História Step Brothers - Eleven

HimChan's pov

–O que você está fazendo aqui? –perguntei surpreso encarando o moreno a minha frente que sorria abertamente.

–Oh hyung... Não pensei que fosse mesmo se esquecer da minha existência desse jeito. –o moreno fez bico, me seguindo pelo corredor até a porta do banheiro.

–Me deixa em paz, DaeHyunnie! Não me atormente... –fechei a porta a fim de fazer a minha higiene matinal em paz, o que não foi possível com o moreno do outro lado da porta.

–HimChan hyuuung... HimChan hyuuung... Hyuuuuuung... –DaeHyun cantarolava, deixando com que a sua voz ecoasse no banheiro e na minha cabeça.

–SUMA DAQUI, SUA PRAGA! –gritei tampando os meus ouvidos com as mãos.

–Eu não posso evitar... APENAS ANDE LOGO! –maldito seja... O mais novo sabia ser irritante quando queria. Fingindo não me importar com ele ali, comecei a escovar os dentes. –Eu estou te vendo... –DaeHyun continuava a cantarolar.

–TE DOU TRÊS SEGUNDOS PARA SUMIR, DAEHYUN! –gritei com um pouco de dificuldade com a escova de dente na boca. –UM... DOIS...

–JÁ FUI! –ouvi o mais novo gritar, tendo certa distância agora.

Comecei a amaldiçoa-lo mentalmente enquanto encarava o meu reflexo no espelho. Minha expressão cansada, os olhos quase se fechando novamente e eu se quer conseguia raciocinar direito. Depois de lavar o rosto, ao sair do banheiro, encontrei novamente o mais novo no corredor.

–O que é que você quer, hein?! Não mandei você sumir? –encarei-o com desdém ao passar por ele, seguindo em direção à cozinha.

–Esqueceu que hoje é o casamento? –o moreno ainda me seguia quase colado as minhas costas.

–Casamento? –perguntei meio confuso pela sonolência que ainda sentia. –Que casamento? –encarei o teto, não dando muita importância a conversa.

–Hyung... O casamento da sua mãe. –o mais novo me empurrou de leve, lembrando-me do evento mais indesejado da minha vida.

–Ah, que droga... É hoje? –perguntei olhando para o relógio na parede e coçando a nuca, soltando um longo bocejo por fim. –E o que você está fazendo aqui? –voltei a encara-lo, piscando algumas vezes lentamente.

DaeHyun me encarava perplexo, desacreditando no que eu estava dizendo.

–Eu vim comer... Por que você acha que eu vim até aqui? –fiz careta ao ouvir a resposta do mais novo, logo me sentando despreocupadamente para tomar o meu café. –Vim te ajudar a se arrumar!

–E desde quando eu preciso de ajuda para isso? –perguntei revirando os olhos enquanto colocava café em uma caneca de porcelana que estava por ali.

–Aish, hyung... –DaeHyun bufou. –Que eu me lembre, foi você quem me mandou vir te ajudar. –seu cenho estava franzido e o nariz, torcido ao terminar de falar.

–Tanto faz... –murmurei tomando o café.

–Tanto faz? Aish... –o moreno reclamou virando rapidamente o seu rosto para o outro lado, resmungando algo que não pude entender.

–HimChan, querido... –minha mãe logo apareceu na porta de casa. –Se tivesse se levantado mais cedo iria conhecer o filho do Sukkie. –tentei ignorar o que minha mãe dizia, terminando de tomar o meu café até a última gota. –Ah, olá DaeHyunnie!

–Bom dia omoni! –o mais novo se curvou um pouco ao cumprimentar minha mãe.

–Me desculpe por não ter lhe cumprimentado antes... Eu estava indo levar YongGukkie até a casa dele para que pudesse se arrumar e...

–Omma... Omma... Omma... –fiz sinal com a mão para que ela falasse mais devagar.

–Oh, mianhae... Eu estou meio agitada agora. –ela sorriu meio desajeitada e logo seguiu pelo corredor até o seu quarto.

–Então, hyung... –DaeHyun voltou a me encarar rapidamente.

–Então o que? –o encarei sério. –Dá um tempo. Para de falar... –me levantei seguindo em direção ao meu quarto agora, com o mais novo ainda me seguindo.

Bufando, ao abrir a porta, irritado, encontrei uma cama avulsa ali... O que nada me agradou. Uma cama velha, com o colchão surrado e um travesseiro com fronha branca, tendo ainda um lençol dobrado ao seu pé.

–DaeHyun, me diz que isso é seu. –apontei para a cama, encarando-o sério ao meu lado.

–Por que seria? –o moreno deu de ombros, lançando-me um olhar confuso.

–OMMA! –gritei antes de correr até o seu quarto, abrindo bruscamente a porta do mesmo. –Sem chance... Ele não vai ficar no meu quarto! –esbravejei.

–HimChan, YongGuk dormirá no seu quarto, e é bom que se acostume com a ideia! –aquilo era uma ordem, e eu sabia disso, mas não queria aceitar.

–Mas omma aquele quarto é...

–Não discuta comigo, Kim HimChan! –minha mãe parecia furiosa agora. –Sou sua mãe e ainda mando nessa casa. YongGuk dormirá lá e ponto!

Ela logo fechou a porta bruscamente, quase me acertando. Eu estava prestes a ficar louco, tendo que me acostumar com a ideia do casamento, a vinda de outras pessoas para a nossa casa e, como se não bastasse, ainda havia DaeHyun no meu pé.

Eu estava me esquecendo de algo? Ah, sim... Ainda havia outro problema; JongUp!

–Aish! –bati o pé, logo empurrando o moreno para dentro do meu quarto. –Vamos acabar logo com isso de uma vez!

–Certo! Devemos começar agora? –DaeHyun lançou-me um sorriso diferente ao me encarar, sentando-se na cama que, agora, ocupava o outro lado do meu quarto.

–O que? –o encarei arqueando uma sobrancelha e franzindo o cenho, logo fechando a cara para o mais novo. –Comece com suas gracinhas e eu lhe jogo pela janela.

–Era brincadeira, hyung... –o mais novo riu encolhendo os ombros. –O que aconteceu, hein? Você e JongUp ainda não se resolveram?

–Cala essa boca, DaeHyun! –baguncei os meus cabelos, logo abrindo o guarda-roupa, pegando o terno preto que iria usar.

Ao cogitar a ideia de retirar a minha roupa na frente do moreno, parei um pouco e mordi o meu lábio inferior ao me lembrar das marcas que o mais baixo havia deixado no meu corpo. DaeHyun, com toda certeza, não guardaria as suas gozações para si, e minha mãe poderia acabar ouvindo, uma vez que o mais novo desconhece a palavra “silêncio”.

–O que foi hyung? Não vai se trocar? Quer que eu te ajude? –o moreno perguntava com uma expressão confusa no seu rosto. Pulando sobre o seu corpo, agarrei-o pelo colarinho da sua roupa, prendendo-o deitado sobre a cama.

–Se você contar para alguém sobre qualquer coisa que viu aqui, será um homem morto, Jung DaeHyun! –sussurrei ainda olhando-o nos olhos.

–Do que você está...

–HimChannie. –ao ouvir a voz da minha mãe me chamar, cortando o que o mais novo tentava dizer, me joguei para o lado e fiquei encarando o teto, esperando que ela entrasse. –A sua avó está... Ai... –levantei a cabeça para encará-la na porta. –Ainda não se trocou?

–Estávamos prestes a fazer isso, omma. –sorri logo me sentando, puxando o mais novo comigo.

–Ah, bem... Seja rápido, sim?! –minha mãe fechou a porta, tendo ainda uma expressão confusa no seu rosto.

–Eu te mato... Eu juro que te mato se você abrir a boca a partir de agora! –encarei o mais novo ao meu lado, falando entre dentes para que ele soubesse que eu não estava brincando.

–Não sei do que está falando, mas eu não direi nada. –DaeHyun coçou a própria nuca, desviando o olhar para o chão, provavelmente tentando entender o que havia acontecido.

Ao começar a me despir, DaeHyun me encarou, logo entendendo o que eu queria dizer. Tentando segurar qualquer palavra que pudesse tentar sair pelos seus lábios naquele momento, o moreno mordia o seu próprio dedo enquanto me perguntava com o olhar se aquilo era mesmo o que imaginava.

–Não diga nada... Apenas venha me ajudar! –ordenei jogando nele o colete que teria de usar.

–Guardarei meus comentários e perguntas para quando sua mãe não estiver aqui, mas... –o moreno dizia ainda me encarando, enquanto eu tratava de colocar a calça. –Como está o clima entre vocês agora?

–Clima? –franzi o cenho, pegando a camisa social branca que teria de usar. –Ah, bem...

–Vocês se resolveram, não foi?! –o mais novo se levantou e andou em passos lentos até onde eu estava, me ajudando a arrumar a camisa.

–Na verdade, eu... Esperei que ele dormisse para poder sair. –murmurei, logo vendo a expressão de surpresa surgir no rosto do moreno ao meu lado.

–Como pôde fazer isso, hyung?! –DaeHyun sussurrava enquanto se despenteava feito um louco.

–Eu não sei... Não me senti bem pelo que aconteceu e...

–Hyung, você o deixou fazer? –ainda me ajudando a me vestir, o mais novo tentava falar o mais baixo possível.

–Yah, não quero mais falar sobre isso agora. –me sentei na minha cama, tentando calçar os sapatos, e o mais novo tentava colocar a minha gravata devidamente no meu pescoço.

–Não vá me dizer que ele...

–Quer levar um chute onde dói, DaeHyun?! –ameacei levantar o meu pé entre as pernas do mais novo, fazendo-o recuar um pouco o corpo. –Já disse para calar a boca!

–Olha, se eu fosse você, trataria muito bem a pessoa que pode te enforcar a qualquer momento. –o moreno sorriu cínico, terminando de dar o nó na gravata.

–Faça isso e eu conto para o JunHong sobre o seu...

–LÁ... LÁ... LÁ-LÁ-LÁ. –DaeHyun começou a gritar, me interrompendo.

–Yah, meninos... O que estão fazendo? –a porta se abriu vagarosamente e logo minha vó surgiu pelo seu vão.

–Moni moni! –fiz voz manhosa, chamando a minha vó enquanto corria para abraça-la.

–Moni? Você não chamava a sua outra avó assim? Wae? –ela tentou se afastar entre os meus braços para me encarar melhor.

–Halmoni... Moni... Moni... –fiz bico, ainda fazendo voz manhosa, sorrindo divertido por fim.

–Aigo, aigo... Me solte e termine de se vestir! –ela ainda tentava fugir do meu abraço.

–Não antes de dar um beijo na senhora. –comecei a distribuir rápidos selares pelas bochechas da minha vó, que ria divertida.

–Já chega... Volte a se vestir, HimChannie. Sua mãe já está quase pronta! –ela logo se desvencilhou dos meus braços e saiu.

–Hyung, anda logo! Eu tenho que me trocar também. –DaeHyun reclamou, se levantando da minha cama.

–Vá se trocar então... E me dá isso que eu me visto sozinho! –andei até o mais novo, pegando o colete que estava em sua mão, vestindo-o rapidamente.

Eu logo estava devidamente vestido. Arrumei meu cabelo em frente ao espelho do meu guarda-roupa, ajudei DaeHyun a se vestir o mais rápido possível e conversamos sobre coisas aleatórias. Apesar de estarmos prontos, eu não queria sair do quarto. Não queria ter de conhecer ninguém... Não queria que esse dia chegasse ao fim.