História Storybrooke - Capítulo 8 - Dona Onça

- Andei de cavalo? – respondeu o menino com uma receosa pergunta, sem entender muito o porquê de sua mãe estar tão brava.

- Você só pode ter perdido o juízo, não senhorita Swan? – falou Regina direcionando seu furioso olhar para a loira.

- Não que eu saiba. – respondeu ela pega de surpresa pela reação da mulher morena – Muito pelo contrário ele está em perfeito funcionamento. – alfinetou.

- Como você ousa deixar meu filho andar a cavalo?

- Mas ele não andou sozinho, eu estava junto no mesmo cavalo. – respondeu a loira indignada com aquilo.

- Ele sozinho ou juntamente com a senhorita dá na mesma. – ironizou Regina – Se você tivesse deixado meu filho cair? E se você tivesse perdido o controle do cavalo? E se algo mais grave tivesse acontecido com ele? – agora ela estava muito brava.

- Primeiro, não aconteceu nada com o garoto...

- O nome dele é Henry, e não garoto. – cortou Regina imediatamente.

- Não aconteceu nada com Henry. – reformulou Emma depois de soltar uma respiração pesada – Também não perdi o controle do cavalo, pois não estávamos correndo, e o cavalo que escolhi para passear é extremamente dócil. E como havia lhe dito mais cedo, eu não deixaria nada acontecer ao Henry. – respondeu Emma chateada – E para lembrá-la outra vez, eu estava junto com ele no cavalo, ele não estava sozinho.

- Não me interessa se a senhorita estava junto ou não, eu não quero meu filho em cima de um cavalo tão cedo. – ordenou a morena – Ele ainda é pequeno, quando ele crescer mais, aí pensarei sobre o assunto.

- Você não acha que está exagerando um pouco não? – perguntou Emma – Ele é uma criança, e irá querer andar a cavalo, principalmente porque aqui é uma fazenda cheia de cavalos... – ela olhou fundo nos olhos de Regina - Acho que não tem problema em deixá-lo se tiver alguém junto.

- O filho é meu e eu decido por enquanto o que ele pode ou não fazer. – Regina deixou bem claro, ao se aproximar e invadir o espaço pessoal da loira – Acho que fui bem clara quanto a isso, não senhorita Swan?

- Eu acho que você está exagerando... – disse ela aproximando mais ainda seu rosto do rosto da morena – Mas como você mesma disse, você é a mãe e sabe o que é melhor para Henry. – Emma ia dizer garoto, mas na última hora trocou.

Eugenia estava de olhos arregalados por causa da discussão, pois ela não esperava uma reação desse tipo por parte de Regina e muito menos que Emma argumentasse de volta daquele jeito. A senhora sabia que a loira tinha o gênio explosivo muitas vezes, e sabia que Regina também tinha o gênio forte, mas não esperava vê-las brigando assim tão rápido.

Henry estava espantado por não entender o motivo de sua mãe estar brigando com sua mais nova amiga, ele apenas disse que havia passeado de cavalo. Será que foi por isso que ela ficou brava? Ele continuava vendo a troca de farpas entre as duas, e em seguida seus olhos estavam se enchendo de lágrimas.

- Meninas... – disse Eugenia depois de um limpar alto de garganta chamando a atenção das duas mulheres para si – Acho que vocês deveriam se acalmar, pois temo que isso esteja assustando o pequeno Henry. – terminou apontando o menino ao seu lado.

- Merda! – murmurou Emma, mas talvez alto demais para o gosto de Regina.

- Senhorita Swan, linguajar, por favor. – repreendeu a morena, e suas feições se suavizaram quando olhou para seu filho – Ah Henry... – antes que ela pudesse continuar, o menino saiu correndo para seu novo quarto. Regina soltou uma longa respiração – Isso é culpa sua senhorita Swan.

- Como é dona onça? Minha culpa? – perguntou indignada a loira – Você que começou a brigar comigo, pois até você chegar Henry estava todo feliz.

- É culpa sua sim, pois se você não tivesse tido a brilhante ideia de ir a cavalo mostrar a fazenda a meu filho, eu não ficaria brava por isso. – respondeu a morena – Não me chame de dona onça.

- Mas esse é o melhor jeito de se mostrar a fazenda, pois o carrinho de passeio não passa por algumas partes do terreno por ser muito irregular. – se defendeu Emma – Mas está parecendo uma onça brava.

- Não me venha com desculpas. – soltou um longo suspiro – A senhorita e suas ideias mirabolantes é que me deixam brava, principalmente quando envolve meu filho.

- Não é desculpa, mas sim o motivo por não ter saído com o carrinho. – se exasperou a loira, e resolveu não retrucar.

Regina respirou fundo, para tentar se acalmar - Enfim... Irei ver como meu filho está. – disse dando as costas para a loira e virou-se para a senhora – Eugenia, você poderia me arrumar algumas caixas? Assim que puder irei arrumar as coisas de meu pai.

- Sim, posso sim, amanhã cedo você já as terá. – respondeu – Ah menina Regina, o jantar está pronto, quando quer que seja servido?

- Irei falar como meu filho, e quando descermos você pode servir, por favor. – respondeu e saiu depois que a senhora concordou com a cabeça.

Um silêncio se instaurou na cozinha quando sobraram apenas a loira e a senhora. Nenhuma das duas dizia nada, estavam incrédulas com tudo que havia acabado de acontecer. Os longos minutos foram quebrados quando Ruby entrou na cozinha.

- Vó, vim roubar um prato de sua comida para jantar. – anunciou Ruby brincando e alheia ao que havia acontecido – O que houve? – perguntou quando finalmente percebeu o estado das duas mulheres e o clima estranho.

Emma soltou uma longa respiração cansada – Regina Mills aconteceu. – soltou por fim.

- Deixe-me adivinhar... – brincou Ruby novamente – Vocês brigaram novamente. – Emma apenas concordou com a cabeça.

- Menina Emma não fale assim... – repreendeu a senhora – A menina Regina apenas estava com medo que tivesse acontecido algo ao filho, isso é normal.

- Mas Bah, você melhor do que ninguém sabe que eu não deixaria acontecer nada, principalmente com o filho dela. – exasperou-se a loira.

Eugenia soltou um grande suspiro – Ela tem medo que aconteça a mesma coisa que aconteceu quando ela era criança.

- O que aconteceu com ela? – agora era Ruby quem perguntara curiosa.

- Quando ela era criança, o senhor Henry a colocou em cima de um cavalo para ela poder andar... – respondeu a senhora – Mas diferentemente de você, ele não subiu junto com ela, ficando apenas ao lado do cavalo. Quando o cavalo começou a andar, ela se assustou e não segurou firme, acabou caindo no chão, e se machucando. – fez uma pausa – Ela teve alguns arranhões, mas o principal ela acabou cortando o lábio de cima, e isso deixou uma cicatriz. Desde então ela nunca mais montou em um cavalo, no máximo chega razoavelmente perto de um.

- Tudo bem que ela possa ter medo de cavalo, mas ela ficar transtornada porque eu levei o garoto para ver a fazenda montado em um, acho que foi um pouco exagero da parte dela. – disse Emma.

- Mas você também exagerou. – repreendeu a senhora – Chamá-la de dona onça! Nunca te vi assim, menina Emma.

A morena soltou uma escandalosa gargalhada ao escutar o que sua avó tinha dito – Dona onça? Essa foi a melhor do que dondoca. – continuou rindo até se acalmar e respirar fundo - Sabe o que é isso, vó? – se intrometeu Ruby assim que parou de rir e a senhora curiosa a olhou – É amor, vó! Essas brigas todas é amor. – brincou a morena.

- Rubs já falei para você parar com essas coisas sem sentido. – exclamou Emma aborrecida.

- Podem até parecer sem sentido agora, mas quero ver quando as duas estiverem se agarrando em todos os cantos dessa fazenda se vai continuar sendo sem sentido. – afirmou Ruby roubando uma batata frita da tigela.

- Como assim brigas? – perguntou Eugenia dando ênfase ao plural da palavra, enquanto começava a preparar as vasilhas com o jantar, um para Ruby e outro para Emma e seu pai.

- Ah vó, a senhora não ficou sabendo? – perguntou a morena em tom de zombaria, e a senhora negou com a cabeça – Desde que Emma e Regina se encontraram pela primeira vez lá na cidade, é sempre assim os encontros dessas duas... Encontros cheios de carinho e palavras amáveis.

Eugenia abriu mais ainda os olhos surpresa – Sério?

- Sim! – soltou Emma cansada – Mas não se preocupe Bah, assim que a poeira assentar, irei conversar com Regina, precisamos pelo menos ter uma relação cordial, para o bem da fazenda.

- Para o bem da fazenda e de todos, vocês precisam é se pegar. – brincou mais uma vez a morena recebendo a vasilha com a comida de sua avó.

- Ruby! – exclamou a senhora, ao entregar outra vasilha para Emma.

- Ah é verdade, a senhora verá. – respondeu Ruby como se fosse a verdade absoluta – Obrigada! – agradeceu e começou a tomar o rumo de sua casa – Você vem Emma?

- Sim. – respondeu simplesmente – Obrigada Bah.

- Ah, Emma, antes que me esqueça... – falou Ruby assim que chegaram a porta da casa da morena, e Emma apenas a olhou – Já falei com todos os funcionários, e marquei a reunião para sexta agora a partir das dez horas da manhã.

- Muito bem, obrigada Ruby. – agradeceu a loira e já ia partir em direção a sua casa quando a morena a chamou novamente.

-Você sabe que se precisar é só bater aqui na porta ao lado, não é?

- Sim, eu sei. – respondeu Emma – Obrigada Rubs. – sorriu e caminhou para sua casa. Ruby soltou uma longa respiração – Eu ainda não conheço essa Regina, mas algo me diz que por trás dessas constantes brigas algo se esconde... – riu marotamente – Algo que mudará a vida dessas duas. – terminou por fim ao ver sua amiga sumir porta adentro, e ela fez o mesmo.

-SQ-

- Henry? – chamou ao bater na porta fechada – Podemos conversar? – pediu.

- Eu não quero falar com você agora. – veio a abafada resposta de dentro do quarto.

- Meu filho, por favor, vamos conversar. – pediu novamente.

- Mãe...

- Olha, só estou pedindo para conversarmos. – insistiu – Por favor!

Um minuto de silêncio então a porta do quarto de abriu e Henry deixou sua mãe entrar. Sem dizer uma palavra ele voltou para a cama. Regina foi se aproximando lentamente até chegar perto da cama.

- Posso? – apontou para a cama do menino, e ele permitiu ela se sentar – Henry... – começou, mas foi cortado pelo menino.

- Por que você estava brigando com a Emma? – perguntou tristemente – Ela foi super legal comigo... Você não podia ter brigado com ela. – uma pequena lágrima escorreu por sua bochecha.

Regina suspirou profundamente e levemente limpou a lágrima que desceu pela bochecha do garoto – Meu filho veja bem... Eu fui um pouco impulsiva com a senhorita Swan... Eu não queria ter brigado com ela, mas quando escutei que você andou em um cavalo, eu entrei em pânico...

- Por quê?

- Porque quando criança, meu pai sem querer me deixou cair de um cavalo... – respondeu suavemente – Quando pensei em você podendo cair do cavalo, isso me deixou com muito medo.

- Mas precisava ter brigado com ela? – disse ele.

- Não precisava, mas eu não consegui me segurar, pois o meu medo fora maior. – respondeu ela – Você me perdoa?

- Só perdoo se você conversar com ela. – disse Henry resoluto – Pois ela é minha amiga e me deu a palavra dela de cowboy e me prometeu outro passeio.

- Palavra de cowboy? Outro passeio? – Regina ergueu uma sobrancelha curiosa.

- Sim, palavra de cowboy é igual a palavra de escoteiro, mamãe. – disse Henry como se fosse a coisa mais óbvia – E eu não vi a fazenda inteira ainda, vi alguns lugares... Então ela me prometeu me levar para conhecer o que eu não vi ainda.

- Entendi. – disse a morena pensando – Me conte o que você viu, então! – pediu e tentando engolir a ideia de seu filho sair novamente com aquela loira petulante Como ela ousou me chamar de dona onça?

- Mamãe, é muito grande a fazenda... – dizia Henry agora todo animado, esquecendo-se brevemente da tristeza, e abrindo os braços para mostrar como era imensa a fazenda – Eu vi um lago muito grande, acho que o maior que já vi em toda minha vida, e nele tinha muitos cavalos brincando na água, eu vi também o lugar que a fazenda deixa as pessoas passear, também é muito grande... Ai eu vi onde tem aula para andar de cavalo, e vi um dos lugares que eles dormem... A Emma disse que tem mais um lugar de dormir para eles com mais cavalos ainda, e também vi um monte de cavalos pequenos.

- Pelo visto você se divertiu muito.

- Sim, foi super legal... – disse ele sorrindo abertamente, e com um brilho no olhar e balançando a cabeça para confirmar sua resposta – E foi muito legal andar de cavalo, a Emma me segurou bem forte para que eu não caísse e não correu com o cavalo, ela andou bem devagar com ele.

Regina suspirou, novamente havia julgado a loira petulante por impulso, mas ao escutar que seu filho estava em cima de um cavalo, um pânico tomou contar de suas ações e quando viu ela já estava brigando novamente – Bom, então acho que agora está na hora do seu banho, depois jantaremos e por fim cama, por que você rapazinho, amanhã levanta bem cedo para ir a escola.

- Tudo bem... – disse ele se levantando, parou repentinamente e se virou para sua mãe – Você promete que irá conversar com Emma? - a morena fora pega de surpresa com a pergunta, e demorou um instante para responder – Promete? – repetiu.

- Sim, meu filho. Eu prometo conversar com a senhorita Swan. – por fim vencida, prometeu – Agora banho! – falou novamente e se levantando para ajudar o filho a tomar banho.

O sol mal havia nascido e Regina já estava acordada, e tentando tirar seu filho da cama. Demorou um pouco, mas ele já estava no banho, se arrumou depois de terminado o banho, e desceu para a cozinha. Logo em seguida Regina já estava pronta e havia adentrado na cozinha para tomar café.

- Bom dia! – cumprimentou ela assim que viu Eugenia terminando de preparar o suco de laranja que Henry havia pedido.

- Bom dia! – respondeu de volta entregando o copo de suco para o garoto e uma caneca vazia a morena – O café está pronto ali no bule.

- Obrigada! – agradeceu e foi se servir de café.

- Bom dia! – cumprimentou Emma assim que entrou na cozinha, tirando seu chapéu e indo dar um beijo em Eugenia e tomar uma caneca do café da senhora, por mais que seu pai ou ela mesma faça, o café nunca será igual ao da senhora.

- Bom dia, menina Emma. – respondeu a senhora ao receber o beijo da loira na bochecha e pegando a caneca vazia de sua mão.

- Bom dia Emma! – respondeu Henry animado ao vê-la logo cedo – Estou indo para a escola, mas eu queria ficar aqui para ver o resto da fazenda.

 Regina ainda não havia sido notada por Emma, e ficou ali esperando para escutar o que a loira iria responder ao seu filho, enquanto tomava devagar seu café, e ela tinha que concordar que não havia nenhum café igual ao de Eugenia.

- Então é por isso que está acordado tão cedo. – começou a loira e ele acenou com a cabeça assim que mordeu um pedaço de panqueca – Mas ir a escola também é muito importante... – passou a mão pelo curto cabelo do rapaz - E quanto ao seu passeio pelo resto da fazenda, preciso conversar com sua mãe a respeito disso antes. – quando se virou para ir pegar se assustou levemente ao ver a morena ali no canto – Céus! Quer me matar logo cedo, mulher? Eu não te via aí.

- Bom dia. – respondeu ela ao cumprimento quando a loira havia entrado na cozinha – Não foi a minha intenção. – tomou mais um gole do café.

- Você se importa? – pediu apontando o bule, a morena balançou a cabeça e deu um passo para o lado – Obrigada. – quando a loira se aproximou as narinas de Regina foram invadidas pelo leve perfume amadeirado de Emma. Sem perceber Regina puxou mais um pouco do ar com o leve perfume e inconscientemente fechando os olhos brevemente, um arrepio percorreu seu corpo. Emma por sua vez assim que se aproximou do bule de café, foi envolvida pelo leve aroma de maçã com canela, e brevemente perdeu seu rumo. Balançando levemente a cabeça para dispersar alguns pensamentos nada impróprios para o horário, juntamente com o visual que a morena portava. Aquela saia justa e os botões abertos da camisa eram um atentando a boa saúde física e mental da loira – Senhorita Mills! – chamou Emma novamente no controle das suas ações depois de bebericar do café recém-colocado em sua caneca.

- Sim? – respondeu se aproximando do filho, pois se ela ficasse mais um minuto ao lado daquela loira petulante ela não saberia como reagiria, pois sua reação ela culpou aos fatos ocorridos recentemente e não pela aproximação e ter sido envolvida pelo viciante cheiro da loira.

- Conversei com os funcionários e marcamos a reunião para sexta agora, às dez da manhã. – disse Emma olhando fixamente para a morena que tomava seu café tranquilamente - Tudo bem para você?

- Ótimo! Sem problema nenhum. – respondeu ela – Vamos Henry, ou você chegará atrasado. – ele concordou com a cabeça, mas não se mexeu do lugar – Vamos! – pediu ela novamente.

- Você não vai conversar com a Emma? – aquela pergunta pegou tanto a loira quanto a morena de surpresa.

- Como? – retornou a falar depois da surpresa.

- Você me prometeu ontem que conversaria com Emma.

- Não pode ser depois? – pediu a morena.

- Não! – respondeu o garoto balançando negativamente a cabeça – Só vamos depois que você conversar com Emma.

- Senhorita Swan? – chamou Regina se virando para a loira – Será que podemos conversar depois que eu voltar da escola de Henry?

- Assim não vale, eu quero ver vocês duas conversando. – se adiantou Henry sem deixar Emma responder.

- Hei garoto... – disse Emma antes que Regina falasse algo, mas apenas recebeu um olhar reprovador da morena – Henry, vamos combinar o seguinte? Você irá para a escola agora, se não você chegará atrasado e sua mãe não irá gostar nem um pouco... – fez uma pausa – Quando ela voltar nós duas conversaremos e ainda aproveito para pedir a ela deixar você passear comigo outra hora para terminar de conhecer a fazenda, e quando você voltar a tarde eu te conto tudo como foi a nossa conversa... O que acha? – ela tentou barganhar com o menino.

Ele ponderou por uns segundos – Você promete me contar tudo?

- Palavra de cowboy. – ela cruzou os dedos indicadores a frente. Regina agora entendeu de onde Henry tinha tirado essa história de palavra de cowboy.

- E também me levará para conhecer o resto da fazenda?

- Primeiro preciso pedir a sua mãe. – respondeu ela dando uma breve olhar a morena que olhava abismada a facilidade que a loira irritante tinha para convencer seu filho a fazer as coisas. Ela conseguia convencê-lo, mas demorava um pouco mais.

- Tudo bem! – disse ele se levantando – Vamos mamãe? – chamou.

- Claro vamos... – disse ela saindo do transe – Vá escovar os dentes e pegar sua mochila. – pediu ao menino que sem dizer uma palavra sumiu através da porta que dava par ao interior da casa.

- Senhorita Swan... – falou Regina – Podemos conversar depois que voltar?

- Claro... – respondeu ela dando um sorriso de lado – Eu prometi ao Henry que conversaria com você... Não posso quebrar uma promessa.

- Tudo bem, então depois conversamos. – disse por fim no exato momento que o menino retornou para a cozinha munido de sua mochila – Vamos?

- Sim! – disse ele todo entusiasmado.

- A estrada está boa hoje? – perguntou olhando para fora.

- Sim! Pode ir com seu carro para a cidade. – respondeu Emma terminando o café – Bom, se me dão licença. – falou colocando seu chapéu e saindo da cozinha pela porta dos fundos.

- Vamos. Tchau Bah! – disse Henry saindo pela mesma porta.

- Bah? – ela olhou interrogativamente para a senhora.

- Tchau meu pequeno Henry. – respondeu a senhora – Outra hora eu te conto sobre isso, menina Regina.

- Tudo bem! Até mais tarde Eugenia. – disse Regina saindo atrás de seu filho.

- Até mais tarde. – respondeu a senhora para si mesma – Será que Ruby tem razão? Será que essas duas não estão escondendo algo que não elas perceberam ainda? – disse a senhora para si mesma com a mão no queixo – Ah senhor Henry, você também não dá ponto sem nó, não é? – a senhora riu de seus pensamentos – Acho que você sabia muito bem o que aconteceria se juntasse essas duas mulheres. – riu novamente, então começou a preparar o cardápio do almoço de hoje.