1. Spirit Fanfics >
  2. Stay Now >
  3. Gabi um cacete!

História Stay Now - Gabi um cacete!


Escrita por: Missgh

Notas do Autor


OI. Pra deixar vc animados, aqui maais um cap de SN. E esse vai especialmente pra minha abiga Tetê que está a espera de seu irmãozinho que, espero, venha ao mundo com saúde.
Então boa leitura. Acho que vão gostar desse cap <3

Capítulo 12 - Gabi um cacete!


- Que cara é essa? – Castiel, a única pessoa presente na turma além de mim agora, me perguntou.

- Que cara?

- Assim... meio idiota.

- Ah! – concordei com a cabeça.

- Eu hein! Pensei que você era normal e que o Nathaniel só falava ao contrário pra implicar.

- Nathaniel fala de mim pra você? – tirei meu apoio do queixo para olhá-lo.

- Não. – Meu sorriso murchou. O de cabelo vermelho pareceu pensar – É, ele fala.

- Sério? – falei, isso pareceu sair mais empolgado do que eu pensei. Castiel arqueou uma sobrancelha abrindo um sorriso malicioso. – Que foi?

- Tu gosta dele.

Abri a boca pra dizer um não, grandão e em negrito, mas não saiu nada além de um som esquisito.

- Não desgosto. Na verdade, aprendi a conviver mais com ele.

- É complicado.

- Concordamos em algo.

Nós rimos.

- E você com a Ari. Descobriu algo?

- A Ari... Eu gosto dela.

- Tá, disso até os micróbios dessa parede sabem. – Aponto pra parede na qual me encostei.

- Mas tem um empecilho: Debrah – ele revira os olhos.

- A novata que não é novata. – Sorrio falsamente. – Qual é a dela?

- Atrapalhar minha vida.

- Ariana mete o cacete nela.

- Não duvido. Por causa dela, não tenho certeza se a Ari gosta de mim.

- Para senão eu te bato. Olha, sabe a Debrah? Ignora que vai embora. Foca na Arianinha, ok? – ele riu.

- Ok.

- Sério, eu pensei que tu era o bolado do rolê, mas tu é legal.

- Valeu. – Cruzou os braços. – E valeu pela dica, vou indo. Preciso achar o Lysandre.

- Tá bom. – Cantarolei.

Castiel saiu da sala e eu fiquei aqui com minha cara de... Idiota que ele disse, né? Fiquei com minha cara de idiota. Porque eu tô assim? Nem eu sei. Mas não precisa fazer muito esforço.

Rosalya apareceu com Alexy, ela tinha uma sacola na mão e falava pelos cotovelos com o de cabelo azul.

- Que treco é esse aí? – pergunto.

- Lanchinho pra gente. – Piscou.

- Eba! Me dá um. – Ariana brotou do além em cima da Rosa.

- Não. Vamos comer no intervalo.

- Por quê? – foi minha vez de perguntar, irritada.

- Porque já bateu o sinal.

- Bateu o caralho!

O sinal, do nada, tocou, o que fez Ari e eu olharmos com tédio pra Rosalya.

- Ai, sua ridícula! – Alexy bufou e se sentou em seu lugar.

Todas as aulas pareceram uma lesma de tão lerda, até uma lesma é mais rápida. Pois é, demorou muito. Acho que até cochilei aqui, voltei a realidade com Nathaniel do meu lado.

- Vamos?

- Ficar andando pela escola de novo? Não, obrigada.

- Que tal sentar junto comigo e a galera?

- A sua galera? Prefiro morrer do que perder a life. Excuse me, McCullen.

- A Ambre vai estar lá.

- E daí? Aaah! – sorri – Porque não disse antes? Partiu. – levanto do meu lugar, mas Rosalya surge na minha frente.

- Vocês precisam provar meus novos petiscos. – Ela abriu o negócio de plástico. Os petiscos me parecem chamativos, tirando a parte que tem algumas coisas verdes. Eu hein, isso é o que? Brócolis?

- Eu te espero lá fora. – Nathaniel disse pra mim e já ia se retirando.

- Ei, Nathaniel, você vai aonde? Volta aqui! – Rosa foi até ele e o trouxe pra perto de nós. – Peguem um.

Alexy, a mona assistente mais fiel que você respeita, distribuiu guardanapos de papel.

- Não vai matar, né? – Armin pegou um da bandeja, seguido de Alexy, Ariana, depois Nathaniel e eu.

Mordi. E não deu outra, nós nos entreolhamos fazendo careta.

- E então? Tá uma delícia, né, gente? – Rosa indagou toda orgulhosa.

- Hmmm! Credo. – Botei a língua pra fora, cuspindo aquele negócio, com toda certeza de brócolis, no guardanapo e atirando no lixo.

- Desculpa, amiga, mas tá horrível. – Alexy tocou em seu ombro.

- Poxa! – ela fez bico.

- Aprimora essa receita. Vê o que faltou que, certamente, vai ficar uma delícia. – Nathaniel disse depois de, também, cuspir o treco.

- Você acha?

- Vai por mim.

- Ai, valeu, Nath! – ela pulou no loiro o abraçando. Começamos a rir.

- Chamei a Gabriella...

- Gabriella – debochei o interrompendo.

- Cala, porra.

- Vem calar!

- Olha que eu vou. – Vi que ele estava quase rindo.

- Vem tranquilo!

- Chega! – Rosa berrou – Continua, Nath. – Agora disse calmamente. Maluca sem graça. Sabe nem brincar.

- Chamei a senhorita Bannett pra ficar comigo e a galera hoje no refeitório.

- A companhia é desagradável, com exceção do Castiel... – fiz bico – Não. A companhia é totalmente desagradável, mas vai valer a pena. Quem topa? – levanto a mão depois de falar. Eles olharam de mim pro Nathaniel e deram de ombros.

[...]

Eu conversava com Castiel e Ariana, um do lado do outro, fingindo que não prestava atenção nas caras de bunda de Debrah, Ambre e, de novo, Melody. Nathaniel, do meu belo ladinho direito, falava com Armin.

- Qual a necessidade desse pessoal estarem sentados aqui? – Debrah pergunta.

- Eu chamei. Então... – Nathaniel dá de ombros.

- Com autorização de quem?

- Meu irmão não te deve satisfação, Debrah.

Opa! Ambre? Não creio que tô te aplaudindo internamente.

- Eu não vejo problemas. – Castiel falou enquanto babava pela Ari.

Debrah revira os olhos. Prendi a risada.

- Tá, tá. Então, Gabi...

- Gabi? – Ariana começa a rir.

- Gabi não, por favor. Gabe. – Rosa disse, piscando um olho.

- Se você me ver na rua e me chamar de Gabi pode apostar que eu vou ignorar e ir embora.

- Mas dá na mesma. – Ela cruza os braços.

- Não... É só prestar atenção na pronúncia. Olha pro Alexy. Ele é gay. Agora adiciona o gay, mais o B mudo. Esse é meu nome.

Alexy gargalhou alto, fazendo Rosa, Ari, Armin e Nathaniel o acompanharem.

- Gabe. – Debrah riu mais falso que nota de três conto, revirando os olhos.

- Eu! Não que Gabi não seja fofo, mas não dá pra mim.

- Não vejo você como Gabi. – Castiel fala.

- Exato, cabelo vermelho.

O assunto sobre meu nome acabou com Debrah encarando Ariana mortalmente, e Melody mordendo a colher de plástico como se quisesse arrancar a cabeça de alguém. Acho que esse alguém sou eu, já que vez ou outra ela me olha, principalmente depois que Nathaniel foi buscar um suco de uva pra mim, de livre e espontânea vontade. Eu nem pedi, juro.

- Pegou pra mim? – Ambre indaga a ele.

- Você não me pediu nada.

- Ela também não. E se pedisse você não pegaria. Se odeiam.

- Não nos odiamos. – Falo. Os olhares de todos na mesa, até do Nathaniel, se voltaram pra mim. – Não mais. – Dou de ombros.

- Não mais... – ele confirma. – Enfim, se quiser, toma. – Ele estende uma nota de alguma quantia pra ele, que pegou o dinheiro feliz.

- Valeu.

- Que mesa chata. – Armin murmura.

- Está convidado a sair. – Debrah o responde.

- Não te darei esse prazer. – Ele cruza os braços com um olhar intimidante.

- Sente cócegas? – Nathaniel pergunta baixo no meu ouvido.

- Não.

- Duvido.

- Me diz qual é a dessa pergunta nada a ver com a situação?

De repente, ele tocou na minha costela. Arregalo os olhos, percebendo o que ele estava prestes a fazer. Ele fez. Ri igual uma hiena quando Nathaniel começou a fazer cócegas em mim; meu joelho bateu debaixo da mesa, fazendo todas as coisas que tem em cima balançarem; e o copo de suco que eu tinha na mão caiu.

Um grito chato fez Nathaniel parar. Bati nele tentando recuperar no ar, arrumei o cabelo depois.

- Olha o você fez, garota!

Abri a boca, enquanto os outros riam, eu queria fazer o mesmo, mas me segurei por um tempo. Meu suco caiu na Ambre e mancharia pra caralho a roupa dela, se não fosse preta, porém ela vai ficar toda grudenta.

- Não exagera, maninha. É só suco.

- Só suco? – ela o fuzila com o olhar. – Você me paga também, Nathaniel.

Ela saiu pisando duro dali. Os outros continuaram a rir, só Melody que tinha cara de cu e parecia sentida pela Pink-Dark.

Fiz menção que ia me levantar, mas a mão do McCullen tocou meu braço.

- Vou com você.

[...]

Gritei em meio risadas, Rosalya queria jogar um tijolo em mim. Não sei quando começamos isso, mas, de novo, ela me acusou de tê-la viciado em histórias. Agora nossos amigos estão se matando de rir enquanto a gente corre. Ah, detalhe importante, ela pegou um tijolo da frente de uma casa que está em reforma.

- Volta aqui, Gabi.

- Gabi é o seu olho. – Ela parou de correr pra rir escandalosamente.

- Isso me lembrou aquele rolê bizarro que saímos tocando campainha. – Ariana disse, se aproximando junto dos outros, ela e Alexy estavam se braços dados.

- Ah, sim. Aí o Nathaniel apareceu e a gente deixou a Gabe com ele. Depois tivemos que sair correndo de novo porque ele tocou uma campainha.

- Espera! Vocês saíram de propósito e ainda viram que o babaca do McCullen tocou a campainha?

- Er... Quem disse isso? – Ariana sorriu amarelo fingindo demência. Fiquei séria.

- O que vocês acham de eu levar petisquinhos amanhã? – Rosa tenta mudar de assunto.

- Se for igual o de hoje, não, valeu. – Armin, que estava caladinho jogando em seu aparelhinho de jogo que eu não sei o nome, fala passando direto por nós.

Armin é do tipo de amigo que se você fizer maluquice do lado dele, ele ignora e finge que não te conhece.

- Eu tô azul igual meu cabelo. Vamos naquela lanchonete ali. Ariana paga.

- Ei! Quem disse que eu vou pagar?

- Mona, você tem money.

Mal entramos na lanchonete e eu quis dar meia volta. McCullen, o anjo caído estava lá.

- Acho que existe um ímã entre vocês dois. – Ari comenta com o rosto apoiado na palma da mão.

- Como quebra esse ímã?

- Ah, para. Vocês se dão tão bem. Quer dizer, agora, né.

- Até que sim. Ele é muito diferente do que eu pensei que era.

- Tipo?

- Você sabe, entramos na escola no mesmo dia. Ele tava lá, todo bonitão, legal, mas nada me tirava da cabeça que ele era um filhinho de papai.

- Tecnicamente, ele é.

- Mas não tanto.

- Você fala tudo isso com essa carinha de besta. Já vi tudo. – Murmurou a última frase.

- Viu o que?

- O Nathaniel se aproximando, olha só. Vou ali com o Alexy, ele vai me falir.

Ari desceu do banquinho rapidamente, correndo até os outros três escolhendo lanches.

- Senhorita Gabi.

- Da próxima vez que alguém me chamar de Gabi eu mando tomar no cu. Vai tomar no cu, McCullen. – Ele ri.

- Te chamar assim me dá a impressão de estar falando com outra pessoa.

- A intenção é me diferenciar pelo menos nisso.

- Você se diferencia em várias outras coisas.

- Como o que? Queda livre?

- Também.

Uma coisa, ou melhor, uma pessoa que acabava de entrar naquele lugar me chamou atenção. Eu a conhecia.

- Gabe? – ele vira na mesma direção que eu. – O que tem aquela tia?

- Eu já vi ela...

- Tá bom...

- Maldita!

- Ei, calma.

- Eu quase matei essa mulher.

- Tu é uma serial killer? – ele arregala os olhos – Por isso você manda eu te procurar no inferno.

- Não, seu idiota. – Reviro os olhos, achando graça – Deixa eu te contar a história: eu tinha uns onze anos, meu pai tinha um amigo interesseiro, esse interesseiro tinha uma amante.

- Aquela mulher.

- É. E esse cara sempre pedia carona do meu pai. E ele ia. E pra completar o bonito ainda pedia pro papai levar a amante na casa dela. – Engoli seco, de raiva – Uma vez papai foi me buscar na escola, e adivinha só? Ela tava no carro. No banco da frente. No lugar da minha mãe. Eu abri a porta do carro e pedi pra ela sair. Sabe o que ela disse?

- Vai atrás sua pirralha. – Afinou a voz. E foi ridículo, só pra deixar claro.

- Eu entendi isso. Mas foi: "você é criança, tem que ir no banco de trás, na cadeirinha". Ah, cara, me subiu um ódio. Eu puxei ela pelos cabelos pra fora do carro, peguei um perfume no porta luvas, passei no banco e me sentei. Se minha mãe não está, eu estou. E eu sou autoridade.

- Ela foi atrás?

- Não. Eu disse pro meu pai seguir pra casa, e deixamos ela lá.

- Me lembra de não te irritar.

- Você faz isso todo dia.

- Hm, verdade. – Ele dá de ombros. – Ela te viu.

- Viu, é? – a procurei com os olhos. – Achou! – sorri de lado.

- Tremeu na base. – Começou a rir, me fazendo rir também.

- Às vezes tenho medo de roubarem o meu lugar, não que seja lá essas coisas, mas ainda sim.

- Você é Gabe Bannett. Ninguém se iguala a você.

Me viro pro Nathaniel e vejo que ele sorria pra algum lugar. É a primeira vez que alguém me fala isso com tanta espontaneidade e verdade. Toquei na sua mão em cima da mesa, isso fez com que ele voltasse os olhos dourados pra mim, aqueles olhos lindos da porra. Sorri sincera e o abracei, sendo retribuída com a mesma intensidade. E eu gostei da sensação.

 


Notas Finais


Até logo <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...