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História Stars of Yokohama. - Único.


Escrita por: CommandPrompt

Capítulo 1 - Único.


"Então você terminou o serviço que você tinha?" Jyuto, escorado ao telefone, tragava um cigarro bem a frente a delegacia qual trabalhava.

"Claro que terminei." Samatoki se vangloriou, do outro lado, e mesmo não podendo ver seu amigo e líder do outro lado do telefone, Jyuto sabia que ele esboçava seu famigerado sorriso presunçoso. "Aqueles porcos imundos não eram páreos pra mim. Aliás, quem é?"

"Algum dia você vai acabar morrendo por causa dessa sua arrogância interminável." Jyuto bufou.

"O que disse, seu arrombado?!" Esbravejou Samatoki do outro lado.

Idiota de pavio curto. Como ele pode ser um dos usuários de Hypnosis Mic mais fortes? — Pensou Jyuto consigo mesmo. Mas mesmo essas indagações frequentes sobre a conduta do amigo não eram o suficiente para deixá-lo. Afinal, por mais que Samatoki fosse completamente explosivo, ele ainda tinha alguma noção do que fazia... talvez. Era engraçado, para o policial, como Samatoki jogava tudo pro alto e ainda sim dava certo. Pensando nisso, ele deu uma risada do outro lado do telefone.

"Você tá rindo de mim ainda, seu filho da puta?!" Samatoki esbravejou, do outro lado.

"Pare de gritar, eu consigo ouvir você." Jyuto repreendeu-o, e o yakuza estalou a língua.

"De qualquer forma..." Samatoki mudou de assunto. "A missão me deu uma grana preta, e a comissão pela sua ajuda já tá na conta." 

"Devo te agradecer por isso?" Jyuto disse, com ironia.

"Cala a boca!" 

Jyuto riu de novoz o que apenas serviu para deixar Samatoki ainda mais bravo.

"Traga Rio até o lugar onde você bem conhece. Vamos comemorar um pouco. Não aguento mais ficar em casa." 

"Você acabou de voltar, Samatoki."

"E daí?"

"Hmpf... tudo bem. Te encontro lá assim que meu turno acabar."


Em uma hora, o policial esteve desbravando aquele matagal alto em busca de um soldado com um estilo de vida peculiar. Era sempre um pé no saco. Ele tropeçava frequentemente em pedras ou folhas que enroscavam em seus sapatos. Tinha sempre que memorizar onde Rio Mason colocava suas armadilhas, se não quisesse ser vítima de uma delas. E um pouco mais a frente, a clareira do acampamento mostrava uma figura solitária que cutucava uma fogueira, aparentemente recém feita.

"Rio." Jyuto chamou a atenção do ex-militar, que se virou preguiçosamente para encará-lo.

"Oh, Jyuto." Observou Rio. "Você chegou cedo. Eu acabei de colocar no fogo algumas lagartas azuis. Se você quiser esperar..."

Jyuto balançou as mãos em negação. "Por favor, não se incomode com isso!" Um sorriso sem graça tomou sua face, e e cogitou de que modos poderia negar a comida que o amigo oferecia. "Samatoki nos convidou para comemorarmos o sucesso dele em um serviço. Vim aqui te avisar."

"Mas as lagartas..."

"Deixe-as para um lanche noturno. Sim?" Jyuto segurou os ombros largos de Rio Mason. 

"Eu posso cozinhar pra vocês aqui."

"Veja bem, Rio..." Jyuto engoliu em seco. "Samatoki já fez uma reserva. Ele está nos esperando. Sabe como nosso líder é, né? Se deixarmos ele lá, provavelmente vai quebrar todo aquele lugar. E eu não quero ter que prendê-lo por destruição de propriedade."

"Tem razão. Samatoki tem uma péssima conduta." Rio concordou.

"Não é?" Jyuto suspirou, aliviado por Rio ter comprado aquela idéia. "Então vamos, rápido." Antes que as lagartas fiquem prontas.


Do outro lado de Yokohama, Samatoki tragava alguns bons cigarros enquanto expulsava um grupo de adolescentes que se sentara na mesa que ele pretendia pegar, da maneira meiga e doce a qual ele sempre falava com as pessoas.

"Vamos lá, pirralhos! Saíam daí antes que eu faça vocês vomitarem seus intestinos!" Esbravejou, e o grupo que provavelmente tinha planos de se divertirem juntos foram rapidamente espantados pelo yakuza.

Ele se sentou e, claro, com toda a gritaria que fizera, alguns olhares foram direcionados para si.

"O que foi? Perdeu o cu na minha cara?!" Samatoki disse para um cara solitário que se sentava logo atrás.

"Eu não te disse que ele ia causar problemas?" A voz de Jyuto soou logo a sua frente, junto a uma concordância silenciosa.

"Sim. Que bom que chegamos a tempo de pará-lo." 

"Fiquem quietos, droga!" Samatoki cruzou os braços. "Por que demoraram tanto?"

"A missão de volta não é muito fácil." Jyuto indicou parte dos pés, ainda enlamaçados.

"O que vocês estão comemorando?" Rio perguntou.

"Promoção no serviço, ou algo parecido." Samatoki sorriu. "Ei, você aí!" O yakuza apontou para um garçom que passava pelos corredores. "Me traga algo alcoólico, pra três, ok?"

"Samatoki..." Jyuto grunhiu em aviso.

"Não enche. Estou comemorando!"


Doses e doses intermináveis começaram a deixar o rosto do policial quente.

Apesar disso, ele parecia ser o que estava em melhor estado dentre seu grupo. Samatoki estava rindo de maneira esgarniçada de uma história que Rio Mason começava a contar, mas parava toda vez que soluçava. 

"Então o comandante pegou uma gaivota e... gaivo... hiic." Rio Mason disse, aos soluços.

"Ele pegou a gaivota e soluçou?! UWAAAAHAHAHA!" Samatoki bateu nós próprios joelhos. "Gaivohichichic. Gaivochic. Gaivo..."

"O que vocês são? Crianças?"

"Eu vou mijar." Samatoki se levantou.

E enquanto o yakuza saía, Jyuto aproveitou pra ver como estava o soldado ao seu lado. Ele estava debruçado sobre seu último copo de cerveja, o rosto vermelho e os olhos desfocados.

"Rio? Está tudo bem?" 

"Estou analisando o inimigo." E começou a encarar o nada. "Shhhhhh."

"Ah, deuses..." Olhou para o próprio corpo de cerveja vazio, e se perguntava se demoraria muito a ficar louco igual os outros dois. "Samatoki está demorando..."

E foi mencionar o albino que ele apareceu, com um homem levantado pela gola. "Repete o que você disse, arrombado!"

"Ah, ahhh! Lá vai ele de novo..." Jyuto bufou. "Rio, coloque um pouco de juízo na cabeça daquele idiota!"

Rio pegou alguma coisa no ar com uma expressão mortal. Então encarou o punho fechado, o cenho franzido era como se fosse matar alguém ali.

"Rio?" Jyuto falou.

Rio abriu a mão e mostrou uma borboleta esmagada. "Comida de emergência. Coma, rápido."

"O que? Não!" Jyuto recusou.

Rio deixou os ombros caírem em uma expressão triste. Jyuto considerou consolá-lo, mas a briga logo ao lado começava a se agravar. E depois de Samatoki ter batido a cabeça de um cliente na mesa e quebrado o móvel, eles tiveram que pagar pelos danos e ainda foram expulsos.

"Olha só o que você fez, seu inconsequente!" Jyuto carregava Samatoki no ombro, que mal conseguia andar sozinho de tão bêbado.

"Ele... hm... eu não lembro o que ele fez, mas a cara dele era feia e eu bati nele. Qual o problema?!" Samatoki vociferou.

"Qual o problema? Você tem noção de que não vamos poder entrar mais lá?"

"Eu dou meus pulos." 

Do outro lado, Rio também estava apoiado em Jyuto. "Missão concluída. Inimigo neutralizado com sucesso."

"Não incentive ele, Rio!" Jyuto esbravejou.

O soldado, geralmente com uma cara muito séria, olhou para o céu e fez uma expressão surpresa. "Abaixem, tem helicópteros a espreita!" 

Rio jogou todo mundo no chão.

"Helicóptero? Onde? Cadê?" Samatoki olhou pro céu.

Mas não tinha nada. Nada além do céu lindamente estrelado de Yokohama.

"Vocês são uns imbecis." Jyuto finalmente tinha perdido a paciência. "E eu nunca mais vou sair com vocês." Assim como Samatoki e Rio, ele também estava estirado no chão.

"Ah, seu merdinha chato do caralho." Samatoki deu risada e bateu no seu ombro. "Vai dizer que não foi divertido?" 

"Gosto da presença do meu esquadrão." Rio disse, convicto.

Jyuto suspirou, e os três ficaram deitados na calçada, encarando o céu, e as lindas estrelas que iluminavam aquela vastidão azul... a cor que simbolizava a união do Mad Trigger Crew.

"Sim." Admitiu Jyuto. "Foi divertido."



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