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História Stay With You - Imagine Bang Chan - "I'm Sorry"


Escrita por: MariSakamaki

Notas do Autor


Boa noite, anjos? Tudo bom?
Vim aqui com mais um capítulo fresquinho para vocês.
Espero que gostem ☺
Boa leitura :33

Capítulo 28 - "I'm Sorry"


Fanfic / Fanfiction Stay With You - Imagine Bang Chan - "I'm Sorry"

"Me Desculpe"

HWANG S/N

Há muito tempo não sentia tanta felicidade como agora. Não sei se os hormônios da gravidez já estão dando as caras, mas por algum motivo, não consigo parar de chorar. Nesse instante, estou na cidade. 

Saí com intenção de adiantar os preparativos para o meu casamento, mas enquanto passeava, acabei encontrando uma nova loja que foi aberta recentemente, e nela vendem exclusivamente apenas itens para bebês. 

Não hesitei em entrar, e agora estou babando pelas roupinhas e mantas, e ao mesmo tempo me sinto emocionada, afinal serei de fato mãe em alguns meses. 

— Moça, 'tá tudo bem? — Uma funcionária se aproximou de mim, após notar minha inquietação. — Está passando mal? 

— Oh, não. — Suspirei, tentando me acalmar. Em poucos minutos consegui voltar a mim. — Apenas fiquei emocionada, sabe... Descobri recentemente que estou grávida. 

— Ah, meus parabéns! — Ela pareceu ter ficado animada. — Isso me faz lembrar de quando engravidei... Foi felicidade pura. 

— Você tem filhos, então? — Perguntei surpresa. — Você parece tão nova... 

— Uma filha, Haeun. — Ela levou a mão esquerda até o bolso da calca, de onde retirou um telefone. Breves instantes depois, ela me estendeu o aparelho, que mostrava uma foto de uma pequena menininha. — Ela tem dois anos. 

— É muito linda. — Comentei. 

— Sim, ela é... — Seu olhar de repente se tornou um pouco vago. — Como você havia dito, eu sou mesmo nova. Haeun nasceu quando eu estava com vinte anos, e como deve imaginar não foi planejada. 

Seu tom de voz mudou. 

— Meu namorado aceitou bem a ideia e iríamos morar juntos, porém ele recebeu uma oportunidade irrecusável de emprego, mas fora do país, e sem hesitar... Ele foi. — Ela me olhou. — Haeun não conhece o pai, apenas por fotos, isso é de fato é bem triste... 

— Eu sinto muito. — Coloquei uma mão no ombro alheio, em forma de apoio. — Mas você anda fazendo um bom trabalho... Se nota que ela é uma menina forte e está bem cuidada. 

— Bem, eu dou meu jeito. — Ela guardou o celular. — Ela é meu tudo, então tudo o que puder fazer por ela, eu irei. 

Palavras de uma verdadeira mãe, pensei. 

— Bom, ainda tenho muitos meses pela frente. — Mudei de assunto e levei minha mãos até minha barriga. — Mas com certeza, quando a data do nascimento estiver se aproximando... Pode apostar que virei aqui comprar algumas coisinhas. 

— Quando vier, procure por mim, Sohye. — Disse. — Vou lhe mostrar os melhores e mais bonitos modelos para o seu bebê. 

— Muito bem, está combinado. — De repente, meu celular tocou. Logo que olhei no visor, me arrepiei por inteira. — E-Eu preciso atender... Com licença. 

Sohye assentiu e eu saí de dentro da loja um pouco nervosa. 

— Mãe? — Atendi a ligação e deixei o celular próximo de meu ouvido, mas nada foi escutado. — Você está aí? 

O silêncio continuou por algum tempo. 

S/n...— Sua voz estava baixa, e havia soado mais como um sussurro. 

— Mãe, por que você me ligou? 

Quero que venha me encontrar... Precisamos ter uma conversa séria. 

— Creio que temos mesmo que conversar. — Afirmei. — Onde você está agora? 

Se lembra de um famoso hospital psiquiátrico que existe nessa cidade? — Automaticamente abri minha boca em surpresa, mas não pude falar mais nada, pois a ligação havia sido encerrada. 

— O que ela estaria fazendo naquele lugar? — Mesmo que pensasse, não conseguia chegar a uma conclusão. — Bom, de qualquer forma... Melhor ir logo. 


── • ◆ • ──


Dirigi até o endereço e me apressei para entrar. Logo que passei pelas portas, avistei a recepcionista e me aproximei para pedir informação. 

— Olá, bom dia. — Cumprimentei. — Eu... Eu estou procurando pela minha mãe. 

— Qual o nome dela, querida? — A mulher de meia idade perguntou como os dedos próximos ao teclado, assim que lhe disse, o nome de minha mãe foi digitado. — A senhora Hwang deu entrada há dois dias, e se encontra nesse quarto. 

Ela me entregou um post-it escrito o número "307", que presumi ser do quarto onde ela reside. Tentei pedir mais informações, mas a senhora apenas me disse para encontrar minha mãe caso quisesse respostas. 

Acompanhando os números escritos em placas que se encontram nas portas dos quartos, segui por um longo corredor. Enquanto andava calmamente, pude ouvir gritos horríveis, o que me fez acelerar meus passos. A sensação que estar naquele lugar me trazia, era indescritivelmente ruim. 

— Com licença, eu poderia entrar? — Perguntei a um homem alto que estava parado ao lado da porta com o número que havia me sido indicado. — Creio que minha mãe está dentro desse quarto. 

— Claro, entre. — A porta foi aberta. — Qualquer problema, estarei aqui. 

— Certo. — Assenti e adentrei o quarto todo branco. 

Avistei minha progenitora sentada em uma cadeira bem em frente a janela. Suas roupas consistiam em uma camiseta de manga longa e uma calça lisa, ambos na cor branca. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo mal feito, o que me deixou um pouco surpresa. Ao me aproximar o suficiente, pude notar que em suas mãos haviam um buquê de tulipas brancas.

Logo que nossos olhares se encontraram, senti algo diferente. Aquela não era mais a mulher que eu conhecia, aquele olhar tranquilo não pertencia a minha mãe. 

— Sente-se, querida. 

A obedeci. 

— Sei que está confusa, e sei que tem seus afazeres, portanto não tomarei tanto do seu tempo. — Ela virou o rosto, voltando a encarar a janela. — Primeiro, gostaria de te parabenizar pelo seu noivado, coisa que não fiz quando me contou... Segundo, também quero lhe parabenizar pelo o que fez com seu pai, precisou de muita coragem e garra... E você tem muito dessas duas coisas. 

Parecia que um nó esta a se formando em minha garganta, como se eu precisasse ficar calada. 

— Não cumpri meu papel, não cumpri o que prometi a sua vó, minha mãe... — Ela suspirou. — Você não tem conhecimento disso, mas quando Hyunjin nasceu, um não estava nenhum pouco bem... Tive depressão pós parto e não podoa sequer vê-lo, pois o queria longe de mim. 

— Depressão pós parto? 

— Sim, e eu nunca me perdoei por isso, mesmo que de certa forma não fosse minha culpa, então quando estava esperando por você, prometi que nunca a rejeitaria, jurei ser a melhor mãe do mundo a partir dali para os meus dois preciosos filhos. — Seu olhar de tranquilo, passou a ser um pouco vazio. — Sua avó estava doente, você sabe, mas não foi isso que a matou. 

— O quê? — Do que ela estaria falando? 

— Tivemos uma discussão, pois ela percebia o que seu pai e eu estávamos fazendo. — Tudo começou a ser esclarecido. — Ela queria que eu te deixasse livre, queria que eu fosse uma mãe, porém não fui. 

— Então, o coração dela fraco, vocês discutiram, e isso agravou tanto a situação que ela... Morreu? — Indaguei, recebendo um aceno de cabeça como confirmação. — Mas... 

— Sei que deve estar com raiva, mas agora você deve entender porque seu avô não quer me ver nem pintada de ouro. — De fato meu avô demonstrava ter muita raiva de minha progenitora, inclusive no enterro, ele a olhava com decepção. — Isso que chamamos de "família" já não existe tem muito tempo, apenas não percebemos... 

— Você não está com raiva... Digo, pela prisão do meu pai? 

— Não. — Respondeu. — Você fez o que eu deveria ter feito assim que toda essa situação começou. 

— E por que não fez?! — Precisava saber. 

— Porque tinha medo... Medo de tudo... — Sua voz começou a falhar. — Embora seu pai fosse desse modo... Saiba que eu o amo genuinamente. 

— Ele deve ter sido muito bom com você para que mesmo depois de tudo, você o continuar amando. — Concluí. — Mas depois de ter me dito essas coisas, o que pretende? 

— Pretendo não, eu vou. — Minha mãe se levantou da cadeira e se ajoelhou perante a mim. — Me desculpe, S/n... Por não ter sido a mãe que você e seu irmão merecem, por ter te magoado, por ter privado sua felicidade.

Ela me estendeu o buquê. 

— Dizem que flores dessa cor representam um pedido de desculpas, então... — Cheirei as tulipas. — Eu decidi minha penitência. Quero passar os anos que me restam aqui, no mesmo lugar onde a mãe do seu amado foi deixada, tratada como louca. 

— Mas-

Ela me interrompeu. 

— Estou certa disso, e se quer saber, não é nem metade do que mereço. — Ela sorriu, e pela primeira vez, me pareceu sincero. — Agora, vá embora. Esqueça minha existência, e seja feliz do jeito que sua avó sempre quis. 

Ela se levantou e me tomou em seus braços. Um abraço verdadeiro, que não sentia dela há tempo o suficiente para me esquecer da sensação. Logo ela me empurrou brevemente e me direcionou para a saída. Lhe dei as costas e saí do recinto sem olhar para trás. 

De volta no longo corredor, cobri minha boca com as mãos, senão poderia gritar. Foi nesse momento que notei um pequeno papel cair do buquê que segurava, assim que o peguei para ler, notei o número "104".

— De onde será isso? — Segui minha intuição e decidi procurar o quarto com o número indicado. Por sorte não havia ninguém na porta, portanto pude entrar sem maiores problemas. 

Assim que passei pela porta branca, pude encontrar uma mulher de costas para mim. Ela usava as mesmas vestimentas que minha mãe, mas meus cabelos eram curtos. Quando finalmente fui notada, a mulher se virou, causando me uma intensa surpresa. 

— D-Dianne? — Senti uma breve tontura e me apoiei para não cair. — É a senhora mesmo? 

— Hwang S/n. — Quando ela pronunciou meu nome, não me senti desconfortável, o que de fato era estranho, afinal ela sempre o disse com tanto desprezo e deboche. — Não esperava uma visita sua. 

— E-Eu... — Nada. Não conseguia proferir nada. 

— Não fique aí parada, entre e se sente. — Pediu. — A que devo sua presença? 

— Bom... 

Suspirei me acalmando. Não a via há anos, e haviam muitas coisas a serem ditas, mas precisava ser prioritária. Dianne Bang tinha o direito de saber sobre os últimos acontecimentos. 

Com meu celular em mãos, busquei um vídeo que mostrasse toda a exposição sobre os atos de meu pai, o que não foi difícil de encontrar, ainda mais porque tudo estava sendo transmitido ao vivo naquele dia em questão. 

— O que é isso? — A escutei perguntar. 

— Justiça. — Reproduzi o vídeo e permaneci calada, apenas observando as expressões que a Bang tinha em seu rosto enquanto assistia. 

Os minutos pareciam estar passando lentamente como uma tortura, mas assim que o vídeo terminou, um pequeno sorriso surgiu nos lábios da mais velha, durou apenas segundos, mas eu consegui ver. 

— Então você o colocou na prisão? — Ela parecia satisfeita. — Durante esses anos, isolada, eu tive certeza de que você faria isso mesmo. 

Conversamos mais um pouco sobre meu pai, mas então ela trocou o foco. 

— E então? Suponho que esteja casada com aquele Oliver, estou certa? — O fato dela saber disso me surpreendeu. Chris havia dito a ela, afinal. — Meu filho não vem me ver tem muito tempo, a meu pedido. 

— Então a senhora pediu para que ele não viesse mais? — Perguntei, recebendo uma resposta afirmativa. — Sobre sua pergunta, não eu não estou casada, mas sim noiva... Noiva do seu filho. 

— Oh, você o escolheu? — Ela realmente parecia espantada. — Chan parecia tão inseguro na última vez, ele me falou com certeza de que você não o escolheria. 

— Pode ser, mas as coisas mudam, senhora Bang. — Afirmei. — E acredite ou não, hoje em dia, Dylan e Chan estão se entendendo. 

— Hm, isso é assombroso. — Ela se levantou. — Mas me diga, como está meu filho? 

— Ah, muito bem. — Sorri. — Minha ex sogra, que é uma mulher excepcional lhe deu um bom emprego. 

— Fico feliz por isso. — Disse. — Sabe, você mudou tudo, S/n.

— A que se refere? 

— Eu apenas trabalhava sem parar, mal ficava em casa, e mal via meus filhos, tanto que perdi uma, e quase perdi o outro também. — Seu tom revelava o quão culpada ela se sentia. — Se tivesse me dedicado mais à família, talvez tivesse percebido os sintomas da doença, que se fosse tratada no estágio inicial, não teria levado minha pequena Savannah. 

— Não foi culpa da senhora. — Declarei. — Você foi uma mãe guerreira, que criou seus filhos do melhor jeito que pode... E se posso ser sincera, acho admirável. 

— Você é realmente um amor de menina, não mudou nada. — Afirmou. — Mas eu preciso discordar... Você ainda se ofereceu para pagar a operação da minha filha, porém fui orgulhosa e não aceitei... Isso custou a vida de um anjinho que merecia viver muito mais. 

— A senhora estava magoada, não pode se culpar por isso. 

— Posso sim, e me culpo. — Elevou o tom. — E quanto ao meu amado Chan... Se você não tivesse o ajudado, provavelmente teria se acabado usando aquelas porcarias. 

— Eu fiz com muito gosto, porque o amo, e também amava Savannah, por esse motivo quis ajudar com o tratamento. — Me expressei sendo sincera. 

— Você se tornou uma boa moça, S/n. 

— Espero que sim. — Desviei meu olhar. 

— Vocês irão se casar logo, eu presumo. — Dianne parecia curiosa. 

— Sim, agora que não há mais empecilhos. — Demonstrei felicidade. — Viveremos os quatro felizes.

— Quatro? — Perguntou confusa. 

— Ah, bom nós adotamos um cãozinho, o Sunshine. — Lhe contei. — E também... Eu estou grávida. 

— Grávida? — Diante disso, ela se aproximou com pressa. — Eu... Serei avó? 

— Exatamente, e- — De repente uma ideia surgiu em meus pensamentos. — Me diga, senhora Bang... Como está sua avaliação mental? 

— Na realidade, estou cem porcento bem e pronta para sair, porém... Chan entregou a casa onde morávamos, e eu o mandei nunca mais vir me procurar, então não tenho para onde ir. — Sua voz soou triste.

— Se quer saber, tem sim. — Segurei suas mãos. — Eu tenho algumas ideias, e tenho certeza de que Chan ficaria feliz em vê-la novamente. 

Contei a ela brevemente o que estava planejando, e ver sua expressão um pouco animada, me deixou com o coração quentinho. Deixei o hospital psiquiátrico sentindo que estava fazendo a coisa certa. 

— Alô, Jinnie? — Logo que disquei o número, aguardei até escutar a voz de meu irmão. — Você está ocupado? 

Não, princesa. — Ele disse. — Você precisa de alguma coisa? 

— Sim, preciso de ajuda. — Avisei. — Pode encontrar naquela sorveteria perto da praça? Também tenho novidades. 

Claro, nos vemos em... Vinte minutos? — Ele perguntou, e eu logo confirmei. — Beijos, minha linda. 

— Beijos, Jinnie.

Nos despedimos e eu retornei ao meu carro. 


── • ◆ • ──


De noite, fui ao apartamento de meu noivo para enfim encontrá-lo, já que não tinha o visto durante todo o dia. Assim que adentrei a casa do Bang, na cozinha, o avistei em frente ao fogão. Envolvi meus braços em seu corpo e me estiquei um pouco para beijar sua nuca. 

— Oi, amor. — Lhe cumprimentei dando alguns pulinhos. 

— Oi, linda. — Ele segurou meu rosto e me roubou um selinho. — Parece bem feliz, meu amor. 

— Sim, pois hoje tomei uma decisão muito importante sobre nosso futuro. — Desviei o olhar e com uma mão dentro de minha bolsa, apertei as duas chaves. — Mas e esse cheirinho bom? 

— Ei, não mude o foco. — Fez bico. — O que você fez? 

— Você saberá depois, Bang. — Me sentei sob a bancada. — Agora, me conte o seu dia. 

— Está certo. — Chan suspirou derrotado. 

Enquanto ele falava, pensava em como seria nossa vida depois de casados. Tudo o que queria era me casar logo com Christopher, e finalmente me tornar uma Bang. 

Continua... 



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