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História Strip That Down - Hinny - Sim a felicidade!



Notas do Autor


Luma: Oi babys! Fechando mais uma collab com chave de ouro!! Esse capítulo tá lindo, e cada uma de nós colocou um pedacinho do nosso amor por Hinny nele. Tá um amorzinho. Feliz ano novo pra vocês! 😘🍾🥂✨
Até mês que vem, amores!

Kelly: Oie!! Esse capítulo está um amorzinho e tenho certeza que vocês irão amar 😍❤️
Eu amei escrever essa collab com as meninas, foi realmente divertida 💕💕
Desejo a todos vocês um feliz ano novo!! 😘

Nikoly: Olá, bebês! Como vão? Mais uma vez finalizando uma collab com essas lindas, é um sentimento tãoooooo bom! Espero que tenham gostado tanto quanto a gente!

Aliás, Feliz Ano Novo! Desejo as melhores coisas para 2021!

Boa leitura, anjos 💘

Capítulo 5 - Sim a felicidade!


Fanfic / Fanfiction Strip That Down - Hinny - Sim a felicidade!

1 ano e meio depois...

 

Gina se esforçava para concentrar-se no programa aberto no laptop a sua frente, contudo, sua atenção estava completamente desviada naquele dia.

Ela queria acreditar que estava sendo paranoica e que o comportamento estranho de Harry se devia ao fato de ele estar bastante atarefado no trabalho, não enjoado dela.

Seu celular vibrou e ela quase o derrubou na pressa de pega-lo com agilidade, pensando ser uma mensagem do namorado.

 

Molly

Venha jantar em casa hoje

Ou já esqueceu que tem mãe?

 

Gina

Não seja dramática

Estarei ai as 7

 

Um pequeno sorriso surgiu no rosto de Gina, fazia apenas uma semana que havia estado em casa, mas sua mãe sempre fazia parecer que eram meses.

– Ok, concentre-se, Gina – falou ela. – Precisa acabar isso hoje!

– Sabia que falar sozinha é um dos primeiros estágios da loucura? – Rony falou e Gina pulou na cadeira.

– Idiota – xingou ela, mas ao ver o irmão estendendo uma xícara de café para ela, sorriu. – Idiota que eu amo.

Rony arqueou o cenho.

– Você é uma oportunista – concluiu ele. – Mamãe te mandou mensagem?

Gina tomou um gole do café e assentiu.

– Ela sempre diz aquilo – Gina sorriu. – Você vai lá?

– É claro! Mamãe vai fazer lasanha – Rony comentou sonhador. – Por mais que Hermione tente, a lasanha dela nunca chegou perto de ser igual a da mamãe. Nunca conte isso a ela, pelo amor de Deus.

Gina riu e balançou a cabeça em negação. Uma batida soou na porta e os dois olharam para lá. Luna, a secretária do escritório, olhava para Ron com cara de desespero.

– Dino Thomas na linha dois – avisou. – Ele não parece nada feliz.

Rony gemeu de frustração.

– Esse cara é a porra de um pé no saco – resmungou. – E ele nunca está feliz, Luna. O que ele quer agora?

– Bom, alguma coisa sobre a edificação do prédio novo da construtora dele, acho que ele pensa que a planta está atrasada.

Gina e Rony trocaram um olhar indignado.

– Sabe o que está atrasado? Meu punho na cara desse babaca infeliz – resmungou, saindo da sala de Gina. – Esse trabalho é o último que vou fazer para essa empresa de merda dele. Nenhum dinheiro que venha dele vale a pena esse estresse.

E saiu resmungando o quanto odiava o homem. Luna deu um sorriso nervoso e olhou para Gina.

– E acredita que ele ainda teve a cara de pau de me mandar perguntar se você queria sair com ele?!

Gina arqueou o cenho, estupefada.

– O que você disse?

– Eu falei que isso seria inconveniente, já que eu sou paga para tratar de assuntos profissionais dos meus chefes, não de assuntos pessoais. Acho que ele me odeia, agora.

– Você é a salvadora da pátria, querida Luna! – Gina fez um coração para ela, que sorriu contente.

– Eu sei que sou – ela deu de ombros. – Almoço em trinta minutos, então termine logo isso aí.

Luna piscou e saiu da sala, fazendo Gina dar uma risada baixa. Aquela garota era uma figura.

O dia passou devagar, praticamente se arrastando. Quando finalmente às cinco horas chegaram, Gina correu para casa. Estava doida por um banho e ansiosa para falar com Harry, já que ele havia mandado uma mensagem avisando que poderia ligar para ela depois das cinco e meia.

– Hey, baby – Gina sorriu ao atender a ligação de vídeo de Harry.

Ele estava de uniforme e parecia cansado, mas o sorriso que deu... céus, aquele sorriso sempre tinha efeitos devastadores em Gina.

– Oi, princesa – disse ele. – Eu não tenho muito tempo, apenas vinte minutos de pausa para o jantar.

O sorriso de Gina morreu no rosto, uma pedra parecia ter se alocado no lugar do estômago.

– Tudo bem – disse ela, forçadamente. Já fazia alguns dias que eles não se viam, que Harry andava ocupado demais com seu trabalho e ela não queria ser a namorada surtada. – Como está sendo o Arizona?

Harry começou a relatar como estava sendo a experiência no outro estado e um pouco do clima ruim de dissolveu. Gina comentou que iria jantar na casa dos pais e Harry resmungou ao descobrir que perderia uma deliciosa lasanha da sogra.

– Harry, desliga o celular e venha de uma vez, já está atrasado – uma voz feminina levemente familiar soou e Gina sentiu a boca secar.

Controle-se, controle-se, mentalizava,

Harry desviou o olhar do celular, inclinando a cabeça para o lado.

– Já estou indo, Cho – avisou.

Cho. Gina conhecia a colega de Harry, ela também era militar e parecia sempre se insinuar para Harry. Gina a detestava e, naquele momento, ainda mais.

Harry franziu o cenho ao notar a feição irritada de Gina.

– Desculpe, Gina – ele sorriu sem graça. – Preciso ir. Nos falamos amanhã?

– Está bem – ela murmurou. – Eu te amo.

– Eu também, princesa. Tchau.

E desligou. Gina olhou abismada para seu celular. Quem na porra do mundo respondia “eu também”? Aquilo era quase equivalente a um “obrigado”.

Ela jogou o celular na cama e suspirou irritada. Há dias Harry estava agindo estranhamente e aquilo a preocupava como o inferno. Será que ele não a amava mais? Lágrimas ameaçaram a pontar em seus olhos, mas ela respirou fundo, controlando os sentimentos.

Ela amava Harry mais que tudo, porém precisaria ter uma conversa séria com ele tão logo ele voltasse. Não queria sofrer mais que o necessário.

 

 

 * * *

 

Dias depois

 

Quando Harry voltou do Arizona, Gina o chamou para sua casa afim de querer questionar o comportamento dele. Talvez tenha sido uma péssima ideia, pois Harry ficou emburrado e eles acabaram brigando.

 

Gina

O que está acontecendo com o Harry, afinal de contas?

Ele está estranho ultimamente

Não é loucura da minha cabeça

Não fale isso

Draco

Eu não sei de nada

E mesmo se soubesse

Eu não namoro com ele

Gina

Eu esqueci que você é um cretino na maior parte do tempo

Enfim

Não sabe de nada mesmo?

Ele não é assim

Draco

Não, não sei

Ele está na base, hoje

Estou aqui também

Venha aqui conversar com ele

Uma briga boba não pode afastar vocês desse jeito

E eu não sou cupido para ficar passando recado

Gina

Não sei se isso é uma boa ideia...

Ok, acho que vou aí

Até mais, nenê

Draco

Nenê o caralho, sardenta

Até mais :)

 

* * *

 

Gina chegou na base da USAF em um tempo recorde. Seu coração batia descompassado, ela tentava se manter calma e impassível. Tentava, ao menos. Contudo, falhava miseravelmente.

Pessoas se desentendiam, era normal. Gina tentava se convencer disso. Ela não suportaria perder Harry. Perder o amor que eles sentiam um pelo o outro. Perder o calor de seus braços e o sabor de seus beijos. Não, ela definitivamente não o perderia. Não havia motivos o suficiente para isso.

– Olá – Gina disse timidamente, para a recepcionista. Ela colocou as mãos no bolso da calça jeans para disfarçar o nervosismo. – Eu desejo falar com o Aviador Sênior Harry Potter.

– Devo anunciá-la? – a tal mulher mal tirou os olhos da tela do computador.

– Não há necessidade. Sou a namorada... – Gina respirou fundo, tentando não romper em lágrimas. Ela queria continuar sendo a namorada dele. – De Harry. Gostaria de vê-lo.

– Tudo bem – ela digitou algumas vezes e foi dado uma pulseira de visitante a Gina, que colocou no pulso. – Ele está Área de Manobras.

Gina anuiu com a cabeça e passou pela recepção, andando pelos corredores tão conhecidos por ela depois de tantas vezes que já havia ido ali. Em todas elas, Harry estava com ela. Expulsou aqueles pensamentos ruins e continuou seu caminho.

Quando chegou no local, o céu estava em um tom azul lindo, e o sol a cegava de tão claro que estava. Gina forçou a visão e se aproximou do piso de concreto e logo viu a silhueta de Draco, de costas.

– Você está aí! – Draco se virou e Gina franziu o cenho. Por que raios havia uma única rosa vermelha em sua mão?

– Sardenta, você veio mesmo – o louro se aproximou dela e a abraçou.

– Onde ele está? – Gina perguntou, baixinho. Draco beijou a têmpora dela e suspirou.

– É... espere um segundo – ele parecia hesitante, e Gina franziu o cenho novamente. – Harry não está nessa pista. Preciso que venha comigo.

– Draco... eu vim falar com ele...

– É rápido – Malfoy deu um sorrisinho animado. Ele então olhou para a rosa em sua mão e entregou-a a Gina. – Para você.

– Astoria ficará enciumada – Gina brincou, tentando aliviar o aperto no peito. – Obrigada, querido. Onde você vai me levar mesmo?

Draco deu um sorriso nervoso e passou o braço pelos ombros de Gina, dando as costas àquela pista e subindo com a amiga por um extenso gramado verde.

– Ele está doente, Draco? – Gina questionou, mordendo os lábios para não romper em lágrimas. Estava muito preocupada com seu piloto.

– Não, Gina.

– Então você sabe o que aconteceu – ela acusou, parando de andar. Malfoy assentiu e Gina deu um tapa em seu braço. – Por que não falou?

– Que inferno, Ginevra – ele segurou Gina pelos ombros, fingindo não escutar seus resmungos e protestos. – Se você parar de me agredir e falar, eu te levo para Harry. E daí você descobre.

Ela bufou e voltou a andar. Draco a seguiu e quando chegaram a outra pista de decolagem, ela estacou onde estava.

Inúmeros militares estavam parados pelo extenso piso, todos segurando rosas idênticas a que jazia na mão de Gina e cartazes que tinham coisas escritas que a mulher não conseguia ler de longe. Ela se virou para Draco e franziu o cenho mais uma vez.

– Que merda é essa? É uma brincadeira sem graça? – a ruiva crispou os lábios. – Está rolando um evento e eu não sei?

Draco deu uma risadinha anasalada e arrumou o quepe.

– Siga as rosas, Gina. E encontre seu homem – ele disse simplesmente e Gina não se mexeu. – Vai, sardenta. Confia em mim.

Gina suspirou e Draco a encorajou de novo. Gina sentiu a barriga gelar e segurando a rosa firmemente em seus dedos, foi em direção ao primeiro militar.

O coração dela errou uma batida ao vê-lo se inclinar para ela e entregar a rosa, um sorriso brincando nos lábios. No cartaz, as palavras:

“Nada acontece por acaso.”

Gina franziu o cenho e continuou seu caminho, as pernas tremendo mais que gelatina. Que brincadeira Draco estava aprontando? Ela tinha certeza que chegaria no final e o louro jogaria uma torta na sua cara.

Quando se aproximou do outro militar, ele fez o mesmo e ela leu:

“Algo nos colocou no caminho um do outro.”

A ruiva olhou curiosa para o militar louro, que deu de ombros, escondendo o sorriso.

– O que vocês aprontaram, Draco Malfoy e Harry Potter? – sussurrou para si, e andou novamente.

A cada rosa, uma mensagem.

“Você me surpreende a cada dia...”

“Com seu sorriso meigo...”

“Com sua personalidade doce...”

“Você me fascina, e seu jeitinho é especial e único.”

“Eu amo você, princesa.”

“Mas você não deve estar entendendo nada...”

“É que estamos vivendo momentos tão felizes...”

“E se depender de mim, quero que eles durem a vida toda!”

“Tudo é uma questão de escolha...”

“E eu escolhi você!”

Ao chegar no ultimo militar, aviões da Esquadrilha da Fumaça aparecem no céu claro. Ao ver o que poderia estar acontecendo, uma risada nervosa escapou dos lábios de Gina e seus olhos marejaram.

“Então... olhe para o céu e responda:”

E ela olhou.

As inúmeras rosas vermelhas quase escaparam de seus braços, e sua boca se escancarou em surpresa. Desenhado pela fumaça branca, as palavras “Casa comigo?” fizeram Gina quase desmaiar.

– E aí? – Gina se virou rapidamente, ao escutar aquela voz rouca e tão conhecida por ela. Harry Potter estava vestindo sua farda, com um dos joelhos no chão e uma caixinha preta nas mãos. De onde ele havia surgido, Gina não fazia a menor ideia. Mas ao vê-lo, lançando mais um daqueles sorrisos lindos e brilhantes na sua direção, tudo se encaixou.

– Eu não acredito nisso – ela sussurrou, os olhos cheios de lágrimas que embaçavam sua visão. – Óbvio que eu aceito casar com você!

Harry mal teve tempo de raciocinar e um vulto ruivo pulou em cima dele, o esmagando num abraço. Eles se separavam e Harry colocou o anel na mão de Gina, ambos tremendo de nervosismo. Os sorrisos igualmente largos.  

A ruiva deu mais uma risada nervosa e Harry segurou um dos lados do rosto dela e a puxou gentilmente para um beijo, os aplausos ecoando pela pista e por dentro dos próprios corações.

Harry pensava que seu coração sairia pela boca, de tão rápido que batia. Ele só conseguia sorrir para ela.

– Vem – ele sussurrou.

Harry agradeceu rapidamente a todos os colegas que ajudaram, deu um tapinha das costas de Draco e puxou a noiva pelo caminho.

– Não acredito – ela riu em deleite ao ver uma linda toalha de piquenique repleta de comidas e um litro de espumante. – Você me enganou direitinho.

Ela lançou um olhar de esguelha para Harry, que só conseguia sorrir.

– Isso é ótimo – ele piscou. – Vamos comer, eu estive tão nervoso agora de manhã que mal consegui tomar água. Draco estava a ponto de me enfiar um calmante.

Gina riu e o seguiu até a toalha. Ambos comeram tranquilamente, sendo interrompidos por risadas esporádicas. Quando finalmente estavam satisfeitos, Harry se recostou no tronco da árvore e puxou Gina para si, enquanto narrava como havia surgido a ideia para o pedido e como foi para organizar tudo.

– Eu achei... meu Deus... eu achei que não me quisesse mais – ela  murmurou, as costas encostada no peito de Harry.

– Por que? – A pergunta dele parecia tão sincera e abismada, que Gina virou para olhá-lo.

– Porque você estava estranho e distante – ela engoliu em seco. – E para mim isso era sinônimo de término próximo.

Harry afagou a bochecha dela.

– Por Deus, não – ele deu um beijinho rápido nos lábios de Gina. – É que eu passei semanas planejando o pedido perfeito para você, porque você é a mulher mais perfeita que eu já tive a honra de conhecer. Toda vez que eu te via eu precisava me segurar para não dar com a língua nos dentes, porque eu estava louco para saber sua resposta logo.

Gina suspirou, enlaçando seus dedos no dele.

– E quando foi que eu consegui dizer não para você, Harry Potter?

Ele sorriu satisfeito e beijou a bochecha dela.

– Eu te amo tanto, tanto, tanto, minha princesa – Harry a apertou mais contra si e Gina sorriu.

– Eu te amo muito mais – suspirou, virando levemente o tronco e capturando os lábios dele em um beijo apaixonado.

 

* * *

 

Alguns meses depois...

 

Gina tentava controlar as lágrimas, ao se olhar vestida de noiva. Seu cabelo estava preso em um coque alinhado, seu rosto delineado pela graciosa maquiagem, os lábios ressaltados pelo batom vermelho que sabia que Harry amaria. Suas mãos passeavam pela renda branca do vestido, de mangas longas, que delineava sua cintura com uma tira de cetim com pedrinhas e se abria em uma saia bufante.

– Minha menina está tão linda! – Molly exclamou, exultante. Ela carregava o véu da filha nos braços. – Venha cá, querida.

Ela arrumou o enorme véu no coque de Gina e suspirou. Os olhos brilhantes em lágrimas.

– Não ouse me fazer chorar já, mamãe – Gina sussurrou com a voz embargada, abraçando a mãe rapidamente. Mãe e filha riram.

A porta se abriu no exato momento que se separaram e o rosto de Arthur Weasley apareceu nela.

– Querida... está tão linda! – ele sorriu orgulhoso e se aproximou de Gina. Beijou a testa da filha carinhosamente. – Está pronta? Seu noivo está nervoso ao ponto de vir te buscar aqui.

Gina gargalhou e balançou a cabeça.

– Harry não existe – ela murmurou e foi até a caixinha deixada no sofá, abrindo-a e pegando o buquê branco. – Vamos lá.

Eles desceram as escadas do hotel em que ocorreria a cerimônia, a respiração de Gina se tornando mais rápida a cada passo que dava. Quando chegaram ao salão onde ocorreria a celebração, Gina agarrou-se ao braço do pai.

Como Harry era militar, inúmeros colegas de profissão – dessa vez, Draco não participaria, visto que era padrinho – se colocaram em duplas atrás de Gina. Ela os olhou e soltou um suspirou inaudível.

– Não me deixe cair – ela sussurrou, enquanto a organizadora a arrumava.

– Nunca, minha garotinha – ele beijou novamente a testa de Gina.

A música escolhida por ela começou a tocar, e Gina ergueu a cabeça, as portas se abrindo.

E lá estava ele, vestindo a farda azul e com um sorriso nervoso e animado. O amor da sua existência estava ali, no altar, a esperando. Gina pode ver os olhos de Harry brilharem em lágrimas e se deixou emocionar-se igualmente.

– Cuide bem da nossa princesa – Arthur recomendou entregando a mão de Gina para Harry. Ele beijou a mão dela e o seu sogro apertou seu ombro.

– Com toda a certeza – ele mordeu os lábios e sorriu para Gina, beijando a testa dela. A ruiva soltou um suspiro e sorriu.

Harry e Gina se viraram para a frente, as mãos entrelaçadas. A cerimônia falava sobre amor, sobre nunca desistir e sobre almas que são destinadas a ficarem juntas. Ele falava sobre a confiança, a esperança, o respeito, a compreensão e o carinho que sustentam o relacionamento deles. Ambos não conseguiam parar de sorrir.

Em dado momento, o ministro disse:

– Gina e Harry... hoje vocês querem mostrar que o casamento não é um fim, muito menos um começo. Esta não é uma cerimônia mágica, e não vai criar do nada algo que já não exista. Vocês já escolheram um ao outro como família, e hoje estão celebrando algo que já começou e que vai continuar crescendo ao longo dos anos. Pois o casamento é um processo. É uma caminhada rumo a um futuro desconhecido, que envolve abrir mão do que somos, separados, em prol de tudo o que podemos vir a ser, juntos.

Gina não conseguiu conter um soluço, e Harry secou com as costas da mão uma lágrima traiçoeira que escorreu em seu rosto.

– Agora, com as palavras que vocês estão prestes a trocar, vocês passarão para a próxima fase. Gina, é de livre e espontânea vontade que você aceita Harry como seu companheiro em matrimônio?

– Com toda a certeza – ela disse rapidamente, e todos riram.

A mesma pergunta fora deferida a Harry e a resposta foi a mesma.

– Assim sendo, por favor, deem-se as mãos e preparem-se para dar e receber suas juras de amor.

Eles o fizeram e Harry afagou o rosto de Gina carinhosamente.

– O amor é dar e receber. Eu dou todo o meu amor a você e recebo o seu em troca – ele deu um pequeno sorriso e algumas lágrimas escorriam no rosto dela. – Não chore, por favor, eu nunca sei como agir quando você chora – os presentes riram e Gina os acompanhou. – Eu sou grato por todos nossos momentos. Por nossos jantares, por todos os voos compartilhados, por todas as crises de ciúmes e por todas as risadas. Obrigada por me acompanhar em todos os momentos, nos mais bobos e nos mais sérios. Eu te amo aqui no chão, eu te amo até nas alturas. Não há um lugar que eu não a ame, Gina. Não prometo resolver todos os seus problemas, mas posso prometer que não irá enfrentá-los sozinha. Eu prometo beijar você todos os dias, como fazemos hoje, com amor e devoção. Que cada beijo que compartilharmos a partir de agora, seja uma lembrança de nossos votos de casamento, nossa alegria e tudo o que compartilhamos.

Gina já não via mais nada. Lágrimas de felicidade escorriam em seu rosto e ela sorria boba para Harry. Ela não merecia esse homem. Não mesmo.

– Não tem como competir com você, francamente – ela brincou e Harry riu alto. – Enfim... vou tentar dar o meu melhor – ela suspirou e apertou as mãos de Harry, olhando-o com carinho. – Eu nunca imaginei que amaria e seria amada de uma forma tão genuína e espontânea. Eu sempre imaginei que eu seria a tia solteirona, a tia dos gatos. Agora eu não me imagino assim, não depois que você inesperadamente apareceu na minha vida. Em todos os meus planos, você está neles. Em todos os rostos que olho, vejo você. É você, meu piloto. Sempre vai ser você. Prometo admirar seu jeito de ser, porque é isso que o torna único e maravilhoso. Prometo nutrir seus sonhos, porque através deles sua alma brilha. Prometo ajudá-lo em nossos desafios, pois não há nada que não possamos enfrentar, se ficarmos juntos. Prometo ser sua parceira em todas as coisas, trabalhando em unidade com você. Finalmente, prometo a você o amor perfeito e a confiança para uma vida. Te amo eternamente!

Harry teve que segurar as lágrimas e a vontade de beijar Gina naquele instante. Ele se virou em expectativa para o ministro, que continuou a cerimônia.

Quando o ministro pediu as alianças, suspiros audíveis ecoaram por todo o local. Um Fuzil com o pelo dourado brilhoso, uma gravata azul e uma mini quepe, entrava pelo corredor. Na boca ele segurava uma alcinha da bolsa onde jaziam as alianças.

Ele andou pomposamente até Harry, parecendo realmente contente pela atenção que recebia.

– Esse é o meu garoto – Harry pegou a bolsinha e afagou as orelhas do cão.

– Obrigada, fofinho – Gina murmurou para Fuzil, também fazendo carinho nele.

O cachorro andou até Draco e então parou ali, mais comportado impossível, fazendo os corações derreterem.

As alianças logo foram trocadas e ambos deram sorrisos ansiosos.

– É com enorme alegria que declaro vocês casados! – o ministro sorriu largo e meneou as mãos. – Pode beijar a noiva!

Harry logo tratou de puxar a cintura de Gina para si, colando os lábios deles num beijo apaixonado. As unhas de Gina acariciavam a nuca dele, e quando eles se separaram, deram uma risadinha.

– Você está linda – Harry sussurrou bobo, beijando os lábios dela mãos uma vez.

– E estou com fome, também – Gina completou e ele gargalhou alto, oferecendo seu braço a ela. Essa era a sua princesa, afinal.

– Vamos lá, esposa? – ele sussurrou ansioso, apontando com a cabeça para os colegas de profissão, que haviam feito uma espécie de “casinha” com seu determinado faim, para que eles passassem por debaixo deles.

– Com toda a certeza, esposo.

E ambos se dirigiam a festa, animados com o coro de vozes das pessoas ecoando pelo grande salão, enquanto brindavam, momentos depois:

– Ao senhor e a senhora Potter!

 

 * * *

 

– Atenção tole, comandante Potter pedindo autolização de decolar!

Um sorriso rasgava o rosto de Gina, que da bancada da cozinha observava o pequeno James brincando no tapete, com seu inseparável aviãozinho.

– Meu pequeno piloto, vem tomar café com a mamãe – Gina o chamou, carinhosa.

O pequeno veio correndo até ela, abraçando seus joelhos.

Os olhos, azuis como os dela, brilhavam de expectativa.

– Que horas vamos buscar o papai? – ele olhou para cima e Gina sorriu docemente pra ele, enquanto arrumava os cabelos pretos espetados.

– Mais tarde, meu amor. Agora vamos lavar essas mãozinhas e comer.

Ele fez que sim, e Gina o ajudou a subir no banquinho. Enquanto ele se limpava, a ruiva pensava no quão rápido o tempo estava passando. Seu pequeno faria três anos dali algumas semanas.

Eles se sentaram para comer, e logo um enorme Golden Retriever se deitou em volta da mesa.

– Não dê comida, James.– Gina disse com a voz firme ao ver o pequeno passando Waffles para Fuzil por baixo da mesa.

Ele fez um bico tão grande que Gina riu, mas continuou a tomar seu café até o filho desistir de chamar a atenção dela com os bracinhos cruzados.

Depois de um tempo, ele disse com a voz baixinha:

–Mamãe, o Fuzil vai com a gente hoje busca o papai?

Gina já havia negado o pedido tantas vezes antes... Mas dessa vez estava inclinada a aceitar. Harry estava a quase um mês fora, morto de saudade dela, do filho, e do amigão.

Suspirou fundo ao ver que o filho a olhava com as mãozinhas unidas, em prece.

– Ok, o Fuzil vai com a gente. Só dessa vez.

– EBAAA!

O garoto desceu da sua cadeira e foi correndo até o colo da mãe para abraçá-la. Até mesmo Fuzil latiu animado, como se entendesse o que estava acontecendo. Ela não pôde deixar de rir.

O pequeno James Potter passou o restante do dia mais agitado que o costume, mas aquele dia Gina não daria bronca nele porque mesmo ela não se aguentava de ansiedade. Além de saber que seu marido finalmente estaria retornando, ela tinha uma notícia e tanto.

Na hora certa, a ruiva passou a coleira em Fuzil, o colocou no carro, ao lado da cadeirinha de James, e dirigiu até a base da USAF.

A viagem até poderia ter sido demorada, mas a ruiva nem viu passar entre latidos e músicas infantis.

Fuzil pulou do carro e deu piruetas, como se reconhecesse o local que provavelmente tinha visitado a última vez quando era filhote.

Depois, quando parou de pular, aceitou de bom grado o carinho de James e saíram os três caminhando até a beira da pista. O tempo passava, e nada de o avião dar sinal. Quase meia hora depois, já agoniada, um soldado se aproximou da ruiva.

– Ele entrou em contato com a torre, Sra. Potter. Está se preparando para pousar.

Ela agradeceu e sentiu seu coração bater mais forte.

A qualquer minuto agora veria de novo o homem que havia destruído sua convicção de que não havia amor à primeira vista.

Segurando Fuzil com uma mão e James com a outra, para evitar que eles invadissem a pista, Gina era pura expectativa.

– Olha, mamãe! É o avião do papai! Será que ele vai gostar da minha camiseta nova? – Os olhinhos do menino brilhavam em expectativa, fazendo-a sorrir.

– Eu tenho certeza que ele irá amar, querido – respondeu a ruiva, mal contendo-se em si.

Gina olhou para cima e viu a aeronave descendo até pousar suavemente e parar.

Minutos depois, foi impossível segurar Fuzil e James ao verem Harry descendo as escadas, impecável no seu uniforme.

Ela sorriu e piscou para Harry enquanto as "crianças" corriam até ele e quase o derrubavam.

– Meu garoto!!! – Harry gritou ao pegar James e colocá-lo sentado em seu pescoço.

Fuzil latiu alto, colocando as patas nos ombros de Harry.

– E aí, Fuzil? Aprontando todas com o James, né amigão? – Harry acariciou o cachorro, ainda alheio a um pequeno detalhe.

– Pode apostar – Gina vinha se aproximando lentamente.

Harry abriu seu melhor sorriso, e deixou James no chão para puxar Gina para um beijo.

– Que saudades, meu amor! – ele a abraçou, apertado. Antes de beijá-la, porém, foi interrompido por um James emburrado.

– Papai! A mamãe me deu uma camiseta nova e você nem viu! – disse ele, completamente indignado.

Harry desviou o olhar para o menino, um sorriso nos lábios. Então ele paralisou. Harry olhava de James para Gina, parecendo aturdido demais para dizer alguma coisa.

– Princesa, por que está escrito na camiseta de James “promovido a irmão mais velho”?

Os olhos de Harry estavam semicerrados, como se as palavras na camiseta do filho estivessem em outra língua.

– Quando uma criança é promovida a irmão mais velho é porque...

– Você está grávida – ele arfou, abaixando-se para olhar bem James. – É sério mesmo? Tipo, não é brincadeira?

– Não, papai – James sorriu, mostrando as covinhas adoráveis. – A mamãe disse que eu vou ganhar um irmão ou uma irmã! E a mamãe disse que ele ainda é bem pequeninho, mas que vai crescer e ficar grandão! E também a mamãe disse que mesmo que o bebê deixe ela doente todo dia, ela já ama ele e ele ama a gente também, papai. E papai, por que você está chorando? Você está dodói?

– Não, filho – Harry puxou James para si, abraçando-o apertado. – Papai estava morrendo de saudades e agora o papai está muito, muito, muito feliz.

Gina já tinha lágrimas nos olhos e mordia os lábios. Harry levantou-se, ainda com James no colo e envolveu Gina em mais um abraço.

– Teremos outro bebê – ela sussurrou, divida entre riso e choro de felicidade.

Harry tocou a barriga lisa de Gina, um sorriso gigante no roto.

– A mamãe disse que a gente pode conversar com o bebê, que ele escuta tudinho! Sabia disso, papai?

Harry beijou a testa do filho, sorrindo com a inocência e animação.

– Sabia sim, querido. O papai sempre conversava com você quando você estava na barriga da mamãe.

– Eu lembro – disse ele, fazendo-os rir. – Agora eu quero ir no chão, Fuzil está perto do avião e eu também quero ver!

– Não corra e fique perto – advertiu Gina, mas logo o menino saiu em disparada. – Ele sente tanto a sua falta quando está viajando. Não só ele, é claro.

– Eu sinto falta de duas pessoas e um cachorro quando estou longe, vocês sentem de uma pessoa só, estão em vantagem.

Gina fez um biquinho e Harry segurou as mãos dela, dando um beijo delicado em cada uma.

– Mas não é apenas sua falta que eu sinto – a ruiva se aconchegou no peito dele, os olhos marejados – Fico sempre com medo com você viajando para todos os lados.

Harry enxugou uma lágrima teimosa que escorria pela bochecha dela com um selinho.

– As viagens acabaram, princesa.

Ela se separou brevemente, confusa.

Ele então deu uma risadinha e explicou.

– Tenentes não fazem viagens. Vou ficar o tempo todo aqui.

– Você foi promovido?! – ela murmurou incrédula.

Harry a abraçou apertado.

– Sim. A partir de agora estarei em casa todos os dias para ajudar a controlar essas crianças.

Gina deu uma risada lacrimosa e olhou na mesma direção que Harry, vendo Fuzil e James apostando corrida ao longe.

Gina terminou de enxugar os olhos.

– Então não vamos perder mais tempo. Vamos para casa.

Foi preciso algum esforço para colocar Fuzil e James no carro, mas conseguiram.

Ao ver os dois cochilando no banco de trás daí uns minutos, Gina e Harry se entreolharam sorrindo. A sensação de paz os invadia, e iluminados por um pôr do sol de tirar o fôlego, chegaram em casa dispostos a aproveitar ao máximo daquela  bolha de felicidade, que sabiam não seria eterna, mas desejando que ela fosse infinita enquanto durasse.


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse final! Coisinha mais linda essa história, não?

Ficamos muito felizes por todos os comentários e favoritos, vocês são demais! Amamos vocês ❣️

Enfim... até qualquer dia, amores! Vou deixar o link do insta da Collab, fiquem de olho porque podemos aparecer a qualquer instante!

Link: https://www.instagram.com/p/CJYv33Fn40k/?igshid=c93c55l4k305

Beijos, beijos, beijos! Até mais 😉


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