História Storm - The begin

"Não há como começar uma história tão retórica  e subjetiva. Foi uma simples conhecidencia da vida entre um grupo de pessoas? Talvez. Foi um episódio planejado pelo destino? Talvez. É através de vivenciar a história de pessoas que podemos nos colocar no lugar, e então sentir o acontecido. A leitura é um modo de vivenciar, e é através delea que essa história um tanto peculiar pode influenciar seu meio."

Era manhã de grande calor na famosa Los Angeles, um grande ingrediente para uma tarde clichê cheia de garotas de biquíni em carros caros e homens velhos donos de grandes empresas. Os termômetros beiravam os 40 graus, uma sexta feira típica cheia de festas e eventos, e as duas amigas não se salvavam dos compromissos de fim de semana, mesmo no período da manhã. 

Charlotte levantou da cama, depois de ouvir o despertador e parte sua agradeceu por não trabalhar de manhã aquela sexta, outra parte detestou que sua manhã fosse destinada a buscar os vestidos do evento que aconteceria a noite. Revirou os olhos e  foi tomar um café preto sem açúcar, depois passou no quarto da amiga para alertar a hora:

- O meu bem, já são 08:30, vai ir pelada no evento? - abriu a porta do quarto e chacoalhou a amiga - LEVANTA DESSA CAMA 

- Ahn? - Marie olhou desatenta 

- Levanta, a gente tá atrasada, eu avisei - Charlotte sai do quarto e desce se arrumar. 

Alguns 10 minutos depois Marie se levanta e desce como roupão de seda preto, se espantando com uma casa vazia

- Filha da puta - revira os olhos e sobe de volta ao quarto. 

Do outro lado da cidade e no mesmo sol, o sr. Clark participava da audiência de um caso de estupro, que estava ao fim, e Logan se portava do lado de fora do prédio esperando o amigo, meio impaciente já 

- Eu protesto meritissimo! - levantou de sua bancada aumentando o tom - o réu acusado tem provas do sangue da vítima em suas vestimentas e sua residência, isso é repúdio  a vida humana - disse sério, contraindo o maxilar na sala de tribunal. 

O juiz observou-o por mais alguns segundos e bateu o martelo de madeira na bancada

- Através da acusação do senhor promotor, declaro o réu culpado, e esse caso encerrado até que se abra outros fatores como evidência a favor do Crime. - Sr Clark se retira da sala um tanto quanto suado e se dirige ao amigo impaciente:

- PUTA QUE PARIU JAMES, tava julgando jesus cristo? - Logan acompanhou o amigo até o carro

- Retardado - revirou os olhos e riu- eu tava julgando um espertinho taradão ai, acabei com essa putaria agora - girou a chave e dirigiu em direção  a casa

- É hoje em, vou beber até perder o sentido - Logan disse animado batendo as mãos no capô de fora

- Vai se foder vai, quem vai beber mais sou eu, otario - disse como se fosse óbvio e os dois começaram  a se bater e provocar. 

James Clark tinha esse ar de raivoso, bem clichê para um promotor, mas na verdade era a brincadeira e o humor em pessoa. Fazia piada e tirava sarro de qualquer oportunidade, as vezes chegava a ser retardado visto de outro lado. Era todo moleque em seu jeito, roupas simples, programas como jogar-video-game-o-dia-todo e beber vodka no funil eram seus preferidos, e costumava fazer o desapegado em relação  a mulheres. Seu irmão Matthew era gay, e estava com uma doença grave, portanto o momento de sensibilidade estava agudo nele. Mas fora o superficial, era apenas um cara em uma multidão, tentando ser feliz através dos prazeres do mundo. 

-Marie, eu vou comprar uns pães pra quando a gente chegar em casa e não morrer seca, fica dentro do carro porquê meus artigos do jornal tão ai e se alguém roubar  eu to demitida - Charlotte disse saindo do carro e indo a fila da panificadora. Marie permaneceu no carro e olhou o rádio, ligando-o e escutando o denso som de Snow Patrol, Chasing Cars. Viajou naquela música, arrumando os cabelos e os óculos de sol. Charlotte voltou com os baguetes e girou a chave do carro dirigindo para a casa.

Marie pegou os vestidos e Charllote os baguetes, e adentraram a casa derrubando um pouco de tudo 

- EU AVISEI, vai comer pão sujo agora - Marie arrastou os vestidos e jogou em cima do sofá - 

-Se vira mulher, eu vou levar o meu pra cima, esse ai seu pesa 200kg.- e subiu segurando o vestido em mãos. 

- Aonde estão os meninos? - Charlie gritou arrumando a mesa do andar de baixo 

- O logan já deve tar surtando por causa da demora da audiencia, conheço  a peça - Marie desceu e se sentou 

- To ansiosa mulher, to parecendo criança quando vai viajar pra praia - tomou a xícara de café inteira em um gole

- Ah Charlie, é só uma festinha, nada demais, a mesma baboseira de sempre: vestidos de estilistas, mulheres ricas, um buffet maravilhoso, open bar e muito homem bonito dando em cima de solteiras coitadas - deu risada com um ar de desdém 

- Credo Marie, você além de amarga é... 

- BOA NOITE SENHORITAS - a porta se abre e Logan pula pra dentro, seguido por james com uma cara de vergonha alheia. 

- Menos, cara - foi abrindo os pacotes de pão recentemente caídos no chão

-Esse pão ai caiu no esgoto - Marie disse num tom sério e James se tornou confuso, cheirando o baguete- Ai você é tão bobinho - riu e ele se tornou sério 

- Marie, vai cuidar da sua vida, e James, relaxa, isso caiu só no chão - disse Charlotte inconformada 

- cuidado em, vai que ainda tem uma aguinha de esgoto ai - Marie disse segurando o riso e vendo James revirar os olhos - TÁ BOM, MEU DEUS, BANDO DE INTOLERANTE MESMO - levantou da mesa e subiu os degraus. 

Logan se arrumava no seu quarto enquanto o banheiro era disputado pelos outros 3 e James de perguntava pôr que não tomava banho na pia no lavabo. Colocou famoso black-tie especial, afinal o evento era organizado por grande parte da sua equipe de chefes gastronômicos e grande parte da responsabilidade caia sobre ele. Suas mãos suavam, mas desceu para a sala em um ar de superioridade na barba a fazer. 

- Caralho em, tá bonitão meu homem - James disse terminando de abotoar a camisa e rindo - sucesso nas cozinhas e nas mulheres senhor Logan Zummach! - Logan revirou os olhos e fez o gesto de menos 

Logan Zummach, Texano apaixonado por cozinhar desde que se via aos 7 anos ajudando a mãe nos temperos. Gosta de tudo mais quente, mais temperado  e elaborado, chave para um sucesso sem tamanho de sua rede de restaurantes gourmet especializados em Carnes e massas. Quando Charlie o conheceu, comeu sua famosa paleta americana e disse que aquilo deveria ser premiado. E assim foi, o muleque jovem e aventureiro, que costumava curtir a vida adoidado com atividades extremas, rodeios, cerveja, festas e baralho havia ganhado o prêmio de melhor restaurante gourmet dos Estados Unidos, e assim, planejando uma enorme festa em prol. 

- Que demora, puta que pariu - Zummach revirou olhos e olhou seu relógio 

- To passando de fase já - disse James atento a seu Counter Strike para PS3. 

Charlotte desceu nos grandes saltos brancos e em seu vestido azul marinho gigante, arrastando a cauda com suor na testa

- Eu odeio ser mulher - disse se sentando ofegante no chÃo gelado

- LEVANTA DESSE CHÃO GELADO MULHER - Marie gritou do outro lado da cozinha aonde colocava seus brincos - Pagou o rim nesse vestido  e quer sujar agora? 

- Vai se ferrar vai - Charlie disse e Logan saiu da transição em que estava:

- Ok ok, as duas estão ótimas , obviamente a Charlotte está bem mais, mas nós temos horário minhas caras - disse paciente olhando a amiga Charlie. James largou o controle e pegou a chave do carro girando-a em seu dedo

- que mulher é essa Marie Jane Rashid - disse olhando Marie que expressou uma cara de deboche

- Quer dinheiro é? - riu e entrou no carro juntos dos outros 2

- Tá vendo Zummach? a gente não pode elogiar que acham que é suborno, Puta que me pariu em, tem que chamar de sacola de plástico - Logan riu acompanhado de Charlie 

- Ah vão se ferrar, ninguém sabe brincar aqui? 

- Acontece que, não to brincando - James olhou e deu uma risadinha irônica  e Marie balançou  a cabeça rindo. 

Já na porta da festa era notável  a elegância. Carros chiques, garçons bem vestidos, os perfumes quese misturavam entre as pessoas, mesas lotadas e uma enorme quantidade de bebidas finas circulando pelo ambiente.

Aquela noite era uma noite peculiar, talvez destinos estariam a ser traçados ou talvez pequenas consequências aconteceriam. Eles estavam menos preparados que imaginavam.