos. Sabe por quê eu te escolhi dentre todos os outros? Eu poderia ter escolhido Kars por conta de sua inteligência absurda e poderes fora do comum. Poderia ter escolhido o padre Pucci por conta de seu Stand absurdamente rápido ou até mesmo Dio Brando por conta de sua capacidade e sagacidade em manipular pessoas, sem falar que ele consegue parar o tempo. Mas não... Eu escolhi você porque temos interesses e formas de agir bem parecidas. Como costuma dizer, suas ações nunca foram voltadas para interesses próprios ou egoístas, diferente dos outros. Elas são apenas dedicadas à justiça e ao seu povo. Da mesma forma, eu também busco a justiça de um jeito que você seria incapaz de entender... E a única maneira de realiza isso seria conseguindo aquele Cubo. Por isso você foi escolhido por mim como um agente infiltrado entre todos os vilões. E na minha opinião, você é o único em quem confio e que merece voltar ao seu mundo para concluir seus objetivos.

Após ouvir o discurso da entidade, Valentine revirou os olhos e respondeu:

- Grandes mentes pensam igual... Mas apenas palavras não são o suficiente para me ajudar. Como você pretende fazer isso na prática?

Com um leve sorriso, Draken estalou os dedos, fazendo com que a parede branca atrás de Valentine se abrisse. De lá, alguns passos puderam ser escutados, o que fez o presidente se virar. Dois indivíduos misteriosos haviam entrado na sala, com olhares obscuros como se não estivessem conscientes. Draken então Indagou:

- Eu já imaginava que você não daria conta daqueles dois sozinho. Por isso tomei a liberdade de recolher parte da alma desses dois homens para conseguir trazê-los até aqui.

Analisando minuciosamente os indivíduos, Valentine comentou:

- Eles são usuários de Stand...

A entidade aproveitou para reafirmar:

- Sim, eles são. E bem poderosos, por sinal. Eu fortaleci os corpos deles assim como fiz com vocês, mas eles não terão consciência de suas ações e nem do que está acontecendo. Serão como duas máquinas que foram programadas apenas para receber suas ordens. Com eles ao seu lado, garanto que você terá mais chances de vencer qualquer um e obter o cubo...

Satisfeito com aquele suporte, Valentine alisou seus cabelos e, com mais confiança agora, confirmou:

- Eu já tive vários empregados trabalhando para mim, mas acho que nenhum deles demonstrou tanta ameaça e poder quanto esses dois. Agradeço pela ajuda e em breve, estarei de volta com o cubo...