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História Storybrooke - Capítulo 106 - Caso Blanchard!


Escrita por: 1AquarianaDoida

Notas do Autor


Olha que está de volta!!

Demorou, mas saiu! Aleluia! Espero que agrade! Um capítulo praticamente todo voltado para a audiência de Blanchard. Confesso que quando comecei a escrever não queria falar sobre esses julgamentos, pois não era o foco na época, mas com o decorrer da história e vocês querendo saber como seria, eu tive que me render e escrever. Já adianto que tudo é fruto da minha doida imaginação, além de muitas coisas serem baseadas nos seriados policiais que já assisti, então se tiver algo que não corresponda ou que esteja errado, por favor ignorem e aproveitem a história, afinal não sou entendedora de direito brasileiro quiçá direito norte americano xD

Obrigada a todos que comentaram, favoritaram, colocaram na lista de leitura e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita!!

Sem mais delongas, vamos para o capítulo!! Relevem qualquer erro!!

Boa leitura e divirtam-se!

Capítulo 106 - Capítulo 106 - Caso Blanchard!


- Aqui. – Jane entregou um copo de café ao seu parceiro Vince, que estava sentado em um banco no parque. Ela sentou-se ao seu lado, com seu próprio copo de café em mãos. A brisa de Boston começando a dar sinais de que logo as temperaturas começariam a cair.

- Obrigado. – agradeceu tomando um gole e continuou olhando para as pessoas que estavam se divertindo no parque. Jane também tomou um gole de seu café, olhando as pessoas que caminhavam.

- Você tem razão. – Vince quebrou o longo silêncio que havia pairado – O café de Eugenia não tem igual nesse mundo. – disse tomando mais um gole de seu café.

- Sim, aquele café só lá na fazenda. – disse Jane, depois soltou um longo suspiro – Você irá me contar sobre a sua aposentadoria? – perguntou ainda olhando para as pessoas no parque, e seu café agora esquecido em suas mãos.

Vince abaixou o olhar para seu copo de café em suas mãos – Não tenho muito que falar sobre isso, Janie. – respondeu – É aquilo que disse ao Sean... – fez uma pequena pausa – Todos esses anos sendo detetive me fizeram muito felizes, também tive momentos tristes, mas acho que está na hora de me cuidar, cuidar da Kiki. - continuou ao olhar para sua parceira.

- Você sabe o que vai fazer quando a sua aposentadoria sair? – quis saber ainda olhando para as pessoas no parque, mesmo sentindo o olhar de seu parceiro em si.

Um longo suspiro saiu dos lábios de Vince que voltou a olhar para as pessoas no parque – Não tenho nem ideia.  – foi sincero em sua resposta – Talvez tirar as minhas merecidas férias. – brincou. A leve brisa brincando com as folhas no chão e nas árvores.

Jane sorriu mesmo em meio a tristeza, então finalmente olhou para seu parceiro, seus olhos úmidos – O que eu vou fazer sem você? – quis saber.

Um sorriso amoroso surgiu nos lábios do homem assim que olhou para sua parceira novamente – Você continuará sendo a melhor detetive que aquele departamento já teve, tem ou terá. – respondeu. Soltou outro suspiro – Sabe, não é porque não serei mais seu parceiro que não estarei ao seu lado, Janie. Você sabe que sempre que precisar de mim estarei aqui para você, não importa o que. – falou – Você e sua família são a minha família também. – uma pequena lágrima desceu pela bochecha da morena, instintivamente Vince passou o braço sobre os ombros de Jane a trazendo para um abraço carinhoso. Imediatamente a detetive passou seu braço ao redor da cintura do parceiro, descansando sua cabeça no ombro dele. Acabou depositando um beijo na cabeleira rebelde de sua parceira.

Jane se soltou do abraço quando se recuperou – Para onde irá nas suas merecidas férias? – quis saber limpando os vestígios de lágrimas. 

- Talvez passar um tempo lá na fazenda de Emma e Regina quando o hotel delas for inaugurado, levar a Kiki para conhecer a cidade. – respondeu Vince voltando a olhar para as pessoas no parque.

- Sei que você está fazendo tudo isso só para poder tomar mais café de Eugenia isso sim. – comentou Jane tentando ser forte, brincou para descontrair.

- E você pode me culpar? – brincou Vince de volta, que acabou com os dois rindo. Então um silêncio pairou novamente no ambiente, mas dessa vez era agradável. Apenas o barulho das folhas se agitando na leve brisa de outono.

- Eu vou sentir a sua falta. – confessou Jane olhando para as pessoas no parque.

- Eu também Janie. – respondeu Vince, então sentiu seu celular vibrar – Korsak! – atendeu.

- Rizzoli! – atendeu Jane quando sentiu seu celular vibrar – Tudo bem, já estamos indo. – desligou.

- Estamos a caminho. – Vince respondeu ao desligar a ligação – Vamos que até a minha aposentadoria sair ainda temos muitos casos para resolver. – disse ao se levantar, terminou seu café jogando o copo no cesto d lixo ali perto. Jane sorriu e jogou seu café, agora frio, no lixo também.

- Sim, vamos. – ela disse sorrindo para seu parceiro.

-SQ-

Seus saltos batiam precisamente contra o chão, no corredor do tribunal. Sua figura imponente e altiva caminhava convicta. Sua saia preta lápis de risca de giz, fazendo combinação com seu blazer, por baixo uma camisa de seda branca, com todos os botões feitos, deixando apenas o último solto. Meia-calça no tom de sua pele. Seu cabelo escovado e solto, uma maquiagem leve, porém em seus lábios seu característico batom vermelho. Um discreto par de brincos argolas em suas orelhas. Por cima um sóbrio sobretudo preto aberto, que ia até pouco abaixo de seus joelhos. Em sua mão esquerda sua pasta com todos os seus papéis e documentos.

Ao lado direito de Regina vinha Leonard Blanchard. Ele estava usando um terno azul marinho escuro, com uma camisa azul clara, uma gravata listrada na diagonal, em vários tons de cinza. Sapatos marrons escuros. Suas mãos no bolso sobretudo marrom claro, que também ia até o meio da canela. E ao lado esquerdo de Regina estava Lee em seu impecável terno cinza chumbo, sapatos sociais pretos, a camisa branca e gravata vermelha. Um sobretudo azul marinho escuro até a metade de sua canela. O trio caminhava tranquilamente para a sala que ocorreria a audiência. No dia anterior os três haviam se reunidos para acertarem os últimos detalhes do processo.

Assim que chegaram a porta acabaram se encontrando com Barnes, vestindo em um terno preto, camisa cinza claro e uma gravata escura. Ele optou por ficar sem um casaco por cima. Ao seu lado estava seu advogado Peterson, trajando um terno cinza claro, e camisa azul escura, um sobretudo preto. Em sua mão sua pasta. O segundo sócio de Blanchard, Clark que também vestia um blazer preto, camisa azul royal, calça social bege escuro e sapatos pretos. Ele havia optado por não usar gravata. Estava sem um casaco por cima também. Ao seu lado estava Sato, usando um terno todo cinza claro, com uma camisa azul clara, e uma gravata cinza escura. Sapatos pretos. E para surpresa de todos Robin vinha do outro lado. Em seu terno preto, camisa branca, gravata azul clara, e um sobretudo preto também.

- Bom dia senhores. – cumprimentou Blanchard cordialmente.          

- Lindo dia, não? – debochou Barnes sorrindo maliciosamente.

Regina sorriu de lado para o escárnio do homem Você quer jogar sujo, eu topo! – Com certeza um lindo dia, senhor Barnes... – olhou diretamente para o homem em questão Minha vez de jogar! – Ou eu diria senhor Ferdinando Adamati. – sorriu de lado ao ver a expressão do homem a sua frente, empalidecer Ué cadê o sorrisinho de malicioso nos lábios? Depois dessa chapuletada que levou não restou nem o sorriso! Eu não tenho culpa mente se ele brinca e depois não aguenta! – Então com certeza posso garantir que ao final de tudo isso será um lindo e maravilhoso dia. – agora sua expressão era de sarcasmo Afinal você não sabe o que te aguarda dentro desse tribunal!

- Boa jogada, Regina. – murmurou Lee apenas para que a morena escutasse Eu diria jogada de mestre!

- Eu se fosse você não acreditaria muito nisso, Regina. – comentou Robin se inserindo na conversa, em seus lábios um sorriso maldoso.

- Eu não sabia que você tinha especialidade em direito empresarial. – alfinetou Regina Você também quer brincar? Então entre no jogo e depois não reclame!

- Não tenho, apenas vim como um suporte. – respondeu Robin duro, então seu sorriso se tornou maldoso novamente – Eu acho que você deva se lembrar que ao final de tudo mesmo, vamos ver quem sairá ganhando. – deixou no ar.

- Senhor Hood Gold, eu ainda acredito que ao final de tudo mesmo ainda será um lindo e maravilhoso dia. – sorriu zombeteira, repetindo as palavras do homem Você ainda perderá esse risinho dos lábios também Robin!

Quando Robin ia retrucar mais uma vez a porta da sala foi aberta, o assessor da juíza apareceu – Bom dia. – cumprimentou e recebeu acenos de cabeça – Creio que estejam todos aqui. – falou olhando para todos.

- Sim. – respondeu Regina e Peterson ao mesmo tempo.

- Ótimo. – concordou e deu passagem – Entrem. – pediu – Lado esquerdo da juíza, a defesa e direito, a acusação. – explicou ao fechar a porta.

A sala não era grande, mas era bem iluminada. Perto da parede oposta a da porta havia toda a bancada onde ficaria a juíza, com o escrevente já a posto, e outro assessor, ou melhor, outra assessora sentada ao lado da cadeira da juíza. Ao lado esquerdo da cadeira da juíza havia a cadeira para as testemunhas. Nessa mesma parede havia uma porta que dava acesso ao restrito local que a juíza usava para se preparar. E na parede ao lado uma outra porta para sala das testemunhas. Nessa mesma porta um guarda, assim como outro na porta de entrada da sala. Duas mesas colocadas na mesma linha, mas com um considerável espaço as separando, juntamente com cadeiras. Elas ficavam de frente a bancada da juíza. Como era uma audiência sobre bens e afins, não havia a necessidade de júri ou pessoas assistindo.

Como pedido pelo assessor, Regina juntamente com Lee e Blanchard se sentaram a esquerda para quem entrava na sala, e na outra mesa o outro grupo de homens. Assim ficando a direita e esquerda da juíza. A morena estava sentada a ponta com Blanchard no centro e Lee na outra ponta perto da parede. A mesa ao lado estava Perterson, Barnes, que agora tinha o semblante preocupado, Clark e então Robin.

A advogada já havia aberto sua pasta e arrumado todos os seus papéis sobre a mesa. Peterson também fez o mesmo. Quando terminaram o guarda a porta da qual a juíza sairia finalmente se pronunciou – Todos de pé. – pediu e todos obedeceram – A Juíza Agnes Hughes. – anunciou e uma mulher de meia idade entrou no recinto com toda opulência cabível naquele momento. Por cima de sua saia e blazer social, ela tinha aquela vestimenta característica de juízes. Um tipo de casaco, todo preto, e o colarinho branco. Assim que se sentou, todos da sala se sentaram.

- Bom dia. – cumprimentou com um sorriso educado nos lábios. Recebeu um bom dia geral. Então olhou para a assessora ao seu lado – Por favor. – pediu.

- Processo número quinhentos e cinquenta e sete traço doze... – começou a assessora – Blanchard, Leonard contra Barnes, Edgar, Sato, Tyler e Clark, Felicio.  Alegação de desvio de dinheiro, falsificação de documentos, adulteração de contratos tanto de negócios quanto de funcionários, além de apropriação ilegal do dinheiro desviado. – terminou ao entregar a pasta para a juíza que a abriu e correu seus olhos sobre os papéis apenas para relembrar o caso.

- Advogados de acusação, por favor, se identifiquem. – pediu a mulher olhando para a mesa de Regina.

A morena se levantou e arrumou sua roupa – Regina Swan-Mills. – se apresentou. Robin apenas fungou raivoso ao escutar o sobrenome Sim, pode se enfurecer o quanto quiser Robin! Barnes apenas engoliu seco, e Peterson apenas observava tudo, suando frio – Meu cliente Leonard Blanchard e meu assessor Lee Arenberg. – disse firmemente e se sentou ao terminar.

- Advogados de defesa, por favor, se identifiquem. – pediu novamente agora olhando para a outra mesa. Peterson se levantou rapidamente, e fechou o botão de seu blazer – Harold Peterson... – começou – Meus clientes Edgar Barnes, Tyler Sato e Felicio Clark, e meu assessor Robin Hood Gold. – desabotoou seu terno e se sentou pesadamente na cadeira.

- Muito bem. – disse a juíza – Bom, se estamos aqui hoje é porque na audiência de conciliação não houve acordo. – continuou e Regina apenas assentiu com a cabeça – Então vamos aos fatos. – olhou para Peterson – O que a defesa declara diante de tudo?

- Inocentes! – respondeu Peterson ao se levantar novamente, tentando passar uma firmeza que não tinha mais – Declaro meus clientes inocentes da acusação. – disse ao dar um passo para o lado ao pegar alguns papéis em mãos – Tudo que eles têm em bens materiais e patrimônios foram conquistados a fruto de muito trabalho árduo e legal. – entregou alguns papéis a juíza que apenas correu seus olhos sobre os mesmo e entregou para sua assessora. O homem voltou ao seu lugar.

- A acusação o que declara? – perguntou a juíza olhando para a mesa de Regina.

A morena se levantou e arrumou sua roupa já pegando os primeiros papéis para provar o que iria falar É agora! – Culpados. – falou sonora e firmemente – Culpados dos crimes já listados no começo da audiência. Culpados de obterem seus bens e patrimônios depois de associados ao meu cliente de forma ilícita através de falsificação e apropriação ilegal de dinheiro, e o que mais foi listado.

- Protesto! – Peterson tentou quebrar o clima Mas começou cedo com os protestos! Pelo visto isso irá longe! E como mente!

- Pelo o que? – perguntou a juíza olhando para o homem.

- Pela acusação usar de generalização banal do fruto do trabalho dos meus clientes. – disse Peterson ao sentir uma gota de suor escorrer por suas costas.

- Tudo bem meritíssima, irei reformular minha fala. – disse Regina antes que a juíza aceitasse ou não o protesto de Peterson Não vamos começar uma briga logo no começo, mas isso já mostra o quanto ele está nervoso! Sim, e é nessa hora que você começa seu ataque! Fato mente! – Culpados pelo aumento seus bens e patrimônios, a partir do momento que eles se associaram ao meu cliente. – reformulou a morena. Peterson ia protestar novamente, mas se calou assim que recebeu um olhar da juíza – Para provar que não estou usando de generalização banal, aqui está toda a contabilidade das indústrias Blanchard depois que os senhores Barnes, Sato e Clark se associaram. – caminhou até a mesa da juíza para entregar os papéis. Ela correu os olhos por cima e entregou a sua assessora.

- Como ela conseguiu esses papéis? – resmungou Barnes para Clark – Você e Sato falaram que havia acabado com tudo. – disse entre os dentes olhando para os dois homens ao seu lado.

- Eu não sei. – respondeu Sato com o cenho franzido – Nós acabamos com todos os papéis sobre a contabilidade. – resmungou de volta.

- Pelo visto não tudo. – resmungou Barnes ao ver Regina voltar para seu lugar Vocês provavelmente deva estar se perguntando como consegui? Vão ficar querendo saber, pois não irei abrir a boca!

- A defesa tem algo a acrescentar? – perguntou a juíza, olhando para o advogado.

Peterson se levantou e abotoou seu blazer mais uma vez – Sinceramente eu não sei aonde a advogada de acusação conseguiu esses papéis, meritíssima, mas eu tenho muitas dúvidas quanto a veracidade e origens desses papéis...

- Protesto! – disse Regina se levantando Minha vez! A juíza apenas olhou para ela esperando a continuação – Os papéis que entreguei a Vossa Excelência são legítimos, pois vieram do próprio senhor Blanchard quando ele começou a desconfiar que seus sócios estavam se apropriando ilegalmente de dinheiro das indústrias, começou a juntar provas. – fez uma pausa – Ainda tem o carimbo de uma das empresas de contabilidade, mais respeitadas no mercado, associadas a esse tribunal atestando que esses papéis são verdadeiros.

- Protesto aceito, senhor Peterson observe suas palavras. – aconselhou a juíza Opa! Dois zero para você Regina! E a conta só tende a aumentar! Vá anotando mente! Tentarei!  – Prossiga.

Peterson engoliu seco – Bom, meritíssima como eu ia dizendo, tenho aqui em minhas mãos uma cópia da contabilidade das indústrias Blanchard desde o momento que meus clientes se tornaram sócios. – pegou os papéis e levou para a juíza. A mulher apenas correu os olhos novamente, e quando ia entregar os papéis para sua assessora voltou a olhar com mais zelo tudo que tinha ali – Nesses papéis estão todos os gastos e ganhos dos meus clientes, assim como do senhor Blanchard ao longo dos anos. Além é claro de toda a contabilidade pessoal dos meus clientes.

A juíza comentou algo baixo para sua assessora ao entregar os papéis. A assessora assentiu com a cabeça e anotou algo em seus papéis pessoais – Algo a mais senhor Peterson?

- Com relação a isso não mais, meritíssima. – respondeu por fim e indo se sentar em seu lugar.

- O que ela comentou com a assessora? – resmungou Barnes.

Peterson olhou para o homem ao seu lado – Não sei, mas foi algo do nosso papel. – respondeu em um murmuro – Vamos esperar que seja algo positivo a nosso favor.

- A acusação tem algo a mais para acrescentar? – perguntou a juíza.

- Sim meritíssima. – respondeu Regina se levantando com alguns papéis em mãos Vamos rebater as provas de Peterson! Sim! – Aqui eu também tenho toda a contabilidade pessoal do meu cliente, assim como de seus sócios, e antes que o senhor Peterson tenha dúvidas da veracidade dos mesmos assim como sua procedência, já adianto que eles também têm o carimbo da mesma empresa de contabilidade associada ao tribunal. – entregou os papéis a juíza que correu os olhos também, e antes de passá-los para sua assessora comentou algo também. A outra mulher assentiu e escreveu algo em suas anotações pessoais Aposto que ela deva ter falado da diferença das provas! Provavelmente, ou então ela pegou algo muito discrepante no papel do Barnes! Pode ser também!

- Meritíssima? – chamou Peterson ao se levantar de seu lugar – Como a senhorita Mills...

- Senhora Swan-Mills. – corrigiu Regina olhando para o homem enquanto voltava para seu lugar Não erre meu lindo nome, mas principalmente meu maravilhoso sobrenome!

Peterson apenas a fuzilou com o olhar – Gostaria de saber como a senhora Swan-Mills teve acesso a documentos pessoais de meus clientes.

- Vossa Excelência, garanto que tudo que já entreguei e o que ainda irei entregar no decorrer da audiência está tudo dentro da lei. – respondeu a morena olhando para a juíza Afinal foi o próprio FBI que me entregou muitas dessas provas! – Todas as minhas provas foram conseguidas dentro da legalidade, algumas com o próprio senhor Blanchard, e outras com autorizações de outros juízes. – acrescentou Cartada da credibilidade! – Inclusive tenho todas as autorizações aqui comigo caso o senhor Peterson queira olhar, ou mesmo Vossa Excelência ou qualquer outra pessoa desse tribunal.

- Não será preciso, senhora Swan-Mills. – disse Agnes – Sua pergunta está respondida senhor Peterson?

Ele soltou um suspiro longo e desanimado – Sim, meritíssima.

- Muito bem, então vamos continuar. – Agnes falou Três a zero para a Regina! Rá mente, apenas vá contando! – Advogado de defesa tem a palavra.

-SQ-

- Tia Jane! – as três crianças falaram ao mesmo tempo em que viram a detetive vir recebê-las na porta do departamento.

- Hey! – ela sorriu para a felicidade das três crianças – Emma! Ruby! Como estão? – perguntou ao falar com o guarda responsável para a liberação e assim conseguiu que as duas amigas e as três crianças entrassem.

- Estamos bem. – respondeu a loira – Espero não estarmos atrapalhando. Mas as crianças queriam conhecer o seu local de trabalho Eles me enfiam em cada enrascada! Se acostume Emma que será assim pelo resto da sua vida! Eu sei mente, mas não quero de outro jeito! Ainda se dê por contente de sua morena deixar você dirigir sem a liberação médica! Sim, nessa parte tenho que agradecer mesmo!

- Nah! Que nada, hoje o dia está calmo aqui no departamento. – respondeu a detetive os levando para o elevador – Vem que vou mostrar o departamento para vocês. E ainda se Maura não estiver ocupada, também o necrotério.

- Vai ter gente morta? – perguntou Júlia interessada olhando para a morena.

- Ow! Espero que não. – respondeu Henry fazendo careta. Aquilo fez Thomaz rir.

Jane sorriu assim como Emma e Ruby – Acho que não. – respondeu – Mas talvez Maura possa te mostrar um se você pedir. – piscou para menina.

- Eu vou pedir. – disse a menina empolgada Espero que não me traga problemas a Jú querer ver gente morta! Mas também se trouxer você conversa direitinho com sua morena! Ah com certeza conversarei com ela! Safada! Nunca neguei que não era!

Depois de um pequeno passeio pelo andar eles acabaram terminando o passeio na sala dos detetives. Imediatamente as crianças foram conversar com Vince que estava em sua mesa, e Frankie que estava ali também, pois ele havia ido levar os relatórios para o parceiro de Jane.

- Emma... – falou Jane vendo as crianças conversando empolgadas com Frankie e Vince. A loira apenas olhou para a detetive – Você ficou sabendo que já marcaram o julgamento de Lilith?

A loira soltou uma longa respiração Essa semana será pesada nessa parte! Muitas audiências em pouco tempo! Só espero que nada disso afeto o nosso bebê! – Sim, Regina e eu recebemos uma intimação para que nossas presenças fossem confirmadas como testemunha no caso contra a Lilith. – respondeu – Sei que é essa semana ainda.

Jane assentiu com a cabeça – Eu e Vince também seremos testemunhas no caso contra ela.

- Sério que já foi marcada o julgamento? – perguntou Ruby surpresa – Não vi nada no jornal do Sidney.

- Talvez ele esteja esperando o julgamento acabar para fazer uma matéria completa. – respondeu Emma olhando para sua amiga Aquele lá com certeza está a espreita apenas coletando informações!

- Como assim? – perguntou Jane curiosa.

- Sidney é dono de um dos dois jornais da cidade. – começou Emma – Um jornal é a favor de Leopold, e o outro, que é o de Sidney é contra o prefeito...

- Já gostei desse cara. – brincou Jane sorrindo arteiramente – Mas continue.

- Quando teve todo aquele rolo com a Lilith tentando me matar na frente do hospital... – continuou Emma – Sidney acabou fazendo uma grande matéria em seu jornal contando tudo sobre a Lilith. – explicou – Então por isso que eu acho que ele irá esperar o julgamento acabar para fazer outra grande matéria.

- Entendi. – respondeu Jane.

- Seu nome e do Vince foram citados, assim como o passado de Lilith também. – acrescentou Ruby sorrindo travessamente. Os olhos de Jane se arregalaram – Quando você for novamente para a fazenda te mostro o jornal. Eu guardei por que aquilo irá virar relíquia em um futuro próximo. – brincou.

- Com certeza eu quero ver esse jornal. – respondeu Jane – Mas está tudo bem com vocês para rever Lilith tão cedo assim?

Emma soltou uma longa respiração Não pensei nisso ainda! – Sinceramente não sei, muito provavelmente não, mas se for para encerrar de vez esse capítulo na minha vida que seja o quanto antes.

- Você está certa. – concordou Jane – E não se preocupe, a promotora fará de tudo que a Lilith não saia nunca mais da cadeia.

- Assim espero. – comentou a loira Assim espero mesmo!

- Tia Jane quando nós vamos ver o local de trabalho da tia Maura? – quis saber Júlia ao se aproximar com seus irmãos das três mulheres.

- Só vou se não tiver gente morta. – comentou Henry ainda com careta. Jane sorriu e tirou seu celular do bolso, digitou uma mensagem para sua noiva.

- Calma que estou resolvendo isso agora Jú. – respondeu a detetive assim que recebeu uma mensagem de volta da legista – Ela disse que podemos descer, e que não tem gente morta. – guardou o celular assim que enviou outra mensagem – Vamos?

- Sim! – responderam as três crianças empolgadas.

- Vince, estarei no necrotério se precisar de mim. – informou Jane. Vince apenas assentiu com a cabeça – Vamos para o elevador. – indicou o caminho. As três crianças foram correndo na frente.

- Onde está o TJ? – perguntou Tom olhando para a detetive.

- Ele está na escola, mas quando ele sair se vocês quiserem podem brincar um pouco, claro se suas mães deixarem. – respondeu Jane – Geralmente nos encontramos todos no restaurante da ma para jantarmos.

- Podemos? – as três crianças se viraram para a mãe loira.

- Precisamos ver com a mamãe de vocês, afinal hoje o dia será cheio para ela. – respondeu Emma – Se ela concordar, nós iremos. Tudo bem? – quis saber e as crianças assentiram com a cabeça Porque acho que hoje a morena chega exausta daquele tribunal! – Se Regina concordar, depois telefonamos e combinamos, tudo bem? – perguntou para a policial.

- Claro. – respondeu Jane com um sorriso – Chegamos. – disse assim que o elevador parou no subsolo – Só tomem cuidado. – aconselhou assim que abriu a porta do necrotério, mas não sem antes de ter certeza de que não tinha nenhum corpo sobre as mesas de autópsia.

- Ow! – foi o que as três crianças disseram ao ver toda a sala Parece cena de filme isso!

- Olá a todos. – cumprimentou Maura sorrindo. Elas acenaram em resposta – Vem que vou mostrar o necrotério para vocês. – começou pelas salas de análises, então passou para as salas de provas, pelos outros membros do local, seu escritório e por fim aonde deixavam os corpos – Aqui é onde guardamos os corpos, alguém de vocês quer ver?

- Eu. – Júlia foi a única a responder. Maura a olhou sorridente, mas depois olhou séria para Emma.

- Jú...

- Ah mãe eu quero ver, um só, por favor. – interrompeu a menina Não faça seus olhos pidões, minha pequena morena! – Por favor, uma olhadinha rápida.

- Jú, depois pode te dar pesadelos. – comentou Emma receosa Não quero ficar em maus lençóis com a minha morena por causa disso depois!

- Mas mãe, quando eu for estudar para ser médica eu vou ter que ver gente morta, não? – argumentou a menina Que menina mais ligeira!

- Sim Júlia, você terá. – concordou Maura.

- Então mãe, deixa vai. – pediu a menina – Prometo que não vou ter pesadelo. – sorriu sapecamente.

Emma soltou um longo Tudo bem esse seu argumento é válido! – Sei que vou levar a maior bronca da minha morena... – murmurou então assentiu com a cabeça – Tudo bem Jú, pode ir com a Maura.

- Eba! – comemorou a menina e surpreendentemente segurou a mão da legista para entrarem na sala de refrigeração aonde são mantidos os corpos.

Alguns minutos depois as duas estavam de volta – Feliz? – perguntou Emma ao ver o sorriso no rosto de sua filha Com certeza ela está Emma!

- Sim. – ela respondeu e segurou a mão de sua mãe – Foi muito legal.

- Mas não precisa contar para a gente. – comentou Henry ao segurar a outra mão de Emma, ainda fazendo careta Ah esse meu garoto!

Júlia riu – Não vou contar, apenas disse que foi legal.

- Vamos para a minha sala? – sugeriu Maura rindo das crianças.

- Lá vai ter morto? – perguntou Tom até então quieto. Apesar de ter achado engraçado lá nos andares de cima, quando se viu frente a porta da sala que continha os mortos, ele ficou ressabiado.

Maura riu mais uma vez – Garanto que não.

- Então vamos! – pediu sendo o primeiro a se afastar da porta da sala. Fazendo as mulheres rirem Aposto que o medo bateu assim que ele percebeu o que estava acontecendo! Pode ter certeza que sim Emma!

- Regina? Kathryn? – quis saber Maura assim que entregou uma xícara de café a Emma e um copo de água para Ruby. As crianças estavam andando em volta da sala vendo a peculiar decoração de Maura.

- Kathryn está em uma reunião com o outro advogado que a está ajudando no caso de Leopold, afinal amanhã é a audiência de divórcio de Glinda. – respondeu Ruby assim que tomou um gole de água.

Maura franziu o cenho – Mas porque a audiência será aqui em Boston e não em Storybrooke? – perguntou curiosa.

Ruby suspirou – Leopold como prefeito usou sua influencia para anular qualquer ação de Katy na cidade, então ela partiu para a instância máxima, o tribunal aqui de Boston. – respondeu.

- Entendi. – comentou Maura – Sim, Storybrooke está inclusa na região de Boston em vários aspectos.

- Sim. – concordou Jane.

- E Regina?

- Ela está em audiência nesse momento. – respondeu Emma assim que tomou um gole de seu café – Pelo caso Blanchard.

Os olhos de Maura se arregalaram – Sim, eu li algo no jornal sobre isso ontem. – comentou.

- Talvez a audiência leve o dia todo e talvez mais amanhã, dependendo do rumo que tomar. – acrescentou a loira Mas confio em minha morena para acabar com eles em uma pancada só! – Mas só sei que a minha morena irá passar como um rolo compressor sobre eles. – sorriu orgulhosa.

- Disso eu não tenho dúvidas. – comentou Ruby – Assim com minha loira irá acabar com a pompa daquele prefeito imprestável.

- Sim. – concordou Emma.

- Pelo visto essa semana será bem atribulada. – falou Maura tomando um gole de seu café, e as mulheres concordaram com um aceno de cabeça – Ai como eu queria um pouco do café de Eugenia. – murmurou.

- Nós também! – veio o comentário em coro.

-SQ-

- Meritíssima, como disse e mostrei com provas que meus clientes são inocentes quanto a apropriação indevida de bens e patrimônio depois de firmada a sociedade com o senhor Blanchard. – começou Peterson. O homem suava frio, ele não esperava ficar assim logo no começo da audiência – Assim como inocentes das outras acusações também. Sobre falsificação de documentação. – ele estava se perdendo nas palavras e na linha de raciocínio – Eu tenho aqui em minhas mãos provas que posso comprovar a inocência deles.

A juíza fez sinal para que se aproximasse da mesa, assim Peterson o fez. Agnes apenas olhou os papéis tremerem nas mãos do advogado – Algo mais a acrescentar senhor Peterson?

- Não meritíssima. – respondeu voltando para seu lugar. Sua respiração estava pesada.

- Acusação tem a palavra. – a juíza deu a vez a Regina para falar.

- Obrigada meritíssima. – Regina se levantou Vamos contra-atacar o que o advogadozinho disse! Isso mulher! Arrasa Regina! – Vossa Excelência assim como o advogado de defesa, eu também tenho provas de que os sócios de meu cliente também forjaram muitos documentos das indústrias em benefício próprio com o objetivo de se apropriar indevidamente do dinheiro.

- Protesto! – interveio Peterson Aaff de novo? Aposto que não sabe falar outra coisa a não ser isso! Bom, ele já provou não sabe mesmo! A juíza olhou para ele continuar – Ela está tentando ludibriar com contraprovas. Qual veracidade e procedência dessas provas a advogada de defesa diz ter?

- Senhora Swan-Mills? – perguntou a magistrada.

- Meritíssima, não estou tentando ludibriar. – começou ao pegar um dos papéis Não se preocupe estou preparada para isso! Pois sabia que você iria tentar todos os meios para passar uma impressão de que tudo que eu fizer seja algo errado ou ilegal! Mas você não esperava que eu pudesse prever essa sua tática suja! – Segundo os clientes do senhor Peterson, no dia vinte e dois de março de dois anos atrás, eles firmam que meu cliente fez um negócio com uma empresa internacional aqui mesmo na cidade de Boston, porém, meu cliente nessa data não estava aqui presente, e sim do outro lado do país em outro negócio. – olhou para especificamente para Barnes – Diante desse fato pergunto: Como meu cliente poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo na mesma hora?

- Protesto novamente. – interferiu Peterson.

- Protesta o que? – perguntou a juíza perdendo a paciência quanto a isso.

- Como ela pode provar que seu cliente não estava no local e dia da negociação?

A juíza soltou um suspiro – Tudo bem meritíssima. – respondeu Regina E tudo aqui preto no branco! Que o FBI fez questão de ter tudo! – Eu posso provar com os recibos de viagens, comprovantes de estadia em hotel com a hora do check-in e check-out, além de cópias das atas de reuniões e encontros que ele estava presente.

- Senhora Swan-Mills, por favor, nos traga toda essa documentação. – pediu a juíza. Regina assentiu e pegou uma pasta levemente mais grossa e entregou a juíza A senhora irá amar olhar tudo que tem aí! – Continue. – pediu enquanto abria a pasta e começou a percorrer os olhos sobre as datas das reuniões dos sócios coincidiam sempre com datas em que Leonard nunca estava presente. Agnes comentou algo com sua assessora, que assentiu e respondeu algo de volta e recebeu a pasta, anotando novamente em seus papéis pessoais Aposto que o que ela comentou com a assessora é a nosso favor! Eu tenho certeza disso mente!

- Volto a repetir. – continuou Regina – Como meu cliente pode ter participado destas reuniões, inclusive assinando documentos se ele nunca esteve presente? – fez uma pequena pausa – Então diante dessas questões e fatos provados, eu posso concluir que falsificações de documentos aconteceram.

- Protesto! – falou Peterson totalmente perdido Pelo o que criatura?

- Protesto negado, pois a advogada de defesa não está tentando ludibriar ninguém. – falou a juíza seriamente – Continue senhora Swan-Mills.

Regina assentiu com a cabeça Quanto que está a conta? Eu já perdi tempos atrás, mas está um montão a zero para você! – Diante dessa conclusão de falsificação de documentos, uma boa porcentagem desse dinheiro que iria para as indústrias acabou indo para contas particulares dos sócios do meu cliente.

- Ah meritíssima, como ela pode afirmar isso? – perguntou Peterson com zombaria.

- Com todos os documentos que entreguei a vossa excelência, até o momento. – respondeu Regina fuzilando o advogado Engula essa, seu almofadinha de quinta categoria! – Pode-se fazer uma comparação entre datas, números e quantias. – respondeu e olhou para a juíza, então tomou o rumo do seu lugar a mesa Aposto que você não esperava essa minha cartada, não? Agnes comentou algo para sua assessora, que apenas anotou mais alguma coisa.

- Onde essa mulher conseguiu tanta documentação assim? – rosnou Barnes para Clark ao seu lado e olhando profundamente para Sato.

- E-eu não se-sei. – respondeu Sato tremendo.

- Nós não deixamos nada para trás de tudo que fizemos. – murmurou Clark baixo o suficiente apenas para Barnes escutar.

- Mas parece que não foi o que aconteceu. – resmungou novamente.

- Então como estamos indo? – perguntou Blanchard ansioso.

- Por enquanto tudo indo ao que havíamos previsto. – respondeu Lee – Regina está conseguindo deixar Peterson sem rumo, além de deixar os outros homens incomodados.

- Isso é bom?

- É perfeito. – respondeu o outro advogado – Porque quanto mais eles se mostram incomodados, mais demonstram que tem algo errado, assim como o advogado que cada vez mais se perder, mostrando que não tem controle da situação, nem do lado da defesa.

- Dando continuidade a audiência... – disse a juíza depois de alguns segundos conversando com sua assessora – Senhor Peterson, o que o senhor declara quanto a acusação de sonegação dos tributos das indústrias Blanchard?

- Declaro inocentes também. – respondeu Peterson – O advogado responsável por esse setor sempre manteve as contas em dias, assim como todos os tributos da empresa. – entregou alguns papéis para a juíza – Aqui mostra tudo pago e nada sonegado.

Agnes deu uma olhada, depois entregou para sua assessora – Algo a mais a acrescentar senhor Peterson?

- Sim, caso a senhora Swan-Mills tenha documentos provando o contrário, gostaria de saber da procedência e veracidade dos mesmos. – disse.

- Protesto! – Regina se levantou Acha que pode conseguir algo? Veja e aprenda como se usa um protesto! Agnes apenas olhou esperando pela continuação – Com sua fala o senhor Peterson insinua que estou mentindo. Em nenhum momento eu duvidei da procedência ou mesmo da veracidade dos documentos apresentados por ele, e todas as vezes que ele duvidou, eu sempre mostrei a procedência e a veracidade dos documentos. – terminou Fui bem mente? Foi perfeita!

- Protesto aceito. – declarou a juíza Mais um para o montão contra zero! Esse placar será histórico mente! – Senhor Peterson contenha em defender seus clientes, nenhum insulto direto ou indiretamente será tolerado. – explicou – Fui clara?

- Sim, meritíssima. – ele concordou, seu semblante visivelmente pálido Ele está sentindo todo efeito de uma audiência contra Regina Swan-Mills! E a situação dele irá piorar!

- Algo a mais a acrescentar senhor Peterson? – perguntou Agnes e o homem negou com a cabeça – Advogada de acusação a palavra é sua.

Regina se levantou arrumando novamente sua roupa Vamos piorar mais um pouco a situação para eles! – Obrigada meritíssima. – olhou para seus papéis sobre a mesa e pegou alguns – Senhora juíza, o senhor Peterson acabou de dizer que seu cliente, o advogado que é responsável pelo setor de tributos e afins mantêm tudo em ordem com nenhuma conta atrasada ou tributo sem pagar.

- Protesto!

- Pelo que? – a juíza se exasperou.

- Pela fala cheia de sarcasmo e malícia da senhora Swan-Mills. – respondeu o homem tentando achar uma maneira de começar a contra-atacar, mas sempre falhando miseravelmente.

Regina arregalou os olhos, perplexa Aí é que você se equivoca, meu caro, estou apenas repetindo o que você disse! – Meritíssima, eu apenas estou repetindo o que o senhor Peterson disse.

- Protesto negado. – disse a juíza – Continue senhora Swan-Mills.

- Como estava dizendo, o senhor Peterson mesmo disse que seu cliente mantêm tudo ordem, não? – perguntou para a juíza apenas assentiu com um breve aceno de cabeça Mais um ponto para nós! – Mas o engraçado é que, de acordo com os documentos da prefeitura, o senhor Shinji Sato não vem pagando os tributos a vários meses.

- Protesto meritíssima. – exclamou Peterson – Como ela pode ter certeza disso?

- Pelo simples fato de que o senhor Blanchard, como sócio majoritário das indústrias Blanchard, tem o direito de pedir todas as contas dos tributos referentes a suas indústrias junto a prefeitura. – respondeu Regina entregando uma cópia para o advogado de defesa, e uma para a juíza Mais uma chapuletada em você seu debiloide! – E pelo que consta nos registro da própria prefeitura, as indústrias Blanchard está devedora. – fez uma pequena pausa, respirando fundo – Se Vossa Excelência comparar os dados em todos os documentos entregues até o momento perceberá que esse dinheiro que era para os tributos acabou indo parar em contas bancárias pessoais também, levando assim as indústrias Blanchard juntamente com tudo que já foi dito aqui, a falência. – respirou fundo novamente Será que ele irá perguntar sobre a veracidade do documento? Do jeito que ele está perdido não duvido mente!

- Senhora Swan-Mills... – falou a juíza preocupada – A senhora está bem?

Regina fechou os olhos por alguns segundos – Sim, meritíssima, estou. – respondeu ao abrir os olhos novamente Ah eu já te amo demais, mas não era para você aparecer agora! Deixa para formos para casa no final da tarde que lá terá sua outra mãe e seus irmãos para cuidar de nós! – É apenas um leve mal estar devido a minha gravidez.

Os olhos dos homens da mesa ao lado se arregalaram, principalmente Robin, que até o momento estava calado, pois não sabia o que poderia fazer para ajudar Peterson. Ele sabia que Regina era uma ótima advogada, mas não esperava tanto da morena.

A juíza olhou para seu relógio no punho, então conversou algo com sua assessora – Bem, sugiro que façamos uma pausa para o almoço. – olhou para todos a sua frente – Assim, a advogada de acusação pode se recompor. – Regina apenas assentiu com a cabeça. Peterson respirou aliviado – Voltamos em duas horas. – ela sentenciou e se levantou após bater o martelo dando uma pausa na audiência, fazendo todos se levantarem também. A mulher saiu pela mesma porta que havia entrado.

Regina se sentou em sua cadeira e soltou um longo suspiro, e por fim acabou bebendo um pouco de água que Leonard havia posto ali para ela – Obrigada. – agradeceu sorvendo o líquido transparente.

- Isso sim me surpreendeu. – comentou Robin ao se aproximar da mesa Ai me poupe de suas gracinhas idiotas Robin! Vá atrás dos seus amiguinhos que muito provavelmente irão precisar de você agora! – Você grávida...

- Senhor Hood Gold! – interrompeu Lee – Melhor maneira em suas palavras. – advertiu seriamente o homem ao se postar a frente de Regina – Por que diferente da senhora Swan-Mills eu posso e vou ser o seu pior pesadelo. – disse entre os dentes. Robin empalideceu – Se não tem nada agradável a dizer, peço que se junte aos seus amigos e vão almoçar.

- Melhor eu ficar quieto mesmo. – resmungou Robin se virando para se juntar ao pessoal da outra mesa, que já estava saindo da sala.

- Tudo bem, Regina? – perguntou Leonard vendo a mulher voltar ao normal.

- Sim, como disse foi apenas um pequeno mal estar por causa da gravidez. – respondeu, então tirou o celular do bolso o ligando Preciso saber onde está a minha loira e nossos filhos! – Oi. – respondeu de volta – Onde vocês estão?... Tudo bem, daqui a pouco estaremos aí... Não. Apenas uma pausa para o almoço... Até daqui a pouco. – desligou o celular olhando para os dois homens – Vocês têm planos para o almoço? – eles negaram – Ótimo, porque eu sei exatamente onde podemos almoçar.

- Onde? – quis saber Lee fechando sua pasta e pegando seu casaco.

- No restaurante italiano maravilhoso que conheço. – respondeu a morena também pegando suas coisas Desejosa pelo tagliatelle com camarão e abobrinha que Ângela faz! Nossa, aquilo é muito bom mesmo!

- Isso já me agradou. – o homem mais baixo respondeu.

Leonard apenas sorriu – Acho que sei qual restaurante está falando. – brincou acompanhando os dois advogados para fora da sala.

- Esse mesmo. – confirmou Regina E sei também de suas visitas ao restaurante! – Eu só irei precisar de uma carona, afinal vim com Emma. Ela acabou ficando com a pick-up por causa das crianças.

- Sem problemas, podemos ir no meu carro. – ofereceu Leonard – Pois conheço o caminho para o restaurante também. – sorriu. Os dois advogados assentiram e caminharam na direção do carro do empresário.

-SQ-

- Chegamos. – anunciou Regina assim que abriu a porta.

- Mamãe! – as três crianças correram ao encontro da mulher morena, que abriu os braços se abaixando para recepcionar os três filhos em um grande abraço Ai que saudades de vocês, minhas crianças!

- Meus amores. – disse assim que ela abraçou os três filhos ao mesmo tempo, depositando um beijo em cada cabeça – Oi pessoal. – cumprimentou todos a mesa, se inclinou para um selinho rápido em sua esposa Saudades de você também minha loira! – Oi minha loira.

- Hey morena. – disse Emma ao sorrir de volta para sua esposa Que saudades de você! – Como foi a audiência?

- Até agora está tudo conforme havíamos previsto. – respondeu ao se sentar ao lado de sua esposa, e sentir o braço de sua loira dando um abraço de lado apertado. Leonard foi conversar com Ângela que estava no balcão. Lee cumprimentou a todos e se sentou quando o convidaram a se juntar a eles – O advogado de Barnes está mais perdido que barata tonta. – sorriu triunfante.

- Entendi. Minha morena atacando com artilharia pesada. – comentou a loira ainda com sorriso no rosto – Ainda falta muito para acabar? – quis saber ao depositar um beijo nas madeixas castanhas.

Regina pensou por alguns segundos – Até agora foram quase metade das provas e documentos, ainda teremos a senhorita Hall testemunhando agora a tarde, então se não acontecer nada de extraordinário por parte da defesa, acho que terminamos até o final da tarde. – terminou sorrindo.

- Sinceramente eu não acho que vá acontecer algo assim. – comentou Lee – Tudo que o advogado tenta nós vamos lá e fazemos melhor. Eles não têm para onde fugir. E o testemunho da senhorita Hall é para fechar a tampa da cova deles nesse caso.

- Muito bom ouvir isso. – disse Blanchard ao se aproximar e se sentar a mesa cumprimentando todos. Jane apenas olhou suspeitosamente para o homem que estava agora a pouco conversando com sua mãe.

- Kathryn? – quis saber Regina ao olhar ao redor e não ver a amiga.

- Ela ainda está em reunião com os outros advogados. – respondeu Ruby tomando um gole de suco – Mas me mandou uma mensagem agora a pouco dizendo que tinham terminado e que estava a caminho daqui.

A morena advogada assentiu com a cabeça – E vocês, o que fizeram hoje de manhã? – perguntou aos seus filhos.

- Nós fomos no trabalho da tia Jane. – respondeu Júlia – Da tia Maura também.

- É! – concordou Tom – Foi muito legal conhecer lá.

- Ainda bem que não vi gente morta. – comentou Henry com careta Como?

Os olhos de Regina se arregalaram diante do que Henry comentou – Mas eu vi e foi muito legal. – comentou Júlia animada. Aquilo fez Regina abrir mais ainda os olhos e olhar fixamente para sua filha Repete!

- Emma? – apenas perguntou quando olhou para sua esposa, que apenas sorriu amarelo Me explique isso imediatamente!

- Ah morena, quando Maura perguntou se tinha alguém que queria ver um morto, apenas Jú quis ir. – respondeu coçando atrás da cabeça Droga! Acho que vou dormir na casinha do cachorro! Mas no apartamento não tem casinha do cachorro! Então ferrou mente, provavelmente vou dormir no banco no parque perto do prédio então! – Eu tentei não deixar, mas ela estava ansiosa que acabei deixando.

- Sem falar que ela usou um argumento muito bom. – falou Maura se inserindo na conversa, ajudando a amenizar as coisas. Regina apenas a olhou – Ela disse que quando for estudar medicina irá ver gente morta de qualquer maneira.

A morena soltou um longo suspiro Isso é bem a cara da Jú dizer mesmo! – Sim, esse argumento é muito válido. – concordou, então olhou para sua esposa Um pequeno corretivo! Ufa, achei que você a colocaria para dormir no banco do parque já que no apartamento não tem casinha de cachorro! Não sou louca mente, atualmente preciso daquele corpo junto ao meu para que eu consiga dormir a noite! – Se ela tiver pesadelo a noite você está encarregada.

- Sim. – Emma bateu continência para sua esposa, portando um sorriso nos lábios Se livrou de uma boa agora hein, Emma? Sim mente! Pelo menos continuarei dormindo junto a minha morena!

Instantes depois Kathryn chegou toda esbaforida, mas querendo saber como havia sido a primeira parte da audiência. Quando soube de tudo comentou como havia sido a reunião com o pessoal do FBI e como eles estavam prontos para a audiência de amanhã Essa semana será corrida e porque não dizer fantástica!

John e Glinda sempre reservados, conversando tranquilamente, apesar da mulher ruiva mais velha aparentar sinais de nervosismo. Conversas com Ângela e Leonard estavam ajudando a mantê-la mais calma, claro além da presença do pai de Kathryn.

Zelena apesar de participar das conversas, demonstrava sinais de nervosismo também, além de saudades de sua namorada e filha. Jane e Maura conversavam com ela tentando animá-la nesse quesito, o sorriso nos lábios da ruiva mais nova indicava que a conversa surtira efeito.

Ali conversaram mais. Ângela aproveitou para se juntar a elas enquanto almoçavam. Jane e Maura acabaram sendo chamadas para um caso, enquanto Regina se despediu da sua família, e juntamente com Lee e Leonard, que sorriu amorosamente para Ângela, tomaram o caminho de volta para o tribunal.

-SQ-

- Senhora Swan-Mills, está recomposta? – perguntou a juíza.

- Sim, meritíssima. – a morena ao se levantar Principalmente depois de muitos carinhos da minha loira e meus filhos, estou pronta para encarar a segunda parte dessa audiência! – Mas caso, essa indisposição venha acontecer novamente, o senhor Arenberg continuará em meu lugar até estar recuperada novamente. – explicou e a juíza assentiu com a cabeça.

- Bom. – pontuou – Vamos retomar a audiência. A última coisa dita foi sobre os tributos das indústrias Blanchard, e quem tinha a voz era a advogada de acusação. Senhora Swan-Mills, tem algo a mais a acrescentar sobre esse item?

- Não meritíssima. – respondeu Regina – Tudo que precisava ser dito foi antes do recesso para o almoço na questão dos tributos.

- Tudo bem, vamos continuar. – comentou Agnes olhando para o papel em suas mãos – Onde está o senhor Hood Gold? – perguntou ao perceber a ausência do homem Verdade! Cadê ele? Vai perder a melhor parte da festa! E que festa!

- Ele precisou se ausentar devido a um compromisso inesperado de última hora com relação ao caso que está defendendo, cuja audiência ocorrerá essa semana ainda, meritíssima. – respondeu o advogado de Barnes Hum, o que será que aconteceu em mente? Talvez ele tenha inventado essa desculpa para pular fora dessa audiência! Também não duvido que ele possa ter feito isso! Agnes assentiu com a cabeça e comentou algo comentou algo com sua assessora.

- Dando sequência, senhor Peterson, quanto a falsificação de documentação tanto nos contratos de novos funcionários, quanto no faturamento das indústrias, o que o senhor alega? – questionou a juíza olhando fixamente para o homem.

- Alego inocência, meritíssima. – respondeu Peterson. Ele antes mesmo de chegar ao tribunal já começava a demonstrar sinais de nervosismo – Parte dos contratos dos novos funcionários, quanto no faturamento era responsabilidade dos meus clientes. – pegou um papel sobre sua mesa – Aqui meritíssima, está resumidamente todos os contratos que meus clientes fizeram, assim como parte do faturamento que era responsável. Tudo está dentro do previsto e da lei. – entregou a juíza, sua mão tremia visivelmente – Diante disso eu alego inocência dos meus clientes.

- Algo a mais a acrescentar? – perguntou a mulher percorrendo os olhos sobre o papel.

- Não meritíssima. – respondeu ao retornar ao seu lugar. Sua postura ainda evidente de nervosismo e total falta de direção.

- Com a palavra a advogada de acusação. – disse ao entregar o papel a sua assessora.

Regina suspirou profundamente antes de se levantar, arrumou sua roupa e pegou um calhamaço de papel sobre sua mesa Mais uma chapuletada nele by Regina Swna-Mills! Adoro! – Meritíssima, depois de uma vasta e minuciosa pesquisa desde o momento em que meu cliente abriu sociedade até o momento presente... – começou – Descobrimos contratações ilegais de funcionários, falsificação de faturamento, além de não cumprirem com seus deveres dentro das indústrias.

- Protesto! – falou Peterson ao se levantar Ai, mal comecei e ele já veio com esse protesto! A juíza apenas olhou para que ele continuasse – Como ela pode ter certeza de que meus clientes não cumpriam com seus deveres dentro das indústrias.

- Por tudo que já dissemos e comprovamos aqui, me dá a certeza de que eles nunca cumpriram com seus deveres diante do acordo associativo que fizeram quando assinaram o contrato juntamente o meu cliente. – respondeu Regina Esse tapa pé de ouvido é cortesia! – Além dos papéis aqui em minhas mãos. – entregou o grosso bloco de folhas para a juíza – Lee, por favor, entregue o outro para o senhor Peterson. – pediu – Se Vossa Excelência juntar com todas as outras provas já entregues por parte da acusação e comparar números e datas, verá que praticamente noventa por cento dos contratos feitos pelos sócios do meu cliente, foram de alguma forma ilegal e sempre pendente a ganho deles, além das falsificações dos faturamentos os quais eram responsáveis, sempre deixando um número menor para poder desviar quantas grandes de dinheiro para contas particulares. – respondeu Regina Mente anota essa para a nossa pontuação! Anotada já Regina e no total já temos oito a zero para você! Tudo isso? Sim, eu recapitulei a contagem e deu esse número! – Contratos que meu cliente nunca teve ciência até a presente audiência.

- Protesto negado senhor Peterson. – disse a juíza assim que Regina terminou de falar – Continue, senhora Swan-Mills.

- Nesses papéis está todos os superfaturamentos de dos os tipos de contratos, papéis de fatura mensal das indústrias, inclusive propostas de compra, mas principalmente de venda de ações e bens das indústrias sem o conhecimento ou mesmo consentimento de meu cliente, uma vez que ele é o sócio majoritário das indústrias. – terminou Regina.

- Protesto! – Peterson interviu mais uma vez Ai homem fica um pouco quieto!

- Por céus senhor Peterson, por qual motivo o senhor protesta dessa vez? – perguntou a juíza já sem paciência. Os olhos do homem se arregalaram diante dessa pequena explosão da juíza Boa juíza, obrigada por dizer o que eu tanto queria!

- É... Esse imenso bloco de papéis com tudo relacionado as indústrias. – disse apontando para os papéis sobre sua mesa – Como a senhora Swan-Mills teve acesso a esses tipos de documentos internos dos arquivos das indústrias?

Regina ia responder, mas a juíza se adiantou – Bom, pelo que eu saiba o cliente da senhora Swan-Mills é o dono majoritário das indústrias Blanchard, então creio que você já tem a sua resposta. – disse Agnes Nossa mente, essa chapuletada foi maravilhosa! Foi mesmo Regina, depois dessa eu com certeza não abriria mais a boca para gritar protesto! Mas nós sabendo que o sem noção continuará fazendo! Infelizmente sim!

- É... Hum... – foi tudo que ele disse, afinal ele apenas foi no impulso ao perceber que não tinha o que protestar, então usou o subterfúgio do calhamaço de folhas que lhe fora entregue Isso prova que ele está totalmente sem rumo!

- Protesto negado. – disse a juíza séria – Algo a mais a acrescentar senhora Swan-Mills.

- Sim meritíssima. – respondeu mantendo seu lugar A chapuletada final! Contando com a chapuletada da juíza já temos nove a zero e com essa, dez! – Gostaria de chamar uma testemunha...

- Protesto! – falou Peterson suando frio novamente – Não fiquei sabendo de nenhuma testemunha que entraria no caso.

- O senhor saberia se tivesse lido a ata... – respondeu a juíza olhando seriamente para o homem Juíza dois, Peterson zero! Acho que se contar a audiência toda a somatória é maior! Sim, mas não vou recapitular se não ficará feio para ele! – Mas pelo visto nem percorreu os olhos sobre a mesma. Protesto negado! Senhora Swan-Mills, pode chamar a sua testemunha. – continuou a juíza soltou um longo suspiro para acalmar os nervos Odeio advogados que ficam falando protesto toda hora interrompendo o andamento da audiência! Calma Agnes a senhora Swan-Mills está acabando com ele! E como está, vai perder até o rumo de casa hoje!

Regina assentiu com a cabeça – Convoco para esse tribunal a testemunha Amber Hall. – anunciou. A porta lateral a da sala da juíza se abriu e dali surgiu uma ruiva, que caminhou até o lugar das testemunhas ao lado esquerdo da juíza. Assim que ela se sentou e encarou a mesa de defesa a sua frente, Amber segurou o riso. Peterson tinha os olhos tão arregalados que a qualquer momento poderiam cair de seu rosto. Barnes estava branco e chocado. Sato com os olhos arregalados tão incrédulos que nem parecia que tinha traços asiáticos. Clark praticamente parecia uma estátua de cera assim como Barnes.

O guarda que estava ali nas portas se aproximou – Coloque sua mão direita aqui. – indicou o livro que segurava – E sua mão esquerda para cima e repita comigo. – a mulher fez o que fora dito – Eu, Amber Hall, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade.

- Eu, Amber Hall, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade. – repetiu. O guarda voltou para seu lugar perto das portas. A mulher ruiva soltou um suspiro e se sentou Vamos começar o show!

- Senhora Swan-Mills, por favor, a palavra é sua. – disse a juíza olhando para a testemunha, então para a morena.

- Obrigada meritíssima. – disse ao se aproximar da testemunha Mente abra uma nova contagem, sim? Pode deixar Regina!

Regina encarou a ruiva – Por favor, senhorita Hall, queira se apresentar para o tribunal. – pediu.

- Meu nome é Amber Hall e eu sou agente especial do FBI. – se apresentou a mulher. Aquela informação fez com que todos a mesa empalidecesse mais ainda. Barnes apenas fechou os olhos, furioso Eu vou trucidar aquele imbecil do Robin!

- Senhorita Hall, eu poderia ver a sua insígnia. – pediu a juíza. A ruiva assentiu e mostrou para o guarda que iria colocar a mão em seu bolso, ele apenas assentiu, mas acompanhou todo o movimento da mulher.

- Aqui meritíssima. – entregou seu distintivo. Agnes o abriu para comprovar que ela realmente era uma agente federal – Senhor Peterson, se aproxime antes que resolva protestar. – comentou a juíza Nossa Regina a juíza está afiada! Outra chapuletada no almofadinha! Adoro mente! O advogado mais que rapidamente se levantou e há quem diria que ele até deu um pequeno trote até chegar a bancada da juíza de tão rápido que andou Impressão minha ou ele nem tocou no chão para chegar aqui? Ele veio voando mesmo Regina! Pegou o distintivo em suas mãos e o olhou minuciosamente, então o devolveu para a juíza e voltou para seu lugar.

- Ela realmente é do FBI. – murmurou aos outros homens, assim que se sentou.

- Merda! – exclamou Barnes Como eu fui burro! Mas eu vou acabar com o idiota do Robin!

- Devo lembrá-los, senhores, que esse tribunal é de respeito e não vou tolerar nenhuma forma pejorativa, depreciativa ou mesmo palavras de baixo calão. – advertiu a juíza Regina mais uma catracada da juíza, só que agora em Barnes! Ela não está medindo as palavras! Não! – Estamos entendidos?

Peterson apenas olhou para Barnes, que acenou brevemente com a cabeça – Sim meritíssima, estamos entendidos. – respondeu.

A juíza concordou com a cabeça e devolveu o distintivo para a testemunha – Obrigada. – Amber apenas acenou com a cabeça, mostrando ao guarda que colocaria seu distintivo de volta no bolso – Senhora Swan-Mills, por favor, prossiga.

- Senhorita Hall, poderia nos dizer o que testemunhou quando estava ao lado daqueles senhores? – perguntou Regina.

- Protesto! Ela está tentando dissuadir a testemunha. – Peterson disse.

- Tudo bem, vou reformular a minha pergunta. – disse Regina soltando um suspiro Que homem chato! Chato é pouco! – Senhorita Hall, o que pode nos dizer sobre a falsificação de documentos, pertinentes as indústrias Blanchard?

- Protesto! – disse Peterson.

- Por meus casos, senhor Peterson. – respondeu Regina alterada Eu vou protestar com um carimbo na testa dele com a palavra protesto em letras garrafais! – Você não tem outra palavra diferente não?

- Senhora Swan-Mills, por favor, se contenha. – advertiu a juíza, mas tinha um discretíssimo sorriso de lado nos lábios.

Regina soltou uma longa respiração Droga, até eu levei um puxão de orelha! Mas a culpa não é sua e sim daquele sem noção que me tirou do sério com esse monte de protesto! – Sim, meritíssima, desculpe.

Então a juíza olhou para o advogado de defesa – Protesto negado. – ele ia retrucar, mas a juíza apenas o olhou severamente e ele se calou engolindo seco – Senhorita Hall, por favor, responda a pergunta.

Amber assentiu com a cabeça – Eu testemunhei diversas vezes, várias conversas dos sócios de Blanchard armando com o próprio. Conversas essas que o assunto era sobre falsificar documentos com o propósito de alterar números de quantias de dinheiro para as indústrias.

- Essa alteração na quantia era para mais ou para menos? – perguntou Regina.

- Sempre para menos, pois o que não estava declarado no documento era direcionado para as contas bancárias pessoais. – respondeu.

Regina apenas ficou alguns segundos pensativa Vamos aproveitar para falar sobre tudo, mas sempre fazendo o ligação com a falsificação de documentos! – A senhorita também testemunhou falsificação de contratos ou acordo de negócios?

- Protesto! – exclamou Peterson – Achei que a testemunha fosse falar apenas sobre falsificação de documentos.

- Contrato não deixa de ser um documento, senhor Peterson. – respondeu Regina Nova contagem, uma a zero para Regina! – Meritíssima, a pergunta ainda está dentro do assunto.

- Protesto negado. – respondeu a juíza – Por favor, responda a pergunta.

- Sim, senhora Swan-Mills, eu testemunhei alguns encontros de negócio que o senhor Barnes falsificou os contratos, sempre em benefício próprio e de seus sócios nessas transações.

- Sua vadia! – exclamou Barnes se levantando da cadeira Olha que a coisa está ficando boa demais! Melhor que encomenda! – Você também levou boas quantias de dinheiro nesses acordos.

Regina apenas olhava para o homem em pé e vermelho de raiva Você acabou de confessar que falsificava documentos! Lee sorria internamente com a explosão de Barnes.

O som do martelo batendo repetidamente sobre seu apoio era ouvido pela sala toda – Silêncio! – a juíza falou mais alto e imponente – Senhor Peterson, contenha seu cliente ou ele será convidado a se retirar.

Peterson segurava Barnes – Se acalme Barnes, não está vendo que é isso que o Blanchard quer? Que você se altere. – murmurou. Barnes soltou uma longa respiração e se sentou, mesmo a muito contragosto – Desculpe meritíssima. – pediu o advogado.

- Essa á última vez que digo que não aceitarei ofensas e muito menos palavras chulas em meu tribunal. – disse a mulher olhando diretamente para Barnes – Na próxima, o senhor será detido por desacato, entendeu?

- Sim, meritíssima, entendemos. – respondeu Peterson ainda olhando para Barnes, que ainda a contragosto assentiu.

- Senhorita Hall, por favor, continue. – pediu a juíza ao ver que os ânimos estavam calmos novamente, depois de comentou algo com sua assessora.

- Como disse, meritíssima, eu presenciei alguns encontros de negócios onde o senhor Barnes e seus sócios tiravam proveito dos mesmos. – repetiu a ruiva.

- Esses contratos falsificados... – continuou Regina. Peterson fez menção de protestar, mas a juíza apenas o fuzilou com o olhar, que ele acabou desistindo – O senhor Blanchard tinha alguma ciência sobre?

- Que eu saiba, ele ficava sabendo apenas o que o Barnes queria que Blanchard soubesse. – respondeu.

- Explique melhor, por favor. – pediu Regina Todos os detalhes!

- Bom, quando o Barnes fazia um contrato que não tinha um valor muito alto, esse contrato além de adulterado para uma quantia menor ainda, era o que o Barnes geralmente informava ao senhor Blanchard. – respondeu – Contratos de valor alto, o Barnes fazia questão de esconder.

Trocando por miúdos! – Então você quer dizer que apenas contratos pequenos de negócios que eram firmados, depois de adulterados eram apresentados ao senhor Blanchard? – perguntou Regina.

- Sim! – respondeu Amber convicta.

- Quanto a pagamentos dos tributos, você sabe alguma coisa também? – continuou com seu interrogatório.

- Protesto! – falou Peterson, mesmo sob o olhar fulminante da juíza – Falsificação. As perguntas tem que ser relacionadas com o que estamos debatendo.

Regina respirou fundo Bom, já que ele não entendeu, vamos desenhar! – Meritíssima, o pagamento dos tributos também entra nesse assunto, uma vez que o próprio advogado de defesa alegou que seu cliente estava em dia com tais pagamentos. E entregamos provas de que as indústrias Blanchard estavam devedoras com a mesma. E de certa forma entra na parte de falsificação.

- Pergunta dentro do contexto. – disse a juíza – Protesto negado. – olhou para Peterson Dois a zero! – Senhorita Hall, por favor, responda a pergunta.

- Nunca presenciei nada sobre isso, apenas que em um dos encontros eu escutei o advogado Sato conversar com o Barnes que todas as notas fiscais que eram para os tributos a prefeitura daquele mês já estavam falsificadas como pagas seriam entregues ao senhor Blanchard. – respondeu a ruiva – E que nenhum centavo iria para a prefeitura e sim para a conta bancária deles.

Regina andou de um lado a outro analisando tudo que fora dito, então parou e olhou para Amber novamente Vamos continuar desenterrando! – Senhorita Hall, quanto a contratação de funcionários, você sabe algo sobre isso?

Negou com a cabeça – Apenas o que eu escutava nas conversas quando nos reuníamos para tratar dos assuntos já citados anteriormente. – respondeu.

- O que a senhorita escutou nessas conversas? – perguntou Regina.

- Protesto meritíssima! – falou Peterson ao se levantar de seu lugar – Como poderemos confiar na palavra da testemunha?

- Senhorita Hall, tem alguma prova do que irá falar? – questionou a juíza.

Ela sinalizou para o guarda que iria colocar a mão dentro do bolso novamente – Aqui. – tirou um pen drive entregando a Regina – É uma cópia de muitas das conversas que tivemos nesses encontros. Nessa em específico comprova o que vou responder a senhora Swan-Mills.

- Vossa Excelência? – perguntou Regina com a palma da mão aberta e o objeto a vista. A juíza fez um gesto para Regina lhe entregar o pen drive.

- Anote que esse pen drive entrará como prova posterior, mas especificamente sobre a resposta da senhorita Hall sobre essa pergunta. – disse para a sua assessora, a mulher fez uma aceno de cabeça e anotou tudo.

- Protesto! – falou Peterson mais uma vez – Essa prova não foi previamente examinada pelo tribunal antes da audiência.

- Senhor Peterson, você queria uma prova do que a senhorita Hall irá responder. – começou a juíza – Agora o senhor protesta porque a testemunha tem a prova? – perguntou incrédula – Protesto negado e protesto negado também. – disse – Senhorita Hall, responda a pergunta feita.

Amber assentiu – Eu escutei que o Barnes iria contratar mão de obra ilegal, ou seja, cidadãos que entraram no país ilegalmente. Por eles não terem documentos nenhum faria um contrato a parte com eles, pagando o mínimo e dando condições subumanas para eles, e para o Blanchard ele iria mostrar contratos dentro da legalidade.

- Sem mais perguntas meritíssima. – disse Regina se encaminhando para seu lugar Minha parte foi feita! – A testemunha é toda sua, senhor Peterson. – comentou segundos antes de se sentar e tomar um gole de água.

- Você está bem? – perguntou Lee ao ver Regina levemente pálida.

- Sim, apenas um pequeno mal estar novamente. – respondeu tomando mais um gole de sua água Vamos ver o almofadinha se enrolar mais ainda!

Peterson estava perdido em seus papéis, mas se levantou e abotoou seu blazer e caminhou na direção da testemunha – Senhorita Hall, você diz ter presenciado dessas conversas, qual era o seu objetivo ali?

- Investigar. – respondeu a ruiva.

- Investigar o que? – perguntou Peterson.

- Não posso responder a essa pergunta, senhor Peterson. – respondeu novamente.

- Não pode ou não quer? – insinuou.

- Protesto! – falou Regina ao se levantar com cuidado Minha vez de ficar falando protesto! – A pergunta do advogado de defesa não é pertinente ao assunto que a testemunha fora chamada.

- Protesto aceito. – respondeu Agnes Rá! Três a zero na nova contagem! – Reformule sua pergunta senhor Peterson.

- Se você diz ter feito parte das conversas e encontros com os meus clientes, e como a acusação alega que eles levaram proveito nisso, creio que você também tenha levado, não? – perguntou ele.

- Apenas concordei que participaria porque fazia parte das minhas investigações. – respondeu Amber seriamente.

- Então se esse suposto dinheiro que foi parar nas contas pessoais dos meus clientes, também foi para na sua, não? – ele insinuou – Por que se você recebeu também, então você faz parte das pessoas acusadas.

- Protesto! O advogado está tentando levar a testemunha a responder o que lhe é favorável. – disse Regina ao se levantar novamente.

- Protesto aceito. – disse a juíza E a contagem só aumenta! Quatro a zero! – Senhor Peterson, seja imparcial em suas perguntas.

- Vou reformular a minha pergunta, meritíssima. – disse Peterson, mas nada vinha a sua mente – Se você participou dos negócios ilícitos, também é acusada como meus clientes, não?

Amber respirou fundo – Sua resposta é não. – disse – Não para o recebimento de dinheiro, como o senhor está insinuando, as quantias que recebi foram todas parar em uma conta que o FBI abriu para que esse mesmo dinheiro seja devolvido ao senhor Blanchard ao final das investigações. – fez uma pequena pausa e continuou antes de Peterson perguntar novamente – Tenho provas de que não usei nem um centavo desse dinheiro todo, estava ali no intuito investigativo. Então é não também para que eu seja acusada como seus clientes.

- Qual era suas investigações ali? – perguntou ele novamente.

- Já disse que não posso responder a essa pergunta. – respondeu ela impassível Eu não vou responder seu tapado!

Ele sorriu de lado – Não pode ou não quer?

- Protesto meritíssima, o senhor Peterson está tentando obter uma resposta que não tem nada a ver com o assunto tratado. – disse Regina.

- Protesto aceito. – disse a juíza E mais um ponto para a Regina que contabiliza cinco a zero! – Senhor Peterson se atenha apenas ao assunto dessa audiência.

- Mas Vossa Excelência... – ele tentou argumentar.  

- Meritíssima, eu posso responder a pergunta dele? – pediu a agente.

- Tem certeza? – perguntou de volta – Você não é obrigada a responder algo que não diz respeito ao assunto da audiência.

- Tenho sim, Vossa Excelência. Assim ele para de ficar perguntando coisas que não diz respeito ao assunto da audiência. – ela confirmou, então olhou para Peterson – Eu não posso responder a sua pergunta sobre os motivos das investigações que estava fazendo, porque está tudo sob sigilo federal. – disse firme e olhando seriamente para o homem a sua frente – Mas caso o senhor não queira ir preso por tentar surrupiar informações sigilosas do governo, aconselho que pare de me perguntar sobre esse assunto.

Os olhos de Peterson se arregalaram surpresos – Tudo bem, não perguntarei mais nada sobre isso. – afrouxou levemente sua gravata, suspirou – Sem mais perguntas, meritíssima. – ele disse derrotado, indo se sentar.

- Tudo bem, então peço que a testemunha se retire, uma vez que sua contribuição na audiência já foi feita. – declarou a juíza – Apenas lembrando que enquanto o processo não terminar, peço que não se ausente da cidade senhorita Hall. – acrescentou Agnes. Amber olhou para a juíza e assentiu com um breve aceno de cabeça e saiu pela porta que havia entrado. A juíza soltou um longo suspiro – Mais alguma testemunha a ser chamada senhora Swan-Mills? – quis saber.

- Não meritíssima. – Regina respondeu olhando diretamente para a mulher mais velha Nem preciso, depois de tudo que a senhorita Hall declarou já é o suficiente para fechar a tampa do caixão deles!

- Senhor Peterson? – perguntou ao olhar para o homem que estava visivelmente sem rumo e perdido em seus papéis.

- Não Vossa Excelência. – ele respondeu a olhando brevemente Mais perdido que cego em tiroteio! Nossa que maldade mente! Mas não é? Olhe para ele! Você tem razão!

Agnes olhou para seu relógio de punho e se surpreendeu pelo adiantado da hora, olhou para seus papeis a frente e viu que tudo já tinha sido falado – Aos dois advogados quanto a tudo que já fora dito na audiência de hoje tem algo a mais que queiram acrescentar? – perguntou alternando o olhar entre os advogados.

- Não meritíssima. – respondeu Regina depois de tomar outro gole de água de seu copo Meu discurso final será a última pá de terra sobre o caixão deles!

- Senhor Peterson? – perguntou agora para o homem que estava perdido em pensamento tentando entender de onde havia vindo a porra que levou que o fez perder o rumo de tudo, inclusive de sua casa.

- Não Vossa Excelência. – ele respondeu, então pegou seu copo e bebeu todo o conteúdo de uma só vez.

A juíza assentiu – Bom, não se tendo mais nada a acrescentar sobre tudo o que foi dito, abro espaço para os advogados de defesa e de acusação para que discorram as últimas palavras.

- Tudo bem meritíssima. – responderam Regina e Peterson ao mesmo tempo.

- Então dou a palavra ao advogado de defesa senhor Peterson. – falou Agnes Agora o Gran Finale!

-SQ-

- Será que falta muito para a mamãe sair do tribunal? – perguntou Júlia. Ela estava sentada ao lado de sua mãe. Eles haviam ido para o parque brincar a tarde. A menina até brincou, mas depois resolveu ficar junto a sua mãe. As duas estavam vendo Tom e Henry brincar felizes no gramado. Ruby e Kathryn haviam ido junto, mas haviam ido dar uma volta pelo local, pois a loira disse que precisava esvaziar a mente para focar na audiência de amanhã. Zelena, Glinda e John haviam ficado com Ângela no restaurante. Haviam combinado de retornarem para o jantar, assim as crianças poderiam brincar um pouco com o TJ.

- Eu espero que não Jú. – respondeu Emma ainda olhando para seus dois garotos – Eu espero que não. Você não vai mais brincar com seus irmãos? - a menina negou com a cabeça – Por que?

- Acho que estou com saudades da mamãe. – ela respondeu timidamente Ai que fofa minha pequena morena com saudades da mamãe!

Emma sorriu com a resposta – Não conte para ninguém, mas eu também estou com saudades dela. – falou baixo Como estou! Sei que foram apenas algumas horas, mas ainda são o suficiente para que eu sinta muitas saudades da minha morena!

Júlia riu – E queria que a mamãe também estivesse aqui.

- Eu também. – falou Emma olhando para os meninos que corriam de um lado a outro – Eu também. – então sentiu seu celular vibrar, assim que tirou do bolso – Mensagem da Regina. – disse animada e Jú também se animou – Ela está terminando e pediu para irmos buscá-la. – disse e digitou uma resposta de volta, assim como ligou para Ruby – Vocês estão perto?... Regina acabou de mandar mensagem que está quase saindo e pediu para ir buscá-la... Tudo bem, esperamos. – desligou o celular – Ruby e Katy já estão perto e vão junto conosco. – explicou e a menina assentiu com a cabeça olhando ansiosa para a mãe loira.

Minutos depois as duas surgiram atrás da arvore – Chegamos. Vamos buscar a Rê. – anunciou Kathryn.

- Sim! – respondeu Júlia se levantando rapidamente.

- Vem meninos, vamos buscar a mamãe de vocês. – chamou Emma ao se levantar também Quero abraçar bem forte a minha morena!

- Oba! – eles disseram juntos e saíram correndo na direção da mãe, irmã e tias. Emma e as crianças acomodadas na pick-up vermelha, enquanto Ruby e Kathryn no carro da loira. Em segundos estavam indo na direção do tribunal que Regina estava.

-SQ-

Peterson se levantou, abotoou seu blazer, deu alguns passos a frente. Suspirou profundamente para tentar conter o nervosismo – Vossa Excelência... – começou ele – Meus clientes aqui presentes, nada mais fizeram do que seus deveres diante da posição de sócios das indústrias Blanchard. E diante de pensamento não honesto por parte do sócio majoritário, estão sendo acusados injustamente desses delitos todos listados no decorrer do dia. – olhou para a juíza, então virou seu olhar para a mesa de acusação – Eu tenho plena convicção de que meus clientes são inocentes, que as provas aqui apresentadas por mim irão mostrar que tudo isso não passou de um subterfúgio criado para achar um culpado que não fosse a má administração das indústrias por parte do proprietário majoritário. – Peterson estava se perdendo nas palavras, não conseguia manter a linha de raciocínio – Diante das provas apresentadas pela acusação, ainda tenho minhas dúvidas quanto ao procedimento legal das mesmas. Mesmo a acusação trazendo uma testemunha, que apresentou provas que não foram passadas pela triagem dessa audiência. Assim como colocam em dúvida o caráter de meus clientes.

- Ele está perdido, não sabe o que fala. – comentou Lee baixo para que apenas Regina e Leonard o escutassem. Muitas horas Leonard quis levantar e esbravejar que ele havia sido enganado e traído, mas sempre que tinha esse impulso, Lee o segurava e dizia para que ficasse quieto, pois poderia levar tudo a perder se perdesse a calma ali.

- Ele está apelando para tudo que pode. – comentou Regina de volta, mas não tirava os olhos do outro advogado e escutando tudo que ele falava e já preparando seu discurso final.

- Caráter esse que posso afirma ser de boa índole de meus clientes, cujo objetivo final visa apenas o bem das indústrias Blanchard, uma vez que dali tira o sustento de duas famílias. Encerro meu discurso de defesa alegando novamente inocência de meus clientes diante de tudo que estão sendo acusados, assim como peço processo por perdas e danos morais que meus clientes estão sofrendo nesse processo. – terminou Peterson indo se sentar.

- Muito bem senhor Peterson. – disse a juíza – Agora com a palavra a advogada da acusação.

Regina soltou um longo suspiro e se levantou, arrumou sua roupa, dando alguns passos a frente Vamos encerrar magnificamente! – Meritíssima, a crença do homem em seu trabalho honesto durante uma vida não se pode deixar ser em vão. – começou – O trabalho de uma vida não pode ser jogado de lado diante de pessoas que cuja intenção é apenas tirar em benefício próprio aproveitando um momento de fragilidade. – deu mais dois passos para o lado, ficando a frente da mesa de defesa, ela olhou fixamente para Barnes Essa é para você! – Ou achar que as pessoas são ingênuas o suficiente para acreditarem que seus atos escusos nunca serão descobertos. Que medidas para serem barrados nunca serão tomadas. – soltou uma longa respiração então olhou para a juíza – Diante de tudo que foi apresentado aqui hoje, Vossa Excelência, desde o momento da firmada sociedade, meu cliente vem sendo lesado da mais vil forma, a traição. Ele acreditou na palavra de seus sócios que disseram que iriam ajudá-lo a manter todo o seu trabalho de uma vida em pé, firme e forte como sempre foi. Então qual foi a surpresa quando descobriu que estava sendo roubado. Ao longo dos anos, seu trabalho de vida foi sendo minado por todas as vertentes possíveis, até finalmente não sobrar uma gota se quer para saciar a sede infinita por dinheiro de seus sócios. – olhou rapidamente para Barnes, então voltou a encarar a juíza – As indústrias Blanchard foram tão minadas que meu cliente foi obrigado a abrir formalmente falência para não perder o pouco que lhe restou. – fez uma pausa. Agnes apenas a olhava, e vez e outra comentava algo com sua assessora – E diante dessa situação, acabou descobrindo que estava sendo roubado covardemente por seus sócios. – soltou uma respiração – Alego culpados de todos os crimes aqui provados com documentos verídicos e todos adquiridos dentro da lei, além de ter testemunha ocular de tudo que fora dito aqui dentro desta sala no dia de hoje.  – continuou O ponto final para fechar a somatória! Sim, finalizando uma lavada a zero para Regina! – Peço que tudo que meu cliente fora lesado durante todos esses anos de sociedade seja devolvido, assim como findado a termo de falência. Também peço prisão aos criminosos, além de uma compensação pelas perdas e danos morais que o meu cliente sofreu. Nada mais a declarar meritíssima. – Regina terminou seu discurso de forma firme e limpa Nunca brinquem quando sabem que não irão aguentar a retaliação!

Agnes soltou uma longa respiração – Diante dos discursos finais e do adiantado da hora, este tribunal suspenderá a sessão até a amanhã as duas da tarde. – começou seu pronunciamento – Nesse entre tempo, eu juntamente com meus assessores estaremos vendo e analisando todas as provas aqui entregues, assim como a ata da audiência, e o interrogatório da testemunha por ambas as partes e chegaremos a um veredito. Os acusados estão proibidos de deixar a cidade, assim como o acusador, sob pena de prisão imediata e sem fiança para ambos os lados. – disse olhando para todos a sua frente, que assentiram demonstrando que haviam entendido – Voltaremos a nos encontrar aqui amanhã, pontualmente as duas da tarde. – dito isso bateu o martelo encerrando a sessão de hoje e já se levantado, caminhou na direção de sua sala.

 


Notas Finais


Sei que tivemos poucos momentos da família Swan-Mills, mas como disse esse capítulo foi todo voltado a audiência de Blanchard. Mas pode ter certeza que as cenas que adoramos da família Swan-Mills não irão faltar no decorrer a história ainda. Uma pequena cena entre Jane e Vince, não foi muito bem como a do seriado, mas acho que eu precisava fazer essa cena deles! As crianças conhecendo o local de trabalho de Jane e Maura, Henry mostrando medo diante dos corpos e Jú toda entusiasmada para ver um morto. Pequenas cenas familiares entre eles. E finalmente a audiência do Blanchard. Peterson levando várias catracadas da juíza e algumas de Regina, que sem pensar passou como um rolo compressor sobre todos ali, sem deixar ninguém de fora. Barnes se entregando bonito, e Amber mostrando a que veio no tribunal. Espero que tenha agradado!

No próximo o desfecho dessa audiência assim como começaremos a audiência de Kathryn contra Leopold, e entre as audiências teremos momentos família, afinal eles estão em Boston e temos que aproveitar a deixa xD ...

Ahh só lembrando que, muito provavelmente o próximo capítulo também demorará um pouco para sair, afinal será mais trabalhosos escrevê-lo, pois terá o desfecho do caso de Blanchard e todo o processo de Leopold! Não desistam de mim, por favor xD... Sugestões e dicas, além de nomes para o capítulos são bem-vindas. Acho que é só no momento huhu

Até a próxima!

PS: Para quem quiser saber como é a juíza Agnes Hughes, pensem na imagem da atual presidente do supremo tribunal federal Carmem Lucia.


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