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História Stigma - Past II


Escrita por: strawhee

Notas do Autor


ENTÃO, O CAPÍTULO FICOU EMPATADO ENTRE YOONGI E JUNGKOOK, ENTÃO PEDI PRA UMA AMIGA MINHA DESEMPATAR, SE NÃO, NÃO DARIA TEMPO DE POSTAR HOJE, E...

O ESCOLHIDO FOI...

JUNGKOOK~

Jungkook, como você está se sentindo por ter um capítulo só pra você, sobre você?
- "..."

Jungkook?

-"Preciso dar o remédio para o Tae, licença."

Ótimo. Obrigada por me deixar só.

Boa leitura, e até as notas finais <3

Capítulo 27 - Past II


Fanfic / Fanfiction Stigma - Past II

Bom... Iniciaremos por quando tudo começou.

Meus pais trabalhavam muito, ambos eram médicos, e se conheceram no hospital em que trabalhavam. Aos 30 anos minha mãe acabou engravidando, mas não era de mim. E sim de meu irmão mais velho, Heechul. E então, finalmente aos seus 34 anos, minha mãe acabara engravidando mais uma vez, por acidente, e aí, eu vim ao mundo. Se com Heechul já era complicado manterem o emprego no hospital, comigo era mais ainda. Imagina ter dois filhos pequenos dentro de casa, sendo que você é um cirurgião e praticamente vive dentro do hospital? 

Pois é, conosco tudo sempre foi muito difícil. 

Nunca faltou nada para nós dois, éramos muito bem cuidados e tínhamos tudo que queríamos. Bom, quase tudo, já que a coisa que mais queríamos era a presença de nossos pais em nossas vidas. Até os oito anos de Heechul éramos criados por uma babá, mas por Heechul se mostrar responsável o suficiente para cuidar de mim enquanto nossos pais estavam trabalhando, acabaram dispensando a babá. A única coisa que Heechul precisava fazer era cuidar de mim, já que a enorme casa era repleta de empregados, limpando, cozinhando e organizando tudo. Ir para a escola não era um problema, já que tínhamos um motorista particular para fazer isso. Um pouco extravagante, não? Mas tudo bem, porque era tudo para o nosso bem-estar.

Ao contrário de mim, Heechul sempre foi alguém de muitos amigos. Extrovertido, bem humorado, afetuoso e bem dinâmico. E eu... Bem, eu gostava de brincar sozinho, em minha própria bolha pessoal.

- Guk, você não pode brincar sozinho! - Heechul pega o boneco de minhas mãos, me fazendo franzir o cenho, irritado. 

- Me deixa, Hetul! - Era muito difícil para mim falar o nome inteiro de Heechul de forma correta, ainda estava sendo alfabetizado.

- Por que você não gosta de brincar comigo? Eu sou seu irmão mais velho, eu tenho que cuidar de você, proteger você, brincar com você... - Ele falava as coisas enquanto as enumerava com seus dedos. 

- Eu posso bincar sozinho! - E então, eu me levantei da grama um pouco atrapalhado, pegando meu boneco de volta e marchando até a casa. 

- Aigoo! Você é terrível com seu irmãozão! - Eu apenas dei de ombros e continuei à marchar para dentro de casa.

(...)

Mas com o passar dos anos, quando eu já tinha os meus oito e Heechul os seus doze, ele começou a apresentar um comportamento estranho. Ele sempre levava muitos amigos para nossa casa, para estudar ou jogar, o que fosse. Porém, depois dessa época, ele passou a levar apenas um determinado garoto. O nome dele era MinHo. Ele era simpático e gentil assim como meu irmão, porém o seu maior problema era insistir em me chamar de fofo e me apertar, sendo que eu odiava aquilo com todas as minhas forças.

 

 

Lá estava eu, deitado no tapete macio e branco da sala, lendo uma revista em quadrinhos de super-heróis, tendo meus braços esticados o máximo que eu podia para cima. 

Escuto o barulho da chave na porta, porém não me importo muito. Mesmo se tentasse ver quem era, não conseguiria, já que o enorme sofá branco se encontrava na frente, assim tampando minha visão. 

- Boa tarde, Kook. 

- MinHo? De novo? - Pergunto jogando minha cabeça para trás, enxergando MinHo e meu irmão de cabeça para baixo. 

- Jungkook! - Heechul me repreende, recebendo uma risada baixa vindo do garoto ao seu lado.

- Tudo bem. Ele tem razão, eu tenho vindo aqui todos os dias. - O moreno diz com um sorriso gentil.

- Aish... Tudo bem... Nós vamos subir, Kook. - E então, os dois desaparecem pelas escadas, me fazendo ficar confuso.

(...)

Na época eu era muito novo para entender tudo isso, porém quando eu tinha os meus 15 anos e Heechul os seus 19, eu pude ter certeza do que eu já suspeitava.

Heechul e MinHo estavam em um relacionamento sem o conhecimento de nossos pais.

 

- Obrigado senhor Sook. - Digo saindo do carro.

- Disponha, senhor Jeon. - O motorista de meia idade faz uma pequena reverência para mim.

- Eu que devo lhe chamar assim, por favor, não me chame de senhor. - Digo desconfortável.

- Como quiser.

E então eu entro em casa, estranhando o silêncio no local. Não havia movimentação alguma, nem das faxineiras. Acho que meus pais devem ter dado o dia de folga para elas, ou então, só estão fofocando sobre algo no jardim.

Subi as escadas, indo em direção ao meu quarto, porém, ao passar pelo quarto de Heechul, escuto barulhos estranhos. 

Achei que não tivesse ninguém em casa...

Eu nunca gostei de escutar por trás da porta, era antiético e feio, meus pais sempre diziam isso, porém, eu não consegui. Minha curiosidade fora maior, então encostei minha orelha na porta de madeira e apoiei minhas mãos levemente ali, escutando mais barulhos e... 

Gemidos?

Franzi meu cenho. Não, não eram gemidos... 

Coloquei a mão na maçaneta. Talvez estivesse fazendo a maior burrada da minha vida, porém iria fazer mesmo assim. E então, devagar, girei o objeto gélido, abrindo a porta lentamente. Coloquei somente metade de meu rosto para dentro do quarto, avistando Heechul e MinHo trocando "carícias" na cama de meu irmão mais velho. 

Eu iria sair e fingir que não vi nada, porém acabei tropeçando, fazendo barulho e consequentemente com que os dois virassem para a porta imediatamente, assim me encarando com cara de taxo. 

- J-Junkook! - Heechul diz. Seu rosto estava começando a tomar uma coloração avermelhada.

- Tudo bem, eu não vou falar nada para os nossos pais. - Digo sério.

- Obrigado... - MinHo diz baixo, e em seguida, eu fecho a porta.

(...)

Nossos pais eram extremamente conservadores, e consequentemente, homofóbicos. Eles não podiam saber da relação dos dois, então, eu mantive segredo. Mas como mentira tem perna curta, exatamente um ano depois, nossos pais chegaram em casa antes do esperado. Disseram que iriam ficar de plantão 48 horas, porém chegaram de madrugada, e acabaram pegando MinHo e Heechul aos beijos, o que gerou uma grande confusão naquela noite...

 

 

- P-Pai! Mãe! Por favor, me desculpem! - Heechul dizia entre lágrimas, tendo seu braço segurado com brutalidade por nosso pai, que tinha os cabelos despenteados, furioso. Nossa mãe apenas observava tudo, com frieza, sem dar nem um piu para proteger o filho que dizia ter tanto orgulho e amor.

- SAI DESSA CASA, AGORA! VOCÊ NÃO É MAIS MEU FILHO! - Meu pai lança Heechul contra o chão, jogando uma mochila com todas as suas roupas em cima de si. - E VOCÊ, RAPAZ! - Meu pai aponta seu dedo de forma acusatória para MinHo, que olhava tudo aquilo assustado. - NUNCA MAIS APAREÇA NA NOSSA FRENTE!

- Mãe... Por favor... - Heechul soluçava, me dando um aperto no coração. Minha garganta estava formando um nó, como eles podiam ser esses monstro terríveis? 

- Vá embora, Heechul. E não ouse usar mais o nome Jeon. - A mulher diz seca, dando as costas e indo para o seu quarto em seguida.

- VOCÊ AINDA NÃO ENTENDEU, SEU VIADINHO?! - Meu pai segura Heechul por seus fios acastanhados, o fazendo levantar. - VAI EMBORA DA MINHA CASA! - E quando o mais velho iria acertar um soco no rosto de meu pobre irmão, eu entro na frente, sentindo uma ardência incrivelmente forte em meu rosto, logo em seguida tendo um gosto amargurado em minha boca.

Sangue.

- Não encosta nele, isso já é demais. - Digo seco, sem olhar nos olhos do homem à minha frente.

- O que?! ESTÁ LOUCO, JUNGKOOK?! VAI DEFENDER ESSE... ESSE INÚTIL AGORA?!

- Ele não é inútil, pai.

- Jungkook... Ele não é igual à nós, meu filho... Não fica perto dele.

- Ele não é igual à nós. Você tem razão... - Pego a mochila de Heechul, a colocando em meu ombro e segurando a mão do mais velho. - Ele é melhor. 

E então, eu deixo o homem falando sozinho, saindo com Heechul e MinHo daquele inferno.

(...)

Depois daquilo, quem apanhou no lugar de Heechul fui eu.

"VOCÊ DEVE SER GAY QUE NEM AQUELE IMPRESTÁVEL! NUNCA TEVE UMA NAMORADA! NUNCA MOSTROU INTERESSES POR NINGUÉM" 

Essas foram algumas das coisas que meu pai bêbado cuspiu boca à fora. Eu não me importei em apanhar, depois de algum tempo, não doía mais, porém eu tinha que gritar, se não, ele acabaria utilizando mais força para que eu chorasse, e aí, consequentemente, acabaria me matando.

Então eu só gritava, mesmo sem sentir nada.

Aliás, eu não sentia mais nada por eles. Não os reconhecia mais como meus pais. 

Heechul foi morar com MinHo em outra cidade, para não correrem riscos de encontrar nossos pais por aí. No começo trocávamos mensagens, mas depois de um tempo, paramos de nos falar. Eu não me importei muito com isso também, só queria que estivessem bem. E depois, quando completei 19 anos, saí da casa dos meus pais, agora morando ao lado de Taehyung. Aonde sou feliz.

E aonde Jimin e Yoongi se encaixam nisso tudo?

Jimin sempre foi meu amigo, mas acabamos nos tornando mais próximos no fundamental II, já Yoongi, o conheci no ensino médio. Eles sempre me apoiaram em tudo, e sou feliz por tê-los como meus amigos. Como meu apoio. Se não fosse por eles, talvez eu não fosse tão feliz quanto sou hoje.

Talvez nem estivesse vivo.

Porém, agora, Heechul reapareceu, depois de anos. Eu não sei o que ele quer, ou o que espera de mim, mas de uma coisa eu tenho certeza...

Estou feliz por vê-lo bem.

 

 


Notas Finais


O capítulo não foi tão grande, mas acho que deu para explicar bem a história dele <3

Espero que tenham gostado, e me desculpem qualquer erro <3
Kissus, kissus.


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