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História Stole My Heart - Everything Is Going To Be Okay


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


Oiie, bebes!
Como vão? Espero que bem..
Eu particularmente não curti muito esse capítulo, acho que poderia ter sido bem melhor, mass, não tenho tido tempo por conta da escola e tal, portanto, me desculpem...
Ainda assim, espero que gostem, boa leitura e até as notas finais!!

Capítulo 62 - Everything Is Going To Be Okay


Flashback (On) — 03/08/20, Segunda-Feira, 19:47 p.m. 
Tiro os óculos da ponta do nariz e fecho o laptop na minha frente. Me afasto da escrivaninha do meu escritório para atender o telefone. Mari está trancada no quarto há quase dois dias, tão concentrada nos estudos que nem fala comigo direito. Duvido que sairia do quarto para atender o telefone. 

— Alô? 

— Oi, Alice... É a Ellie, tudo bem? 

— Tudo, sim! Como você está? E o bebê? Como vai a garotinha? 

— Estou bem... Nós duas estamos, ela está chutando bastante... Mas, é.... Estou bem... Feliz. 

— Ótimo! Então, o que foi? 

— Bem, posso ir até aí? Gostaria de falar com você, mas acho mais adequado pessoalmente. 

— Claro! Estou meio que sem nada para fazer, pode vir, sim... 

— Ok, chego aí em 15 minutos. 

— Vem com calma! 

— Já já estou aí! 

Desligo o telefone e vou até a cozinha. Pego uma garrafa de água na geladeira e vou até a sala com o laptop em mãos.
Não estou com um emprego certo, estou trabalhando como projetista em uma empresa, mas por enquanto estou em período de "teste". Um período de algumas semanas, até eles realmente aprovarem o meu trabalho. 

Já recebi um projeto, um apartamento praticamente do mesmo tamanho do que eu tinha em New York. Amanhã terei uma entrevista com o dono, para poder começar a projetar o design do apartamento. Já tenho algumas ideias, então estou dando tudo de mim para "passa-las para o papel", para que então, amanhã eu já tenha algumas cartas na manga. 
Eu amo muito o meu trabalho, nunca imaginei que fosse gostar tanto, e olha que nem comecei para valer. 

Cerca de 15 minutos depois a campainha toca. Atendo-a rapidamente, e é quem eu esperava; Ellie. 

— Oi, entra! — Convido. A barriga dela está enorme (também, está proporcional à barriga de uma grávida de oito meses). Sentamos na mesa da sala de estar. 

— Então, o que houve? 

— Eu to preocupada. 

— Com o quê? 

— Bem, eu tenho lido sobre algumas coisas... E tenho falado com a Mari sobre isso, também... 

— Sobre o quê? 

— Bem, eu tenho sérios problemas com pressão alta... Temo que... Na hora do parto, ela suba... 

— Ellie, isso não vai acontecer. Se acalme. 

— Tudo bem, mas eu preciso pensar nisso... 

— Não, prima. Falta um mês para você ter a sua filha em seus braços, você não devia pensar nisso. 

— Eu tento, mas... Ainda assim, esses pensamentos não saem da minha cabeça. 

— Vai dar tudo certo. 

— Bem, em todo o caso... — Ela muda de assunto animadamente. — Eu claramente vou precisar de uma pequena ajuda em alguns dias, e como não tenho mais o Jackson e a minha mãe se recusa a ajudar... Gostaria de saber se... Você gostaria de ser a madrinha dela? 

— Eu? — Estou de TPM, estou emotiva e com os hormônios à flor da pele. Não me julgue; começo a chorar. — Claro que sim! Vai ser uma honra! Eu já amo essa garotinha mais que tudo nesse mundo, óbvio que gostaria de ser madrinha dela! 

— Então, se algo acontecer, você se responsabiliza por ela? 

— Sim. — Respondo sem dúvida alguma. — Então, já decidiu um nome para ela? 

— Tem que ser algo delicado porém memorável. Tem que ser algo que possa expressar tanto força quanto perseverança... Não tenho certeza ainda... Mas, eu gosto de Daisy.

Flashback (off) — 18/09, Sexta-Feira, 23:18 p.m. 

Levanto a cabeça levemente e olho na direção da enfermeira. 

— O bebê... Posso vê-la? 

— Receio que não esteja pronta, senhorita. 

— Eu sou a madrinha da criança, é claro que estou. — Respondo com lágrimas nos olhos. — Por favor, deixe-me vê-la... 

— Tudo bem, mas não por muito tempo... A senhora quer vê-la, também? — A enfermeira se volta para a minha tia, que faz que não com a cabeça. 

— Ellie disse que... — Minha voz morre. Pigarreio por um momento é retomo. — Se caso acontecesse algo com ela, a criança seria minha responsabilidade... Você acha que eu consigo a guarda facilmente? 

— Ela deixou por escrito? 

— Acho que ela deixou no cartório. 

— Então é mais simples que parece. Mas você não acha que a avó vai querer a guarda? 

— Não sei, a minha tia disse que não ajudaria em nada com relação à criação da menina. 

— Bem, de qualquer maneira... Se prepare para tudo isso, mocinha... 

Ela abre a porta de uma sala cheia de bebês em berços. Alguns choram, outros dormem. No canto esquerdo do quarto, há um bebê que dorme tranquilamente. Está enrolado em um cobertor cor-de-rosa, e usa uma touca da mesma cor. Ela tem a pele branquinha e as bochechas rosadas. Seus dedinhos apertam tanto o cobertor que as pontas ficam esbranquiçadas. A reconheço na hora; esta é a filha da Ellie. Esta é a minha afilhada. 
Me aproximo com lágrimas nos olhos. 

— É ela, não é? — Pergunto, olhando para a enfermeira, que faz que sim com a cabeça. — Posso segura-la? 

— Em um momento. — A enfermeira pega a menina no berço e a coloca em meus braços. 

Ao sentir os seus pequenos dedinhos entrarem em contato com o meu braço, sinto um arrepio tomar conta de mim. 

— Você é a criança mais linda que eu já vi. — Falo para ela, mesmo que não me entenda. — Eu vou cuidar de você, tá bem? A dinda te ama muito... 

Olho para a enfermeira. 

— Como eu vou fazer isso? Eu não produzo leite, nem... 

— Temos assistentes sociais que terão prazer em ajudá-la, senhorita... — Ela responde depressa. — Não se preocupe com isso agora. Aprecie o momento, a sua afilhada está em seus braços. 

— Ela teve chance de segura-la? 

— Ela a viu, mas não teve tempo de tê-la em seus braços... — Noto que duas lágrimas caem dos olhos da enfermeira. Olho para o bebê de novo. 

Ela abre os olhos bem devagar, e bem pouco. Quase nada, mas é suficiente para eu ver a sua íris, que possui um tom verde-esmeralda vivíssimo. 

Então, algo passa pela minha cabeça. Algo rápido e repentino, como um sussurro trazido pelo vento. 

Flashback (on)

— Daisy, tem algum motivo especial pra você ser o meu anjo? — Ela volta o rosto para mim.

— Se sobreviver, vai descobrir com o tempo; se morrer, eu te conto. — Ela se volta para a lanterna. — 1...

— Daisy, como isso é possível, se eu vou esquecer...

— Quando me ver, vai lembrar vagamente do meu rosto.... 2...

— Daisy, dá pra...

— Você vai perceber que me conheceu aqui por um sonho.... 3.... Solte!

Soltamos as lanternas. Olho para cima. O céu acinzentado de final de tarde é salpicado por pequenos pontos de luz amarelados, e isso me lembra aquela noite de sábado no telhado com os meus pais. Sorrio com a breve lembrança. E como Daisy havia dito, sinto a luz chegar antes de vê-la. Relaxo os meus músculos e penso em coisas boas.

Até breve, senhorita. Espero que fique bem.

Flashback (off)

Sou tomada por um arrepio que corre por todo o meu corpo. Não, não pode ser possível. Isso foi só um sonho. Não faz sentido nenhum.

Mas e se for? Começo a tremer violentamente.

— Daisy.... — Murmuro, passando a ponta dos dedos pelo rosto da menina em meus braços.

— Que foi, mocinha?

— A Ellie disse algo sobre o nome?

— Não. Já sabe o nome?

— Bem, ela queria algo delicado porém memorável. Tem que ser algo que possa expressar tanto força quanto perseverança. — Faço uma pausa para ter certeza. — Ela gostava de Daisy, e acho que combina com ela.

Daisy. Eu gosto. — Diz a enfermeira. Olho para ela. — Não que seja da minha conta.

— Eu queria saber a sua opinião, não precisa se preocupar. — A tranquilizo bondosamente.

[...]

Com dificuldade, deixo a minha afilhada no berço e saio da sala, a enfermeira ao meu lado. Quando chego na sala de espera, Mari e a minha tia levantam.

— Como você está? — Minha melhor amiga pergunta, preocupada.

— Ela é linda! — Falo, sem responder a sua pergunta. Lagrimas deslizam pela minha bochecha, mas ainda assim, sorrio brevemente.

O fato da minha prima ter morrido dói muito, mas ver a minha afilhada lá, bem e saldável, me deu um pouco de esperança.

— Tia Annie, ela é linda. É a cara da Ellie.... — A minha tia me encara como se eu fosse um ser repugnante.

— Como ousa mencionar a minha filha como se ainda estivesse viva? — Ela pergunta, áspera. Recuo.

— Você acha que não dói em mim? Desculpe, dói muito, mas eu acabei de pegar a minha afilhada no colo, o que é quase que um consolo, tendo em vista que ela veio da Ellie. Me desculpe se essa não era a reação que esperava, mas eu sei maquiar os meus sentimentos muito mais facilmente do que muita gente. Não me trate mal por não chorar na sua frente. — Respondo com raiva. Me retiro da sala de espera e saio da maternidade enquanto disco o número da Katelyn.

Alô? — Ouço a voz embargada de Katelyn.

— Te acordei? — Pergunto, preocupada.

— Não, que nada... Tava acordada ain...... da — Ela é incapaz de completar a frase por conta de um bocejo.

— Desculpa...

— Que nada, o que foi?

— A minha afilhada nasceu.

Serio?! Que legal, como a Ellie tá? — Ao ouvir essa pergunta, caio no choro. — Que foi?

— Ela... — Não consigo terminar a frase, mas é suficiente para Katelyn entender.

— Ah, eu sinto muito, Lice... Eu... Eu to indo aí. Onde você tá?

— Na maternidade.

— Chego aí em 15 minutos.

Volto para dentro e sento-me na sala de espera ao lado de Mari. Não sei onde a minha tia foi, e sinceramente nem quero saber. Não estou com estomago para discutir com ela.

— Como você está? — Mari pergunta sem olhar para mim. — Você não me respondeu da outra vez.

— Indo. Vai demorar um pouco para me acostumar com a ideia. — Minto.

— Você está mentido, Alice. — Ela fala, dessa vez voltando os olhos para mim.

— Dói. Dói muito. — Começo a chorar. — Dói mais do que eu gostaria.

20 minutos depois...

— Senhora Annie Farley? — Uma mulher loira chama. Eu e a minha tia nos levantamos.

— Sou eu.

— Ótimo. Sou a assistente social encarregada pelo seu caso, preciso falar com a futura responsável pela criança, que suponho que será a avó... — A minha tia dá um passo para traz e nega com uma expressão de quem está passando mal por conta de um enjoo muito forte.

— Não, eu serei responsável pela criança; sou a madrinha.

— Ah, certo. Pode me acompanhar até a minha sala, por favor?

— Claro.

A sigo até a sua sala em silencio. Ela me convida a sentar, e eu a obedeço sem pestanejar. Ela consulta o computador e um fichário bem grosso.

— Então, Ellie Farley deixou por escrito no cartório que se caso algo acontecesse, você seria responsável pela pequena... — Faz uma pausa breve para consultar o computador. — Daisy, pelo que fui informada? — Faço que sim. — Bem, bem... Ellie deixou uma carta no cartório informando que você seria responsável pela Daisy caso algo acontecesse. Você precisa levar a identidade no cartório para conseguir oficialmente a guarda dela. O processo de adoção leva em média um mês.

— Só vou conseguir adota-la daqui um mês? — Pergunto, totalmente incrédula. — Com quem ela vai ficar durante esse mês?

— Aqui. Você poderá vê-la todos os dias, mas só pode leva-la para casa quando conseguir adota-la. — Ela responde em tom triste. — Eu sinto muito, gostaria que a pequena fosse para casa o mais rápido possível, mas são as medidas de segurança. Espero que entenda.

— Entendo perfeitamente... — Respondo tristemente. Queria mais que tudo poder ter a minha afilhada nos meus braços. Queria poder sentar no sofá e nina-la até dormir. Pelo jeito, só poderei fazer isso mês que vem. — Tudo bem, assim terei tempo para arrumar um berço para ela... Conseguir coisas de criança... É, olhando pelo lado bom, é quase reconfortante...

— Sim, você precisa olhar pelo lado bom. Pelo menos tem a autorização por escrito, se não tivesse, acredito que levaria muito mais tempo.

— É... — Paro para pensar. — Como faço para alimenta-la? Quer dizer, eu não produzo leite materno...

— Leite em pó cobre as necessidades.

— Ok.

19/09, Sábado, 13:32 p.m.

Saio da loja de móveis acompanhada pela Lauren e pela Katelyn. Acabei de comprar o berço para a pequena Daisy, entregarão lá em casa sema que vem, junto com alguns outros moveis que colocarei no cômodo que será o futuro quarto dela. Mari não pôde vir por conta da faculdade.

— Onde vamos agora? — Lauren pergunta, checando uma mensagem no celular.

Sempre perguntei se Lauren nunca se sentiu desconfortável por sair conosco, pelo fato de termos uns 16 anos de diferença, mas não, ela parece realmente gostar de ficar com a gente.

— Humm... — Paro para pensar. — Loja de roupas, preciso de roupas de bebê. Tenho algumas que a Ellie tinha comprado, mas quero ir atrás de mais algumas... Também preciso de mamadeira, e lenços, e fraldas... — Respiro fundo. — Como vou fazer isso? — Pergunto para elas.

— Vamos te ajudar. — Lauren e Katelyn falam ao mesmo tempo. Assinto com um meio sorriso estampado no rosto.

Entramos na primeira loja com coisas de bebê que encontramos.

Meia hora depois, saímos da loja carregadas por meia dúzia de sacolas cada. Caminhamos até o carro da Lauren e seguimos o caminho até a minha casa falando sobre a decoração do quarto da Daisy e do jeito que eu vou projeta-lo.

Sim, arrumei um espaço na minha agenda que, por conta da quantidade de clientes que tenho tido, está cada vez mais lotada para projetar o quarto da minha afilhada.

— Pensei em rosa ou amarelo. — Falo, me referindo à cor das paredes. — Não sei, nunca gostei muito de amarelo; mas, por ser uma cor clara, iluminaria muito o quarto. E não seria nada mau, né?

— Acho amarelo legal, também. — Katelyn concorda.

— Qualquer uma das duas ficariam boas na sua mão. — Lauren fala bondosamente. Sorrio para ela.

Um mês depois...

Estaciono o carro na frente da maternidade e entro no local com o documento que me faz oficialmente responsável pela Daisy. Durante esse mês que passou, vim vê-la todos os dias.

— Olá, Claire. — Cumprimento a assistente social responsável ao entrar na sua sala. Ela sorri para mim.

 — Conseguiu?

— Sim. — Respondo, sentando-me na cadeira. — Está aqui. — Estendo o braço e lhe dou o papel que está nas minhas mãos.

Ela lê o que está escrito, e então olha para mim enquanto pousa o papel na mesa.

— Vamos busca-la. — Sorrio ao ouvir isso.

Quando coloco Daisy na cadeirinha do carro sinto algo diferente. Não sei, me parece algo próximo daquele sentimento que surge lá no fundo, e diz que tudo vai ficar bem.

É, acredito que seja isso.

— Vamos ficar bem, meu amor. — Falo, correndo a ponta dos meus dedos pela bochecha rosada dela.


Notas Finais


Então foi isso, espero de coração que tenham gostado (mais do que eu, pelo menos) hihi
GENTE O CÉU 11 FAVS PRA 200 AAAAAAA EU NÃO TO ACREDITANDO, MUITOOO OBRIGADA <33
Até semana que vem, beijinhos


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