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História Still Don't Know My Name - Capítulo Um


Escrita por: AhPalasAthena

Notas do Autor


Olááá!
A semana foi tão corrida que eu não consegui vir postar! Perdão por isso! Eu tenho 42 horas-aula na escola e, mesmo online, parece que o serviço não acaba nunca! O tempinho que me resta tenho utilizado para ficar com minha mamãe!
Enfim, espero que tenham gostado do prólogo. Vou responder vocês em breve, prometo!
Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo Um


 

Quando eu nasci meus pais escolheram o meu nome alegando que eu sempre seria a rainha da vida deles. Depois da perda da primeira filha, Zelena, mamãe tinha desistido de conceber outra vida. Daí ela conheceu meu pai e, num belo dia, ela se descobriu grávida. E lá estava eu, um feijãozinho crescendo na barriga da mamãe.

Apesar de ser sempre cercada com muita proteção, meus pais nunca me mimaram demais, até porque nunca fomos muito abastados de dinheiro. Cresci com os pés no chão sabendo que se eu quisesse ter uma condição financeira estável e boa, precisaria estudar bastante. Então, quando eu terminei minhas duas graduações e passei num mestrado em seguida, vocês já imaginam o orgulho dos meus velhos, não é?

Foi também na primeira infância que meu pai me apresentou o piano, em seguida, o violino. Apesar das aulas que ele me dava, eu nunca me imaginei numa carreira nesta área. Somente quando eu defendi minhas duas monografias tentei bolsa numa das melhores instituições de música do país.

Enquanto eu via uma bela e rica plateia me aplaudir no último recital do ano do Instituto, vi um filme da minha vida passar por minha mente. Eu estava fazendo o que amava, que era tocar, e estava recebendo os frutos de toda a minha dedicação. E ficou claro que eu estava no caminho certo quando aqueles olhos verdes focaram em mim de forma admirada, orgulhosa até. O meu coração sentiu um calor diferente... Era Emma Swan, a dona do Swan’s Intitute Of Music.

Apesar de todas as coisas loucas que eu tinha vivido até ali, nada foi tão intenso quanto ter aquela loira estonteante que era Swan ao meu lado.

–Achei a sua performance incrível, senhorita Mills.

Me assustei levemente. Olhei para trás, me deparando com a oitava maravilha do mundo num vestido negro.

–Muito obrigada, senhora Swan. É uma honra poder fazer parte do Instituto. – Respondi sorridente.

O coração? Quase saindo pela boca. Ela fez o mesmo que eu, se encostou na grade da sacada enquanto olhava para o horizonte.

–Sua professora me disse que você é bolsista. – Me olhou e eu assenti. – Quando eu decidi abrir vagas neste programa para bolsistas, bati na tecla veementemente que nossos melhores frutos sairiam daí. E você é a prova de que eu estava certa.

Senti minhas bochechas corarem. Eu estava sendo elogiada por uma das melhores musicistas do mundo.

–Obrigada! – Falei.

Ela logo começou a me perguntar o que eu fazia, se surpreendendo ao saber que eu tinha cursado História e Letras simultaneamente. Fomos interrompidas por um de seus sócios a chamando. Depois não tivemos mais oportunidade de conversar naquela noite.

Três dias depois eu estava sentada em uma das minhas cafeterias favoritas quando ouvi um:

–Eu poderia me sentar junto com o destaque do ano do Instituto?

Olhei para o lado e a vi, linda num vestido tubinho azul marinho.

–Seria uma honra para mim ter uma companhia tão incrível! – Respondi de imediato.

Emma sorriu e sentou-se ao meu lado. Um atendente logo veio até nós a fim de anotar nossos pedidos. Ele já sabia o que eu sempre pedia, Swan acabou pedindo o mesmo que eu. Assim que ele nos deixou ela disse:

–Eu nunca tinha vindo até esse lugar, mas ele é tão bonito que eu me arrependo de não o ter notado antes. – Confessou.

Sorri. Os olhos dela brilharam ao admirar o local e os meus brilharam admirando aquela linda mulher. Ela era tão linda que parecia uma miragem.

–Eu amo esse lugar! Inclusive é aqui que eu leio meus livros e me distraio. É um dos meus lugares favoritos no mundo. – Confessei.

A senhorita Swan me olhou atentamente. Parecia ler cada uma das minhas reações. E ficamos assim durante as duas rápidas horas em que permanecemos ali. O assunto fluía de um jeito único. Ela não era rasa, nem esnobe como eu jurava que seria.

–Você está indo para casa? – Me perguntou, curiosa.

–Sim! Preciso terminar um artigo. – Respondi enquanto abria a porta da cafeteria.

–Quer uma carona? – Ofereceu ansiosa.

–Eu não quero te dar trabalho, senhorita Swan!

Nossos olhares se cruzaram, as esmeraldas pareciam implorar por um sim.

–Você não me daria trabalho de forma alguma, senhorita Mills.

Sorri de lado, tímida. Automaticamente coloquei meus cabelos atrás da orelha direita. Eu podia sentir o calor emanando do meu rosto.

–Sendo assim... – Falei baixo.

Ela sorriu e começou a caminhar até seu Audi A6. Eu fiquei de boca aberta ao vê–lo. Os vidros escuros davam total segurança e privacidade a Swan, que adentrou como uma rainha. Outra coisa que eu não conseguia imaginar era aquela mulher dirigindo. Ela tinha cara de ter motorista particular e tudo. Mais tarde eu descobri que não estava errada sobre isso.

–Onde você mora, querida? – Indagou ao ligar o carro.

–Pode seguir reto. – Respondi.

Ela o fez enquanto conversava comigo sobre os planos para o Natal. O Dia de Ação de Graças tinha sido na véspera do recital, então faltava pouco menos de um mês para o Natal. Euamava o fim de ano! Decorar a casa, escolher a árvore mais linda, comprar presentes para todas as pessoas importantes para mim, fazer cookies... Ah, aquela era a melhor época do ano!

–Vejo que você é completamente apaixonada pelas festas de fim de ano... – Emma disse ao notar toda a minha animação. – Devo seguir em frente?

–Próxima à esquerda! E sim! Essa é aminha época favorita do ano. Todo mundo se reconcilia, paz e amor, as pessoas ficam mais empáticas... E as comidas... Ah, meu Deus!

Swan riu. Eu a olhei, novamente envergonhada.

–Você é adorável! – Soltou enquanto olhava pelo retrovisor.

Senti meus ombros encolhendo e minha mão colocando alguns fios atrás da orelha esquerda. Certo, ela realmente tinha me deixado sem jeito.

–Sigo reto?

–Sim, por favor. Daqui a cinco quadras a senhorita vira à esquerda novamente e chegamos.

–E você mora sozinha ou com seus pais? – Quis saber.

–Sozinha. Apesar de saber que eles ainda nutrem esperanças que eu vá voltar para Storybrooke novamente.

–Storybrooke? – Me olhou, curiosa. Apenas assenti. – Minha mãe nasceu lá! Cidadezinha adorável. Ao menos uma vez ao ano nós reunimos a família na fazendo dela.

–Qual fazenda? Talvez eu conheça.

–Nolan’s.

–A Nolan’s é dos seus pais? – Indaguei espantada. – Eu não acredito! Papai trabalhou lá por um tempo, até o senhor David decidir que ele era um homem inteligente demais para ficar preso ali!

–Espera... Seu pai é o senhor Henry? – Foi a sua vez de ficar surpresa.

–Sim! Você o conheceu?

–Claro! Antes de se casar com Cora. Eu me mudei de lá assim que eles se casaram porque ganhei uma bolsa.

–Na Alemanha, eu sei... – Brinquei.

Ela gargalhou. Logo chegamos na grade azul que ornamentava a porta da minha casa.

–É aqui! – Falei. – Muito obrigada, senhorita Swan. Nos vemos em breve!

–Eu espero que sim!

***

E até a véspera de Natal nós duas apenas conversávamos longamente nos lugares aleatórios em que nos encontrávamos. Ela me contou bastante sobre seus estudos fora e como a fazenda tinha sido extremamente importante na sua infância, mas que agora ela quase não ia até lá pelo fato de a mãe, dona Kathryn, sempre dizer que ela tinha de ser uma mãe melhor. Foi nesse momento que eu descobri que ela era mãe de duas moças.

–Suas filhas devem ser maravilhosas, não é mesmo? Inteligentes como você! – Falei.

Ela abaixou os olhos, parecia... decepcionada.

–Na verdade elas se parecem mais com o pai... Ele mimou as duas de um jeito que eu nem consigo explicar. A gente só se vê em datas comemorativas e mesmo assim sempre há brigas! Talvez dona Kathryn tenha razão... Eu não sou uma boa mãe.

Ela parecia estar submersa em seus próprios pensamentos. Somente isso explicaria o motivo de ter soltado aquilo para mim de forma tão espontânea. Segurei sua mão que estava sobre a mesa e afaguei–a.

–Tenho certeza que você é uma mãe incrível, hun?

Ela sorriu amarelo, seus olhos nas nossas mãos. Eu não me intimidei. Continuei afagando sua mão. Ficamos ali até próximo das 16:00. Eu precisava ir para casa ajudar mamãe com nossa ceia enquanto ela iria tentar passar um tempo com os pais e as filhas.

–Você se importaria de me passar seu número, senhorita Mills? – Perguntou antes de eu descer do carro.

–É claro que não. Anota aí! – Falei, animada.

Ela pegou seu aparelho celular e me entregou. Anotei meu número, nome e o devolvi a ela. Nos despedimos de forma rápida, mas sempre com uma empatia tremenda. Algo nos ligava de um jeito diferente, mas eu negava isso veementemente para mim mesma!

Trinta minutos depois o meu celular vibrou. Número desconhecido.

“Eu preferiria mil vezes estar conversando com você que ouvindo essas conversas fúteis sobre famosos...

Emma Swan.”

Eu sorri largamente. Nós realmente tínhamos conversas incríveis.

“Caso fique muito entediada, pode vir para a minha casa. Papai e mamãe vão ficar muito felizes em te ver!

R.M.”

Coloquei o celular no bolso e fui fazer o que tinha de ser feito. Meu pai sempre me puxava para lhe ajudar a terminar de cuidar da decoração e dos embrulhos dos presentes. Naquele dia ele reparou que tinha alguém que desviava minha atenção dos que fazíamos para a tela do celular. Mal sabia eu que já estava caindo nos encantos daquelas esmeraldas brilhantes, dos dentinhos tortos, do nariz fino, da conversa envolvente, da voz suave... Ah, sim! Eu estava totalmente envolvida no charme de Emma Swan.

–Querida, preste atenção aqui, hun? Assim a gente nunca vai conseguir terminar esses embrulhos.

Terminei de responder Swan e me concentrei nos embrulhos novamente.

–Alguma possibilidade de eu ter um futuro genro ou nora em breve? – Indagou como quem não quer nada.

Olhei-o indignada. Eu poderia ter setenta anos que nunca conseguiria ter aquela conversa com meus pais de uma forma casual, como eu e alguns poucos amigos tínhamos. Eu sempre fui muito tímida, muito discreta. Não falava abertamente sobre isso com ninguém. Não conseguiria.

–Claro que não, papi. – Respondi. – Eu não tenho tempo para isso, você sabe. A vida acadêmica não deixa.

Ele me olhou com a típica cara de “aham, eu sei!”

–Anda logo, dona Regina Mills, embrulha isso direito.

Nós gargalhamos. Eu tratei de focar somente nos presentes, mesmo quando o celular vibrou indicando uma nova mensagem. O resto do dia foi corrido. Eram muitas coisas para apenas três pessoas. Às 22:30 eu fiquei pronta, um vestido vermelho abraçava cada uma das minhas curvas, saltos 13cm adornavam meus pés e uma maquiagem leve me dava um ar de glamour. É, eu estava lindíssima. Peguei meu celular e fiz um boomerang frente ao espelho, só para deixar registrado o mulherão que eu era.

Foi nesse momento que eu vi que Emma Swan tinha me seguido no Instagram. Meu coração palpitou levemente porque ela não tinha me seguindo pelo perfil público e sim pelo privado, do qual eu nem sabia da existência. Logo retribuí, seguindo–a de volta. Fui conferir as fotos que ela postara ali e um sorriso idiota surgiu no meu rosto. As fotos eram tão lindas e naturais, sem efeitos, com legendas que pareciam vir da alma dela.

–Regina, vem logo! – Mamãe disse alto para que eu pudesse ouvir.

Bloqueei meu celular e desci para a minha ceia de Natal, que como todos os anos foi maravilhosa. Mas a surpresa veio com a seguinte mensagem:

“Feliz natal, querida! Espero que sua ceia tenha sido tão incrível quanto você. Inclusive, vi algo que me lembrou a mocinha e decidi lhe dar de presente. Quando tiver um tempinho livre para nos encontrarmos, me avise.

Um beijo. Swan.”

Emma Swan tinha me mandado feliz natal. Emma Swan tinha comprado um presente de natal para mim. Emma Swan queria me ver ainda aquele dia! O que eu tinha de tão especial para fazê-la me querer por perto daquela forma?

“Feliz natal, senhorita Swan. Espero que sua ceia tenha sido leve como a senhorita merece. Que tal às 15:00 naquela cafeteria? Tenho algo para você também!

Um beijo, Regina Mills.”

A verdade é que eu não tinha um presente para ela, porém escolheria um dos meus livros a dedo para lhe presentear, porque nada era mais lindo para mim que ganhar um livro que era especial para uma pessoa, com uma bela dedicatória. Por isso, antes de dormir, eu tratei de ir escolher o livro que daria a Swan. Passei pelos clássicos da literatura, pelos principais teóricos, pelos modernistas... Nada me agradou, até chegar nos meus autores contemporâneos. Eu tinha um atual amor, mais conhecido como Dan Brown. Olhei título por título até meu coração escolher qual deveria dedicar a Swan naquela noite de Natal.

–Se você está analisando qual obra de Dan Brown é a mais fascinante, obviamente é porque você pretende dar uma delas. – Papai me assustou. Pulei e o olhei. – Desculpe, pequena. Eu vi a luz da biblioteca acesa e vim apagar a luz... E eu acho que você deveria escolher Inferno. Veneza é estonteante.

E saiu, me deixando sozinha com os livros. Olhei para o livro que ele havia me sugerido. Além de Veneza, ela também embarcaria na Divina Comédia de Dante. Seria um livro estupendo!

***

–Boa tarde, querida! – Falou assim que eu cheguei próximo a ela.

Me sentei enquanto sorria.

–Boa tarde, senhorita Swan.

Ela revirou os olhos.

–Podemos sair dessa formalidade toda? Me chame de Emma.

–Okay, Emma. Como foi sua noite de Natal?

Ela chamou o garçom antes de me responder:

–Foi boa! Ainda estamos em paz, graças a David Nolan!

Eu sorri, contente com a notícia. Nunca fui uma pessoa que conseguia conter certas coisas. Entregar presentes era uma das coisas que eu não conseguiria conter. Portanto, eu peguei o embrulho enquanto o sorriso se alargava em meus lábios, estendi o pacote para Emma, esperando que ela o pegasse.

–Regina... Não precisava, querida! – Falou emocionada enquanto pegava o embrulho.

Swan começou a abrir o pacote. Tratei de explicar:

–Desde pequena eu sempre achei uma enorme demonstração de afeto quando alguém me dava um livro que era seu, com uma dedicatória. Por isso, depois que a minha biblioteca começou a crescer, decidi que sempre perpetuaria esse gesto que me é tão apreciado.

Ela viu o que tinha dentro do embrulho, os olhos brilharam.

–Este seria o próximo livro que eu compraria. Adoro Dan Brown. – Me olhou, grata. – Eu amei seu presente, querida! Muito obrigada!

Sorri, extremamente contente por ter acertado no presente.

–A dedicatória deixe para ler na sua casa, por favor.

Ela assentiu. Logo foi sua vez de me presentear. A caixa era relativamente pesada. Quase caí de costas quando vi livros clássicos em suas primeiras edições ali dentro. Emma tinha acertado no presente. Exatamente por este motivo que me joguei em seus braços, num abraço apertado, cheio de sentimentos. Seus braços logo rodearam meu corpo, o abraço quentinho dela me fez suspirar e fechar os olhos. O calor do corpo dela no meu era algo tão agradável que eu poderia ficar por ali por muito tempo sem reclamar.

De repente o senso me invadiu e eu afrouxei o abraço para me separar dela. Eu só não esperava que ela depositaria um beijo em minha bochecha. Senti todo o meu corpo tremer. Eu estava recebendo um beijo de Emma Swan no rosto. Eu não preciso repetir, não é mesmo? Você consegue sentir o peso disso!

–Eu espero que te ajude com alguma coisa da sua pesquisa. – Falou enquanto nos separávamos.

Olhei para ela, meu sorriso se ampliando novamente.

–Vai sim! Demais! Obrigada, Emma! É incrível demais!

Ela parecia feliz. Logo nós engatamos em uma conversa, nos enclausurando na nossa bolha tão fantástica.

 

 


Notas Finais


E aí? O que acharam? Essa fanfic vai ser bem leve no início, okay? Ela é leve e mais rapidinha.
Como está a quarentena de vocês? Estão se cuidando? Espero que sim!
Beijinhos, bolinhos!


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