Ela apertava todos seus dedos ao meu lado, está nervosa e todos ali percebiam isso. Eu a abracei e deixei ela esconder o rosto em meu peito.
- Fica calma - Sussurrei e ela assentiu - Ele acabou de chegar.
Ela se afastou e olhou pra porta encontrando Tomás junto ao seu advogado de cabeça baixa, ele nos olhou e sorriu sem ânimo ficando distante.
- Lê.
- Olha pra mim - Ela me olhou - Se ele tá aqui é por culpa dele mesmo, você não tem nada a ver com isso, me entendeu?
Ela assentiu e voltou a me abraçar.
- Eu te amo - Sussurrou.
- Eu também te amo menininha - Beijei o topo de sua cabeça e olhei pra ele que nos observava melancólico.
- Violetta, Tomás - Ela se afastou e o encarou - A audiência vai começar.
- Lê - Ela apertou minha mão nervosa.
- Ele pode entrar, mas tem que ficar quieto - Assenti e ela ficou mais aliviada.
Entramos e eu lhe dei um beijo na testa me sentando na cadeira enquanto ela junto com nosso advogado se sentaram na mesa junto ao Tomás e o advogado dele.
De longe eu percebia suas mãos tremendo e isso já estava me preocupando, ela me procurou com o olhar e assim que me achou ficou calma, mandei um beijo pra ela que sorriu e voltou seu olhar pro juiz.
Eu não sabia quanto tempo aquilo ia durar e já estava ficando entediado, o barman entrou pra depor a favor dela e as imagens daquele dia apareceram na tela fazendo minha raiva aumentar.
Minhas lembranças foram parar no dia em que eu a encontrei deitada com ele, respirei fundo e abaixei a cabeça tentando esquecer aquela imagem, seu rosto molhado pelas lágrimas, ela praticamente me implorando pra lhe escutar e eu sendo um arrogante com a mesma. Balancei minha cabeça e voltei a encarar ela que estava olhando as imagens com vergonha.
- De acordo com os fatos apresentados e levando em conta que Violetta lhe concedeu o perdão, declaro que Tomás Heredia prestará seis meses de servicios comunitarios e que isso lhe faça um ser humano melhor - Bateu o martelo e se levantou assim como eles.
Fiz o mesmo e ela correu até mim me abraçando começando a chorar.
- Acabou meu amor, acabou - Sussurrei acariciando seu cabelo e ela soluçou.
- Eu quero ir embora.
- A gente já vai - Beijei sua testa e ela assentiu.
- Oi - Ela se virou pra ele que deu um mini sorriso - Eu posso te abraçar?
Ela assentiu e ele lhe abraçou com cautela começando a chorar.
- Eu sinto muito - Franzi a testa e ele sorriu.
- Eu que deveria me sentir culpado aqui, Violetta - Se afastou dela e suspirou - Trabalho comunitário não é ruim, eu vou aprender bastante e como disse o juiz, serei uma pessoa melhor.
- Eu espero que sim - Digo dando um sorriso forçado.
- Eu vou indo - Saiu junto ao seu advogado e ela se virou pra mim novamente.
- Vamos? - Assenti e segurei sua mão indo pro carro.
Ela entrou e me encarou, lhe dei um sorriso e beijei sua bochecha.
- Quer ir pra minha casa? - Ela assentiu e eu dei partida.
Entramos em meu apartamento e ela ficou em pé no meio da sala enquanto eu fechava a porta e tirava meu terno afrouxando a gravata.
- Odeio gravata - Ela deu um mini sorriso - Vem cá.
A puxei pra mim e lhe dei um abraço me sentando no sofá deixando ela em meu colo, ela deitou a cabeça em meu peito e fechou os olhos enquanto eu afagava seus cabelos.
- Seus braços são o meu porto seguro - Sussurrou me fazendo sorrir.
Beijei sua testa e ela abriu os olhos me olhando com carinho.
- Lê.
- Hum? - Ela se arrumou deixando cada perna de um lado da minha cintura ficando de frente pra mim.
- Se eu ficar grávida - Arregalei os olhos - Vão saber o que a gente fez.
Gargalhei e ela sorriu escondendo o rosto com as mãos.
- O que te fez pensar nisso? - Tirei suas mãos de seu rosto.
- A mesma coisa que me fez pensar que eu vou ter que entrar na igreja e te beijar na frente de todo mundo - Fez um bico.
- Oh Deus, como essa garota é tímida - Lhe dei um selinho e ela desfez o bico - Quer treinar?
- O que? - Me levantei com ela e a desci do meu colo.
- Nosso casamento - Afastei o sofá e a encarei - Você vai entrar e eu vou ficar ali.
- Não, não, não - Se segurou em meu braço - Não vou não.
Ri.
- Por que?
- Você vai ficar me olhando, eu fico com vergonha - Me olhou - Eu vou tropeçar e cair no meio da cerimônia.
- Por isso vamos treinar - A levei até a sacada - Fica aqui e eu vou pro começo da cozinha, você vai entrar e ir até mim devagar como se estivesse na igreja.
- Mas - A beijei.
- Vamos lá - Corri até o começo da cozinha e peguei meu terno o colocando novamente - Pode vim!
- Por que você tá com o terno? - Perguntou confusa.
- É pra ser mais realista, vem - Ela respirou fundo e começou a vim em minha direção olhando em meus olhos me fazendo sorrir.
Não demorou muito e ela tropeçou duas vezes seguidas me fazendo prender a risada.
- Lê! - Parou e cruzou os braços emburrada - Não gostei, não quero mais.
- Você tava indo bem, só falta um pouquinho, vai deixar o noivo plantado no altar? - Coloquei minhas mãos na cintura e ela desfez o bico voltando a andar.
Ela parou na minha frente e arqueou uma sobrancelha.
- E agora?
- Não sei, nunca cheguei nessa parte - Fingi pensar e ela riu - Vamos dançar a valsa.
A puxei segurando sua cintura e comecei a nos mover pela sala tranquilamente.
- La la la la la la la la la - Cantarolei e ela riu escondendo o rosto em meu peito - O que foi?
- Isso tá ridículo - Ri.
- Eita! - Ela tropeçou em meu pé e eu tentei a segurar o que resultou em nós dois caídos do chão rindo como dois idiotas - O que foi isso?
- Eu não sei - Me olhou sorrindo e se jogou sob mim mordendo minha bochecha.
- Aí, aí, aí - Ela riu escondendo o rosto em meu pescoço - Acha que vai ficar por isso mesmo? É?
Troquei nossas posições e mordi sua bochecha fazendo ela rir.
- Agora sim, estamos quites - Beijei sua testa - Eu te amo - Sussurrei.
- Eu te amo - Sorri e a beijei apertando sua cintura com uma de minhas mãos.
- Agora a gente tá ensaiando a noite de núpcias - Sussurrei a fazendo rir e mordi sua orelha - O que quer fazer agora?
- Eu tô com fome, quero comer - Me empurrou de cima dela e se levantou correndo pra cozinha.
- ESTRAGOU O CLIMA! - Gritei a fazendo rir e me levantei indo a até a cozinha encontrando ela preparando um sanduíche.
Beijei sua bochecha e abri a geladeira pegando um pouco de água.
- Você vai preparar um sanduíche pra mim também? - Pergunto fazendo um bico pra ela que sorriu assentindo.
- Ah como eu amo essa garota - Digo suspirando apaixonadamente a fazendo rir - Vou fazer um suco pra nós dois.
Preparei o suco e comemos em um clima tranquilo.
- Qual é a sua princesa favorita? - Pergunto e ela parou pra pensar.
- Cinderela! - Sorri - A sua?
- A minha? - Assentiu - A minha é a Violetta, conhece?
- Lê - Tombou a cabeça pro lado e riu envergonhada.
- Que? Eu tô falando sério - Me levantei e fui até ela lhe dando um beijo - Você é a minha princesa, deixa eu ir tirar esse terno que eu estou ficando sufocado.
- Como você vai se casar comigo então?
- Por você eu aguento ficar sufocado até o final do casamento - Ela riu e me deu um beijo.
Sorri e fui até o banheiro indo tomar um banho, coloquei uma roupa confortável e voltei a sala vendo que ela tinha arrumado nossa bagunça.
- Meu bem, não precisava arrumar - Ela me lhou e se aproximou - Eu ia treinar a festa de casamento.
Ela riu e maneou a cabeça.
- Não quero treinar - Me abraçou - Não sei porque estamos treinando, não vamos nos casar agora.
Sorri deixando um beijo em sua testa.
- Ainda não - Lhe dei um piscada e ela corou escondendo o rosto me fazendo rir.
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