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História Stockholm Syndrome || Zerrie - Kidnapped


Escrita por: HelloIsZerrie

Notas do Autor


boa leitura <3

Capítulo 3 - Kidnapped


Fanfic / Fanfiction Stockholm Syndrome || Zerrie - Kidnapped

xx

            Na hora do jantar, eu não estava com nenhum pingo de fome. A mesa estava recheada de coisas e Abigail nos servia com suco natural. Mamãe percebeu que eu estava triste desde que cheguei em casa. Suspirei com ar de desânimo.
            - Filha? – Ela olhou para mim – Filha.
            - Sim? – A olhei.
            - O que houve? – Ela franziu as sobrancelhas – Você nem tocou na comida.
            - Estou sem fome – Suspirei.
            - Alguma coisa errada? É a faculdade? – Papai olhou para mim.
            - É o Luke – Revirei os olhos.
            Papai ergueu a sobrancelha.
            - Não me diga que ainda está com esse sujeitinho mal caráter? – Ele perguntou.
            - Não, não estou – Abaixei a cabeça – Eu o vi, tentou conversar comigo, Kate apareceu e... Ah, não quero falar sobre isso.
            - Vou conversar com esse cara, ele não sabe com quem está se metendo – Papai disse – Se ele acha que pode partir o coração da minha filha, ele está muito enganado.
            - Obrigada papai, mas deixa isso pra lá – Sorri de canto.
            - É isso que dá, Perrie – Mamãe bebeu um pouco do seu suco – Se envolver com qualquer pessoa.
            - Luke não foi qualquer pessoa para mim – Neguei – Eu o amava, e você sabe disso.
            - Não sei o que viu nesse tal Luke – Papai revirou os olhos – Além de ter traído você, é um homem sem estrutura nenhuma.
            - Como assim, sem estrutura? – Franzi as sobrancelhas.
            - Ele é bolsista, não? – Mamãe deu uma pequena risada de deboche.
            - E o que tem haver isso?
            - Como você vai conseguir um futuro com um homem que não tem capacidade nem para pagar uma faculdade, que depende de uma bolsa de estudos para poder entrar no curso? – Papai riu – Devia ter pensando nisso, antes de se envolver com ele.
            - Mas não namorei com ele todo esse tempo, pensando em suas condições financeiras – Os olhei.
            Luke é bolsista, e teve muita sorte para entrar na faculdade sem pagar nada. É um rapaz inteligente, admito. E meus pais nunca gostaram dele, simplesmente por ele ser uma pessoa simples e não viver no luxo em que vivemos.
            - Deixou de pensar, no que mais importa – Mamãe disse.
            - Sua mãe está certa, filha – Papai disse.
            Os olhei seriamente. Não acredito que esse nível de ambição chegasse tão longe assim.
            - Como podem pensar dessa maneira? Que tipo de pais vocês são? – Franzi as sobrancelhas – Então, o que importa é eu me envolver com alguém rico e a minha felicidade? Vocês não se importam comigo? Se vou ser feliz?
            - Claro que nos importamos com você, Perrie. Não diga uma bobagem dessas – Papai disse.
            - Queremos apenas o seu bem – Mamãe completou.
            - O meu bem – Ri sarcástica – Se quisessem mesmo o meu bem, não seriam tão ambiciosos, tão egoístas, tão ignorantes.
            - Não estamos sendo nada disso – Papai exclamou – Estamos sendo apenas realistas.
            - Vocês sempre foram assim, e querem saber mais? Estou cansada disso – Exclamei me levantando da mesa e saindo da sala de jantar. Caminhei até as escadas, as subindo rapidamente.
            - Perrie Louise Edwards – Ouvi meu pai gritar – Desça já aqui.
            Corri para o meu quarto e lá me tranquei. Derramei algumas lágrimas e me sentei no chão, me encostando na parede. Estava cansada, eu não sou feliz nessa casa enorme onde há tudo que eu possa querer, mas com pais ambiciosos, interesseiros, egoístas e ignorantes. Se importam apenas com a sua posição diante da sociedade, se importam apenas com o dinheiro, o luxo em que vivemos. Um luxo que era totalmente sujo, para mim. Apenas peguei o meu celular e liguei para Jade.
            - Alô? – Ela atendeu.
            - Jade, sou eu – Tentei disfarçar a voz de choro.
            - Perrie – Ela deu uma risadinha, mas logo parou – Você está bem? Sua voz está estranha.
            - Depois eu explico o que aconteceu – Suspirei – Quero te pedir uma coisa.
            - O que foi?
            - Queria dormir na sua casa hoje, se for possível – Falei.
            - Claro, mas por que? – Ela começou a estranhar.
            - Eu explico quando chegar – Eu disse – Daqui a dez minutos eu estou aí.
            - Tudo bem, eu estou esperando você – Ela disse e eu rapidamente desliguei. Suspirei pegando uma mochila pequena e coloquei o meu pijama, escova de dentes, etc. Me vesti colocando meu jeans e uma blusinha simples sem mangas. Soltei meus cabelos e calcei meus sapatos, logo em seguida saindo do quarto. Desci as escadas passando a mão pelo corrimão e meu pai logo estranhou eu estar arrumada e com uma mochila nas costas.
            - Aonde pensa que vai a essa hora da noite? – Exclamou.
            - Vou dormir na casa da Jade – Respondi.
            - E com a permissão de quem? Posso saber? – Mamãe disse.
            - Com a permissão de ninguém, eu sou maior de idade e faço o que eu bem quiser, ok? – Respondi e ela ficou de boca aberta.
            - Como ousa responder sua mãe com essa grosseria? Não foi assim que te educamos – Papai gritou.
            - Não quero saber, eu só quero sair desse inferno que vocês chamam de lar-doce-lar – Sorri sarcástica e logo fiquei séria, abrindo a porta.
            - Se passar por essa porta, você não vai voltar.
            Seu tom de voz era ameaçador, o que me fez estremecer por dentro. Me virei para eles, mamãe estava de braços cruzados, me encarava zangada. Suas joias caríssimas me encaravam zangadas, eu só conseguia ter raiva de tudo aquilo. Papai me olhava sério, ele estava prestes a fechar aquela porta.
            - Então, adeus pai – Cerrei os olhos, cheio de lágrimas para derrubar e fechei a porta. Desci as pequenas escadinhas passando pelo jardim e abri o portão.
            - Perrie – Mamãe gritou da janela – Perrie, volta aqui.
            Suspirei derramando as lágrimas que insistiam cair de meus olhos e comecei a caminhar pela calçada em direção à casa da Jade. Cruzei os braços pensando em todos os momentos que passei naquela casa enorme, porém cada canto daquele lugar era frio e sem amor, sem felicidade sincera. Agora que meu pai, supostamente, me expulsou de casa, não sei como Jade iria reagir se eu pedisse para morar com ela em seu apartamento. Seus pais vivem viajando pelo mundo em questão de trabalho, e ela tem um apartamento só para ela no centro da cidade. Eu estava começando a ficar com frio e acabei ouvindo passos atrás de mim, homem encapuzado andava atrás de mim, dando passos desacelerados. Olhei para trás sem intenção nenhuma, aquele cara olhava para mim. Ele parecia ter olhos verdes, um olhar pervertido e perigoso. Abaixei a cabeça tentando apressar os passos, mas parecia que ao mesmo tempo, ele também apressava os passos atrás de mim.
            - Já estou aqui – Ouvi a voz rouca do cara, ele falava com alguém no telefone, mas essa ligação terminou rapidamente. E assim que ele desligou o telefone, um carro em alta velocidade estava vindo atrás de mim, e assim que ele se aproximou, uma mão de luva preta tampou a minha boca e a outra, me agarrou me impedindo de se mexer. Arregalei os olhos assustada, tentei me soltar, mas ele era forte.
            - Fica quietinha, Loira – Ouvi sua voz rouca sussurrar em meu ouvido.
            - “Socorro” – Tentei dizer. Rapidamente ele prensou um pano em minha boca, havia clorofórmio então acabei desmaiando.
            - Anda logo Harry, antes que alguém nos veja – Disse o cara dentro daquele carro, ele havia parado ali perto. O tal Harry me arrastou para dentro do carro indo para o banco de trás. Ele fechou a porta.
            - Acelera essa porra – O cara de olhos verdes disse, e o tal homem do volante começou a dirigir rapidamente.


Notas Finais




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