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História Stay - Ajuda


Escrita por: jubsbang

Capítulo 23 - Ajuda


Fanfic / Fanfiction Stay - Ajuda

Minhas pernas estavam moles, dormentes. Eu estava fraca, a sensação era como se eu tivesse apanhado, até os musculos não sentirem mais meus movimentos. 

Não havia possibilidade alguma de eu conseguir manter-me em pé. Quando Philippe gritou: "- Desce do carro" eu literalmente me desarmei ali. 

A luz do carro em que James estava se aproximava, ao fim daquela longa estrada de terra. Entrei em choque. 

Philippe abriu sua porta e rodeeou o carro, tirou-me de dentro do mesmo com dificuldade, apanhando-me em seus braços. 

Phil largou o carro na estrada e adentrou mata à dentro, sem destino, sem rota, apenas tentando fugir daquele pesadelo, protegendo-me, como se eu fosse sua vida. 

Não vi mais nada à partir dali. A mata era escura, fechada. Era quase impossível enchergar a trilha, apenas com a luz dos faróis do carro de James, que se aproximavam rapidamente. 

Philippe colocou-me no chão com cuidado, deitou-se ao meu lado e pôs seu braço por cima do meu corpo, cobrindo-me. 

- Não faça barulho. 

Ele sussurrou, próximo à meu ouvido. Meu corpo estremeceu. Estava tão frio que eu não conseguia sentir as minhas mãos. Aconcheguei-me no corpo de Philippe, tombei minha cabeça em seu peito e ali fiquei, rezando baixinho, para que nada de ruim acontecesse com a gente. 

Os faróis de James se aproximaram da mata, ficaram ligados por alguns minutos. Eles estavam nos procurando. 

Tentei diminuir a respiração para não fazer barulho. Evitava me mecher para as folhas não nos estregarem, aquela sensação era horrível. 

Depois de um tempo, os faróis se apagaram, ouvi o carro ser ligado, e se distanciar, vagarosamente. 

Philippe levantou-se com cuidado, olhou ao redor e conferiu para ter a certeza de que eles haviam ido embora. 

Sentei-me no chão e o observei apanhar seu celular no bolso, ligando a lanterna. 

- Está tudo bem? -Ele disse, apontando o celular em minha direção..

- Na medida do possível, eu diria. 

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Philippe Coutinho. 

Ver Aine naquele estado, partia meu coração. Eu sabia que situação havia saído fora de controle, mas eu não queria admitir. James era louco, e bem sei o quanto ele não hesitaria em contrariar os planos de Marcos. 

Olhei para o visor do celular rapidamente, 15℅ de bateria, merda

Respirei fundo, tentando não surtar. Caminhei até Aine e abaixei-me em sua frente, apontei a lanterna para suas pernas e dei uma olhada. 

- Está inchada. -apalpei-as com cuidado.. - Eu sabia que não deveria ter deixado você sozinha. 

- A culpa não foi sua 

- Independente. Estamos nesse breu, perdidos, sozinhos. Sem saber se é seguro voltar para casa ou não, correndo de um sociopata. Eu só.. Me desculpa.. Garanto que não isso não estava em meus planos quando decidi que você faria parte da minha vida. 

Levantei o olhar e encarei seus olhos, grandes, profundos. Aine olhava-me assustada, mas tentava não transparecer. A mesma levantou uma de suas mãos e pôs em meu rosto, acariciando-o. 

Virei para o lado e beijei sua mão, fria. 

- Então faço parte da sua vida? 

Ela disse, olhando-me, toda boba. Aquela filha da mãe conseguia ser linda até naquela situação. Como isso é possível, meu Deus?! Sorri espontaneamente ao ve-la naquele estado, encarando-me. Seu olhar era puro, sincero.. Era inevitável não me derreter. 

- Você é a minha vida. E eu prometo, vamos dar um jeito nisso. 

Segurei seu rosto e depositei um beijo breve, ela sorriu e encostou sua testa na minha. 

- Eu só.. Preciso ter certeza que estamos seguros o suficiente para irmos embora. 

- Eu confio em você, Philippe. 

Aine aproveitou a deixa e deitou-se em meu colo. Envolvi meus braços em volta de seu corpo e a abracei forte. Fiquei ali, apenas sentindo seu cheiro, naquela escuridão, esperando ter a certeza de se poderíamos voltar para casa em segurança. 

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Carlos Henrique Casemiro. 

Saí do vestiário e caminhei pelos corredores, o juiz apitaria o retorno do jogo em dez minutos. Quando passei em frente ao refeitório, observei Gabriel ao canto, tentando desesperadamente falar ao celular. Havia uma movimentação pouco atrás de onde ele estava. Alguns seguranças estavam ali, tentando falar com Tite. 

Aproximei-me de Gabriel e olhei ao redor.. 

- Oque ta pegando? 

- Cara, temos problemas. 

- Porque a imprensa está aqui fora? -eu disse, ao percebe-los insistentes 

- Aine e Philippe sumiram. 

- Como assim sumiram? 

- Eu não sei. Parece que nem o carro de Tite está no estacionamento, tentei ligar para os dois várias vezes e nada. Um segurança disse que viu Aine mais cedo, disse que à viu correndo para trás do estádio, ou algo parecido. 

- Cara, isso não é bom. 

Levei minhas mãos para meu queixo e ali fiquei, pensativo. Philippe não seria louco o suficiente para abandonar o jogo assim, algo muito grave deveria ter acontecido. 

Eu precisava descobrir, e rápido. 

Tite estava aos nervos, andava de um lado para o outro tentando saber o que fazer. 

Olhei para o relógio, faltavam três minutos. Tentei apazeguar a situação e sugeri que terminassemos o jogo. Seja qual for a decisão que tomemos, agir de cabeça quente não nos levaria à lugar algum. Voltei para o campo, Tite pediu para que Taison substitui-se Philippe, ajudei-o a aquecer e entrei nos gramados.

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Philippe Coutinho. 

Aine acabou adormecendo em meus braços. A mata estava silenciosa, dava-se de ouvir apenas os grilhos, cantando, sob a luz do luar. 

Apanhei meu celular e olhei o visor, a bateria estava quase no fim. Eu precisava avisar alguém, precisava pedir ajuda. 

Disquei o número de Casemiro rapidamente, chamava, chamava, e chamava, constantemente, mas nada dele me atender. 2℅, droga! 

Abri a caixa de mensagem e digitei feito louco, meu medo de não conseguir terminar era implacável. Vamos, cara, envia.. Só mais um pouco.. Mas que, droga! 

Saí do transe quando meu celular desligou. Não consegui ver se a mensagem havia sido enviada. 

Soltei o ar, pesado. Estava tudo dando errado. 

Resolvi que seria melhor passarmos a noite aqui. Não era seguro, mas por um lado, estaríamos livres de James, pelo menos por esta noite. 

Amanhã de manhã eu pensaria em algo, com calma. 

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Gabriel Jesus. 

O juíz apitou o final do jogo, vitória do Brasil por 1 a 0. Foi complicado, era impossível me concentrar sabendo que Aine e Philippe poderiam estar em perigo. 

Saí dos gramados e fui correndo para o vestiário, Casem acompanhou-me, junto com Neymar. 

- Cara, tem algo muito errado nisso 

Eu disse, ao entrar no vestiário. Os meninos vieram logo atrás, adentraram no cômodo e Neymar fechou a porta. 

Casemiro balançou a cabeça e caminhou até sua mochila, apanhou seu celular que nela estava e olhou ao visor.

Caminhei até as garrafas de água, apanhei uma em mãos e bebi, até sair do transe, com a voz de Casemiro. 

- Espera, tem uma mensagem do Couto! -gritou.

Corri em sua direção e parei ao seu lado, tentando ter visão de seu celular. 

"Preciso de ajuda. Estou com Aine, presisei recorrer à medidas drásticas! Estamos em uma mata fechada, mas não sei como sair daqui, só sei que é perto da BR 102, a partir dali não me lembro do caminho. Só sei que, entramos em uma estrada de terra. Não confie em ninguém, e não conte o que sabe. Estamos sendo caçados, e não é seguro para nenhum de nós. Ache-nos, rápido! Confio em você!" 

Casemiro concluiu a mensagem lendo-a em voz alta. Olhou em minha direção confuso, tentando entender a situação. 

- Então eles estão fugindo de algo. 

- Ou de alguém. -Neymar disse, ao se aproximar 

Casemiro olhou ao redor, pensatico. Apanhou sua mochila e caminhou até a porta, rapidamente. 

- Onde você vai? 

- Trazer o menino Couto para casa. 

- Cara, não é seguro. Deveríamos pedir ajuda pra alguém 

- Você leu o que ele disse.. Se Philippe pediu para que não contassemos, é porque a coisa é séria! Ele confia em mim, não vou decepciona-lo. 

Aquela ideia era absurda. Fazer justiça com as próprias mãos nunca estiveram em meus planos. 

- Você vem? 

Olhei ao redor, pensativo. Mas que.. Droga! 

- Vamos, vamos nessa. 

Peguei minha mochila e saí com os meninos do vestiário, a imprensa estava em peso do lado de fora, tentando arrancar de Tite o que havia acontecido com os meninos. 

Dribla-mos os seguranças e fomos para fora do estádio. Coloquei minha mochila no porta-malas do carro de Casemiro, observei-o entrar e me sentei no banco do passageiro. Neymar veio logo atrás. 

Ta, aquela não era uma das melhores ideias que tivemos. Eu tinha certeza que a parada era mais séria do que imaginavamos. Mas éramos um time, independente de tudo. Se alguém cai, o levantamos, da melhor forma possível.

- É, galera.. Vamos trazer o menino Couto pra casa. -completei. 



Notas Finais


As aventuras começam em 3.. 2.. 1..


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