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História Stranger Love - Capítulo 62


Escrita por: Youaremysunflower

Notas do Autor


Bom diaaaa

Capítulo emocionante, hein?
Espero que gostem
Até lá embaixo
Boa Leitura 🌼

Capítulo 62 - Capítulo 62


Entrei na empresa e Fede veio correndo falar comigo meio ofegante.

- O que aconteceu? Sua namorada tá desanimada na minha sala, ela brigou com o pai?

- A gente brigou - Ele arregalou os olhos - Ela escondeu que já falavam aquilo dela de mim e eu pedi pra ela não me esconder.

- Leon, não é fácil falar sobre essas coisas.

- Eu sei que não é - Entrei na minha sala - Chama ela aqui.

- Não sei se ela vai vim, mas eu tento - Fechei a porta e me sentei na cadeira respirando fundo.

Eu tive uma noite péssima, não consegui dormir direito pensando nela e em nossa discussão.

- Entra - Digo ao escutar batidas fracas e dez segundos depois ela entrou ficando parada no meio da sala.

Ficamos nos encarando por alguns segundos até ela desviar o olhar e encolher os ombros.

- Por que? - Pergunto após nosso silêncio - Por que escondeu de mim?

- A-acho que aqui não é o melhor lugar pra gente conversar - Se virou pra sair e eu me levantei rapidamente a puxando pra mim, tranquei a porta e lhe encostei ali olhando no fundo dos seus olhos.

- A gente vai conversar agora, não adianta fugir - Sua respiração falhou e ela tentou se soltar, mas eu não deixei - Me responde.

- Me solta - Pediu.

- Me responde Violetta, por que você não me falou? - Perguntei novamente.

- L-león - Começou a chorar e eu me segurei pra não lhe abraçar.

Ela se encolheu e eu coloquei minha mão em seu rosto secando suas lágrimas.

- Você só sai daqui depois que me responder - Soluçou - Não dificulta as coisas, por favor.

- Me deixa ir, por favor - Pediu e eu neguei - Por favor.

- Vem aqui - Lhe puxei pro sofá e me sentei com ela ao meu lado - Eu só quero te entender.

- E-eu - Respirou fundo - Eu n-não queria te preocupar.

Maneei a cabeça e ela desviou o olhar.

- Olha pra mim - Ela me olhou - Sabe que você só piorou, além de preocupado eu tô muito bravo com você, sabe disso, não sabe?

- Sei - Deixou as lágrimas descerem novamente.

- Isso é um assunto sério, muito sério - Ela fungou e baixou o olhar começando a brincar com sua pulseira - Você não pode guardar essas coisas só pra você, faz mal.

Levantei seu rosto e ela fechou os olhos.

- Olha pra mim - Ela abriu os olhos cheios de lágrimas - Eu falei com aquela garota ontem porquê eu não podia deixar o que ela fez passar batido, eu não posso deixar passar batido o que estão fazendo com você - Soluçou.

- Todo famoso sofre hater, não é? - Comentou com um pouco de dificuldade por conta do choro.

- Ninguém deveria sofrer ódio por ser quem ele é, isso tá errado - Sequei suas lágrimas - Você não deveria sofrer ódio por você ser você, meu anjinho - Acariciei seu rosto - Me promete que vai me falar, por favor, quantos casos de suicídio você já soube que foi por conta dos haters, hum?

- Vários.

- Percebe como isso é perigoso? como é errado? - Assentiu - Você não pode guardar isso pra si, me promete que vai me falar quando ver algo errado, por favor.

- E-eu prometo - Acariciei seu rosto e ela fechou os olhos - Desculpa.

- Shh, Não precisa pedir desculpas - Desci minha mão até seu pescoço e fiquei fazendo desenhos imaginários no local - Talvez eu tenha pegado um pouco pesado com você, mas eu me preocupo, na maioria das vezes a internet é tóxica e eu não quero que você seja vítima deles, você é importante pra mim.

A puxei para um abraço e ela deitou a cabeça em meu peito respirando fundo.

- E você não é uma criança, meu bem - Sussurreei - Me desculpa por ontem.

- Talvez eu seja um pouco infantil - Comentou me fazendo sorrir.

- É só um pouquinho - Beijei sua cabeça e ela relaxou em meus braços.

- Cês tão bem? Ninguém matou ninguém aí não né? - Rimos.

- Não italiano, tá tudo bem - Ouvi um suspiro de alívio - Agora que a gente se resolveu, cadê meu beijo? Hum? - Ela me olhou e sorriu.

- Vou te dar beijo não - Se levantou e tentou correr, mas eu a puxei fazendo ela cair em meu colo, ela gargalhou e eu encostei nossas testas.

- Cadê meu beijo? - Ela me deu um selinho.

Acariciei seu rosto e sorri lhe dando vários selinhos até se transformar em um beijo cheio de paixão, ela se arrumou em meu colo e passou os braços por meu pescoço dando uma leve arranhada, apertei sua cintura e desci o beijo por seu pescoço subindo novamente até seus lábios começando outro beijo com mais intensidade.

- Eu te amo - Sussurrei em seu ouvido e ela sorriu - Falou com seu pai hoje?

- Ele quer almoçar comigo - Estalou a língua - Vai comigo?

- Eu vou como intruso é? - Brinquei a fazendo rir.

- Você vai como meu convidado - Começou a brincar com a gola da minha camiseta - Eu ainda me sinto meio insegura de ficar sozinha com ele.

- Tudo bem - Coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha - Eu vou com você, mas avisa ele.

- Tá bom - Sorriu animada e me deu um selinho se levantando e correndo até a porta.

Fede caiu com tudo no chão assim que ela abriu  a porta e eu bati minha mão na minha própria testa, ela pulou por cima dele e correu me fazendo rir.

- Caralho, EU TO BEM VIU? OBRIGADO PELA AJUDA - Gritou e nós escutamos sua risada, ele se levantou e me olhou - O que foi?

- Você não tem um pingo vergonha na cara, não é? - Me levantei do sofá e ele deu de ombros - O que foi?

- Amado? Você acha que vem aqui só pra ter uma sessão de beijos com a Violetta? - Ri - Vamos garoto, trabalhar, tá pensando o que?

- Quem teve a ideia de te deixar administrar isso aqui hein?

- Advinha? - Deu um sorriso divertido e eu mostrei o dedo pra ele que riu.

- Já avisei ele Lê - Violetta apareceu sorrindo.

- Certo pequena - Fui até ela e lhe dei um beijo na testa - Vamos antes que esse Italiano surte.

- Tô de olho em vocês dois - Rimos.

                                    ***

- Vamos baixinha, seu pai tá nos esperando - Ela se aproximou e segurou minha mão entrelasçando nossos dedos - Pronto?

- Sim - Sorri e beijei sua testa vendo um sorriso nascer em seus lábios.

- Aonde vão?

- Vamos almoçar com o pai dela, já voltamos - Ele assentiu e nós entramos no carro.

Dei partida e ela olhou pra rua com um semblante tranquilo, a observei rápidamente e voltei minha atenção pro volante.

- O que foi pequena? - Ela me olhou.

- Eu tô indo almoçar com meu pai - Sorri - Eu acho que minha ficha ainda não caiu.

- Aproveita meu amor, ele vai ter que voltar pra Nova York.

- Eu sei, mas é que - Suspirou - Eu não sei o que fazer, eu sempre imaginei o momento em que iríamos ter uma relação de pai e filha novamente, mas agora eu tô perdida, eu não sei como agir lê.

- Seja você meu bem e deixa o resto acontecer.

Estacionei o carro e ela me olhou.

- Vamos? - Pergunto vendo ela assentir - Tá tudo bem?

- Tá - Me aproximei de lhe um beijo rápido fazendo ela sorrir.

Sai do carro e ela fez o mesmo ficando ao meu lado, segurei sua mão e seguimos pro restaurante encontrando German já sentado em uma das mesas.

- Chegaram - Ele se levantou e sorriu pra nós - Minha filha, tudo bem?

- Sim - Disse um pouco tímida lhe dando um abraço.

- Como vai German? - O cumprimentei com um aperto de mão.

- Melhor agora - Deu uma risada animada - Sentem-se.

Nos sentamos e eu passei meus braços por seus ombros a deixando mais próxima de mim, ela me olhou e sorriu.

- Licença, já querem fazer os pedidos?

Fizemos nossos pedidos e começamos a conversar sobre temas aleatórios, Violetta estava mais quietinha e de vez em quando falava algo, a encarei e apertei sua cintura.

- Tudo bem minha filha? Você tá quieta - Ela encolheu os ombros e fez um bico o que me fez querer beija-la sem nenhuma interrupção.

- A gente pode conversar sobre outra coisa? - Ele riu.

- Claro, sobre o que você quer conversar?

- O senhor já foi na Disney?

- Nunca fui lá.

- Mas é perto.

- Não é não princesa, Orlando fica longe de Nova York - Ela me olhou.

- É? - Assenti e arrumei um fio do seu cabelo que estava bagunçado.

- O que acha de irmos pra lá? - Vi seus olhos brilharem - Quando você era criança, vivia me pedindo pra ir na Disney, podemos ir.

- Agora?

- Não agora, temos que combinar direitinho - Disse rindo da sua empolgação - O que acha?

- O lê pode ir? - Sorri e beijei sua testa.

- Esse será um passeio de pai e filha, eu não vou - Ela me olhou.

- Eu não ia me opor contra isso Leon, ela se sente mais segura com você.

- De qualquer forma German, eu acabei de voltar de férias, meu pai já deixou avisado que vai demorar pra mim tirar outra - Violetta fez um bico e deitou a cabeça em meu peito.

- Sabe o que eu me lembrei agora? - Ele riu - Violetta uma vez me disse que ia pra Disney encontrar o príncipe encantado dela, falou que ia se casar com ele - Ri e ela escondeu o rosto.

- Pai!

- Eu tive que contar, somos tão inocentes quando crianças.

- Pensando bem, é melhor eu ir sim - Ela me olhou - Vai que ela encontra esse príncipe e me abandona? - Brinquei fazendo ele rir e ela me dá um tapa no braço - Aí princesa.

- Para - Sorri e lhe dei um selinho.

- Nós não precisamos ir daqui um mês, é uma viagem que precisa ser marcada com bastante antecedência pra não termos imprevistos - Assenti - Disney é um lugar tão lindo, todos deveriam ter a oportunidade de ir, precisa entrar na listas de coisas que você tem que fazer antes de morrer.

- Como o senhor sabe que é lindo, se nunca foi? - Perguntou confusa.

- Sabe quando você escuta aquela música que faz seu coração disparar, você se sente bem? - Ela assentiu - A Disney tem esse poder sob nós, quando vemos algum filme ou série é como se tivessemos anestesiados, eles nos dão a esperança no mundo melhor e se só com um filme eles já conseguem isso, imagina nos parques?

- Ele é amante da Disney, não é? - Pergunto pra ela o fazendo rir.

- Todos nós somos León, a Disney faz a nossa criança interior acordar - Bebeu um pouco do refrigerante - O único lugar que podemos ser crianças sem se importar com nada.

- Não me lembro do senhor ser tão fã da Disney assim.

- Eu assistia os filmes contigo, você só não sabia disso - Ela pareceu ficar emocionada - Precisamos conversar sobre isso, filha.

- O que?

- Eu me afastei de você, fui quem fui por um motivo só - Ele procurou sua mão e apertou -  Sua mãe, você é muito parecida com ela e toda vez que eu te olhava eu a via, não soube lidar com isso e te tratei mal, mas o seu namorado me fez perceber algo, Maria detestaria ver essa situação entre nós dois, ela deve tá detestando.

- Eu não lembro muito da mamãe - Disse baixo.

- Ela era a pessoa mais doce que eu já conheci, sempre que te colocava pra dormir ela dizia "Durma bem, minha pequena Violetta" - Ela sorriu emocionada - Eu amava ficar observando vocês duas, ela tinha uma criança interior que sempre que se juntava com você era brinquedos espalhados pelo chão da sala - Riu - Eu chegava do trabalho e as duas estavam esparramadas na cama exaustas de tanto brincar.

Sorri e beijei sua cabeça acariciando sua cintura, ela já chorava baixinho em meu peito.

- Quando ela morreu, você adoeceu, sentiu muito a falta dela - Suspirou - Eram grudadas o dia inteiro, você ia até meu quarto e subia na cama olhando o lado que ela dormia com uma tristeza no olhar, eu não aguentava ver aquilo - Ela soluçou - A última vez que você a viu, ela estava indo pro hospital e antes de ir te pegou no colo e lhe deu um abraço extremamente apertado, como se fosse o último e realmente foi - Ele deixou uma lágrima escorrer - Ela te disse "Mamãe já volta, pequena" e as vezes eu te pegava olhando pra porta com a esperança de a ver entrar com aquele jeitinho dela, mas ela não chegou.

- Shh - Tento lhe acalmar começando a afagar seus cabelos, eu estava me segurando pra não chorar junto, o que ele estava contando partiu meu coração.

- Eu errei ao ter me afastado, você era pequena demais pra entender o que estava acontecendo ali - Respirou fundo - Eu deveria ter te dado amor, deveria ter começado a brincar com você como ela fazia, mas eu preferi guardar minha dor e me afastar e toda vez que eu te via brincando ou na minha cama olhando pro travesseiro que era dela, eu sentia uma dor no peito que me fazia ser o monstro que eu fui com você e é por isso que você nunca entendeu o motivo de do dia pra noite eu ter começado a agir daquele jeito com você.

Ambos choravam muito e ela se apertava ao meu corpo tentando abafar o choro, o que não adiantava muito.

- Vai abraçar ele, vai lá - Sussurrei e ela se levantou com dificuldade, ele fez o mesmo e a acolheu em seus braços em um abraço extremamente apertado.

Sequei uma lágrima solitária que escapou dos meu olhos e suspirei aliviado.

Agora sim estava tudo resolvido.

- E-eu te amo, papai - Ele sorriu.

- Oh minha filha - Seu choro aumentou - Eu também te amo.

Sorri e pisquei pra ele que retribuiu o sorriso, seu olhar era de agradecimento e eu não podia estar me sentindo melhor, eu tinha conseguindo trazer o que ela mais sentia falta.

O amor paterno.


Notas Finais


Emocionante não?

Espero que tenham gostado
Não deixem de Comentar
Um beijo
Adíoss ♥️


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