Capítulo 3
(Mary)
São 6:42 am, estou deitada na cama encarando meu despertador, esperando que ele marque 7:30 am para que eu possa levantar. É uma das coisas mais bizarras ao meu respeito. Eu sempre acordo antes do despertador mas permaneço deitada até que ele toque.
Quando finalmente ele começa a tocar eu o desligo e levanto da cama e vou direto para o banheiro. Tomo meu banho e faço minha higiene matinal. Vou até o armário para escolher minha roupa, é uma das minhas atividades favoritas, montar meus looks. Visto uma calça jeans clara, com uns leves rasgos na barra, visto uma blusa branca de manga cumprida, que é de um tecido leve e quentinho. Calço minha bota preta de cano curto e separo meu sobretudo num tom bege mais escurinho, eu nunca consegui definir direito a cor desse sobretudo, o fato é que sou apaixonada nele, comprei num daquele bazares maravilhoso que tem aqui em Londres.
Volto para banheiro para secar o cabelo, colocar meus anéis e faço uma make básica: máscara de cílios, blush, um delineado preto bem discreto e coloco meu protetor labial que tem uma corzinha rosada na bolsa. Já estou pronta para ir para o trabalho!
Desço as escadas e cumprimento o porteiro com um bom dia simpático. Hoje não está tão frio, sorte grande.
Eu já disse que ando muito a pé, mas normalmente vou para o trabalho de metrô, para evitar ficar toda bagunçada.
Eu trabalho na Editora Wessex,uma editora pequena mas que está em ascensão, sou responsável por revisar todo texto que chega na minha mesa, faço correções gramaticais e todo ajuste que for preciso para atribuir coesão e coerência aos textos. É um trabalho bem trabalhoso (rs), mas gosto muito do que faço, mas não posso cometer erros, primeiro que a etapa de revisar um texto é mega importante, segundo, que eu reviso textos que nem são da minha língua materna, terceiro, eu sou mulher e estrangeira e muitas vezes fica bem claro como sou indesejada por alguns colegas de trabalho.
O metrô está bem cheio, nem consegui um lugar para sentar, o lado bom é que meu trabalho fica a duas estações de onde moro, então é rapidinho.
Entro no prédio da editora e cumprimeno Fred, o porteiro, depois sigo em direção a minha sala, que é modesta mas me proporciona a privacidade necessária para trabalhar. Assim e sento na cadeira já vejo mil post-its grudado na tela do computador e uma pilha de papéis para serem lidos e analisados. Com certeza Christa, secretária de do Elijah esteve por aqui.
O dia passou voando, eu li tantos textos que já perdi a conta, quando olhei no relógio já era 17:30 pm. Já tinha passado meia hora do meu horário de trabalho, provavelmente eu sou uma ‘’workaholic’’.
Comecei a deixar minha mesa organizada, peguei meu sobretudo e minha bolsa e quando estava saindo da minha sala Christa me abordou.
Mary, Elijah quer te ver na sala dele agora mesmo - Essa mulher vivia com uma cara de entediada. Ela deveria ter uns 30 anos, mas ela vivia de cara feia e a fazia envelhecer uns 10 anos.
Okay, obrigada Christa. Estou indo lá agora mesmo - Digo forçando um sorriso. Eu só queria ir embora, mas Elijah vivia no meu pé. Ele era o supervisor geral da editora, o braço direito de Alexander Eastof, o dono da editora.
Assim que chego na porta de sua sala, antes de bater eu respiro fundo e me preparo para sorrir não importa o que aconteça, então dou uma leve batida. Então o ouço dizer:
Pode entrar.
Olá Elijah, Christa disse que você queria me ver… - Digo calmamente
Sim, eu pedi. Aqui está… - Disse me estendendo uma pasta preta e em todo momento ele nem olha para mim. Eu dou um passo para frente e pego a pasta de sua mão. Então ele finalmente levanta a cabeça e se dirige a mim.
Preciso que você leve essa pasta para Alexander, ele está no Hotel Corinthia - Diz voltando a encarar a tela do seu computador.
Phill não veio trabalhar hoje? - Perguntei corajosamente. Phill era responsável pela correspondência da editora, ele que levava os papéis para serem assinados etc.
Vejo que Elijah me encara super sério, como se eu tivesse falado um absurdo. Nesse exato momento meu corpo gela, e minhas mãos começam a suar.
Phill veio sim trabalhar, mas estou mandando que VOCÊ leve esta pasta até Alexander - Diz da maneira mais rude e amedrontadora possível.
Sim, desculpe. - Digo tentando parecer calma, mas por dentro estava desabando.
Agora já pode se retirar! - Diz já voltando seus olhos para o computador e fazendo um gesto com a mão para que eu saísse da sua sala.
Saí em completo silêncio, e meu coração palpitava absurdamente. Desde o primeiro dia aqui na editora, Elijah nunca me tratou bem, com certeza ele é um dos preconceituosos que não gostaria de uma mulher estrangeira trabalhando lá.
Saio da editora e pego um táxi para ir logo para o hotel levar a bendita pasta. Chego na porta do hotel, pago ao taxista e saio. Com certeza esse hotel é um dos mais lindos que eu já vi, era enorme,a fachada era belíssima e ao entrar eu fiquei de queixo caído. Com certeza era um hotel super luxuoso de 5 estrelas.
No lobby já estava meio perdida, tinham muitas pessoas circulando para todos os lados, Caminho em direção ao balcão para saber onde estava o Senhor Eastof.
Olá, tudo bem? Eu estou aqui para ver o Senhor Alexander Eastof, preciso entregar essa pasta para ele - Digo mostrando a pasta
Qual seu nome? - Diz a moça sorrindo
Mary, eu trabalho na editora Wessex, do Senhor Eastof - Antes que eu terminasse a minha frase ela já estava encarando a tela do computador
Certo, Senhorita Mary. Recebi o aviso de que a Senhorita viria para encontar o Senhor Eastof. Ele está no restaurante em uma reunião, vou pedir que Edward lhe acompanhe - Diz apontando para um rapaz uniformizado
Obrigada! - Digo e em seguida sigo Edward que lidera o caminho
Passamos por muitas pessoas, realmente o hotel estava lotado. Antes de chegar no restaurante tinhamos que passar na frente dos elevadores e no mesmo instante que eu passava por ali as portas se abrem e uma infinidade de pessoas começa a passar por mim. Eu tento desviar educadamente, mas aquelas pessoas com certeza deixaram sua educação em casa. Elas me atropelam me deixando perdida, quase rodopiando e quando tento sair daquele tumulto dou uma bela trombada em alguém que estava de costas. Minha bolsa e a pasta do Senhor Eastof vão direto ao chão.
Desculpa - Digo já me agachando para pegar minhas coisas no chão.
Tudo bem! - Escuto a voz me responder. Assim que levanto e ergo minha cabeça dou de cara com a última pessoa no mundo que imaginaria encontrar. Harry fucking Styles.
Eu fico muda mais uma vez então o vejo esboçar um sorriso e fazer uma cara engraçada ao me olhar.
Hey, eu conheço você - Diz apontando para mim. Eu sorrio e permaneço muda. - Por acaso você está me seguindo? - Ao ouvir aquilo eu fiquei ainda mais nervosa.
Nã.. Não, não - Digo nervosa - Não estou te seguindo, de jeito nenhum. - Digo apressadamente.
Tem certeza? Essa já a segunda vez que nos encontramos - Diz ele sorrindo brincalhão
Eu juro! Não estou te seguindo, eu estou aqui a trabalho - Digo mostrando-lhe a pasta em minhas mãos. Ele começa a ri. Com certeza eu paguei de idiota, mais uma vez.
Espero que não, pois seria estranho - Diz debochando de mim - Ou será que é um sign? - diz rindo
Of the times ? - Digo revirando os olhos - Ele imediatamente cai na gargalhada. Eu olho ao redor e percebo pessoas nos olhando e começo a ficar nervosa. - Meu Deus eu preciso entregar essa pasta logo
Essa foi muito boa - Diz sorrindo e balançando o dedo indicador - Eu apenas sorrio super sem graça
Bom, eu realmente preciso entregar essa pasta - Digo balançando o objeto na minha mão. - Foi legal te ver novamente… eu até pedia um autógrafo ou talvez uma foto dessa vez, mas to com pressa - Digo já me afastando e esbarrando mais em mil pessoas
Me encontra ali no bar depois que você terminar o que tem pra fazer e eu te dou o autógrafo - Diz sorrindo e indo embora
Antes que eu pudesse dizer algo ele já tinha se afastado. Fiquei imóvel até me lembrar da maldita pasta. Começo a caminhar mais uma vez em direção ao restaurante, e assim que localizo o senhor Eastof, percebo que está numa conversa super engajada e fico receosa se devo me aproximar ou não. Fico observando para ver se o ritmo da conversa diminui para que eu possa me aproximar. Mas eles não param nem para beber a água que estavam na frente deles. Alguns minutos se passam e eu começo a bater meu pé no chão freneticamente. Olho em direção ao bar e penso se ele ainda está por lá, me esperando. Será que ele estaria me esperando? Ou falou aquilo só por falar. De repente vejo uma movimentação e quando volto meus olhos para a mesa do Senhor Eastof ele estava acenando para que eu me aproximasse. Finalmente!
Caminho em sua direção e o cumprimento, e logo depois o homem que estava na mesa com ele.
Mary, muito obrigada! - Diz pegando a pasta - Phil não pode vir ? - Pergunta num tom simpático.
Ao contrário de Elijah, Senhor Eastof é muito simpático e amigável, ele me entrevistou “pessoalmente” por vídeo chamada, porque ainda estava no Brasil.
Não Senhor Eastof. Então Elijah achou melhor que eu viesse - Digo educadamente
Por favor, me chame de Alexander - Diz sorrindo - Eu lhe convidaria para um drink, mas nossa reunião aqui ainda está longe de acabar, não é mesmo Richard ?! - Diz rindo e apontando para homem sentado na sua frente.
Que isso Senhor East… quer dizer… Alexander. Muito obrigada, mas eu preciso ir para casa mesmo - Digo sorrindo sem graça
Me despeço dele e do homem que estava em sua companhia. Quando estava passando pelo bar, penso se seria ir até lá e tentar achá-lo, mas parece algo muito idiota de se fazer. Só por um autógrafo?...
Depois de muito pensar começo a caminhar em direção ao bar, mas não o encontro. Olho para todos os lados mas continuo sem o achar, então me viro para ir embora.
Mary! - A voz me interrompe. Quando me viro o vejo sentado numa mesa no canto com mais dois caras. Ele lembrou meu nome! Penso eufórica.
Caminho em sua direção e só o vejo sorrir. O sorriso dele tinha uma ligação direta com as minhas pernas, porque elas ficavam completamente bambas.
Assim que chego perto da mesma os dos caras que estavam com ele se levantam e passam por mim dizendo um oi. Fico meio perdida mas respondo rapidamente enquanto passavam por mim.
Pode sentar - Diz Harry apontando a cadeira em frente a dele
Não é necessário, eu não quero te incomodar - Digo completamente nervosa
Se não sentar não vou te dar um autógrafo - Diz com um sorriso quase malicioso. Se ele não fosse lindo e se não fosse o Harry Styles eu já teria dito um foda-se e ido embora. Odeio ser chantageada.
Mas eu prontamente me sento e coloco minha bolsa no colo.
Quer pedir alguma bebida? - Pergunta dando um gole no que parecia ser uma cerveja.
Não, obrigada! Estou de boa - Digo sendo simpática
Tem certeza? Você está com cara de que precisa de um drink - Diz debochando de mim mais uma vez
Obrigada, mas não sou de beber - Respondo mexendo nos meus anéis. Fazia isso quando ficava nervosa.
Não bebe nada ? Absolutamente nada ? - Diz curioso.
Bom, NADA, seria um exagero, mas realmente não sou de beber bebidas alcoólicas.
Eu também não - Diz rindo e bebendo sua garrafa que claramente era de cerveja. Ele estava mais uma vez tirando onda com a minha cara…
É, você não tem cara de que bebe - Digo erguendo as sobrancelhas e retribuindo o tom debochado. Ele apenas ri
Bom, onde você quer que eu assine? - Diz me olhando
Isso vai ser meio complicado, eu não tenho nada em que você possa assinar - Digo sem graça
Como não? - Diz rindo - Você quer um autógrafo e não tem onde eu possa assinar ? - Mais uma vez o tom debochado estava ali. Ele era pior que eu. Olho ao redor e só vejo guardanapo, vai ser isso mesmo. Já passei tanta vergonha… uma, menos uma, tanto faz.
Poder ser aqui ? - Digo pegando o guardanapo
Onde você quiser… - Diz pegando o guardanapo - Você tem uma caneta pelo menos ? - Ele sorri
Vamos torcer para que sim - Digo meio sussurrando e remexendo na minha bolsa. Finalmente encontro a caneta e o entrego. Ele assina então entrega o guardando e a caneta.
Aqui está!
Muito obrigada! Digo lendo o que estava no guardanapo.
“Mary, se é ou não a sign, foi bom te ver mais uma vez.
Harry Styles”
Eu sorrio e guardo o guardanapo e a caneta na minha bolsa e começo a me levantar.
Não vai jogar nenhum anel hoje ? - Pergunta me surpreendendo. Eu o encaro e dou uma risada.
Você tem mais anéis do que eu, não precisa de mais um - Digo sorrindo - E você nem está usando ele... - Aponto para suas mãos
Ele está guardado num lugar especial - Diz sorrindo
Certo! Que bom, era o meu anel favorito, cuida bem dele - Digo arrumando a alça da bolsa.
O seu favorito? Uau, então deixa eu te recompensar?! - Diz sorrindo.
Eu gelo e tenho certeza de que estou com meus olhos arregalados e as minhas mãos suando.
Fica para jantar comigo - Diz apontando para a cadeira
Eu engulo em seco e começo a mexer nos meus anéis.
Hey? Vai ficar ou não ? - Pergunta rindo e me tirando do transe.
Não sei… Isso seria estranho - Digo com a minha voz quase falhando.
Mais estranho que arremessar um anel e ir embora? - Diz sorrindo
Pensando por esse lado, ele está certo. Aquele foi mega estranho, mas na hora me pareceu uma boa ideia.
Realmente… - Digo baixinho e revirando os olhos
Então sente-se que eu vou pedir algo para você beber. Provavelmente alcoólico, porque você tá precisando - Diz me zuando
Eu sento na cadeira novamente, super sem graça e coloco minha bolsa na cadeira do lado.
Então, o que você vai beber ? - Diz sorrindo
Água? - Pergunto fazendo uma careta
Só se for misturada com Vodka - Diz sorrindo malicioso
Bom, só eu for beber algo com álcool, que seja uma caipirinha - Digo no sotaque em português
Ohh Caipitinhaaa - Diz animado - Eu conheço caipirinha, tomei quando estava no Brasil - Diz sorrindo
É muito bom, melhor drink já inventado - Digo soando orgulhosa.
Com certeza é um dos melhores que já bebi - Diz chamando o garçom. Ele pede a caipirinha e toda vez que o escuro dizer “caipirinha” eu dou uma risada. - Então você é brasileira?
Sim, nascida e criada no Rio de Janeiro!
Uau, que incrível - Eu amo o Brasil! E o Rio de Janeiro também, sempre me divirto muito lá.
Imagino que sim, fez até uma tatuagem - Digo rindo e depois fico mega sem graça com o que acabei de dizer. Ele apenas dá uma risada o que me alivia. Bom, não muito.
É verdade, eu fiz até uma tatuagem. Eu até te mostraria, mas não seria apropriado - Diz zuando. De qualquer forma eu já tinha visto em inúmeros vídeos e fotos da internet. Tem guias na internet sobre as tatuagem do Harry, é bizarro. E eu já li, confesso (rs).
Minha caipirinha chega e quando dou gole, me seguro para não tossir. Estava estreitamente forte, ser que realmente usaram cachaça? Eu esperava que fizesem com vodka. Ou talvez eu estivesse desacostumada.
Harry me observa e da uma risada, acho que ele percebeu meu olho lacrimejando. Que papelão!
Então Mary, o que você costuma comer em encontros? - Ele pergunta e dessa vez não pude evitar de engasgar
QUÊ? - Pergunto nervosa e tentando me recompor
Posso chamar isso de encontro, não é? - Pergunta sorrindo.
Um encontro? Nã… Não… isso não é um encontro - Digo nervosa
Você não gostaria que fosse um encontro ? - Pergunta erguendo a sobrancelha
Bom… - Dou uma pigarreada - Eu não sei, acho que não… talvez… - Digo confusa
Porque não? - Ele sorri curioso
Ah… você é… VOCÊ - Digo apontando para ele super nervosa
Sim eu sou EU - Ele ri - Mas o que isso tem a ver ?
Você está me zoando, certo ? - Eu rio sem graça
Pareço estar te zuando ? - Ele sorri
Bom… você está me zuando desde o primeiro segundo que me viu - Digo fazendo careta - Ele gargalha a ponto de jogar a cabeça para trás - Eu dou uma golada da minha caipirinha extremamente forte.
Se isso não é um encontro, o que é ? - Diz parando de gargalhar e olhando para mim. Eu desvio o olhar super sem graça e bebo mais uma vez da minha caipirinha.
Acho que não tem um rótulo específico, na verdade isso é bem estranho para mim - Digo fazendo uma leve careta
Você não sairia para um encontro com um cara famoso?
Mais fácil perguntar se algum cara famoso sairia comigo - Digo falando baixo e revirando os olhos. - Ele ri e me observa
Você nunca pensou na possibilidade de um cara famoso te chamar para sair ? - Diz olhando para o cardápio dessa vez
Pensar… ? Já devo ter pensado. Mas acho pouco provável que isso aconteça - Faço uma pausa - Na verdade você só estava me dando um autógrafo e sendo gentil, né?! - Pergunto confusa
Sim! Mas depois te convidei para jantar - Diz me olhando
Para retribuir pelo anel, não é mesmo? - Meu coração já estava palpitando.
Óbvio que em algum momento qualquer fã pensa em encontrar seu ídolo. Eu amava o Harry na época do 1D, tinha pôster e tudo. Mas quando a gente cresce deixa de ficar naquela euforia de adolescente, pelo menos eu deixei. Continuei ouvindo as músicas dele, cheguei até comprar uma camisa, mas era algo bem mais maduro agora.
Na real, deixei de pensar ou imaginar que um dia encontraria um ídolo ou algo do tipo.
Então o que você vai querer comer ? - Diz sorrindo e mudando de assunto
Ah… não sei - Digo pegando o cardápio. Minhas mãos tremiam e eu tentava disfarçar com todas as forças.
Você gosta de massa ? - Ele pergunta simpático
Sim, gosto bastante… - Respondo educadamente
Ele então chamada o garçom e pede dois pratos de massa com molho de cogumelos. Que sorte que eu gosto de cogumelos. Já pensou, se ele pede algo que eu não gosto de comer? Eu não teria coragem de admitir. Seria um fracasso total.
Esse prato é muito bom. Toda vez que venho aqui eu como dele - Diz e bebe de sua cerveja
Parece ser muito bom, gosto muito de massa e cogumelos - Digo simpática
Então você gosta de cogumelos? - Diz fazendo careta maliciosa
Tá vendo? Você me zoa o tempo todo - Digo rindo - Ele da uma gargalhada
O que você faz aqui em Londres Mary ?
Eu trabalho na Editora Wessex - Digo orgulhosa
Interessante! E o que você faz lá ?
Eu sou revisora! Reviso todos os textos, faço correções gramaticais e um monte de coisa chata - Digo sorrindo
Se é o que você ama fazer, não é chato - Diz ele sendo fofo
Bom, eu gosto do que faço, mas… - Eu paro de falar pois o garçom chega com os nossos pedidos.
Mas…? - Pergunta Harry enquanto pega seu garfo
Nada - Eu sorrio - Eu gosto do que faço, estou feliz - Digo mexendo no prato
Tenho quase certeza que senti uma ponta de incerteza da sua resposta - Diz e depois da uma garfada
Bom… na verdade eu quero poder ser a autora dos textos e não a que corrige eles - Digo sem graça
Então você quer ser escritora ? - Diz me olhando e sorrindo
É, acho que sim - Digo sem graça
E porque não escreve ?
Não é tão simples assim… Eu até escrevo, mas isso ainda não paga as minhas contas - Digo rindo e fazendo careta
Mas você tem que ir atrás do que ama - Diz animado
Um dia… quem sabe… - Digo e começo a comer.
Conversamos mais algumas coisas aleatórias e terminamos de comer. Ele me oferece sobremesa mas eu recuso.
Muito obrigada pelo jantar e pelo autógrafo também - Digo pegando a minha bolsa
Eu que agradeço a sua companhia - Diz sorrindo
Isso vai ser uma história ainda melhor do que a do anel - Digo levantando. Ele ri.
Espero poder te ver novamente - Diz me observando
Acho pouco provável - Dou uma risada sem graça
Nunca se sabe… - Ele sorri de canto
Eu como uma completamente idiota estendo minha mão para cumprimentá-lo. Ele ri e me da um aperto de mão.
Eu saio dali com o coração a mil, e vou em direção a estação de metrô. QUE DIA… penso comigo mesma.
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