1. Spirit Fanfics >
  2. Stay with me >
  3. Bar depois das nove.

História Stay with me - Bar depois das nove.


Escrita por: Turings

Notas do Autor


Primeiramente eu gostaria de pedir para não se apavora com essa quantidade exobitante de palavras. Meus planos era que isso aqui seria uma one-shot pouco longa, seria curta e grossa. Mas meus planos foram aumentando com forme ir a escrevendo, mais e mais ideias surgiram na minha cabeça. O que pretendia ser algo simples se tornou isso. Uma Fanfic de no máximo três capítulos (ou dois) contando uma pequena parte do imenso trajeto de Kayn que seu final tenta deixar encaminhado os relacionamentos tanto primários, quanto secundários.

Provavelmente, não irei escrever outra fanfic desse mesmo nipe tão cedo, foi trabalhoso e minhas férias já estão fazendo as malas para dar o fora antes das minhas aulas baterem a porta.

É aquilo, a história do lolzinho tá mudando e com isso eu tive que fazer minha alterações básicas sobre o campo da justiça que por enquanto ainda não foram citados.

Boa leitura.

Capítulo 1 - Bar depois das nove.


  Bem-vindo a Summoners Rift

Mais uma vez nos campos da justiça. O ambiente aberto e lindo que logo seria usado para travar batalhas violentas sobre o elegante céu azulado, ou pelo menos era para está. Vento por si só já deixou claro que o resto do dia seria chuvoso, mas ninguém deu atenção, ninguém nunca dá atenção a míseros detalhes como esse. Nuvens negras cercaram o estádio e aquele mesmo vento que dedurou o clima bateu agora carregado com uma pequena porção do que o time vermelho iriam experimentar pelo resto do jogo, uma brisa fria e seca. Mesmo atingido todos da equipe quem mais sentiu foi Kayn algo que já era de se esperar, a pouca roupa do homem o faria vítima do clima frio e nada agradável pelo resto do dia no campo de batalha, ou pelo menos até toma a decência de comprar uma armadura.

- Os ventos não estão calmos, hoje pode haver uma chuva forte. - Alertou Janna ainda na base esperando pacientemente a liberação, mais uma vez seguindo a rotina proposta desde o início.

-Essa informação seria útil dita mais cedo. - Respondeu sem necessidade Kayn com a voz seca que entregam a sua vontade insaciável de enterrar a espada Darkin em qualquer coisa, porém ainda está cedo e a única coisa que o assassino pode fazer é atacar qualquer um através de palavras ditas com raiva. Taís palavras tão bobas, mas ditas de forma tão semelhante a de um caçador prestes a abater sua caçar fez Ezreal sair de seu estado amigável para defender a sua mais nova amiga.

- Ei amigo, não trate ela dessa maneira. - Disse com aquela voz de pivete que só em raros momentos pode ser levada a sério e esse, não era um deles.

Kayn deu de ombros para tais palavras, tais que interpretou de forma equivocada, as viu como um ameaça vindo de um pirralho loiro que ainda nem saiu da coleira. Quando na verdade apenas foi aviso de amigo, sim uma pessoa que acabará de conhecer já o considerou um amigo. Ezreal poderia ser tudo menos tapado para notar o claro e estúpido motivo para a maldade sem motivo do mais novo integrante do time, quem estava no time azul não deveria estar lutando contra o Kayn.

O loiro amigavelmente botou a mão no ombro do assassino das sombras tentando transportar uma sensação de companheirismo para o dono da espada Darkin, tentando transformar aquela cena tensa em algo mais calmo. O loiro falhou, a única coisa que conseguiu com aquilo foi parecer mais baixo do que o normal quando para botar a mão no ombro do assassino foi necessário ficar nas pontas dos pés, ele não é baixo só o assassino é mais velho e alto. A cena que pretendia ser amistosa se distorceu para cada um time e para o Kayn, foi considerado patético, mas sobre tudo minimamente engraçado.

- Camarada, eu sei como você tá se sentindo. Lutar contra alguém que você ama é horrível, mas precisamos s...

- Tire suas mãos de mim. – Disse alto e claro sem da chance para o aventureiro acabar o seu discurso genérico de filmes independentes com baixo orçamento. Diferente de suas últimas palavras com a garota do vento Kayn parecia mais calmo e sério.

- Ok amigo, só lembre, eles são seus inimigos não a gente! – Retirou a mão rapidamente com medo que ela fosse arrancada pelo outro, mas não mudou o seu tom de voz acolhedor e gentil. Depois dessa horrível tentativa de familiarizar com o novo integrante o aventureiro resolveu voltar a conversa com a garota do vento.

- Ei vendedor, tem acessórios para martelos a venda? – A pergunta doce vinda da Poppy que possui uma voz tão eletrizante quebrou o clima de aparência suspeita que Kayn e Ezreal formaram. – Acho que isso será o suficiente então. – Disse ainda alegre após o não do senhor coelho ou seja lá o que isso for. Pegou uma grande porção que custou todo o seu dinheiro inicial.

- Uma lâmina? Que seja, mais uma para a minha coleção não fará diferença. – Talon falou com a lâmina de Doran em mãos.

Os próximos minutos dentro do círculo de invocação foi tomado pela escolha de itens e formação de estratégia enquanto ainda não liberados. Como previsto, Talon e Poppy mal se olharam, e quando se olhavam era com ódio, ódio de nações, uma Demaciana e um Noxiano não se dariam bem em nenhum universo paralelo. Ezreal conversou com todos na plataforma, até mesmo com Kayn que o tratou de forma tão fria mais cedo, porém parecia mais interessante na loira, pois conversou por um longo tempo com a Janna, ambos pareciam bastante próximos. Um barulho soou, as paredes invisíveis sumiram no ar deixando tanto o time azul quanto o time vermelho passarem.

Todos fizeram o seu caminho para as rotas. Logo nos primeiros minutos oficiais de jogo Kayn tentou ajudar a Poppy em seu topo que lutava contra uma Fiora, a Yordle poderia facilmente ganhar a rota mais cedo com um ganke que a desse a vantagem, infelizmente não foi como o Kayn esperava, conseguiu mandar a Fiora para base sem o seu feitiço flash, não foi ruim, não! Foi ótimo. Mas não era o que o Kayn queria, ele queria impressionar o seu mestre que estava no time adversário, nem que fosse necessário entrar na torre inimiga só para eliminar a Fiora. Por sorte Poppy abominou a ideia de um dive nível dois e deixou claro que não seguiria a chamada.

FIRST BLOOD

Todo a arena ouviu. Poppy eliminou Fiora após alguns minutos que a mesma deu teleporte para a rota. A pequena Yordle recebeu parabéns de toda equipe através dos equipamentos de comunicação dados a cada jogo iniciado, como uma honrada demaciana a Yordle dividiu os agradecimentos com Kayn colocando a culpa de sua vitória no assassino, ela é um amor de pessoa. Após isso o tempo foi confirmando o quanto a Poppy ficava forte nas custas da Fiora enquanto seu time ainda estava tentando evoluir o máximo possível nesse início de jogo tedioso e sofrido tanto para o caçador que teria que lidar com o fato de se for ajudar o meio, daria de frente com o seu mestre, e se fosse bot perderia a paciência com o fato de Ezreal não querer bater direito no time inimigo, quanto para o time que enfrentava muitas brigas e poucas eram beneficente.

Por um longo período o silêncio dominou o campo. A tabela não saiu de zero a um por bastante tempo, até Kayn resolver ajudar o meio que não conseguiu matar o Zed no seu pico de poder mais forte disponível no início, o nível dois. Kayn sabia que se não desse uma vantagem ao Noxiano o veria sendo constantemente explodido pelo seu mestre assim que o nível seis chegasse, a sua obrigação é evitar isso, e assim o fez.

- Talon... Eu estou indo no meio, atraia ele para o mato. – Disse com um aperto no coração, estava ajudando um Noxiano a matar o seu mestre nesse maldito jogo. A ideia de matar o seu mestre já o machucava ainda no papel agora passa-la para a realidade, isso sim é uma bela facada.

Talon fez o que foi mandado, atraiu Zed com a ideia de que inocentemente iria colocar uma warde. Zed pensou muito bem antes de tomar qualquer decisão, ele tinha em mente que aquilo poderia ser uma emboscada por isso suas ações foram cautelosas e bem estratégicas. Chegou perto do mato e atirou uma shuriken, tinha duas pessoas ali, ele conseguiria fugir tranquilamente se a sua tentativa de fuga com uso das sombras foi cancelada por um furacão da Janna que fez um belo jogo tapando umas das rotas de fuga que dava como fonte de defesa a torre azul. O mestre das sombras ficou um pouco surpreso, não esperava que o suporte fosse deixar o seu delicado atirador sozinho a mercê de um Varus e um Taric.

Double Kill para Ezreal.

E sobre o som da locutora, Kayn foi para cima de Zed tentando causar o máximo de dano possível. Foi horrível a sensação de bater naquele que o treinou com tanto fervor, sim ambos já tinham batalhado, mas isso foi em treinamentos onde o objetivo era ensinar e doutrinar Kayn para que um dia comandar o clã das sombras no lugar do Zed, nesse momento o objetivo era matar o seu mestre pra dá ouro e vantagem por um noxiano, o povo que fez Ionia queimar durante anos, mesmo Kayn não sendo de Ionia foi treinado e tratado como um. Essa é a segunda experiência com os campos da justiça e Kayn não estava gostando, ele está abominando a ideia de jogar lá todos os dias por motivos estúpidos e que nem ele sabia direito.

Zed percebeu que já estava morto e a melhor coisa a se fazer era virar o máximo de dano possível na Janna que percebeu a tentativa de dano e logo se defendeu com o seu pássaro e outro furacão, é muito controle de grupo para um simples Zed nível cinco. Com a sua única chave de fuga em recarga aceitou a morte pelas mãos de seu aprendiz, o seu feitiço de invocador sozinho não seria uma garantia de uma fuga. Simplesmente o mestre das sombras parou. Kayn poderia facilmente mata-lo, mas a quantidade de adrenalina subiu a cabeça, em nenhum de seus treinamentos o aprendiz conseguiu deixar o seu mestre sem nenhuma rota de fuga. Isso poderia ser mais um de seus treinamentos onde ambos se levantariam e receberia os parabéns de seu mestre, mas não era. Kayn estava tão perto de seu mestre que conseguiu ouvir a respiração de Zed que para a sua surpresa estava calma e lenta, como se a sua derrota não fosse algo tão espalhafatoso como estava sendo para o aprendiz. Zed estava calmo e através de sua máscara de ferro observava Kayn que nesse momento lutava contra a sua mente e Rhaast que parecia ter acordado, e não poupou o pobre Kayn de ser perturbado pelo espirito da guerra. Já era difícil matar o seu mestre agora tendo os olhos avermelhados o observando enquanto Rhaast fazia comentários nada agradáveis sobre quem estava esperando a espada Darkin travar o seu destino.

Janna tinha toda a paciência do mundo para esperar a morte que confirmaria a sua volta para o bot, mas Talon não. A sombra da lâmina tinha uma pequena vantagem de XP graças ao seu nível dois onde avançou em cima do Zed, não o matou, porém o fez recuar e mandou várias tropas para o seu fim na torre, matando-as junto com a sua XP. Nesse momento foi definido que Talon estava na frente em questão de XP de Zed, e agora, isso se mostrou mais útil do que o esperado. Com um nível a mais que Zed, Talon abriu o seu círculo de lâminas e pulou no mestre das sombras o executando em um só golpe.

Kayn obviamente não gostou da ideia. Não foi porque o Talon matou o seu mestre, não, Kayn até levou a ideia em mente que não conseguiria fazer o mesmo tão cedo, mas foi porque Talon, um noxiano matou o seu mestre. Isso o tirou de si. Qualquer escolha arriscada que Kayn tomou em sua mente foi quebrada com as vozes de todos os integrantes do seu time formando estratégias e parabenizando uns aos outros, qualquer coisa que o assassino das sombras pensou em fazer foi deixado de lado para algo mais importante, os monstros da selva inimiga. Zac apareceu no topo, Kayn não poderia fazer nada, nada além de roubar a selva inimiga.

Com ajuda da Janna que colocou uma sentinela perto do azuporão para revelar o absoluto nada. A garota dos ventos jogou seu pássaro no monstro e voltou base. Demoraria um pouco para fazer se não fosse Talon o ajudando, mas com a clara intenção de pegar o buff. Kayn não poderia negar ao mid uma garantia de vantagem sobre o time adversário, sobre o seu Zed.

Graças a vitória da Poppy, Kayn ficou livre do topo, porém por mais estava contra o seu mestre que não era burro e fez o máximo para não se eliminado. No fim, Talon só conseguiu mais dois abates em cima do Zed e isso só era com ajuda do seu time. Já no bot que mesmo com vantagem não se atirava facilmente para cima do time inimigo com a desculpa de Ezreal que não acreditava no seu dano mesmo com aqueles dois abates conseguidos mais cedo. Foi frustrante a quantidade de gankes dados pelo Kayn que falharam graças ao seu atirador recuar com medo de não ter o dano necessário. Kayn sempre foi calmo, mas Rhaast não.

O Early game estava acabando e para marca-lo Kayn resolveu sola o dragão da montanha mesmo com os avisos do Talon que o Zed e Zac sumiu e que seria melhor fazer com o atirador e o suporte. Ignorando esses avisos, Kayn começou e terminou em completa paz, bem, pelo menos até virar de costas e da de cara com o seu mestre. Com pouca vida a sua morte era certa, então se recusou a usar o seu feitiço flash. Zed executou o seu famoso combo, mas só ele não conseguiu abater Kayn, era necessário mais um pouco de dano que o mestre iria dá.

Com o Rhaast dizendo-o para lutar e o chamando de fraco e Zed se aproximando Kayn não pensou duas vezes em aceitar de braços abertos a sua inevitável morte.

Agora cara a cara com o seu mestre o ouviu dizer o que lhe quebrou.

- Você me decepcionou hoje Kayn. – Disse naquela calma e suavidade que graças a sua máscara e também pela voz conseguia sair de forma amedrontadora.

- Não foi só você. – Rhaast falou, mas foi brutalmente ignorado.

- Você deve apenas aceitar a sombra não sentimentos.

Um aliado foi eliminado

O Early game foi marcado pelo dragão feito solo pelo Kayn que logo em seguida foi eliminado da pior forma possível, uma forma que deu corda a Rhaast lembrar tudo que Kayn gostaria de esquecer. O meio do jogo começou, o meio já tinha levado sua primeira torre e junto com ela o caçador inimigo, o topo tinha levado duas torres e abatido a Fiora centenas de vezes enquanto o bot, o bot parecia que ainda estava no início do jogo. Kayn precisava fazer algo sobre isso, um ganke já seria o suficiente para levar a primeira torre.

Assim que matou todos os seus monstros já desceu em direção ao bot enquanto ironicamente Poppy e Talon trabalhavam juntos para destruir o Arauto do Vale, essa call não foi a das melhores, o Zed e a Fiora lutaram bravamente para contestar o objetivo, conseguiram levar o Talon como mais um abate para o seu time. Fiora foi com a intenção de dar o último e vitorioso golpe, mas Poppy garantiu que esse último golpe fosse para o seu time, assim que matou o Arauto e o capturou foi eliminada pelo Zed. O resto do time não reclamou da call, ela poderia ter sido pior.

Kayn chegou no bot atravessando paredes e distribuindo dano para o atirador inimigo. Janna deu o máximo de lentidão possível em Varus que virou todo o seu dano e ultimate nela.

Janna foi eliminado por Varus.

Kayn já alterado gritou com Ezreal que errava mais os tiros que o Blitz do jogo anterior. O loiro com o susto que levou dos gritos ultou errado levando apenas o Taric para a sua morte, mas não antes do homem dos cristais o estulna-lo. Varus até tentou fugir, mas Kayn não deixou.

Douple Kill para Ezreal

Ezreal jogou os braços para o alto e comemorou. Com ajuda do seu caçador puxou a rota e quebrou a primeira torre ao mesmo tempo que Zed e Fiora destruíram a torre do topo. Janna assim que surgiu foi para o topo segurar os dois ao lado de Poppy deixando Ezreal nas mãos do Kayn que não estava no melhor do seu humor.

Kayn de última hora resolveu fazer o dragão, ele queria sola-lo novamente, mas o loiro aventureiro como um ótimo companheiro de equipe foi com a intenção de ajudá-lo. Infelizmente, Kayn estava no ápice da sua raiva e quando recebeu a mão amiga do Ezreal em seu ombro simplesmente explodiu, entrou em erupção igual ao de um vulcão.

- Ei, amigo, lutamos muito bem agor...

- Vai para a base garoto. Sei fazer as coisas sozinho diferente de você. – Kayn o interrompeu igual a da primeira vez, só que dessa vez Ezreal não aceitaria calado.

- Ok! Agora já foi demais Kayn! – Suspirou fundo e engoliu as palavras rudes que seriam ditas se ele não tivesse parado um segundo para pensar e enterrar todas essas palavras para trocar por novas. – Olha eu sei muito bem como você se sente, ok?

- Você não sabe de porra nenhu...

- Eu também não gosto de está jogando contra quem eu amo e me rejeitou! – Gritou de uma só vez, ejetou aquelas palavras mais como um desabafo do que uma forma de acalmar o Kayn. Isso era algo que o loiro guardava para si mesmo e só contou a Janna e se segurava para não contar a ninguém além dela, mas sabia que só ela sabendo disso não iria livrar o peso da rejeição que pesava nas suas costas. – Desculpas, eu não pretendia dizer isso, eu-eu.

- Então... – Kayn finalmente teve a respostas do porque o Ezreal estava tão avoado na rota, o porque dele recuar toda vez no ganke. – você e o Taric?

- Sim. Estamos no mesmo barco amigo.

- Ei! Vocês dois, o que estão fazendo aí? Voltem para a base, vamos tomar um dive! – Alertou Talon através dos equipamentos de comunicação.

Ambos voltaram para a base. Kayn ainda estava avoado, pensativo, enquanto Ezreal retomou aquele ar amigável de sempre. Com um sorriso estampado no rosto o loirinho deu a opção de soltar o Arauto no topo com a intenção de leva o inibidor, mas Poppy retrucou e disse que seria melhor no meio para levar até a T3. Durante a conversa da Yordle com o aventureiro o time inimigo levou a segunda torre do topo. Foi uma péssima ideia parar de defender a torre para bolar uma estratégia.

O meio do jogo já começou. Talon avançava o mid com a intenção de trazer Zed que cada vez mais rodava o mapa querendo crescer no jogo. Poppy soltou o Arauto no topo e mesmo com três pessoas tentando parar o monstro do vazio conseguiu levar o inibidor. Ezreal ao lado da Janna puxava bot e batalhava com o time na hora certa. E Kayn, apenas acompanhou o seu time sem falar uma palavra, apenas obedeceu mesmo que não devia a chamada do noxiano, matar o Baron com o caçador inimigo desaparecido.

Janna não gostou da ideia, mas estava em menor número, então não podia contestar. Com a Poppy tomando a maior parte do dano que o Baron não tinha piedade de despejar em cima da Yordle, o time iniciou e terminou o objetivo na tranquilidade. Todos menos o assassino das sombras foram para a base, deixando Kayn lá, perdido em seus pensamentos.

O jovem assassino estava recapitulando tudo que lhe aconteceu antes de entrar nos campos da justiça. O dia que foi encontrado ainda criança por quem mais tarde amaria com todo o seu coração. Se lembrou quando Zed e Shen se tornaram inimigos, e principalmente se lembrou que escolheu ficar ao lado de Zed. Kayn gostava do Shen, mas amava o Zed desde pequeno. Esse seu amor foi confundido com admiração, todas as vezes que contestava esse sentimento pelo seu mestre ele se lembra de sempre dizer para si mesmo que é admiração, o pior e que ele não aprendeu a falar isso para si mesmo com outras pessoas, Kayn nunca teve muitos amigos e isso o levou cada vez mais perto do abismo que sempre tentou tapar com falsas desculpas e explicações. Ele demorou um bom tempo para aprender a não ouvir a si próprio e quando aprendeu não perdeu mais seu precioso tempo que gostaria de estar passando ao lado de quem sempre amou, pena que Zed não pensou do mesmo jeito. O mestre das sombras o rejeitou sem dar a chance de deixar ele terminar a sua confissão, apenas o rejeitou com o seu olhar frio e fazendo uso da voz mais fria e insensível que tinha controle. Kayn se sentiu um lixo. A única pessoa que o jovem assassino amou não pensou muito para rejeita-lo, isso quebrou Kayn igual a uma criança quebra uma boneca Barbie. Ele não chorou, não se sentiu injustiçado, não imaginou cenários lindos onde Zed diria sim e viveriam o mais lindo mundo cor de rosa, não. Kayn não é igual ao Ekko que largou a Jinx em seu surto de loucura e seguiu em frente. Kayn não é igual a Lux que foi rejeitada pelo aventureiro e já ficou de olho em um certo comandante noxiano mesmo sendo uma pura loucura. Kayn não é igual a Ahri que foi rejeitada no meio dos campos da justiça pelo Wurkong e deu uns amassos na Sona em frente do Lee Sin, graças a Deus que ele não consegue ver. E muito menos é igual a Ezreal que mesmo rejeitado continuou com a sua aura amigável. Kayn só se sentiu morto por dentro. O jovem assassino poderia fazer tudo milhares de vezes, mas somente ao lado de Zed sentiria como se tudo fosse novo, como se fosse a primeira vez. Kayn estaria mentindo se dissesse que conseguiria ama alguém que não fosse o seu mestre.

Perdido pela sua mente abatida não ouviu o chamado desesperado Ezreal para contestar o dragão ancião que estava agora na mão do time azul. Nem as piadas do Rhaast e os xingamentos disfarçados do Talon acordaram Kayn de sua caminhada na sua confusa (e tão perdida quando ele) mente. Assim que sentiu a pontada de dor em sua barriga foi capaz de retornar ao seu estado normal apenas para ver o seu mestre lhe perfurando com aquelas garras de aço. Sinceramente, Kayn poderia afirmar que não foi o golpe a parte mais cruel, não. A parte mais cruel foram as palavras ditas enquanto era abatido. Zed estava lhe dando um belo sermão sobre o fato de seu aprendiz se recusar a lutar contra o mestre, mostrar dor em seu olhar na hora de abate-lo.

Enquanto Zed fazia o seu lindo monólogo Kayn pensava no quanto estava ferido emocionalmente para falar mais um vez como se sentia na esperança que dessa vez, somente nessa vez, fosse ouvido pelo seu mestre que na última vez nem o ouviu até o final para ter certeza que sua resposta seria não. Rhaast não perdeu tempo e usou e abusou de todo o seu conhecimento para mexer no psicológico do jovem assassino ao mesmo tempo que os chamados de Ezreal soavam pelo equipamento de comunicação. São três vozes que tentavam se comunicar com Kayn que aos poucos abandonava aquilo que um dia já chamou de sanidade para abraçar a ideia da completa loucura. Estava cansado de falar e mesmo que tivesse vontade nunca seria ouvido pelo seu mestre que todas as vezes desviava de suas declarações como um adolescente desvia de uma garota feia perdidamente apaixonada. Kayn simplesmente chutou o balde quando viu um dos braço de seu mestre se mover para dar o golpe final, o pegou pelo braço que tinha as garras de aço atravessando sua carne e subiu com pressa a máscara de metal para rouba-lhe um beijo que por parte de Zed foi inesperado, e por parte do Kayn foi incrível. Não houve línguas (para a tristeza do Kayn) foi apenas um beijo inocente similar aos de crianças. A última coisa que viu naquela partida foi os olhos avermelhados de seu mestre com algum tipo de emoção ali, não saberia descrever como os olhos de Zed conseguiam parecer abatidos ao mesmo tempo que surpresos. Tinha uma espécie de brilho em seus olhos assustadores que Kayn julgava serem belos.

Um aliado foi eliminado.

Kayn ficou morto por tempo suficiente para a sua equipe com o buff roxo puxar o meio até o núcleo principal. Mesmo com Ezreal na base esperando para consolar o seu mais novo amigo o time levou o núcleo com os protestos de seus inimigos e finalizaram o incrivelmente cansativo jogo.

Assim que Kayn ressurgiu dos mortos apenas para se apoiar no ombro do loirinho que se sentiu um belo de um anão. Talon quando voltou base para poder se retirar do campo deslumbrou da bela cena do assassino das sombras com os braços sobre os ombros delicados do aventureiro que tinha as suas mãos descansando nas costas do outro. Talon riu ironicamente chamando propositalmente a atenção do “casal”.

- Eu não sabia que Kayn superaria aquela rejeição tão rápido. – Talon falou friamente.

- Talon... Ezreal você contou? – Kayn disse visivelmente alterado.

- Não! E que... – O loiro olhou nos olhos de Kayn e respirou fundo para tomar coragem para falar. – Todo mundo viu a cena. O nosso time. O time inimigo. Todo mundo. – Ezreal se sentiu bem por conseguir falar sem gaguejar qualquer palavra em um momento crítico como esse.

- Belo beijo... – Disse enquanto mexia no dispositivo de tele transporte. – Pena que você morreu logo depois. – E se foi.

Kayn fuzilou o assassino noxiano com os seus olhos e desejou do fundo do seu coração corrompido que o seu olhar fuzilador fosse capaz de ultrapassar a velocidade do dispositivo de tele transporte. Ezreal suspirou e soltou uma risada forçada, mas ainda sim uma risada. As mãos do aventureiro puxou o rosto do assassino para obter toda a sua atenção, tal que estava sendo gasta para contemplar o nada que Talon havia deixado.

- Ei, esquece ele. – Sorriu. – Eu acho que ele gostou de você. Talon não é de fazer piadas para qualquer um.

Kayn bufou.

- Que seja. Eu vou para o templo. – Falou já puxando o dispositivo de tele transporte.

- Espera! – Gritou sem a intenção de gritar. Se recompôs quando notou o olhar brevemente confuso sobre ele. – E-eu... Você é novo por aqui então ninguém vai te contar por agora – Olhou para o chão por questões de não querer olhar diretamente no rosto de seu mais novo amigo, ele lhe causava um certo desconforto. – Ainda mais depois daquela cena com o Zed. – Murmurou.

- O quê?

- Nada!

- Tenha piedade da minha alma e conte logo! – Rhaast gritou assustando Ezreal que jurava com o todo o seu coração puro que estava completamente sozinho com o seu mais novo amigo.

- Quem disse isso? – Perguntou com a cara tendo uma leve mistura de assustado com curioso. Kayn balançou a foice. – Há tá. Bem, retomando. Tem um bar que todos vamos a noite.

- Você não tem cara de quem...

- Eu não bebo. – Olhou para Kayn e sorriu. – Não muito. Eai? Você quer ir?

- Tanto faz.

- Maravilha. – Puxou o seu dispositivo e começou a tagarelar. Kayn nunca foi um bom ouvinte de alguém que não fosse o seu mestre, então só conseguiu ouvir as cinco primeiras palavras. – Vou te passar as coordenadas.

*********

O bar é naturalmente fedorento, geralmente ele fede a álcool e não muito mais que isso, alguns que o Kayn visitou com o seu mestre se atreviam a feder a sexo e drogas. Aquele bar fedia a álcool e tudo mais que tem direito, sexo, drogas, mágica e várias outras coisas que Kayn não conseguiria descrever. O que o bar não tinha de mobília caras, ou melhor, quase não tinha mobília, ele compensava em tamanho, capaz de servir todos os campeões da liga ao mesmo tempo. Em todos os lugares tinha pelo menos uma pessoa da liga, ora conversando, ora dando uns amassos (Ahri nunca perderia tempo com conversas), ora olhando para Kayn da pior forma possível apenas para fazer comentários com a pessoa mais próxima.

Ezreal notou os olhares sobre o seu amigo. Bateu o cotovelo de leve no braço de seu amigo. Kayn olhou para o loiro.

- Ignora eles. – Sussurrou.

- Como se espalhou tão rápido? – Perguntou Kayn.

- Bem... Os organizadores gravam e postam no JustTube.

- Alguém ver essa merda? – Kayn e Rhaast perguntaram em coro.

- Não... A princípio não.

- Ei! Ezreal! – Um apostador de cabelos longos, mas obviamente homem pela sua cara que o jovem assassino teve que admitir para si que é incrivelmente sexy. Chamou o aventureiro.

Ezreal acenou para o apostador e o cumprimentou, não de uma forma educada, e sim como de amigos. O loiro como um frequentador ácido do bar já tinha suas amizades por ali e como esperado todos na mesa que o apostador estava conheciam o garoto. Não perderam tempo com conversa fiada e já perguntaram sobre quem estava acompanhado o seu amigo e aproveitaram para zoar o beijo que rodava o JustTube. O aventureiro repreendeu o comportamento de seus amigos, mas foi igualmente zoado. Depois de tudo o loiro finalmente apresentou Kayn ao grupo de amigos de bar.

- Esse é o Kayn. Kayn esse é o Twisted Fate, aquele é o Graves e quem tá do lado dele é a Vi, e esse aqui é o Ekko. – Deu uns tapinhas no ombro do cara não tão longe do Twisted Fate.

- Quanto mais para a matança melhor! – Falou Rhaast.

Todos na mesa olharam torto para Kayn.

- Ignore ele. – Balançou a foice.

- Você se sente com sorte hoje Kayn? – Twisted Fate perguntou com a mais óbvia intenção de convidá-lo para jogar.

- Fui rejeitado duas vezes em um único dia, eu beijei quem me rejeitou em frente a câmeras que eu nem sabia que existiam e fui morto logo em seguida, todos me olham estranhos e fazem piadas e para piorar, eu durmo não tão longe do quarto dele. Se isso for considerado sorte em sua cidade então sim, estou com uma puta sorte. – Disse calmamente com um leve tom de seriedade na voz. Kayn não tinha nenhuma intenção de tirar o clima minimamente confortável do grupo, mas tirou. Kayn só queria deixar claro que esse momento de sua vida não precisava de piadas horríveis e perguntas estúpidas. Por sorte, Twisted Fate riu e alisou as duas cadeiras ao seu lado.

- Aproveite a sua sorte. – Disse Twisted Fate com um sorriso estampado no rosto.

Kayn aproveitou. Sinceramente, o jovem assassino entrou naquele jogos de azar tentando tirar a sua mente de tudo o que aconteceu nessas últimas horas. Ele realmente pensou que jogando poderia tirar a sua cabeça de toda a merda onde estava enfiado. Jogou de pôquer até dominó e em todos os jogos estava perto do seu mais novo amigo. Depois de um tempo começou a ficar entediante. Twisted quase sempre levava as rodadas de todos os jogos e isso tirou a graça da brincadeira. Após todos na mesa concordarem sobre encontrar algo que o Twisted não fosse bom entrou pela porta da frente um bolo de gente. Entre tantos estava Taric acompanhado de um qualquer que Kayn não distinguiu se era homem ou mulher. Todos além do loirinho perceberam a presença do homem das gemas no bar e tentaram da forma mais estúpida não olhar para ele, não chamar a atenção do amigo que estava distraído até Vi rir e falar algo incapaz de ser ouvido pelos sentidos do loiro. Ezreal olhou torto para os seus amigos e percebeu os seus olhares para alguém que estava atrás de si. O loiro tentou olhar de relance, mas foi impedido pelos seus amigos. De todos, Kayn realmente não tinha ideia do quanto a presença do Taric abalava o Ezreal e provavelmente nem se importaria, isso somado ao calor do jogo fez Kayn nem pensar nas palavras que saíram da sua boca quando o loirinho perguntou baixinho para o seu amigo o que estava acontecendo. Naquele momento era Kayn contra o Twisted que se vangloriava de suas vitórias, Kayn queria cala-lo com algo a altura e pouco se importava com o resto.

- É só o Taric. – Respondeu sem veraneio a pergunta do seu amigo. Era nítido o quanto Kayn se importava com aquilo.

O aventureiro rapidamente olhou para trás e viu Taric acompanhado de um qualquer que nem sequer tentou descobrir quem era. Passou um pequeno tempo olhando para o Taric mesmo com os seus amigos de bar tentando chamar a sua atenção, mas foi rapidamente notado pelo homem das gemas que sorriu enquanto acenava para o aventureiro que desviou o olhar e se encolheu na cadeira, a sua vontade de sumir foi tão grande. Kayn recebeu um belo de um pescotapa do Ekko. O jovem assassino realmente não estava compreendendo a situação. Kayn achava que Ezreal sempre tinha essa aura calma, amigável e aventureira ao seu redor e que ela não se abalaria tão fácil, ainda mais por um homem. A sua visão de Ezreal era genérica e pobre, algo superficial e facilmente destrutivo.

- Hey, garoto. – Twisted Fate chamou. – Não precisa ficar assim, pode afogar as mágoas com a menino Ekko.

- Não curto piroca. – Ekko respondeu. – Nada contra! – Ao garoto notar a forma que falou cuspiu as palavras da forma mais rápida que conhecia. Parecia que estava fugindo de uma acusação precipitada.

- Podemos apenas continuar o jogo?

Kayn nesse momento bateu na mesa vitoriosamente as suas cartas sobre a bela trilha sonora das risadas do Rhaast. Foi um Fullhorse.

- Esse jogo acabou. – Rhaast falou.

- Boa jogada. Não esperava que fosse tão baixo a esse ponto. – Twisted riu e jogou as cartas. Nada capaz de bater o belo jogo de Kayn. – Eu gostei de você.

- Então... Um novo jogo? – Ezreal perguntou.

- Que tal um que envolva bebida alcoólica? Vocês sabem que estou me coçando para beber um belo drink sem que a docinho saiba. – Vi comentou batendo três garrafas de vodka na mesa. – Feita pelo melhor, Gragas.

- Você sabe que eu não bebo muito. – O aventureiro olhou para a Vi.

- Não vamos te forçar, Ez. – Ekko bateu no ombro do amigo. – Álcool nesse momento pode ser bom para você sabe, esquecer.

Kayn observou que durante a conversinha do Ekko para tentar convencer o loiro, os sussurros na mesa rolaram. Algo estava fedendo e não era o bar.

- Vamos fazer assim: um jogo de acertar a bola no copo. Quem errar tem que beber um copo de vodka. – Twisted pegou sete copos e uma bola vermelha e pós sobre a mesa. Um copo no centro e deu o resto para cada um presente na mesa.

Kayn não se ligou na conversa seguinte que era sim bem inútil para alguém que apenas estava tentando não bater de frente com um certo ninja em casa. Enquanto Vi e Twisted discutiam as regras, o jovem assassino pensava em como poderia dominar Rhaast, sim, aquele não era momento de pensar nisso. Antes da polícia e o apostador baterem firme na mesa com as regras formuladas, Ezreal puxou Kayn pelo ombro e sussurrou em seu ouvido.

- Não me deixa beber muito, ok


Notas Finais


Vocês podem por favor me dizerem suas críticas? Espero ansiosa por minhas futuras melhoras.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...