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História Stay - Happy bithday?


Escrita por: jewellershands

Notas do Autor


Era um tanto estranha aquela sensação.
Não sabíamos muito bem o que esperar.
Mas esperávamos profundamente a cada novo dia.
Eu conseguia sentir o quão ansiosa ela também estava.
A nossa previsão estava inegavelmente próxima.
E tinha outro detalhe.
Era um dos seus primeiros aniversários que eu passaria junto à ela... Depois de tanto tempo.
E eu só tentava entender o que diabos eu poderia oferecer a ela naquele esconderijo escuro e úmido.
Como ser suficientemente grato a pessoa que recobria de esperança a meu clã?
Mais que nunca, queria que ela tivesse um feliz aniversário.
A meu lado.

Capítulo 3 - Happy bithday?


Fanfic / Fanfiction Stay - Happy bithday?

- Ohaio. - Sasuke disse baixo depois de terem passado minutos encarando um ao outro ainda deitados sobre aquela cama.

Sakura sorria levemente. Estava acordada há um tempo, olhando por entre aquelas grades. 

Era suficientemente estranho estar ali, lembrava o tempo todo que fora onde Sasuke havia se estabelecido quando despediu-se pela primeira vez. O que  também não ajudava a dormir tranquilamente.

Tinha péssimas lembranças, mas irrevogavelmente o desconforto da gravidez conseguia ser muito pior.

Sabia que os últimos meses seriam os mais difíceis, que sua coluna sentiria ainda mais o peso daquela criança. E ainda tinha toda aquela ansiedade por vê-la.

Mesmo assim tentou dar-lhe o melhor sorriso. 

Sasuke bufou, via quão fundos estavam seus olhos, nem ela seria capaz de disfarçar. 

- Ohaio, Sasuke-kun! Dormiu bem? Você estava tão agitado essa noite…

E tinha isso. Aquela viagem os tinha pouco a pouco acostumado a ter o corpo do outro ao seu lado. Mesmo que ainda fosse tudo tão novo. 

Sasuke ainda sentia-se um tanto sem lugar, como se fosse um intruso ou não merecedor de tamanha intimidade. Não lembrava como era ter alguém tão perto.

- Lhe atrapalhei a dormir?

- Não, não é isso! - suas mãos foram então até seu rosto, querendo o reconfortar.

Sasuke estava deitado olhando o alto, seu único antebraço repousado debaixo de sua cabeça, ligeiramente virado em sua direção. 

Os cabelos negros rebeldes estavam ao redor do rosto, alguns frios sobre seus olhos, mas Sakura ainda assim conseguia ver o brilho violeta que irradiava de seu rinnegan. 

Acariciava lentamente sua face, brincando com o desenho duro de seu rosto, tentando gravar mais uma vez aqueles pequenos momentos em sua memória.

Sasuke a encarava, quase como se estivesse hipnotizado com seus movimentos, os olhos presos a como sua expressão serena trazia tanto afeto consigo. Era quase palpável. 

Sentiu um gosto amargo. 

Não se achava digno de toda aquela devoção.

Suspirou pesadamente. 

Ainda tinha mais. 

Realmente tinha tido um sono agitado, cheio de lembranças. 

Era sempre doloroso sonhar com aqueles que já partiram, principalmente com seu irmão. Sentia que era sua forma de manter contato, como se ele pudesse lhe deixar alguma espécie de mensagem.

O que era terrivelmente angustiante.

A ausência era sua única certeza.

Sakura fez menção de se levantar e Sasuke sobressaltou-se, respondendo a seus movimentos com incrível rapidez.

Assim que notou que ela tentava se sentar, pegou seu travesseiro e o acomodou entre sua coluna encurvada e a cabeceira. 

Sakura sorriu levemente. Às vezes era bom sentir-se mimada, mas não era como se precisasse daquela superproteção toda. 

Só não poderia negar quão adorável era vê-lo daquele modo. 

- Arigatou, Sasuke-kun. 

Sasuke apenas a olhou com ternura. 

Sakura devolveu o olhar. Esperava por mais alguma coisa. Um pequeno detalhe naquela tempestade de emoções. Um dizer curto e especial. 

Mas para sua decepção ele não parecia lembrar. 

Tinha certeza de que dia era aquele. Não poderia se confundir. 

29 de março, seu aniversário. 

- Queria poder ir lá fora um pouco hoje… Passear talvez... - tentou dizer baixinho, tentando sugerir que era um dia atípico, afinal quase não via mais necessidade de sair daquele cômodo. 

O que ele não pareceu captar.

- Vou trazer alguma coisa para você comer. 

Sakura suspirou. Ele não fazia ideia. 

Deveria ter se esquecido depois de tanto tempo longe. 

Suspirou enquanto ele saia do quarto tranquilamente, os cabelos bagunçados e as roupas amarrotadas. 

Não era seu habitual. Ele estava sempre muito impecável.

Seus sonhos o deviam ter atormentado bastante, afinal. 

Voltou a olhar a pequena clarabóia, vendo algumas árvores ao longe e o sol fraco que irradiava. 

Era estranho passar aquela data longe da vila. Longe das pessoas que estava acostumada. Da sua própria casa.

Longe de Naruto também... Quem sempre lembrava de alguma forma. 

Sentiu uma estranha melancolia a preencher lentamente.

Era normal sentir-se solitária ao lado de alguém?

 

<•>

 

Karin era quem estava a porta, trazendo um prato com oniguiris e Peixe assado.  

- Sasuke teve que sair. 

Sakura suspirou. Ele tinha sempre essas saídas repentinas. 

O que era muito frustrante.

Ninguém podia estar suficientemente perto dele, não sem ele tentar afastar. 

- Arigatou… Não precisava trazer, eu poderia buscar… 

- Evite esforços, Sakura. Não esqueça que vai ser o nosso primeiro parto.

Sakura achava graça de como Karin falava, mas a realidade era aquela. Por mais que soubessem em teoria, ainda era uma experiência única. 

Karin nunca havia estado em um trabalho de parto antes e Sakura, felizmente, nunca havia dado à luz. 

Havia uma ansiedade clara pairando sobre todos ali. 

Inegavelmente, Sasuke também nunca havia sido pai. 

 

<•>

 

Quando Sasuke retornou, Sakura já havia se alimentando e se banhado. Afiava duas kunais, tranquilamente, enquanto assobiava baixo, sentada na beirada da cama. 

- Achou alguma coisa? 

- Talvez. - disse simplesmente.

Sasuke então sentou ao seu lado, parecia apreensivo. 

- Está muito cansada? 

- Isso parece cansar? - devolveu, indicando a cama a qual estava deitada. 

Sasuke riu de volta.

- Queria que fosse até o terraço comigo. 

Sakura não pode esconder o espanto. Olhou para suas mãos, a bochechas coradas e então sorriu. 

Não deveria subestimar aquele Uchiha. 

Enquanto andavam entre aqueles corredores sombrios e frios, Sakura tentava controlar as batidas do seu próprio coração. 

A escada era um desafio e tanto e Sasuke parecia ainda mais paciente, ajudando-a em cada passo. 

Quem não evitou acrescentar: - Acho que o terraço não foi uma boa ideia. 

- Não diga isso! Posso e devo me esticar um pouco, irá ajudar no... Eh... Você sabe, no parto.

Eram uma palavra que evitavam entre os dois fazia uns dias, parecia sempre trazer uma onda de preocupações muito desnecessárias. 

Sasuke apenas suspirou. A teimosia de Sakura chegava a lhe irritar muitas vezes, mas aquele dia estava exclusivamente encantadora. 

Talvez fosse seu rosto corado pelo esforço ou os cabelos sedosos caindo sobre seus ombros e até mesmo sua boca avermelhada e entreaberta, respirando com calma. 

Não sabia o que o causava maior comoção.

Quando chegaram, Sakura não pode conter o ofego que saiu por seus lábios. Não era pelo cansaço da subida em espiral, mas a delicadeza do que vira ali em cima. 

Sasuke parecia ter preparado um piquenique para ela, com uma toalha vermelha sobre o chão e tudo o que mais gostava sobre pratos e tigelas de cerâmica. 

Não fazia ideia de onde ele conseguira tantas omeboshis tão suculentas, mas o agradeceria eternamente.

Sakura continua imóvel, a mão congelada sobre o braço de Sasuke. 

- Que foi?... Não gostou? - perguntou, deixando transparecer um pouco de sua preocupação.

- Estou só tentando calcular se o tempo que demorou seria suficiente para Naruto conseguir lhe responder… - falou sorrindo, ainda incrédula. 

- Você me ofende dessa forma. - Sasuke respondeu ríspido, olhando para o lado oposto - Acha que não seria capaz de saber essas coisas? 

O coração de Sakura não parecia caber no peito, soltou um riso leve. 

- Gomen ne… Só não esperava que fosse tão detalhista. 

Sasuke continuava sem olhá-la e apenas bufou. 

- É realmente tudo para mim?

-Não. - ele respondeu ainda marrento, enquanto se afastava dela e agachava para pegar uma pequena lata ao lado de tantos doces - Isso é meu.

Sakura facilmente identificou a bebida preferida de Sasuke, suco de tomate enlatado. 

Ela continuava parada, agora com as mãos enluvadas sobre sua barriga. 

Sasuke andou despreocupadamente até seu lado novamente e virado na mesma direção, encostou seu ombro no dela. 

- Acho que é o momento que deveria lhe desejar um feliz aniversário… - ergueu sua mão à altura do seu rosto, ainda segurando sua lata, e tocou levemente seu queixo - Certo?

 

<•>

 

- HUM! - Sakura exclamou, enquanto mastigava rapidamente um daqueles pães de trigo para conseguir dizer: - POR KAMI-SAMA! 

Sasuke quase deixou sua lata de suco de tomates cair no chão, o coração disparado, o corpo inteiro em alerta. 

Virou em sua direção, aflito, s feições alarmadas.

- Sasuke, me dê sua mão!! - ela disse com urgência.

Sasuke sentia a visão turva, a respiração pesada, extasiado diante a possibilidade de Sakura entrar em trabalho de parto em seu próprio aniversário. 

Mas quando finalmente Sakura pegou em sua mão, o toque caloroso e emocionado sem aquelas luvas, pode entender. 

Ela o fizera repousar suavemente sua palma larga e pálida sobre a curva de sua barriga, com toda ternura que poderia exprimir. 

A visão de Sasuke continuava turva. 

Dessa vez por outro motivo. 

Furtivamente secou aquela lágrima solitária e traiçoeira sobre seu próprio  ombro. 

Sakura sobressaltou-se, soltando sua mão para pode tocar seu rosto, em uma pequena carícia.

Sasuke estava emocionado e isso era ainda mais encantador. Não deveria se envergonhar!

Era a primeira vez que ele sentia o bebê se movendo, afinal. 

Em todas as outras incontáveis vezes, assim que tocava a pele de Sakura nada acontecia. Era como se nunca tivesse havido movimento algum.

Vez ou outra Sakura brincava que o toque de Sasuke era tão bom que trazia consigo uma calmaria imediata.

O problema era que Sasuke não se dava por convencido e a Sakura era nítida a sua frustração. Mesma que ela lhe mostrasse que acreditava profundamente naquilo. 

Só que naquele dia, sobre o terraço e diante a tantos mimos, sua felicidade parecia ter chegado até aquela pequena criança indefesa. 

E sem que pudesse se conter se agitava em seu interior, querendo que dessa vez seu progenitor também o sentisse. Um primeiro momento em família.

A Sakura era sempre emocionante, mas daquela vez tinha sido mais que especial... Ele pudera sentir. Sentir que a vida ali dentro era real e palpável.

E dependia deles. Dos dois.

Sasuke e Sakura temiam o parto, as dores e o futuro, mas uma coisa era certa: já amavam aquela pequena coisinha ali dentro.


Notas Finais


Espero que tenham feito uma boa leitura!!!

Fiz esse mais amorzinho e zero hot, mas a intenção é ir escrevendo no feeling mesmo! Tomara que tenham gostado ♥️


Obrigada por ter lido até aqui!
Bjs e até o próximo!!


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