História Stay With You - Imagine Bang Chan - Evidences

Provas

HWANG S/N

Fazem cerca de duas semanas desde que Zach foi preso, e felizmente meu pai ainda não conseguiu libertá-lo. Christopher e eu ainda estamos um pouco atordoados, mas com o tempo passando estamos tentando permanecer bem.

Dias atrás, recebi uma ligação de minha madrinha. Ela estava preocupada comigo, pois sabia do ocorrido e queria me ver, então nessa visita percebi uma oportunidade de conseguir provas contra meu pai. Pedi que Hae conseguisse alguns documentos que estavam no escritório, e com sucesso ela os entregou para mim.

Tendo os endereços em mãos, decidi que visitaria algumas vítimas e tentaria as convencer a darem seu depoimento. De acordo com um amigo advogado, se obtermos o testemunho de pelo menos três das mulheres, podemos finalmente acabar com meu pai, embora a prisão seja meu segundo plano para ele.

Nesse momento, me encontro em frente à uma porta, buscando forças para falar com mais uma mulher que sofreu nas mãos do homem que costumava ser meu herói...

— Já vai! — Escutei uma voz feminina e aceitei minha postura, esperando que viessem me atender. — V-Você?!

— Boa tarde. — Sorri. — Peço desculpas por estar incomodando, mas você conhece Park Minjae?

— Sim, é a minha mãe.

Quem me atendeu foi uma garota, que apresentava ter cerca de dezesseis anos. Ela me explicou que sua mãe havia ido ao mercado, mas que eu poderia entrar e esperar caso quisesse.

— E-Eu ainda não acredito que você 'tá aqui. — Ela, de repente pareceu um pouco envergonhada. — Eu sou Park Minji, uma grande fã sua.

— Ah, fico feliz em ouvir isso.

A Park então me guiou até uma quarto, que presumi ser dela. Haviam vários posters meus pelas paredes, revistas empilhadas em uma prateleira, junto com outras coisas. Ver tudo aquilo, acabou me emocionando.

— Você é sempre tão maravilhosa nas fotos, e euu nunca perco uma edição das revistas! — Ela então me estendeu a última edição, perguntando se eu poderia autografar. — E você sempre diz que toda garota pode ser o que quiser, não importa a aparência, isso sempre me inspira.

— Bom, alguém acreditou em mim no passado, então nada mais justo do que acreditar nos outros também. — Terminei de autografar. — Desculpe interromper esse assunto, mas será que posso fazer algumas perguntas sobre sua mãe?

— Hm, claro. — Minji me convidou para sentar.

— Bom, sua mãe trabalhou para os meus pais quando eu era criança, mas ela se demitiu repentinamente após seis meses, você sabe o motivo? — A cada palavra minha, a feição da garota à minha gente, foi ficando mais séria. — Caso não queria falar sobre isso, eu vou respeitar, claro.

— Não, tudo bem... — Ela suspirou. — Eu não sei direito o que aconteceu, porque eu só tinha dois anos, mas pelo o que minha mãe contou, o motivo da demissão foi porque o chefe dela fez coisas ruins e a mulher dele a culpou, sendo que minha mãe era a vítima.

— Entendo. — Uma vontade imensa de chorar me invadiu. — Bom, eu creio que sua mãe vá chegar logo, então porque não a esperamos na sala?

— Claro.

Jogamos conversa fora por alguns minutos, até Minjae chegar. Eu não a reconheci, mas me levantei assim que a mesma passou pela porta. Seu olhar passou sobre mim de uma forma estranha...

— Min, eu já disse para não deixar pessoas estranhas entrarem...

— Mas ela não é estranha! É a S/n! — A Park mais nova se pronunciou. — Ela quer falar com você... Parece que você trabalhou na casa dos pais dela antigamente.

Então, Minjae me olhou com os olhos arregalados. Ela parecia totalmente chocada, talvez estiivesse se lembrando...

— Eu imagino que tenha se lembrado de mim... — Encarei o chão, tímida. — Podemos conversar?

── • ◆ • ──

A Park preferiu que nossa conversa acontecesse em um local mais reservado, para evitar que sua filha escutasse alguma coisa. Então, fomos até uma cafeteria mais afastada, onde não há muito movimento no horário.

Assim que nos sentamos, contei a ela o motivo pelo qual a estava procurando e também que sabia de tudo o que ocorreu no passado.

— Entendo. — Disse. — Então você quer reunir provas contra seu pai.

— Sim, eu não posso aceitar as coisas que ele fez. — Senti um aperto em meu coração. — Ele está apenas vivendo tranquilamente, enquanto vocês permanecem com os danos físicos e psicológicos.

— Eu fico muito contente por saber que eles pelo menos tem uma filha boa como você... — Ela segurou uma de minhas mãos. — Lembro de você, tão pequena, frágil, inocente. Foi uma surpresa quando minha filha me mostrou essa mulher que você havia se tornado.

— Falando nela, é um amor de menina. — Não contive um sorriso. — Adorei conhecê-la.

— Ela gosta muito de você... — Afirmou. — Enfim, eu percebi que você era diferente quando o escândalo no seu casamento aconteceu, afinal claramente seu pai estava lhe obrigando a se casar, e o Hwang quase te agrediu, mesmo na frente de todos.

— Aos poucos pude descobrir o monstro que ele era, e também que minha mãe o apoiava ao invés de ajudar a punir. — Falei com decepção. — Eu privei minha própria felicidade para protegê-la, sendo que no fim ela sabia de tudo.

Contei tudo o que meu pai havia feito de ruim para a mãe de Christopher, também falei sobre Savannah, sobre Zach nos perseguindo e por fim, da tentativa de assassinato contra meu namorado.

— Então ele não poupa nem a família das maldades... — Minjae ficou perplexa.

— Meu pai atacará qualquer um que ficar em seu caminho, essa é verdade.

— Eu sinto muito pela família que você tem... — Percebi tristeza em seu olhar. — Agora falando sobre meu depoimento, eu aceito falar com o seu advogado... Tudo para que aquele maldito pague pelo o que fez.

Jisung havia me pedido para gravar a conversa, e depois ele chamaria as mulheres para conversar pessoalmente. Estávamos prestes a nos despedir, mas Minjae me perguntou sobre as outras, então lhe contei que não obtive sucesso.

Visitei outras duas, no entanto mal quiseram me receber, o que não acho errado, sabendo de quem sou filha. Elas demonstraram imensa raiva, mas também medo.

— Me de os endereços e eu falo com elas... — Pediu. — Talvez se me ouvirem, se convençam de que isso poderá ser nossa vingança.

— Muito bem, te darei. — Caminhamos para fora do estabelecimento. — Agradeço pela ajuda...

— E eu agradeço por estar fazendo justiça. — Ela deixou um beijo em minha testa. — Acredito que você é a chave para acabar com seu pai, então espero que tudo de certo.

── • ◆ • ──

Após esse dia cansativo, decidi ir até a residência de meu namorado. Tudo o que precisava era de um banho, e por fim dormir agarradinha com Christopher.

— Oi, vida. — Chan disse assim que abri a porta do banheiro.

— Posso tomar banho com você? — Indaguei com a voz cansada.

— Não precisa nem perguntar. — Ele abriu uma das portas do box para que eu pudesse entrar, e assim que me despi, o fiz, abraçando o Bang logo em seguida. — Como foi lá?

— Consegui uma testemunha, e ela vai tentar falar com as outras. — Expliquei entrando embaixo do chuveiro. O contato repentino com a água, fez minha pele se arrepiar. — Mas vamos mudar de assunto... Você disse que tinha decido aceitar o emprego que a Natalie ofereceu.

— Bom, minha mãe sempre me disse que em certas horas devemos engolir o orgulho e aceitar as oportunidades que a vida nos dá. — O Bang fez carinho em meu rosto. — Se eu não gostar, saio na hora.

— O que você decidir, está bom para mim. — Puxei o rosto do mais alto e o beijei lentamente. — Eu vou te apoiar sempre, Chan.

— Obrigado por isso, meu amor. — Ele sorriu. — E também agradeço por estar fazendo justiça pela minha mãe e as outras mulheres.

— É nelas que estou pensando acima de tudo. — Afirmei. — Não é só uma vingança por mim... Ele vai pagar caro, Chan, eu prometo.

Continua...