Storm-Potter - Não estara seguro

Fazer magia era algo que Lucas sempre quis, sempre viu magos e bruxas nos filmes quando criança, leu contos de fadas e imaginou. Até não precisar imaginar...

Merlin sempre foi seu vilão, Morgana, sua heroína.

“Esquisito!” Era oque diziam quando virava as costas, alguns na sua frente, mas logo paravam. Coisas ruins e ‘esquisitas’ aconteciam com aqueles que ousavam fazer isso. Mas Lucas acreditava que era magia, e um mês antes de setembro do ano em que completara 11 anos, descobriu que não estava errado.

Capitão Gancho veio a sua casa, a diferença era que o ‘gancho’ estava no nariz, foi oque Lucas pensou quando viu o homem alto e magro, de vestes inteiramente pretas, com expressões indiferentes e superiores. Olhava para o pequeno apartamento com desgosto, sua forma não se encaixava na sala de estar, seus olhos cor de ônix eram suaves e calmos, embora seus ombros fossem tensos e seu andar duro, mas elegante.

“Boa tarde, meu nome é Severus Snape, sou o professor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Gostaria de conver-“

“Louco.” Foi oque a mulher que abriu a porta disse antes de bater a mesma na cara de Snape, porem, quando se virou, encontrou o mesmo olhando para ela, seu rosto duro como pedra.

“Como eu ia dizendo antes de ser rudemente interrompido...” Disse com veneno em sua voz “Gostaria de conversar com a Srta. Cristine e sua filha Srta. Lopes sobre o seu outro filho, o Sr. Storm.” Durante toda a sua fala a mulher olhou para ele atordoada e assustada.

“Como... Porque quer falar com minha mãe...?”

“Acredito que você seja a Srta. Lopes, talvez você tenha notado peculiaridades em seu meio-irmão. Posso falar com sua mãe?”

“Não, não pode, nem se quisesse.” Disse secamente. Suas expressões migrando instantaneamente para expressões frias.

“Posso saber o porque?” Perguntou intrigado.

“Foi embora, no dia do aniversário de 11 anos de Lucas. Nunca mais voltou. Não sei porque, mas desde então tenho que cuidar do meu irmão. Achamos que ela morreu, procuramos por ela por dois anos, nunca a achamos.” Disse olhando para seus próprios pés.

“Posso ver o garoto?” Disse Snape, sem demonstrar nenhuma reação em relação ao que foi dito.

“Porque quer falar com ele?” Ela olhou para ele com desconfiança “E oque é Hogwarts? E que loucura é essa de magia e bruxaria?!”

“Seu irmão tem uma vaga em Hogwarts desde do dia em que nasceu. Hogwarts é o principal é maior instituto de ensino bruxo da Grã Bretanha. E talvez seja o motivo de sua mãe ter ido embora.” Severus suspirou “Sr. Storm é um bruxo.”

“Você quer levar ele, não é?” Os olhos dela se enchem de lagrimas.

“Sim. Mesmo que você não concorde, ele ira comigo hoje.”

“Esse negocio de bruxaria... Não é nada demoníaco é?” Pergunta hesitante.

“Não! Claro que não! Existem feiticeiros e feiticeiras que extraem o seu poder dos seres do submundo, mas nós, bruxas e magos nascemos com o dom da magia.”

“Então nada de rituais demoníacos...?” Pergunta, querendo ter certeza de que tinha entendido direito.

“Sem rituais demoníacos!” Responde, começando a ficar frustrado.

“Ok... Prometa cuidar dele e por favor, garanta que ele não se lembre de mim, e que você e seu... povo nunca mais entrem em contato comigo!”

“E qual o porquê disso?”

“Ele não é normal, não quero ele perto de mim, quero ter uma vida normal... Mas ele ainda é meu irmão, quero que ele pelo menos esteja bem...”

Severus se enoja com oque foi dito, agradece a Morgana e Salazar por ela pelo menos desejar que o garoto esteja bem.

“Não posso garantir que ele esteja seguro, na verdade ele não estará, nunca, e não a oque fazer. Também não posso dizer que ele será querido e bem tratado, mas haverão aqueles que se importaram verdadeiramente com ele. Mas peço que entenda, Hogwarts é o melhor para ele.”

Ela suspira e passa as mãos pelo cabelo em frustração.

“Faça ele esquecer de mim e faça com que seu povo nunca chegue a entrar em contato comigo, nunca mais. Faça isso e leve o garoto.”

“Tudo bem. Chame ele.”

“Lucas! Venha já aqui!”

Uma criança muito baixa pra sua idade entra na sala andando calmamente, arrastando uma mala pequena atrás dele.

“Eu ouvi a conversa, já fiz minhas malas...” Seu olhar era magoado, triste e suplicante para Severus “Moço, me prometa que nunca mais vou ver minha ir-“ Ele engole em seco “Prometa que nunca mais vou ver Isabella”

“Venha criança, vamos embora.” Severus fala suavemente.

Isabella simplesmente se vira e desaparece por uma porta. Quando Lucas e Severus estavam prestes a desaparatar, um choro baixo foi possível de se ouvir quebrando o silencio da sala.