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História STIGMA - taekook - - Let the tables turn


Escrita por: skyemoonboo

Notas do Autor


Oieeeeeee
Eu fiz 22 anos e Fake Love debutou em #10 na Billboard Hot 100. Verdadeira definição de um aniversário maravilhoso.
Vocês não sabem o quanto eu fico ansiosa pra postar novos capítulos, a questão é estar inspirada pra escrever todos eles. Escrever toda hora produz capítulos ruins e cansativos.
Por algum motivo, eu adorei esse capítulo hehehe, espero que gostem também.

Capítulo 23 - Let the tables turn


Fanfic / Fanfiction STIGMA - taekook - - Let the tables turn

JUNHO

 

- Esse é o pior rolinho primavera que eu já comi em toda a minha vida.

- Eunjin! Achei que rolinho primavera fosse sua comida favorita, por isso trouxe pro jantar – bufei, irritado com a menor, que não disfarçava a cara de desgosto ao provar as trouxinhas de comida que eu havia levado pra ela.

Já era noite e, desde que suas colegas de quarto haviam pedido pra serem realocadas, Eunjin certamente passava muito tempo sozinha. Detestava que ela se sentisse abandonada, portanto, tentava visitá-la sempre que tinha algo de interessante a oferecer. 

- E é! Mas esse aqui tá horrível. Desculpa, Kookie – ela riu da minha expressão, comendo os rolinhos com avidez, ainda que estivesse reclamando da qualidade.

- Eu só queria fazer uma surpresa legal pra minha irmã mais nova, mas tinha me esquecido que ela é uma ingrata – empurrei-a de brincadeira, arrancando um sorriso fácil dela – sei lá, não nos vemos direito já tem algum tempo. Você tem mudado tão rápido e eu sinto que estou ficando pra trás nos acontecimentos...

- Que acontecimentos, Jungkook? A minha vida é comer, beber e dormir.

- Não sei, na sua idade eu já estava, você sabe... pensando em namorar e, hum... – quando me prestei àquela missão, não imaginava que seria tão complicado abordar o assunto com a mais nova. Ela estava sempre na defensiva e debochava de todas as minhas investidas pra arrancar informação, parecendo saber exatamente o meu plano maligno. Que de maligno não tinha nada, pois fora planejado pela pessoa mais bondosa que eu conhecia.

- Eu não estou namorando ninguém, se é o que você quer saber.

- Mas não quer dizer que não tenha ninguém em mente, certo?

A garota se calou, recolhendo as pernas da posição em que se encontrava e se concentrando mais em mastigar, em uma provável tentativa de evitar o assunto. Ela claramente ficava incomodada em compartilhar seus sentimentos, mas como o irmão e amigo curioso que era, precisava arrancar dela alguma informação. Esperava que ela compreendesse meus instintos fofoqueiros.

- Lembra da sua briga com a Taeyeon? – continuei insistindo – aquelas coisas que ela falou sobre você gostar de, você sabe, garotas... Se for verdade, Eunjin, saiba que está tudo bem. Eu também gosto de garotos e—

- Jungkook, não seja um idiota comigo – Eunjin havia parado de comer e agora me encarava séria, mas sem parecer enraivecida – a Taeyeon é uma imbecil e nada do que ela falou era verdade. Ainda que eu gostasse de garotas, não sou uma pervertida que ficaria olhando elas no banho, mesmo porque elas não têm nada que eu já não tenha visto antes.

- Desculpa, Jinnie, eu só achei que você pudesse querer me contar alguma coisa que é difícil de falar. Eu também tive dificuldade em me abrir sobre meus sentimentos por muito tempo e hoje me sinto mais confortável em relação a eles.

- Talvez eu tenha alguma coisa pra contar, mas não é o que você estava esperando.

“Talvez seja exatamente o que eu estava esperando” pensei comigo mesmo, impedindo um sorriso de se mostrar. Meu lado ciumento detestava a nova fase que provavelmente iria ser iniciada a partir dali, mas meu lado amigo queria ver a felicidade dos dois, que obviamente estavam apaixonados. Detestaria ver as vidas amorosas de dois grandes amigos se tornarem tão miseráveis quanto a minha.

- Por favor, conte.

- Eu acho que tenho algum sentimento pelo Minho...

Meu coração, em festa, sorriu com aquela afirmação. Então, todas as suspeitas eram verdadeiras e eu poderia suspirar em paz. O tanto que Minho havia implorado pra que eu descobrisse seus sentimentos por ele não seria em vão e aquela seria uma missão de sucesso. Os olhos da garota tentavam esconder o brilho ao pensar nele, mas era evidente que ela estava acanhada, pelo rubor nas bochechas.

- Me conte mais.

- Por que você não parece nada surpreso?!

- Eu só estou tentando não te deixar envergonhada – menti. Na verdade, não era surpresa alguma que ela estivesse tão caída por ele quanto o mesmo por ela, mas, se bem conhecia Eunjin, admitir que era evidente só a incentivaria a tentar esconder o que sentia.

- Enfim, eu não sei o que eu sinto. Mas a sensação perto dele é de conforto, proteção... mas ao mesmo tempo, é tão desconfortável! Eu odeio o jeito como eu me sinto ao lado dele, pareço uma idiota sem controle emocional, à beira de um colapso por um garoto que toma 30 comprimidos por dia e tem a coluna mais ereta que a parede do próprio quarto. Por que eu sentiria algo tão desconcertante por alguém tão diferente de mim?!

Sorri com a pergunta retórica. Aquela talvez fosse a questão de um milhão de reais, um prêmio que ninguém jamais levaria pra casa. Lembrei de mim mesmo, tão perturbado e desnorteado me apaixonando violentamente por Taehyung. Não sabia se era seu amor por telenovelas, romances empoeirados ou twerk, mas aquela combinação não era, nem de longe, pelo que eu sonhava me apaixonar. Curiosamente, era ele quem tinha meu coração nas mãos por todo aquele tempo e não cabia a ninguém explicar o motivo.

- Eu duvido que você vá encontrar a resposta pra essa pergunta algum dia.

- Quer dizer, ele tem aquela mania de limpeza e está com o cabelo sempre perfeitamente alinhado, ele usa mais cosméticos do que eu poderia contar em uma mão, ele me corrige sempre que eu estou com a postura errada e corta toda a comida antes de começar a comer...

Eunjin seguiu com a lista de reclamações por mais algum tempo até, finalmente, se dar por satisfeita. Sua expressão, no entanto, não era nada irritada ou desgostosa de tudo o que relatara, por mais que tentasse fingir odiá-lo. Aquela lista de “coisas insuportáveis sobre o Minho” só mostrava o quanto a menor notava o jeito dele e estava atenta a cada detalhe sórdido de sua personalidade. Deus, ela já estava perdida.

- Parece que alguém tem prestado bastante atenção nele – sorri, fazendo-a corar bruscamente com a brincadeira e largar o prato de comida, já vazio. Apesar da resistência física, ela parecia se abrir mais a cada vez que falava.

- Você acha que existe alguma chance de ele me notar?

Como era burra minha irmãzinha. Será que estava tão ocupada notando os pequenos detalhes dele que não percebia o quanto ele tremia em pavor quando ela se aproximava? Talvez os dois estivessem tão focados um no outro que mal percebiam a química que pairava sempre que eles estavam juntos, contagiando todos no ambiente. Mas não cabia a mim contar. Meu único dever ali era descobrir se Minho deveria tomar o próximo passo adiante, e há muito já havia ganhado a minha resposta.

- Eunjin, o Minho é inteligente o suficiente pra notar que ele tem uma pessoa especial como você diante dele. Acredite em mim.

- Não minta pra mim só pra me bajular, Jungkookie – ela riu, completamente nervosa, brincando de me estapear, provavelmente pra descontar a própria tensão ao tocar naquele assunto, e eu permiti que ela extravasasse.

A porta de madeira se abriu e o corpo esbelto do garoto ruivo adentrou o quarto, com duas sacolas em mãos. Ele demorou um segundo pra perceber que a irmã não estava a sós e não pareceu nada confortável com a surpresa indesejada de eu estar ali. Muito menos quando viu os pratos vazios no chão e ele mesmo já carregava consigo duas sacolas de comida.

O clima pesou de imediato, era inevitável àquela altura. Também não dava pra ignorar o quanto Eunjin mudou de postura com a chegada dele, saindo do seu estado de descontração, evidenciando que ela não estava nada pronta pra contar pro irmão sobre Minho. Taehyung, por outro lado, não era o garoto sério de timbre grave perto da irmã. Na verdade, ao lado dela era o único lugar onde ele parecia demonstrar algum resquício de quem já fora um dia. Talvez fosse tudo o que restasse do Taehyung que eu amava.

- Oh... Oi, Jungkook. Eu não sabia que ainda visitava a Eunjin agora que eu estou aqui – ele disse, em tom ameno e tentando disfarçar o incômodo de estar perto de mim.

- Eu tento visitá-la sempre que posso, não sabia que você traria comida... – tentei me desculpar, discretamente, por estragar a surpresa tardia do outro. Não ousaria em lhe dar o gosto de me ouvir dizer a palavra “desculpa”. Não enquanto ele mantivesse aquela postura insuportável.

- Tudo bem, eu posso comer sozinho – ele sentou-se na cama, abrindo as embalagens de comida – eu só queria ver como você está, Eunjin.

- Nós nos vimos anteontem, Tae. Nada novo aconteceu em dois dias.

- Não sei, você sempre parece ter tanto assunto com os outros, mas comigo nunca tem o que contar – ele expressou um sorriso amedrontador, quase ameaçador em direção a irmã, que permaneceu estática. Aquilo ali era demais pra mim.

- Eu acho que já vou embora. Sabe, está meio tarde e eu preciso ajudar o Minho com os alongamentos noturnos dele – ri da minha própria frase, me sentindo mais maluco ainda por admitir que ajudava o outro com aquele hábito esquisito.

Me levantei com pressa e acabei esbarrando em uma das mãos de Taehyung, fazendo com que alguns pedaços de frango com molho caíssem nas mangas longas de sua camisa preta. Droga. Droga! Por que aquilo tinha que acontecer comigo?! Por que com Taehyung?! Em um milésimo de segundo, amaldiçoei minha própria existência de todas as formas possíveis, já imaginando o olhar de desgosto e reprovação que ganharia dele por ser um estúpido desastrado que sujou sua camisa. Mas ele nem sequer me encarou.

- Droga, desculpa Tae... Hyung – não estava acostumado a chamá-lo pelo nome diante dele mesmo, e só me sentia mais imbecil ainda por quase tê-lo chamado de Tae, depois de tudo de esquisito que havia acontecido entre nós nos últimos meses.

Com rapidez, peguei um dos lencinhos que havia na sacola e comecei a tentar limpar a manga da camisa, mas quando tentei puxá-la para fazer um trabalho melhor, ele agarrou o meu pulso, com firmeza, e o pressionou entre seus dedos longos, me fazendo arfar em um susto.

Por alguns segundos mais, eu detestei ser Jeon Jungkook. Em um intervalo de meia hora, havia presenciado o clima estranho entre Eunjin e Taehyung, derrubado comida nele, o chamado por seu apelido e, agora, colocava a cereja no topo do bolo do meu próprio fracasso. Eu estava excitado. Algo sobre a forma como ele me segurou, com tanta precisão e... dominância. Eu realmente estava excitado por ele ter sido um idiota que recusou minha ajuda e segurou minha mão, com agressividade, pra impedir que eu o limpasse. Eu me odiava mais do que a ele.

- Não precisa me ajudar – ele retirou minha mão de perto da camisa, fazendo o trabalho de limpeza por conta própria. Eunjin assistia a tudo, tímida.

- Eu preciso mesmo ir. Boa noite – fingi que falava com ambos, mas na verdade me dirigia a Eunjin. Ela precisaria de muita sorte pra lidar com o irmão, amedrontador do jeito que ele era agora. Saí pelos corredores, atordoado e apressado, tentando não dar atenção à ereção ridícula que se formava em minhas calças. Deus, eu me recusava a ser tão patético, mas meu corpo reagia instantaneamente ao toque do ruivo e isso não era algo sobre o que eu tinha controle.

Cheguei no dormitório tão rápido quanto pude, grato por encontrá-lo vazio. Me encostei em um dos beliches e fechei os olhos, lutando pra dissuadir os pensamentos impuros que invadiam minha mente. Há muito tempo não me satisfazia e aquela havia sido a primeira vez que Taehyung me tocara desde que foi embora, há dois anos. Não imaginava que sua presença seria tão tóxica ao meu bem-estar, mas os meus sentimentos por ele eram como veneno que me faziam definhar até que eu implorasse pela cura. E o único antídoto era tomar-lhe pra mim novamente.

Eu ignorava o Jungkook necessitado, sempre que tinha a oportunidade. A parte de mim que gritava em carência e pedia qualquer migalha de atenção, o pedaço de mim do qual eu sentia vergonha e jamais gostaria de expor em público. Mas ali estava ele, gritando, me rasgando de dentro pra fora, implorando pra que eu tomasse uma atitude. Uma última atitude de desespero, como se já não tivesse tomado tantas outras.

Revirei por debaixo do colchão e peguei o caderno azul. Vasculhando por entre o quarto, encontrei uma caneta esferográfica. Era tudo ou nada. Não poderia parecer mais estúpido e infantil aos olhos de Taehyung, que havia virado um adulto esnobe da noite pro dia. Também não poderia me sentir mais patético comigo mesmo, depois de precisar disfarçar uma ereção, como um virgem desesperado por toque. Era realmente tudo ou nada.

Terminei o que havia proposto a mim mesmo, seguindo com o objeto azul em mãos até o terceiro andar. Algumas pessoas caminhavam por ali, mas nenhuma que suspeitasse de qualquer coisa. Era o último golpe do Jungkook desesperado. Precisava ser. Se aquilo tudo era a minha forma de descontar a tensão da excitação, eu não saberia dizer. Mas se funcionasse por uma única noite e me permitisse dormir em paz, finalmente, sabendo que eu havia tomado alguma atitude, então que fosse. E empurrei o caderno por debaixo da porta.

 

[...]

 

Ah, Jimin-ah...

O gemido me despertou imediatamente do meu sono, que não havia sido muito profundo durante a noite e permanecia leve. Eu me recusava a abrir os olhos antes de checar se eu tinha razão sobre o que imaginava estar acontecendo, então me virei de bruços e cobri a cabeça com o travesseiro para abafar os sons.

- Por favor... por favor... me digam que vocês dois não estão transando bem na cama ao lado – falei, quase bufando de raiva.

Os gemidos cessaram gradualmente e foram substituídos por risadinhas discretas e barulho de lençóis se mexendo rapidamente. Eu odiava aqueles dois profundamente.

- Droga, Jimin. Eu já pedi pra não fazerem isso quando eu estiver aqui – quase choraminguei, implorando pra que eles atendessem meu único pedido.

- Fazer o que? Nós não estávamos fazendo nada... – as risadinhas voltaram.

Me virei de frente, abrindo os olhos e decidindo encarar o que estava acontecendo ali. Jimin estava de shorts, com as bochechas coradas e vestindo uma camiseta, enquanto Yoongi vestia uma roupa por debaixo dos lençóis, claramente exausto. Ambos esbanjavam a expressão de culpa, mas não havia nem sinal de arrependimento naqueles rostos suados.

- Aish! Eu odeio vocêêêssss! – expressei, ficando mais irritado ainda por ver que eles se divertiam com a minha frustração. Não bastava ser um desesperado por sexo, mas também precisava conviver com o casal mais sexualmente ativo do planeta bem ao meu lado, que não hesitava em dar uma rapidinha mesmo que eu estivesse dormindo a 2 metros de distância.

- Foi mal, Jungkook – Yoongi disse, rindo da situação.

- Não precisa pedir desculpas se vocês vão fazer de novo daqui a três dias – reclamei, percebendo que eles realmente estavam se arrumando pra sair do quarto – vocês vão fazer algo hoje?

- Eu consegui três convites pra um clube aqui perto. É bem simples, mas pelo menos vamos poder aproveitar a piscina – Yoongi disse, dando um selinho no namorado enquanto se vestia.

- Três convites? Quem vai com vocês? – perguntei.

Eles se entreolharam e pareceram consentir em falar.

- Nós chamamos o Tae...

Me senti burro por ainda fazer aquela pergunta. É claro que eles chamariam Taehyung. Desde que o ruivo voltou, os três eram quase inseparáveis e seria esquisito convidar outro senão ele. Me virei contra a parede pra evitar aquele assunto, pois realmente não queria criar nenhum clima estranho entre nós.

- Eu não tenho certeza se ele vai, amor. Quando eu passei no 3B, mais cedo, o Tae parecia mal.

E lá estava minha atenção de novo, na conversa dos dois. Taehyung estava mal? Talvez estivesse doente por alguma coisa que comeu na noite anterior, com Eunjin. Ou ainda, talvez tenha comido demais, já que levou comida pra dois e acabou tendo que terminar com tudo sozinho. Mas será que havia a chance de ele estar triste? Não parecia uma ideia plausível.

- Eu espero que ele apareça aqui em cinco minutos, pois eu me virei pra conseguir essas entradas – Yoongi reclamou.

A porta se abriu e eu me virei, em um susto, esperando ver o ruivo, mas era Minho. Ele parecia ter acabado de sair do banho, vestindo roupas frescas e com os cabelos negros molhados. Atrás dele vinha Baekhyun, sem camisa e querendo chamar a atenção, como sempre.

- Minho, me ajuda. Eles fizeram de novo – estendi os braços pra que ele se deitasse comigo, fazendo um bico e fingindo estar mais magoado do que realmente estava, por não ter moral nenhuma com meus amigos.

- Aish. Quantas vezes vamos ter que brigar com vocês dois? – Minho entrou na brincadeira e se ajustou, deitando ao meu lado na cama.

- A culpa não é nossa se a gente não perde uma oportunidade... – Jimin riu, puxando o namorado em um beijo lento e despreocupado com os arredores.

Puxei Minho pela nuca e fingi que ia beijá-lo, imitando a atitude de Jimin e rindo da situação. Mexemos as cabeças com rapidez pra mimicar os gestos do casal, que quase se engoliam vivos. Passei uma perna por cima do corpo de Minho, fazendo-o gargalhar durante a brincadeira.

- Só o que faltava agora, eu morando com dois casais de homens no meu quarto – Baekhyun bufou, sempre enfático demais em querer mostrar seu desgosto pela homossexualidade, apesar de não convencer ninguém de que realmente reprovava aquilo.

A porta se abriu novamente e dessa vez era o ruivo. Suei frio. Ele tinha uma expressão cansada e rígida, com as pálpebras exaustas sobre os olhos e a boca cerrada, reta. Ele vestia roupas leves, provavelmente pronto pra ir à piscina com o casal.

Seu olhar negro não hesitou em vagar pelo quarto, estudando com rapidez a cena na cama. Eu com uma perna por cima de Minho, o segurando pela nuca, e ele com uma mão na minha coxa enquanto gargalhava genuinamente alto em minha direção. Só foi preciso uma única repousada de olhos sobre aquilo pra que ele passasse a ignorar completamente a minha existência ali.

- Será que já podemos ir? – ele disse, em tom impaciente, cruzando os braços e revirando os olhos.

- Eu só preciso pegar meu protetor solar – Jimin disse, se dirigindo aos próprios pertences e procurando pelo objeto, sem pressa.

- Vocês dois, parem com essa palhaçada dentro desse quarto – Baekhyun, brincando como de costume, reclamou com nós dois, quase ignorando que Taehyung também estava ali – já basta o casal ali transando todo dia na nossa frente.

Eu e Minho rimos, mas a sensação dentro de mim era fulminante. Não conseguia pensar em nada e nem processar o que estava acontecendo. Eu só sabia que eu estava na cama, com Minho segurando minha coxa e Taehyung assistia a tudo. Por outro lado, eu queria rir. Talvez ele merecesse ver um pouco daquilo. Era com o que precisaria lidar dali em diante, já que não éramos mais nada um pro outro. Não com Minho, que era meu amigo, mas com outros, eventualmente.

- Vocês demoram pra caralho, eu vou esperar lá fora – Taehyung disse, em um tom alto, grave e assustador, antes de sair e bater a porta, com uma força que me fez tremer da cabeça aos pés. Todos pareciam ignorar o que havia acabado de acontecer, mas não eu. Eu sentia formigar cada centímetro do meu corpo. Era medo? Era satisfação? Eu havia despertado algo em Taehyung, isso era certo. Talvez fosse a hora de o jogo virar a meu favor. 


Notas Finais


Será que o Jungkook vai ter força de vontade suficiente pra provocar em vez de se sentir provocado? HAHAHA eu amo o JK. O bichinho sofre tanto.
Se eu fosse vocês, pegava o terço, uma vela e uma foto de taekook pro próximo capítulo... Só nos resta rezar por esse casal.
Eu mesma to nervosa pra escrever, é isto.
Eu to literalmente estudando pra coisas que virão em capítulos futuros da fic, pra entregar um trabalho bem feito e RELEVANTE. Espero conseguir.
Espero muito que estejam gostando do rumo da história e que tenha sido uma boa leitura nesse capítulo. Obrigada por tudo, sempre <3


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