História Stone Cold - Teen full of problems

Abri meus olhos devagar, e percebi que estava na mesma posição que ontem a noite. Lorrane ainda repousava com sua cabeça sobre o meu peito, e sua mão em cima do mesmo.

Observar Lorrane dormir é a melhor coisa a se fazer, ela tão linda que até chego a pensar como quase fui perder ela de mim!

Seus cabelos pretos e longos estão jogados em sua frente cobrindo um pouco de seu rosto, cuidadosamente levo minha mão direita até ele e com bastante cuidado lhe jogo para o outro lado passando a minha mãe de leve em seu rosto.

Lorrane se mexe um pouco na cama oque faz eu rapidamente retirar a minha mão de seu rosto. —Théo? A sua voz rouca de sono invade meus ouvidos me fazendo rir igual a um idiota. —Que horas são? Ela volta a se deitar novamente em meu peito dessa vez balançando sua cabeça no mesmo como se estivesse atrás de carinho.

Posiciono minha mão direita sobre seus cabelos lhes acariciando com movimentos de para cima e para baixo.

—São sete e dez.

—A gente precisa se trocar para ir para escola. Lorrane inclina sua cabeça para cima, onde me encontra focado em algo nada importante enquanto ainda acariciava os seus cabelos.

—Oque aconteceu entre voçê e sua mãe?

—Problemas! A mesma para de me olhar voltando a posicionar sua cabeça para qualquer coisa no quarto que não fosse meu rosto.

—Que tipo de problemas?

—Eu não quero falar sobre isso agora.

—Tá, então tudo bem. Retiro minha mão de seus cabelos levando meus braços para cima em forma de rendição.

—Eu prometo que vou te contar. Lorrane se levanta agora fazendo algum tipo de coque em seu cabelo enquanto me olhava de pé do lado esquerdo da cama. —Só não agora. Ela completa sorrindo maliciosa para mim logo depois indo em direção ao banheiro.

—Vou te esperar lá embaixo. Grito para Lorrane que cantarolava dentro do banheiro enquanto a água do chuveiro caía.

(...)

Faz tempo que terminei o meu banho e preparei o café da manhã para Lorrane e eu comermos, mas cadê ela que não desce? Já deu tempo o suficiente para mim fazer mil e uma coisas mas a mesma não aparece.

Resolvi subir para o segundo andar onde a mesma se encontrava, chegando lá dei três batidas na porta mas não ouvi resposta de dentro do quarto, resolvi bater mais uma vez e nada. Virei a massaneta devagar e espiei pela brecha da mesma procurando ver Lorrane, mas sem sucesso.

Abri mais a porta e adentrei o quarto já procurando ver ela, olhei para o meu lado direito onde ficavam o guarda roupa e a tv, e lá estava ela. De joelhos de frente para a televisão enquando encarava algo na mesma.

—Lorrane está tudo bem? Olho para uma caixa e um monte de cds que estão dentro dela no chão ao seu lado.

—Sim. Sua resposta não me pareceu muito convicente.

—Tem certeza? Oque voçê está assistindo? Reforço.

—Esses cds, eram dos meu pais.A mesma faz uma pausa.—E nele, está a minha mãe.

—A Ella? Me sento ao seu lado lhe observando atento enquanto ela sequer se dá o trabalho de me olhar de volta.

—Não, a Ella não é minha mãe! A minha mãe morreu, assim como o meu pai.

—Oquê?! Disse surpreso.

—Ella me deu alguns cds para que eu conhecesse a minha mãe, pois ela morreu assim que nasci e não pude conhece-lâ.

As lagrimas nos olhos de Lorrane já estão presentes, posso perceber isso pois uma lágrima acaba de cair e percorrer caminho pela sua bochecha.

Levo a minha mão até seu rosto que já estava molhado por várias delas, em seguida lhes enxugando. Mas foi em vão, as suas lágrimas estavam ficando cada vez mais rápidas e incontrolaveis, podia ver isso pelo o esforço que Lorrane estava fazendo para segura-lás, mas não estava dando certo.

—Só que depois de uns dias, os cds sumiram, e Ella tinha dito que não tinha os pegado.

A voz de Lorrane saí um pouco inrreconhecivél por conta de seus soluços que já são capazes de ser ouvidos. —Mas ela mentiu para mim, ela pegou os cds e escondeu, pegou as fotos e também escondeu elas.

—Fotos? Que fotos? Meu foco não desvia um segundo sequer de Lorrane, eu queria ouvir tudo oque ela quisesse desabafar comigo, eu quero que ela volte a confiar em mim! Eu quero lhe ajudar.

—Alisson e eu! Tem umas fotos que eu encontrei no lixo, descobri que Ella as jogou para que eu não pudesse ver!

A mesma respira fundo limpando suas lágrimas antes que voltasse a falar.

—E as pessoas nessas fotos eram eu a Allison a minha mãe, e o meu pai.

Lorrane volta a chorar, um choro mais rigoroso e automático. As lágrimas de seus olhos caem rápidas deixando suas bochechas bastante molhadas. Me aproximo dela que ainda está ajoelhada e lhe puxo para o meu colo á colocando entre minhas pernas enquanto lhe abraço forte para que a mesma soubesse que para tudo que precisasse poderia contar comigo.

—A minha vida é uma mentira Théo, a única pessoa verdadeira que me restou foi voçê.

   Eu sou um idiota

E agora? Como vou contar as coisas que estou escondendo para Lorrane agora? Se eu não contar pode ser que ela nunca saiba, mais eu não vou conseguir viver escondendo uma mentira dela. Mas se eu contar, ela nunca mais vai querer olhar na minha cara e vai se sentir traída, eu não quero fazer Lorrane se sentir assim, eu só quero lhe abraçar e dizer a ela que tudo ficará bem em dias difíceis como esse. Já lhe magoei demais, não quero que isso aconteça mais, nunca mais!

—Saiba sempre pode contar comigo!

—Eu estou com medo. Ela olha para cima procurando ver o meu rosto.

—Medo de quê?

—De olhar esses cds, se Ella tirou eles de mim é porque não queria que eu visse alguma coisa.

—Voçê gostaria de saber oque é?

Inclino minha cabeça para sua frente tentando ver o seu rosto que demostra está bem assustada. —Sim. Sua resoista saí meio confusa.

—Então é só assistir! Se voçê quiser eu assisto com voçê.

—Depois da aula? Pode ser? Seu semblante agora parecia está mais animado, mas os seus olhos vermelhos não podiam enganar ninguém de que a mesma havia chorado.

—Uhum. Dou um beijo em sua bochecha, logo depois lhe ajudando a guarda a caixa com os cds dentro dela.

                    Pov's Lorrane

O Théo anda me tratando tão bem ultimamente, e isso é bom! Quem diria que depois de termos discutido tanto um dia chegariamos nesse ponto de conversarmos civilizados sem dá patadas um no outro, e tenho que confessar se eu soubesse que ele não era aquele idiota, de meses atrás que eu juguei ser "riquinho" e "mimado" eu teria me esforçado mais para sermos amigos, mas nunca é tarde não é mesmo?

Théo vai assistir aqueles cds que eu conseguir recuperar comigo, para falar a verdade eu estou bem anciosa, eu quero que ele conheça o meu pai, mesmo que seja por video eu vejo que necessito que ele o conheça.

Chegamos na escola e logo nos separamos, por conta das benditas aulas diferentes. Falei rápida com zoe que já estava minutos atrasada para sua aula, em seguida encontrei com Alisson no corredor onde eu estava passando pegando os seus livros de dentro dele. —Oi. Falei seca parada ao seu lado.

—Oi. Ela parecia nervosa. Fecha a porta de seu armário mas evita me olhar nos olhos.

—Aconteceu alguma coisa?

—Pensei que estivesse chatiada comigo.

—Porquê estaria? Porque somos irmãs?

Perguntei sendo irônica.

—Porque eu menti para voçê.

—Então, aquela história que voçê me contou sobre a sua mãe e seu pai? Era tudo mentira? Lhe encarei esperando por alguma resposta.

Alisson abriu e fechou a boca procurando palavras certas para me dizer que sim, ela mentiu para mim, mas acho que não tem um jeito certo de se dizer para alguém que voçê mentiu para ela.

—É, foi isso.

—Então voçê é adotada? Ignorei a sua resposta covarde.

—Quase, a nossa tia cuida de mim!

—Eu não entendo. Fiz um pequena pausa. —Porque nossos pais não te quiseram?

—Acho que a pergunta certa é, porque que Ella não me quis.

   Oquê? Porquê a Ella não quis minha irmã?

—Porquê?

—Isso eu já não sei. Alisson balança sua cabeça devagar em forma de negação.

—Mas então, oque que voçê veio fazer aqui? De verdade!

—Vim procurar pela minha irmã.

Lhe olhei séria esperando ela terminar de falar. —Voçê.

—Mas, como voçê sabia que eu era sua irmã? Perguntei confusa.

—Nossa tia, desde pequena que ela me conta sobre o meu pai e a nossa mãe, e também sobre voçê.

   Nossa! Que ótimo, apenas meus "pais" que decidiram bancar os diferentões me escondendo toda a verdade.

—Aquele homem, o patrão da Ella, oque ele é seu?

—Ele é o esposo da nossa tia, aquele garotinho é o nosso primo.

   Caramba! Antes eu apenas achava que a minha vida estava de cabeça para baixo, mas sabe de uma coisa? Agora eu tenho certeza.

Quanto mais Alisson me contava sobre nós, mais eu me sentia traída, eu estava feliz por ela ser minha irmã, mas estava com raiva por meu próprio pai deixar Ella lhe influenciar para que apenas ficasse comigo. Ele praticamente se livrou da Alisson, me escondendo durante anos que eu tinha uma irmã, que pelo que eu vi se parece bastante com a nossa mãe, principalmente seus cabelos logos e ruivos acompanhados de olhos claros, elas realmente se parecem muito.

As fotos que Ella jogou no lixo só que eu as peguei, nelas estavam Alisson e eu quando eramos pequenas, acho que tinhamos onze meses naquelas fotos,  nós nos conhecemos, mas eramos muito pequenas quando isso aconteceu, por isso não lembramos de absolutamente nada.

O mais estranho é que Ella me disse que a minha mãe morreu no meu parto, mas eu não entendi porquê que eu ainda com meus sete meses de vida na qua foto lá estava ela me segurando cuidadosamente em seus braços enquanto o meu pai olhava para mim com um sorriso bobo de orelha a orelha sentado ao nosso lado na cama enquanto nos admirava.

   Quanto mais respostas eu acho! Mais perguntas aparecem...

Foi por isso que saí de casa, não iria aguentar olhar para a cara dessa mulher que eu costumava chamar de mãe, enquanto a verdadeira pessoa que merecia ser chamada assim eu não sei oque realmente aconteceu com ela.

A minha vida está uma tremenda bagunça, se não fosse Théo para me ajudar nesse momento eu não sei oque seria de mim. São muitos problemas para apenas uma adolescente de dezesseis anos como eu!

E um dos outros grandes problemas da minha vida, é encontrar algum lugar para mim ficar, eu sei que Théo está sendo gentil dizendo que posso ficar quanto tempo eu quiser, mas acho que isso não iria dá muito certo, acho muito fofo a sua atitude mas é melhor não.

(...)

As aulas se passaram normal logo tocando o sinal para que podessemos irmos almoçar.

Saí da sala e logo fui para meu armário trocar os livros, em seguida fui encobtrar com Théo que já me esperava com zoe na lanchonete.

—Oi. Disse animada me sentado de frente para os dois.

—Pra quê tudo isso? Zoe me repreende.

—Ué nada, eu so disse oi.

—Não, voçê disse OI. Zoe repeti fazendo com que seu tom de voz ficasse igual ao meu.

—Eu não falo assim. Reviro os olhos.

—É verdade. Théo diz concordando comigo. —Ela fala assim OI. Théo imita a minha voz oque faz eu rir baixinho tentando ser o minimo de discreta possivél.

—Idiota. Resmungo baixo cruzando os meus braços demostrando indiginação pelo os dois estarem imitando a minha voz, oque não deu muito certo fazendo ela ficar engraçada.

—Cuidado que ela morde. Zoe avisa a Théo que logo começa a rir da minha cara enquanto eu estou com um mero sorriso desfarçado no canto da minha boca apenas observando os dois tirarem onda da minha cara.

Enquanto eles riam de mim tentei ignora-los olhando para outro lado que não fosse para aqueles dois. —Oquê?
Saiu sem querer da minha boca.

—Oque foi Lorrane? Théo me pergunta preucupado.

Me levanto rapidamente de onde estava sentada ficando em pé parada apenas alguns instantes tentando processar a cena que eu estava vendo.

—Aquela é a Alisson e o Thomás?

—Eu não sabia que eles estavam namorando. Zoe olha para trás onde ver Alisson e Thomás encostados em uma parede enquanto se beijam.

—E não estão. Saiu andando rápida em direção aos dois que não perceberam a minha presença alí.

Vejo que Zoe e Théo vem atrás de mim querendo saber oque que eu queria com Alisson e com o Thomás.

—Alisson oque voçê fazendo?

Me aproximo de Thomás que está na frente de Alisson que estáva ecostada na parede. Puxo Thomás pelo ombro para que eles parecem de se beijar, depois de muito esforço consigo separar os dois. —Oque foi Lorrane? Alisson me pergunta sem entender nada.

—Vem comigo. Lhe puxo pelo pulso com intenção de tira-lá dalí.

—Me solta Lorrane, oque voçê quer!

—Voçê não pode ficar com esse garoto Alisson, ele não é bom o bastante para voçê.

—E como voçê sabe? Voçê nem conhece ele.

Alisson saí do meu lado indo ficar ao lado de Thomás que sorrir com a cena.

—Espera! Ela não te contou? Thomás olha para Alisson ao seu lado que lhe olha confusa. —Nós já namoramos.

Escuto Théo bufar de raiva atrás de mim ao ouvir isso. —Mas foi passado. Théo interrompe com sua voz já alterada.

—Acho que a lolo ainda sente algo por mim, se não ela não teria vindo até aqui interferir no meu beijo com a Ali.

—Eu só não quero que ela sofra como voçê me fez sofrer. Justifico.

—Voçê sabia que eu tive ajuda para fazer oque fiz com voçê?

—Lorrane acho melhor a gente ir.

Théo me puxa pelo ombro, mas me afasto dele atrás de escutar oque Thomás queria dizer com aquilo.

—Ajuda? Ajuda de quem?

—Lorrane vamos. Théo insisti outra vez dessa vez me fazendo ceder.

O mesmo parecia abalado e nervoso ao mesmo tempo com oque tinha acabado de acontecer. —Oque o Thomás quis dizer com aquilo?

—Eu não faço ideia. A sua cara de preucupação ainda se mantém presente me fazendo duvidar de sua resposta.

Théo me puxa me tirando de longe de Alisson e Thomás.—Voçê ainda gosta dele? Ele parecia receosa ao me fazer essa pergunta. Surpresa com ela, parei de andar tomando a sua frente para que o mesmo parasse também.

—Tá maluco? Perguntei indiferente.

—O jeito que voçê agiu quando viu ele beijando a Alisson, pareceu que voçê gostava dele.

—Eu não gosto dele, eu só não quero que ele iluda a Alisson, o Thomás é experiente em fazer isso.

Théo respira fundo olhando por cima do meu ombro direito, o mesmo não fala nada, apenas me ouvi atento.

—Vamos entrar? Digo mudando totalmente o assunto de nossa conversa.

Théo de imediato balança sua cabeça de um lado para outro, parecia que eu havia interrompido seus pensamentos. O mesmo sorri amarelo para mim que estou lhe olhando ainda em sua frente, e me puxa com sea braço esquerdo para o seu lado, passando todo ele ao redor do meu pescoço, em seguida caminhamos para adentrar a escola.

                     Pov's Thomás

Eu sabia que beijar a Alisson era uma boa ideia, não foi muito bem como eu pensei, pois a intenção era fazer com que Lorrane ficasse com cíumes, mas ela apenas quer proteger a Alisson, mas sabe de uma coisa? Acho que isso dá no mesmo, se eu continuar beijando a Alisson na sua frente a mesma vai querer interromper fazendo com que Théo fique com cíumes e pense que a mesma ainda gosta tanto de mim que não pode me ver beijando outra garota.

O Théo não vai suportar o fato de Lorrane sempre proteger a Alisson de ser beijada por mim, oque vai me dá vantagens, pois a mesma odeia caras ciumentos, mas eu vou fazer com que Théo se torne um.

A Alisson até que é bonitinha, seus cabelos ruivos naturais realmente chamam a atenção, igual a seus olhos verdes claros e sua pele branquinha parecendo pele de bebê. Mas ela não faz o meu tipo, Lorrane é que é garota certa para mim, forte mais ao mesmo tempo frágil, eu sempre gostei da personalidade dela e sem falar na sua beleza física também, que qualquer um se apaixona.

(...)

A aula já acabou, e como sempre eu não fiz esforço algum para prestar atenção nelas, sempre na hora das provas eu dou um jeito de passar mesmo que seja colando, eu sempre dou um jeito.

Estava saindo da escola quando escuto uma voz conhida atrás de mim me chamar.—Hora,hora,hora quem está correndo atrás de mim.

—Eu não estou brincando Thomás.

—Nem eu! Digo escondendo um sorriso.

—Olha voçê não pode nunca mais fazer oque fez com a Ali hoje.

—E porque eu deveria te escutar?

—Voçê não gosta dela, voçê só que iludir ela Thomás, porfavor eu te peço que não faça isso.

Eu gostaria de fazer oque Lorrane estava me pedindo, mas eu só poderia te-lá para mim desse jeito lhe fazendo ficar com ciumes, ou fazer com que o Théo fique. Então não, eu não vou parar com isso, vou até o fim doa a quem doer.

—Eu não vou parar Alisson, enquanto voçê não for minha, eu não vou parar.

Me viro em busca de sair da escola mas sinto uma mão ser colocada sobre o meu ombro.—Voçê vai machucar ela. Ignoro oque Lorrane havia acabado de me falar logo depois saindo da escola como se nada estivesse acontecido.

                      Pov's Théo

Vejo Lorrane saindo da escola logo depois que Thomás também saí, ela parecia está abalada. Assim que a mesma se aproxima de mim apenos lhe lanço um sorriso e seguimos para minha casa.

Chegando na mesma, Lorrane sobi para o segundo andar indo tomar um banho enquanto eu vou tomar o meu no banheiro do andar de baixo.

Terminando o meu banho encontro com a minha mãe já preparando o jantar na cozinha. Vou até ela, lhe depositando um beijo em sua bochecha, a mesma fecha os olhos quando me ver fazer isso.—E o seu irmão? Ele está bem?

Minha mãe para de cortar a carne  passando a me olhar séria.—Sim mãe, ele está. Digo rápido andando para fora da cozinha.

—Onde voçê vai?

—Chamar a Lorrane. Digo alto enquanto já estou subindo as escadas.

Dou duas batidas na porta do quarto e logo escuto Lorrane me dizer que podia entrar. Abro a porta do mesmo dando de cara com a mesma sentada na poltrona de frente para a tv.—Quer assistir agora? Me aproximo dela olhando atentamente para seus olhos.

—Uhum. Ela responde sem muita certeza.

—Tudo bem.

Pego um dos vários cds que estava na caixa sobre o colo de Lorrane, e o levo colocando dentro do dvd. Antes que eu aperte o open, o celular da mesma começa a tocar, Lorrane faz um sinal  com a mão para que eu lhe esperasse  atender, em seguida posicionando seu celular no ouvido.

—Oquê? Sua voz saí quase que em um grito, ela parecia está tensa.—Eu já estou indo. Ela desliga o celular ficando de pé em um só pulo.

—Lorrane oque aconteceu?

—Preciso ir agora!

A mesma me responde enquanto procura algo em sua bolsa com suas roupas, pegando um sobre tudo logo depois o vestindo.—Espera, eu te levo. Digo praticamente correndo atrás dela que já havia saido do quarto sem ao menos olhar para trás.

—Mãe me empresta o seu carro?

—Claro filho, mas para quê? Minha mãe parecia confusa não sabia oque estava acontecendo, muito menos eu, mas parecia ser algo sério para deixar Lorrane daquele jeito.

—Mãe, porfavor sem perguntas depois eu te explico tudo.

Antes de me entregar as chaves do carro, minha mãe me olhou por alguns instantes enquanto pensava se isso era o certo a se fazer.—Mãe? Falei quando vi Lorrane sair de casa impaciente.

—Tudo bem. A mesma vai até a sua bolsa jogando as chaves do carro para mim.

Eu rapidamente corro para a garagem dando partida no carro, e encontrando com Lorrane que andava apressada pela calçada.—Aceita? Pergunto parando o carro ao seu lado, Lorrane sequer dá um sorriso, apenas adentra o carro se sentando no banco do passageiro enquanto olha séria para frente.

—Aonde estamos indo? Pergunto antes de novamente dá partida no carro.

Ela não tira um minuto sequer o seu olhar para frente, ela realmente estava muito tensa, sua respiração estava bem ofegante e seus olhos ao menos piscavam.

—Para minha casa!