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História Stripper - Scisaac - Verdades reveladas


Escrita por: MaxPosey

Notas do Autor


Olá galera!
Chegou o momento mais aguardado da fic hahaha. É hoje que Scott descobre a verdade sobre seu Bad Angel.
Tensão e vamos lá...

Capítulo 16 - Verdades reveladas


Fanfic / Fanfiction Stripper - Scisaac - Verdades reveladas

Isaac passeava pelo seu escritório. Faltava menos de uma hora até o momento da verdade que iria conduzi-lo a uma corrida de sucesso ou esmagá-lo e deixá-lo tão quebrado e ignorado feito um animal atropelado na estrada. Ele bufou. Talvez a analogia com atropelamentos fosse pouco forte, supôs ele. Um resultado negativo não iria matá-lo, mas, indubitavelmente, levaria-o a querer estar morto. Ele não conseguia imaginar sua assistente – cujo marido acabara de ficar desempregado – perdendo o emprego também. Ou encarar sua gerente de projeto e explicar que Scott teria de lidar com o desemprego, bem como com a apresentação inesperada do pedido de divórcio do marido. E seria particularmente difícil informar ao analista de desenvolvimento, um amigo que ele tinha recrutado logo depois da faculdade, que seu primeiro emprego seria em uma empresa extinta. Não havia nada de muito analítico nisto.

Assim que passou de novo por sua mesa, Isaac pegou seu frasco de antiácido e tomou dois. A textura farinácea não o incomodava mais. Diabo, essas coisas eram como uma dose de licor depois do jantar para ele agora.

Ele parou – parou de caminhar, parou de mastigar, parou de se preocupar – quando sua mente foi para a conversa com Scott, na qual Scott se permitira se revelar vulnerável e ele fizera um comentário a respeito de licores após o jantar. O calor floresceu dentro dele.

Scott sorrira para ele na ocasião, até mesmo rira, e aquilo o incitara a tomar a estrada imprudente que o trouxera ao momento atual.

Ocorreu-lhe que o sucesso da reunião significava muito para o sucesso de seu relacionamento. Se ele pudesse parar de juntar tampinhas de refrigerante para conseguir brindes, parar de temer que seus cheques voltassem, parar de fazer striptease, ele poderia de fato se concentrar sobre as crises imediatas em sua vida e realmente começar a olhar para frente. Sem esta escolha, não havia futuro para eles. Ele não poderia pagar um jantar agradável de vez em quando sem ser lembrado de como quase tinha conseguido. Ele não poderia explicar que, em poucos anos, quando sujeitos mais jovens assumissem como dançarinos principais na boate, ele estaria buscando emprego com um diploma desatualizado e um currículo inviável. Scott entendia o conceito, mas a realidade iria deixá-lo amargo e ressentido. Isso era algo que Isaac não arriscaria. Ele terminaria tudo com Scott antes.

– Que diabos? – resmungou ele, dando um empurrão em sua cadeira de executivo, de modo que ela saiu cambaleando e ricocheteando pelo escritório até bater na parede oposta. Pegando sua xícara de café, ele a ergueu, mas não bebeu, enquanto visualizava os planos para o desenvolvimento modesto dos negócios. Ele não tinha perdido o negócio, mas ali estava, tomando porcarias para seus problemas de estômago, demitindo gente em sua imaginação e separando-se de Scott?

– Recomponha-se, Lahey. Você não chegou até aqui sendo uma garotinha que tropeça em todos os galhos da floresta no filme de terror. Você já fez o trabalho braçal. Você estudou todos os ângulos. Você conseguiu passar a perna em Rafael Mccall. Você provou que é melhor do que isso. Você é mais esperto do que isso. – Ele bufou dentro da xícara e murmurou: – E pelo amor de Deus, as pessoas gostam de você.

Ele bebeu um gole de café morno e se perguntou pela centésima vez o que Scott estaria fazendo esta manhã, como estaria indo a reunião dele. Ele tinha esperanças de que toda a preparação dele tivesse valido a pena. Ele nunca conhecera uma mulher tão orientada para o sucesso. Eles não haviam conversado muito sobre suas respectivas rotinas. Ainda não, de qualquer maneira. Havia também muito a aprender sobre o outro em todos os momentos, muito para processar sobre quem eles eram, sem a baboseira de cargos, salários e planos de carreira. E para ser sincero, ele não queria que Scott soubesse sobre a possibilidade muito real de que ele poderia perder até a última peça de roupa porque simplesmente não era bom o suficiente para segurá-lo.

A verdade, Isaac finalmente encarou, deu um golpe particularmente brutal em seu ego.

Ele já ficava sem a roupa para ganhar dinheiro quatro noites por semana, e agora ali estava ele, lutando para mantê-la no corpo a todo custo.

Jogando a cabeça para trás, ele riu ao mesmo tempo que alguém bateu à sua porta.

– Entre – disse, sorrindo enquanto botava a xícara com restos de café na mesa.

Sua assistente entrou com seu bloco de estenografia e a sempre presente caneta presa atrás da orelha.

– Você queria ser avisado quando o conselho chegasse. O sr. Declan acabou de sair do elevador. Ele está no banheiro. – ela ajeitou os óculos. – A diretoria está pronta para começar, e os engenheiros devem estar aqui em breve. Você ainda quer a banca reunida antes de os engenheiros aparecerem?

Aquela era a primeira aposta do dia. Trazer os engenheiros para a sala com a banca presente e sentada significava que os apresentadores teriam de estar preparados no segundo em que entrassem pela porta. Deixar que os engenheiros se instalassem e a banca entrasse depois iria colocar sua equipe sob leve desvantagem na grade de poder, e não havia dúvidas de que esta seria uma reunião na qual o poder e a influência moldariam o resultado.

Enfiando as mãos nos bolsos, Isaac balançava para frente e para trás, dos calcanhares aos dedos dos pés.

– Sim, vamos acomodar nosso pessoal primeiro. Vou buscar Declan agora. Deixe os engenheiros na recepção, mesmo que precise chamar um membro do conselho por vez.

Eu não quero que o pessoal da Preservações entre na sala até nossa equipe estar totalmente reunida. – Ele ajeitou a gravata antes de recuperar a cadeira, pegar o paletó pendurado no encosto e vesti-lo. – Vamos cozinhá-los um pouco. Antes de acompanhá-los à sala de reuniões, quero que você venha e me diga em voz baixa que eles chegaram.

Está tudo pronto, mas precisamos ter certeza de que estamos prontos. Tudo bem para você?

Ela sorriu e assentiu.

– Não é a minha primeira reunião estratégica.

– Eu não tinha percebido que reuniões podiam ser tão estratégicas. – Ele brincou, seguindo para a porta.

Ela deu de ombros.

– Depende de quem está na liderança, acho.

Isaac riu e saiu de seu escritório, flagrando o sr. Declan aguardando por ele. Estendendo a mão, Isaac começou o que poderia vir a ser o primeiro de muitos dias estressantes quando o Chok Resort ficasse sob a administração e desenvolvimento de sua equipe e sob o dinheiro daquelas pessoas.

Revelar sobre apaixonar-se não foram suficientes para deter a paciência de Scott conforme a manhã avançava. Scott estava chateado. O CEO estava se provando tão babaca quanto os rumores diziam, deixando Scott e Alisson sentados na área de recepção por vinte minutos, enquanto uma bela mulher de meia-idade conduzia o elenco masculino acima de 55 anos para a sala de reuniões, um a um. O sujeito provavelmente estava tentando preveni-lo, dando-lhe um vislumbre dos jogadores endinheirados sem necessariamente deixá-lo conhecer o plano do jogo. Se o burro já tivesse participado de um dos jantares de sua família, ele perceberia o quão fútil eram seus esforços. Ninguém o intimidava como seu pai, ninguém o envergonhava como sua mãe, e ninguém lhe oferecia desdém tão eficientemente quanto seu irmão. Scott tinha muita experiência nesse campo para deixar o sujeito perturbá-lo. E a noiva ansiosa ao seu lado? Scott não estava disposta a apostar em mais ninguém senão em Alisson quando ambos entrassem no ambiente aparentemente sagrado da sala de reuniões. Sua melhor amiga seria um terror profissional.

Alisson se inclinou e cutucou Scott, meneando a cabeça em direção à porta do santuário formado pelos escritórios.

– Acha que ele tem um pênis pequeno?

– Hein?!

– O CEO. Ele está fazendo um espetáculo, deixando a gente mofando aqui.

Scott riu.

– Eu estava pensando a mesma coisa. – Enxugando as palmas úmidas na saia, Scott se irritou por ele estar conseguindo atingi-lo. – Estamos prontos, apesar de tudo.

Eles colidiram os punhos num gesto cúmplice ao mesmo tempo que a mulher agora um tanto familiar retornou.

– Acompanhem-me, vou levá-los ao conselho administrativo para que façam a apresentação do projeto.

Sincronizados, Scott e Alisson se levantaram, pastas na mão e costas eretas.

– Obrigado – disse Scott, assentindo em reconhecimento.

Eles seguiram a assistente por um corredor curto, parando em frente a uma porta pesada.

– Um momento, por favor – disse a mulher, esgueirando-se para dentro da sala.

Alisson fungou e se virou para Scott.

– Sentiu esse cheiro?

Scott enrugou a testa e fungou também.

– O quê?

– Testosterona. Isto está me sufocando. Devo ser mais suscetível porque sou mais baixa e esta porcaria está tão pesada que esta pairando perto do chão.

Scott engasgou numa risada, obrigando-se a selar os lábios e a lutar para manter a compostura quando a “guia de turismo” deles apareceu novamente.

– Eles estão prontos para recebê-los.

Scott respirou fundo e entrou, Alisson foi logo atrás.

A sala era genérica na aparência – paredes cinzentas, carpete cinza escuro, mesa pesada de madeira com cadeiras de couro de encosto alto cheias de rostos previsivelmente benignos. Todos, exceto um. A cadeira à cabeceira da mesa estava de costas para eles, virada para os gráficos montados na parede. O CEO, Isaac Lahey.

Houve o farfalhar de papéis.

Alguém pigarreou.

O CEO girou em sua cadeira ao mesmo tempo que Scott começou a dizer: – Senhores – Mas conseguiu dizer de fato apenas “senh…” antes de parar abruptamente.

Sangue latejava em seus ouvidos como uma batida tribal. Os pontos pretos dançavam diante de sua visão e Scott piscou rapidamente. Uma gota de suor frio correu pelo vão da espinha enquanto a boca ficou mais seca do que o deserto do Saara no auge do verão. Não era possível. Aquilo não estava acontecendo com Scott.

Traído.

Scott tinha dado o salto louco sobre a fé apenas uma hora atrás. O universo não seria tão cruel a ponto de deixá-la se estatelar de cara no chão. Ah, mas era como se todas as partes do seu corpo estivessem quebrando.

Porque sentado na cadeira, à cabeceira da mesa, estava o mesmo homem que a havia deixado na cama apenas três horas antes. Bad Angel.

Todos os sistemas, voluntários e involuntários, do corpo dele cessaram diante da visão das duas pessoas que estavam no extremo oposto da mesa. Uma o surpreendeu. A outra lhe causou um choque de parar o coração. Ele não conseguia respirar. Não conseguia pensar. Não conseguia se mexer. Não conseguia encontrar sua voz.

Scott Mccall. Ele não tinha sequer ligado seu sobrenome a Rafael Mccall. Achava que era apenas uma coincidência.

O tempo começou a girar, como uma coisa intangível que ia se tornando inconsequente enquanto eles simplesmente olhavam um para o outro. Isaac sabia que os outros estavam assistindo à mímica, mas isso não importava. O que importava era o que estava acontecendo entre ele e Scott agora. Tudo que ele havia construído estava desmoronando.

Ele conseguia ver aquilo no rosto de Scott. Recuperar aquilo parecia tanto supremamente importante quanto simplesmente impossível. Então ele ficou sentado ali, mudo com o choque, e ficou observando enquanto Scott voltava à tona devagarzinho.

– Senhores – gaguejou Scott –, peço licença por um minuto. – Virando-se de maneira hesitante, Scott saiu da sala de reuniões antes que alguém pudesse dizer qualquer coisa.

Alisson lançou um olhar “vá para o inferno” para Isaac antes de assentir para os presentes e ir atrás de Scott.

Isaac não disse uma palavra. Ele não podia dizer. Ainda não. Ele queria ir atrás de Scott, explicar que usava um nome artístico, que não o enganara intencionalmente, que não fazia ideia de que Scott ia aparecer ali hoje. Qualquer coisa para impedi-lo de sangrar de dor bem diante dele.

No entanto, se saísse de sua cadeira e fosse atrás de Scott, ele ficaria devendo uma explicação à banca. Isso significava revelar sua vida como stripper. Ele não podia correr o risco de indispor os mais conservadores no grupo porque ele precisava do apoio financeiro para fazer o negócio acontecer, ainda mais agora com o que Scott estava prestes a apresentar. Sem o dinheiro, ele estaria ferrado.

A escolha se resumia entre Scott e a empresa, seu futuro ou o futuro de muito mais do que meia dúzia de pessoas. Não havia resposta certa nessa situação, e Isaac sabia disso. As pessoas iam se magoar. A pergunta era, quantas?

Isaac queria jogar alguma coisa na parede. Cerrando os punhos, ele voltou sua atenção para a conversa quando um dos membros do conselho se dirigiu a ele diretamente.

– Presumo que o senhor tenha algum relacionamento com aquele garoto, sr. Lahey?

– Eu… – Ele parou. O que ele disse? “Scott é meu namorado, mas não sabia que eu era o chefe desta empresa, até agora.” Não. Apenas, não. Ele estava disposto a dar seu sangue, suor e lágrimas àqueles homens. Mas eles não tinham direito de reivindicar seus sonhos, e Scott era parte de seu sonho para o futuro.

Pigarreando, ele continuou.

– Tenho. No entanto, eu não sabia que Scott era o diretor da Preservações até agora. Nós não esperávamos ver um ao outro neste local.

– Obviamente – disse um dos homens com amargura. – Terei problemas com o financiamento deste projeto se sua vida pessoal for interferir em nossa capacidade de negociar.

Isaac se eriçou. Apoiando os antebraços em cima da mesa, ele olhou para todos os rostos.

– Prometo que nada vai afetar nossa capacidade de tocar este projeto com profissionalismo e competência visionária. – A confiança em sua voz não deixou espaço para dúvidas.

– Você está certo disso?

– Eu permaneci aqui na sala, não foi?

– Então alguém por favor peça aos dois para voltar. Eu gostaria de discutir este empreendimento sem qualquer outra interferência.

Isaac ficou de pé ao mesmo tempo que a porta se abriu.

Scott e Alisson entraram na sala, seus movimentos suaves e graciosos. Nenhum deles olhou para ele.

Isaac não conseguia parar de encará-los. Scott estava tão bonito, tão incrivelmente composto, tão…

Whurly colocou as mãos sobre a mesa, as palmas para baixo, e olhou para Scott.

– O que seu pai achou da ideia de você trabalhar com o maior concorrente dele, sr. Mccall?

Scott era filho de Rafael Mccall.

Bombardeado por emoções conflitantes, Scott não tinha ideia do que estava sentindo.

Scott só conseguiu menear um ombro, um arremedo de dar de ombros.

– Meu pai interfere na minha empresa tanto quando eu interfiro na dele, senhor. A Preservações opera em uma plataforma de ética que não permite que eu discuta projetos com ninguém fora da equipe.

– Os jovens não entendem de ética – respondeu o homem.

– Então considere-me um velho. A Preservações nunca foi acusada de comportamento inadequado ou de comprometer sua ética, e nunca será, senhor.

As palavras soaram ocas até mesmo aos ouvidos de Scott, mas aparentemente ao esquisitão que o observava por sobre a armação dos óculos.

– Então vamos começar com isso. O que quer que haja entre você e o sr. Lahey será resolvido, presumo?

– Permita-me ser direto. Não há nada para se resolver. – Scott não conseguia olhar para Bad Angel… Isaac… Independentemente do quanto desejava fazê-lo. O desejo de acabar com a raça dele bem ali mesmo era quase insuportável. Foi a dor violenta da traição que o manteve em silêncio.

Isaac não reagira ao anúncio que Scott era da família Mccall, então ele provavelmente já sabia. Será que ele planejara aquilo? Para mantê-lo por perto, talvez seduzi-lo, para garantir que os planos, os planos dele, dessem certo? As palavras de Theo vieram à tona, preenchendo a cabeça de Scott com os sons de sua risada zombeteira. “Apenas lembre-se de que eu avisei quando tudo isso estourar na sua cara”, dissera ele. Bem, tinha estourado espetacularmente.

Scott havia sido enganado, um peão em mais um joguinho masculino. Mas Scott não era a peça descartável de ninguém.


Notas Finais


E agora, será que o relacionamento vai continuar?
Não percam os dois últimos capítulos dessa fic.
Abraços e até lá...


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