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História Stole My Heart - Safe Zone


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


OIIIIIIEE MEUS AMORECOSSS
esse capitulo ta bem fofinho, e nao tem TANTO foco na Alice, ou pelo menos eu achei isso, mas enfim, espero que gostem!!
Mae da Luiza: Dakota Johnson
Henry: Rusty Joiner

Capítulo 30 - Safe Zone


Fanfic / Fanfiction Stole My Heart - Safe Zone

 

P.O.V. Luiza

16:00 p.m.

-Tchau, Emms. – Dou um beijo na bochecha dela. – Até segunda.

-Até. Fala pro Henry que eu desejei boa sorte. E depois me conta sobre o afilhado dele. Espero que seja uma criança adorável!

-Tá bem. Hoje a noite te mando mensagem.

-Tá. – Ela fala enquanto acena.

Atravesso a rua e começo a caminhar até em casa. Lá, abro a porta e encontro a minha mãe correndo pela cozinha igual a uma maluca.

-Cheguei, mãe. – Falo alto, chamando a sua atenção.

-Oi, querida. – Ela sorri para mim, e passa o antebraço na testa. Seu cabelo castanho escuro está, pela primeira vez em anos, preso. Sua franja está dividida ao meio, e cai pela testa. Por incrível que pareça, a minha mãe é uma das únicas mulheres que ficam bonitas até quando vão se dissolver em suor. – Mocinha, quero que suba, coloque uma roupa qualquer, e lave essas mãos porque preciso de ajuda aqui na cozinha.

-Tá. Desço de novo em cinco minutos. – Digo, e disparo até o meu quarto. Visto um short de pijama e uma blusa velha. Prendo o cabelo e desço correndo. – Onde precisa de ajuda?

-Aqui. Corte as carnes em tiras. Depois, me ajude a temperar o arroz, e faça a massa do pão.

-Caramba, você ta realmente ansiosa pra conhecer o afilhado do Henry, né? E olha que ele é uma criança. – Falo enquanto começo a cortar a carne assim como ela me pediu.

-Já parou pra pensar que ele pode ser um adolescente? De qualquer maneira, quero que ele goste de mim. – Minha mãe fala, enquanto cozinha os legumes.

-Quando o Henry fala do afilhado dele, eu o imagino como uma criança.

De fato. O nome do afilhado do Henry é Josh. Sim. Josh também. Outro Josh na minha vida. Ele tem uma sobrinha também, mas não sei o nome dela. Creio eu que os dois sejam gêmeos. Nunca os vi, nem pessoalmente, nem por foto. Por que? Henry não tem redes sociais. Bem estranho, né? Pois é, ele defende uma teoria que diz que as redes sociais atrapalham na interação e evolução humana. O que, parcialmente, está certo. Realmente, atrapalha na interação humana, mas acho que nos ajuda a evoluir. Sei lá. A única que ele possui é o WhatsApp, e é por conta do trabalho/relacionamento com a minha mãe/compra do anel.

-Que horas eles vem mesmo? – Pergunto ainda cortando a carne. Ela olha pro relógio, ainda concentrada nos legumes. 

-Umas 19h, eu acho...

-Tá...

P.O.V. Sophie

Mingus e eu estamos caminhando por um parque, e eu realmente não sei onde ele está me levando. Ele coloca as mãos nos meus olhos.

-Ei! Tá, eu já não sei onde a gente ta indo, tirar a minha visão é forçar a barra.

-Para, amor. Você vai gostar, eu prometo. – Ele sussurra, sua voz me causa arrepios. – Chegamos.

Ele tira as mãos da frente dos meus olhos, revelando um local vazio, apenas com uma toalha de picnic, e uma cesta cheia de comida.

-Faz tempo que eu to querendo te trazer aqui. É tipo a minha zona segura. E, eu acho que você é digna de te-la comigo. – Mingus me ajuda a sentar sobre a toalha.

[...]

-Quer mais um morango? – Mingus pergunta, pegando o ultimo morango com chocolate que tinha ali.

-Não amor, obrigada. – Nego.

-Vai que esse é o melhor morango com chocolate do mundo, e você está negando? Tem que provar pra descobrir. – Ele fala, levando o morango até a minha boca. Mordo até metade.

-É, você tinha razão.. – Sorrio. Ele come a outra metade. Mingus levanta, e me ajuda a levantar também. Não entendo direito o que está acontecendo.

-Bom... Já que a gente assumiu meio do nada, eu não tive chance de fazer algo que eu estava pensando em fazer há muito tempo. E não adianta falar que nunca pensou nisso, porque até a Lucy ficaria toda feliz na nossa situação.

Que?

E então, eu entendo tudo. Ele se ajoelha, e tira uma caixinha de veludo do bolso.

-Sophie Juliette Ambers, – Ele abre a caixinha, revelando um anel extremamente lindo. – quer namorar comigo? – Fico completamente sem palavras, mesmo ele já sabendo a resposta.

-Sim! Sim, sim, sim! Mil vezes sim! – Ele me abraça e me gira no ar. Damos inicio a um beijo calmo, que ganha intensidade aos poucos. O finalizamos com vários selinhos.

P.O.V. Luiza

18:00 p.m.

Posso fazer um comentário? Eu não aguento mais esperar o Henry chegar. Quero conhecer o Josh! Ele deve ser a criança mais adoravelmente fofa desse universo! Tirando a Mindy, irmã da Emma, ela é definitivamente a criança mais fofa, apertável, amável e amorzinho que eu já vi. Vou tomar um banho pra tentar me acalmar.

[...]

Saio do banheiro com uma toalha enrolada no corpo. 

A minha casa tem o telhado triangular, ou seja, a altura das paredes do andar de cima ficam cada vez menores, e o teto cada vez mais perto do chão. O meu quarto, o escritório da minha mãe, e o quarto dela ficam no segundo andar, então esses três cômodos são como aqueles quartos de sótão bonitinhos que a gente vê na internet, sabe? Isso porque a minha madrinha é uma ótima designer de interiores, e uma ótima madrinha, que pede a minha opinião ao projetar o meu quarto.

O que quero dizer: O meu quarto é o meu lugar favorito na casa inteira, é o meu lugar sagrado, ele me deixa calma. Mas hoje eu estou tão inquieta que até o meu quarto está estranho. Olho para a cama e tem algumas roupas, e um bilhete.

“Lulu, comprei essas roupas pra você usar hoje. Não me xingue, eu sei que você não gosta muito desse tipo de coisa, mas eu preciso de tudo completamente impecável hoje, ok? Fique bem bonita, mais do que você já é, e desça. Te amo.”

Ótimo.

Pego o top vermelho escuro, quase vinho, e a saia preta. Olho para o chão, e lá estão: Um par de saltos brancos.

-Só pode ser brincadeira. – Resmungo para mim mesma. Eu até cogitaria a ideia de discutir com a minha mãe sobre essa roupa, mas, hoje ela já ta nervosa demais, melhor eu não estressa-la e fazer o que ela manda.

Visto a roupa que ela comprou pra mim, e... Tá, não ta tão ruim assim, mas, MEU! Isso não tem nada a ver comigo. E tudo isso por causa de um jantar normal pra conhecer uma criança? Tem coisa pela metade nisso aí. Eu não to sabendo de tudo. Beleza, o Henry vai pedi-la em casamento, mas isso é surpresa.

Caminho até a penteadeira, do outro lado do quarto, e começo a arrumar o meu cabelo, e fazer a minha maquiagem.

[...]

Coloco um colar, e um par de brincos, pego os saltos e desço as escadas.

Logo de cara, vejo a minha mãe parada, olhando para a escada. Quando ela me vê, sorri de uma maneira inexplicável. Todo o desgosto pela roupa some em segundos, ela realmente ficou feliz por me ver daquele jeito.

-Estava me esperando aqui, sem fazer nada? – Pergunto. Ela assente, ainda radiante com a minha pessoa.

-Sabia que ficaria linda com essa roupa. – Ela elogia, e o seu sorriso não some. Talvez eu deva usar mais roupas assim. Daria tudo para ver aquele sorriso todos os dias.

-Mas por que tanta formalidade? São o Henry e o afilhado dele que virão jantar com a gente, não o Barack Obama... – Ela dá uma risada, mas aquilo foi um “deboche”. Cara, eu realmente preciso me vestir assim mais vezes.

-Então, mãe... Em meio a todo o estresse de hoje, eu estava pensando, se... Amanhã a gente não poderia passar a tarde juntas? Tipo, só eu e você... Vamos no shopping, fazer compras, tomar sorvete, e... Sei la coisas assim. Ah! Marquei um horário no salão para a gente amanhã. Não adianta negar, porque eu já paguei! – Não sei como, mas o sorriso da minha mãe aumentou.

-Claro, filha! Vai ser um prazer! Faz muito tempo que não fazemos isso, vai ser ótimo! – Ela fica completamente animada, e aquilo já se transforma no ponto alto do meu dia.

E então, o nervosismo volta: A campainha toca. A minha mãe da um pulo.

-Vai atender, mãe! Vai, vai, vai!

Ajeito a postura e fico parada em frente a porta enquanto a minha mãe atende. Sorrio ao imaginar que em segundos vou conhecer a, possivelmente, criança mais fofa desse universo.

-Entrem, podem entrar!

A minha mãe da um beijo em Henry e abraça outra pessoa. Mas não se abaixa para abraçar o Josh. E então ela abre a porta completamente. Não pode ser!

P.O.V. Alice

Decidi fazer alguma coisa da minha vida, então subi para o ateliê para pintar alguma coisa. Dou de cara com a parede vazia. Tive uma ideia!

Procuro o meu antigo portfólio com as ideias de desenhos. Começo a esboçar duas mãos: uma com uma floresta entre os dedos, e a outra, tem os planetas enrolados nos dedos, como se fossem marionetes. E então escrevo: Never apologize for burning too brightly or collapsing into yourself every night. That is how galaxies are made.

-Alice… - Uma voz me chama, viro-me para ver quem é, mesmo sabendo a quem a voz pertence. Sou atingida por uma grande quantidade de tinta verde na bochecha. Isso me faz levar um susto. Chandler começa a tentar segurar a risada, mas falha.

-CHANDLER! EU VOU TE MATAR! – Grito, levantando para correr atrás dele. Mesmo fingindo estar irritada, não consigo evitar, e caio na gargalhada. Pego o pincel e mergulho na tinta azul, e começo a caminhar na direção dele. O mesmo começa a recuar.

-ESPERA! 10 segundos para fugir?

-1...2....3... – Logo no número 1 ele começa a correr, descendo as escadas espalhafatosamente.

Ao chegar no dez, saio correndo atrás dele. Desço as escadas correndo, e nem sinal dele. Vou até a sala, Gray está sentado no sofá jogando videogame.

-Ele tá la fora. – O garoto de 12 anos cuja havia me ajudado mais cedo fala. Agradeço, e atravesso a porta, em posição de ataque. Ele não está aqui, Gray. E então escuto um barulho, vindo de trás da casa. Caminho, sem fazer o mínimo de barulho, e quando o vejo, tentando se esconder atrás de uma árvore, pulo em suas costas e começo a espalhar tinta azul por todo o seu rosto. Eu e ele caímos na gargalhada. Vejo mais algumas latas de tinta, e desço rapidamente para pega-las.

Não preciso nem falar né? Eu e ele começamos uma guerra de tinta, e, digamos que não deu muito certo. Paramos um pouco depois de ouvir o barulho do carro da Gina na garagem, sinalizando que ela e o Will chegaram. Caminhamos até a porta da frente, e entramos em casa, tentando não fazer barulho nenhum, mas Gina e Will saíram da cozinha momentos depois de fecharmos a porta.

-O que aconteceu? – Will perguntou, abismado.

-O que vocês dois aprontaram? – Gina pergunta, do mesmo jeito que o marido.

-Eu meio que tentei fazer a Alice se animar, e deu certo! Só que a gente exagerou um pouquinho... – Chandler responde, ainda rindo. Gina e Will trocam olhares, e acabam rindo um pouco também, mas logo retomam a postura.

-Os dois, já pro banho! – Gina ordena, de maneira suave. Acaba que eu e o Chandler subimos as escadas e caímos na gargalhada aqui em cima.

Vou para o meu quarto, e entro no banheiro. Ligo o registro do chuveiro, tiro as minhas roupas, e entro no box. Lavo os meus cabelos, passando shampoo mais vezes que o normal para tirar a tinta, e passo o sabonete pelo corpo. Depois de checar pela quinta vez se não tem mais tinta, saio do banheiro.

P.O.V. Luiza

Nota mental: Nunca fugir do perigo, porque ele vai te caçar como um gato caça um rato, ou um passarinho, sei lá. Mas, nunca, jamais, fuja dele.

Porra, e falando nisso, claramente, o maior problema da humanidade é não conseguir fugir dos problemas. Ela não consegue, nem eu. Mas o que é impressionante nessa historia toda, é: o tipo de perigo/problema em que eu me meto. De todos, todos, os garotos de Atlanta, Josh é o afilhado do Henry! Qual é a probabilidade de isso acontecer? Oh, vida. Por que tu tem que forçar a barra com a minha pessoa? Que praga!

Joshua Matthew Moore é afilhado do futuro noivo da minha mãe! Lado bom? Vou ser praticamente da mesma família que a Lucy, e isso vai ser incrível. Lado ruim? Vou ser da mesma família que o meu possível crush, que é irmão de uma das minhas melhores amigas!

Parece que a minha mãe já sabia que o Josh é só um pouco mais velho que eu, porque não pareceu nem um pouco surpresa. E me parece que o Josh não estava sabendo que eu sou filha da futura possível tia dele. Aja naturalmente.

-Josh, querido... Deixa eu te apresentar a Lu, minha filha... – Minha mãe fala, toda animada,  e pega a mão dele, trazendo-o para perto de mim.

-Mãe... A gente meio que já se conhece.. – Sussurro no ouvido dela.

-Já se conhecem? – Puta que pariu, mãe.

Nem pra falar baixo, não, tem que falar pra todo o mundo ouvir.

-Já... Ela é amiga da minha irmã, Lucy. – Ele diz, e então me dá um beijo na bochecha, tipo aqueles de “oi”. Deus, só dele tocar na minha cintura, já me sobe um arrepio.

-A Lucy que estava de aniversario ontem? – Minha mãe pergunta. Murmuro um “é”.

-Você é amiga da Lucy? – Henry pergunta, e eu assinto. – Como eu nunca soube disso? – Dou de ombros e falo que não sei. Porque eu realmente não faço ideia. – Então, essa é a Luiza amiga da Lucy que você fala desde que chegou? – Henry pergunta, fazendo com que Josh arregale os olhos. Ficam tão arregalados quanto os olhos de uma coruja.

-Tio Henry, agora não. – Ele fala, tenso. Dou uma risada envergonhada, e a minha mãe da uma gargalhada.

-Pobre garoto, Henry... – Minha mãe fala, olhando para o seu futuro marido. – Querido, sinta-se a vontade. O jantar ainda não esta pronto... Então, Lulu, por que não mostra a casa para ele? – Minha mãe se volta para mim.

-Tá bem, mamãe. – Respondo, e então me viro para Josh. – Vamos? – Ele assente.

Subimos as escadas silenciosamente.

-Bem, a casa não é muito grande... Não tem muitos quartos porque somos eu e a minha mãe. O banheiro é ali, o quarto da minha mãe, escritório, quarto de hóspedes, outro banheiro e o meu quarto. – Falo. Eu sei, estou sendo grosseira, mas eu não sei como agir na frente dele. Abro a porta do meu quarto, e dou passagem para ele entrar.

-A sua casa é muito bonita. – Ele fala, passando os olhos pelo meu quarto, para então se voltar para  mim.

-Obrigada. Pode sentar aí.... – Falo, apontado para a cama. Sento na poltrona e me viro para ele. Alcanço o meu celular e mando uma mensagem para a Emma:

“AJUDA!”

Bloqueio o telefone e me volto para ele.

-Então... Sou eu a Luiza que você falou pro seu padrinho? – Pergunto.

-Aí... – Ele fala, dando risada, e então coça a nuca. – Deixa isso pra lá... – Assinto e dou uma risada. Meu celular apita, é Emma me ligando.

-Só um pouquinho, é a minha avó. – Falo, e ele assente. Levanto e saio do quarto.

-OI! E ai? Como é o Josh? Fofinho? Chato? Mimado? – Emma me afunda em perguntas. Vou até o escritório da minha mãe.

-Você não acreditaria se eu contasse. – Falo.

-Por quê?

-É o Josh, irmão da Lucy. – Falo, em desespero.

-MENTIRA! Amiga, quais são as possibilidades disso acontecer?

-Porra, eu só me fodo na vida. – Resmungo.

-Não, Lu. Calma. Aproveita isso, puxa assunto. Ele já chegou aí?

-Já, ta me esperando la no quarto...

-Vocês estão no seu quarto? – Emma pergunta, em um tom meio: “AGORA É DIFERENTE!”

-Sim.

 -E vocês estão sozinhos lá?

-Sim......?

-ENTÃO O QUE VOCÊ TA ESPERANDO LUIZA GARCEZ? – Emma grita, do outro lado da linha.

-Você usou um megafone ou o que?

-VAI LOGO! NÃO DEIXA ELE ESPERANDO!

-TÁTÁTÁ! Beijos...

-Beijoooo!

Desligo e volto para o quarto. Ele olha pra mim.

-Então.. Você também não sabia que era eu? – Josh pergunta, com um sorriso fofinho no rosto.

-Não... Você sabia que era eu? – Ele nega. – Interessante.

-Sua mãe é bem legal... – Ele fala, olhando para os próprios pés.

-Já conhecia ela? – Pergunto, e ele assente. – Seu padrinho também é...

-Ele estava bem nervoso para hoje a noite... – Ele fala, rindo consigo mesmo. – Ele me disse que ajudou ele a escolher o anel.

-Já tá sabendo? – Pergunto, e ele assente. – A minha mãe também estava, só não sei porque. Até onde eu sei não tem nada de especial pra ela contar.... Mas que ela estava toda nervosa, ela estava. Disse que queria que ficasse tudo perfeito, porque queria que você gostasse dela, o que não faz mais tanto sentido, já que você já conhece ela.

-Estranho...

-Por que não chama o se padrinho de Dindo? Ou Padrinho?

-Não sei... Nunca tive esse costume de chamar de dindo. Tinha uma época que os garotos da minha sala falavam que dindo é gay demais. E pra mim padrinho é um pouco grande demais.  Então acho mais fácil chamar de tio.

Interessante.

-Crianças, o jantar ta pronto!

-Parece que é agora... – Falo, e ele assente. Descemos as escadas e sentamos na mesa. Eu ao lado da minha mãe, e ele ao lado de Henry, estou de frente para ele. Não sei por que estou tendo essa impressão, mas parece que ele me olha a cada vez que mastigo. Sinto-o sorrindo. Sorrio de volta. Sorrio para o prato, não para ele, para falar a verdade.

-Então, eu tenho que pedir desculpas, mas vou precisar repetir o prato porque agora estou comendo por dois. – Todos assentem. Acho que sou a primeira a notar o que ela disse, depois Josh, e então Henry. Isso leva uns 5 segundos. – Estou grávida!

-Meu Deus! – Josh exclama.

-E-Eu vou ser pai? – Henry pergunta, feliz.

-Eu vou ser irmã mais velha?! – Pergunto, quase pulando da cadeira de tão feliz.

-Sim, e sim! 2 meses já! – Minha mãe fala.

-ENTÃO ELA ESTAVA MESMO ESCONDENDO ALGUMA COISA! – Josh exclama para mim.

-SOMOS MUITO SHERLOCK E WATSON! – Exclamo para ele, e nós dois fazemos um Hi-5 (NÃO SEI SE ESCREVE ASSIM). Mas no momento em que as nossas mãos se tocam, parece que eu e ele entramos em um transe, e sentamos novamente, dessa vez calados.

-Bom, e aproveitando a nossa situação, eu quero fazer uma coisa que quero fazer há muito tempo. – É agora!! Ele se ajoelha diante da minha mãe, que por sinal já este em pé porque tinha abraçado ele, e tira a caixa do anel do bolso. É agora!! – Sofia Garcez. Me daria a honra de ser minha esposa?

Minha mãe leva as mãos a boca, e então sorri.

-Sim. – Minha mãe praticamente pula, e ele a beija. E eu e Josh ficamos nos encarrando na maior cara de paisagem.

P.O.V. Sophie

Eu e Mingus estamos caminhando até a minha casa.

-Dorme lá hoje. – Falo, com uma voz fofinha.

-Não tenho pijama. – Ele fala.

-Dorme sem roupa mesmo... – Falo, tirando sarro da caro dele, e o encaro com uma expressão de: “Parece que o jogo virou não é mesmo?!” – Brincadeira, tem um pijama do meu primo que cabe em ti com certeza.

-Tá bem então.

Empurro a porta da frente, e encontro a minha mãe e a minha irmã sentadas no sofá assistindo televisão. As duas olham para mim e para o Mingus. A minha mãe sorri para ele.

-EU OFICIALMENTE TENHO UM NAMORADO! – Grito, e a minha mãe praticamente salta do sofá, e vem cumprimentar o meu namorado.

-Oi, querido. Sou a mãe da Juliette. – Sim, a minha mãe me chama pelo nome do meio de vez em quando. Não me pergunte o por quê, pois nem eu sei a resposta dessa.

-Sophie, mãe. Sophie. Juliette não. – Falo ao pé do ouvido dela.

-É um prazer conhece-la, senhora Ambers.

-Sarah, por favor. Sarah está ótimo. – Ela abraça Mingus. Parece que ela gostou dele, agora falta o meu pai.

-Oi, Mingus. Bom te ver. – Kim fala, apertando a mão dele.

-Cade o papai, mãe? – Pergunto. Mingus congela, eu percebo.

-Ele está vindo. Vai adorar conhecer o seu namorado. Mingus, certo? – Ele assente. – Bem, ele chegará logo.

-Bom, a gente vai subir ta mãe?

-Tá bem, querida.

Pego a mão de Mingus e o puxo para o quarto comigo. 

P.O.V. Alice

Saio do banheiro com a toalha enrolada no corpo, e o roupão. Ao sair do quarto, dou de cara com a Gina, sentada na minha cama.

-Ave Maria, Gina, que susto! – Falo em português.

-Desculpe, querida. O jantar está na mesa. Vista-se e desça. – Assinto e ela levanta. – Querida, você está bem?

-Estou, por quê? – Pergunto, sem entender o porque da pergunta. Mesmo sendo mentira.

-Chandler falou que estava tentando te animar. Espero que esteja bem mesmo. – Ela fala. – Se precisar de alguma coisa, estou aqui. – Assinto, e ela desce. Visto uma calça jeans, uma camisa social azul e um suéter azul escuro. Calço um par de tênis e desço.

[...]

O lance da guerra de tinta funcionou por um tempo, mas depois que voltei pro quarto tudo começa a desmoronar novamente.

Coloco o pijama e sento-me de frente para a penteadeira, meu cabelo molhado cai pela testa. Abaixo a cabeça e começo a chorar. Não adianta, por mais que eu tente, não consigo odiar Charlie. Eu sei, ele é um babaca, mas não sei, algo me diz que toda essa dor vai valer a pena no fim. Não sei se tem a ver com ele, ou comigo. Mas isso vai acarretar algo bom. Por hora, está tudo ruim. Não quero nem imaginar como vai ser segunda. Sinceramente? Não quero ir pra aula. Isso é estranho para mim, porque eu amo escola. Mas, não estou pronta para olhar para o Charlie.

Sinto alguém penteando o meu cabelo, e levanto a cabeça. Gina.

-Acho que, uma das coisas que eu mais gostava quando era pequena, era quando a minha mãe penteava o meu cabelo. É considerado por muitas pessoas, um dos maiores prazeres da vida, sabia? – Nego. – Eu vejo o que está acontecendo com você querida. Eu sei o que esse garoto está fazendo. E com todo o respeito, você precisa parar.

-Eu gosto tanto dele, que a raiva passa rápido.

-Isso é bom, querida. Mas não está te fazendo bem. Não vou te forçar a terminar com esse garoto, porque não o conheço. Mas, querida, você precisa parar. Ele vai acabar te deixando arrasada. Nesse meio tempo tenho te considerado uma filha. E eu não quero ver esse garoto magoando a minha filha. – Ela pega a minha mão e me conduz até a cama, sentamos e ela me abraça. Começo a chorar, enquanto ela afaga os meus cabelos.

-É tão difícil.... Não sei por que ele age assim. Ele não confia em mim, não acredita em uma palavra que eu digo. Por quê?

-Eu não sei, querida. Mas, se isso continuar, de um fim nisso. Eu sei, parece loucura, mas ele precisa parar, você merece ser feliz em todos os momentos da sua vida. 

Ela continua ali, até o meu choro cessar.

-Ótimo. Que bom que não está mais chorando. Agora, – Ela me faz deitar. – Durma, está bem? – Assinto, e ela dá um beijo na minha testa, para depois deixar o quarto.

Pego no sono em questão de minutos.

P.O.V. Luiza

-Vamos fazer alguma coisa. – Henry fala. – Vamos jogar Just Dance como na semana passada.

-Que? Não! – Josh fala.

-Ah, para de ser rabugento e vem logo. – Falo, fazendo ele caminhar até a sala.

-Vamos de dupla? – Minha mãe pergunta.

-Sim! Quais vão ser as duplas? – Pergunto.

-Pode ser eu e você, e o Josh e a sua mãe. Que tal?

-Sim! Só vou subir pra colocar uma roupa mais confortável. Mãe, você vem? – Ela assente, e subimos as escadas. Visto uma calça jeans, uma blusa com listras coloridas, calço um par de tênis. Dou uma olhada no espelho. A essa altura do campeonato, o meu cabelo já está completamente liso novamente. Desço as escadas. – Quem dança primeiro?

-Eu e o Josh! – Minha mãe fala, descendo as escadas.

-Vou fazer pipoca. – Falo, caminhando até a cozinha, que não é nada longe da sala.

P.O.V. Emma

Estou deitada na cama, assistindo televisão, até que o meu celular apita.

“Não vá na sacada.

               – Thomas”

Levanto e caminho até a sacada do meu quarto. Lá está ele. Sorrio.

-O que está fazendo aqui?

-Eu vou subir... – Ele fala. Meu Deus. Ele começa a subir pela treliça, e pula para dentro da sacada. – Estava com saudades. – Ele me beija.

-Também estava. – O beijo de volta.

O puxo pelo cós da calça até a minha cama e deitamos.

-O que quer fazer? – Thomas pergunta.

-Não sei... Podemos assistir televisão?

-Pode ser... – Ele fala, e então passa o braço por cima de mim, e me abraça.

P.O.V. Sophie

Eu e Mingus estamos no meu quarto, quando ouço o som do carro da Tracker do meu pai entrando na garagem, sinalizando que ele chegou em casa. Mingus me olha.

-Ele chegou. Relaxa, ele é tranquilo. A pior coisa que ele pode fazer é perguntar se você fuma, então calma. Vamos descer em 5 minutos, tá?

-Tá bem... – Ele fala.

5 minutos depois....

Descemos as escadas de mãos dadas, consigo notar a tensão de Mingus. Meu pai está na bancada da cozinha, colocando um pouco de vodca num copo, conversando com a minha mãe. Ele ainda está de terno, merda. Meu pai parece 5 vezes mais sério quando está de terno, o problema é que ele não é. Normalmente, ele não consegue ficar nem 10 minutos sem fazer qualquer besteira.

-O menino é um anjo. Você vai adora-lo. Eles se conhecem faz tempo, e... – Minha mãe fala, e então olha para a gente. – Ah, ali estão eles. – Consigo notar o sorriso inteiramente feliz da minha mãe. Meu pai se vira para nós, e então caminha na nossa direção.

-Olá. Mingus, certo? – Ele pergunta, e o meu namorado assente, nervoso. – Certo, sou Pete. Pai da Sophie. É muito bom conhece-lo. Só tenho uma pergunta pra você. – Mingus nem pisca. – Você fuma?

-Não, senhor... – Ele responde, sem sair do lugar.

-Que bom. – Meu pai dá três tapinhas no ombro dele. – Vai jantar aqui, Mingus?

-Vai sim, pai. – Respondo.

-Que bom, terei mais tempo para trocar umas ideias com o senhor Reedus. – Ele fala, sério, e então deposita um beijo no topo da minha cabeça.

-PAI! – Kim grita, pulando do sofá e caminhando até nós. – Vai assustar o pobre menino.

-To brincando, garoto. Não precisa ficar nervoso. – Mingus relaxa um pouco.

Meu pai sobe as escadas, provavelmente para trocar de roupa.

-Nós vamos lá pra fora, tá mãe?

-Tudo bem, querida.

Puxo Mingus pela casa, até atravessarmos o quintal de trás. Passamos pela churrasqueira e subimos na casa na arvore que temos desde que a Kim completou 4 anos.

-Bela casa na árvore. – Ele fala, sentando no chão de madeira, e me fazendo acomodar-me em seu peito.

-Você me mostrou a sua zona segura, achei que seria justo você conhecer a minha.

Ele me dá um beijo calmo, que ganha intensidade aos poucos.

P.O.V. Luiza

-Tá bem, o Josh e a Mamãe vão primeiro, né? – Caminho até o sofá, com uma tigela cheia de pipoca em mãos. Sento-me ao lado de Henry, e ofereço pipoca para ele. O mesmo pega um pouco, e come.

-É... – Minha mãe fala, levantando do outro sofá, junto de Josh.

-Que música? – Ele pergunta.

A minha mãe escolhe “C’mon” da Kesha.

Eles começam a dançar, fazendo com que eu e Henry tenhamos um ataque de risadas.

Depois é a nossa vez, minha e do Henry, e então levantamos. Coloco Just Dance da Lady Gaga. Começamos, mas está meio difícil, porque a dança é muito difícil, fazendo com que nós quatro comecemos a rir e eu e Henry nos desconcentramos um pouco.

P.O.V. Emma

Eu e Thomas estamos vendo o quarto filme consecutivo, mas, sinceramente, não estamos prestando a mínima atenção. Acaba que eu pego no sono, e ele fica fazendo carinho na minha bochecha.

P.O.V. Luiza

-Dormir aqui? – Josh pergunta para Henry, que assente. – Tá, mas por que não me avisou? Não tenho pijama.

-Usa o meu. – Falo, escorada na quina da porta, com uma maçã em mãos. Ele me encara com uma expressão incrédula. Dou uma gargalhada. – Sério. Ah, qual é o problema? Ninguém vai te ver assim, e eu não sei se você sabe, mas lá no Brasil é super normal ver homens vestidos de mulheres no carnaval.

-Ha, ha, ha. – Ele ri, sarcástico. – A gente não está no carnaval, muito menos no Brasil. – Ele olha pra mim com uma expressão confusa, porque eu estou rindo sem parar.

-Ah, qual é? Vem, vem logo. – Falo, e pego ele pelo pulso, puxando-o escada acima. 

O entrego um short azul claro, e uma blusa de alças da mesma cor. Ele é um pouco mais alto que eu, então acredito que vá ficar bem curto nele. Josh caminha na direção do quarto de hóspedes, que fica na frente do meu, e entra. Entro no meu quarto e coloco um short e uma camiseta rosa bebe, e um par de meias, porque sinto frio nos pés. Lavo o rosto, e tiro toda a maquiagem. Caminho para fora do quarto e encosto o ombro na vista da porta. Josh abre a porta e me olha com uma cara bem debochada.

-Tá falando sério que esse é o maior que você tem? – E então ele aparece completamente. Caio na gargalhada. O short está completamente curto, batendo no extremo superior das coxas. A blusa está apertada, e expõe um pouco do seu peitoral. O garoto com pijama de garota me encara como se eu fosse louca, mas acaba caindo na gargalhada. Minha mãe e Henry sobem as escadas e pousam os olhos em Josh. Nós quatro começamos a rir desesperadamente. – Tá, agora é sério. Não tem nada menos, curto? – Me recupero das risadas, murmuro um “só um segundo” e entro no quarto novamente. Encontro uma camiseta bem grande do PROERD, e uma calça de moletom do meu primo. Ele deixou aqui, cerca de um ano atrás e nunca pegou de volta. Volto para fora do quarto.

-Aqui. – Entrego-lhe as roupas e recuo, assim que nossos dedos se tocam. Acho que ele percebe, mas não fala nada.

-Depois eu volto para te entregar esse. – Ele aponta para o pijama que está no corpo dele. Assinto e volto para o quarto.

Ao entrar, caminho até a penteadeira e sento. Começo a pentear o meu cabelo, e a tirar o colar, e os brincos. Prendo o meu cabelo, já grande, em um coque malfeito e fico encarando o espelho, repassando mentalmente cada momento de hoje. E então, ouço três batidas na porta. Levanto e caminho até lá. Abro a porta e coloco a cabeça para fora. Josh, com o outro pijama, está diante de mim, com a pequena muda de roupas em mãos. Abro a porta completamente. Sorrio para e ele, e o mesmo sorri de volta.

-Obrigado pelo pijama. – Ele fala, e depois de entregar o pijama, dá um beijo na ponta dos meus dedos.

-Imagina, não foi nada. – Respondo, meio sem graça pelo gesto.

-Bom.. – Ele começa a corar. – Acho melhor eu... Ir dormir.

-É... Eu também. – A essa altura do campeonato, devo estar um tomate também.

Ele caminha até o quarto de hóspedes, mas antes de entrar, vira-se de volta, e fala:

-Boa noite, Luiza... – Seu sorriso é como uma droga. E, merda, quero guardar essa imagem pra sempre. A maneira que ele fala “Luiza” é fora de órbita.

Sorrio da forma mais doce possível, misturado com um pouco de vergonha, e respondo:

-Boa noite, Josh.


Notas Finais




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