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História Stronger Feeling - Capítulo 1


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Oi pessoal, eu sou a Iza.
Essa é a primeira vez que posto nesse site, espero que gostem.

Capítulo 1 - Capítulo 1


Pov Natasha 
Me lembro de quando minha maior preocupação era se eu conseguiria passar pelo meu período turbulento na faculdade.Se cálculo não iria me ferrar totalmente, se eu conseguiria aguentar largar minhas aulas de ginástica olímpica e luta, para conseguir estudar o suficiente.Como se isso fosse problema de verdade.
Os problemas de verdade começaram quando os mortos se levantaram, exatamente como naqueles filmes retardados.Dormir agora era um luxo, e não existia segurança de verdade.
Eu agora sou, literalmente, um pedaço de carne andando por ai, seguida de perto por aquelas coisas nojentas. 

Dezenove aninhos nas costas, um monte de zumbis mortos (ou sei lá oque,já que essas coisas teoricamente já estão mortas) e deixados pelo caminho, e comida enlatada. A vida perfeita hein?!

O sol já estava nascendo, e os grunhidos  eram bem audíveis, então forcei meu corpo a se levantar do banco deitado. Pisquei e esfreguei os olhos, logo depois olhando pela janela de meu carro.
Dois zumbis estavam muito próximos, então estiquei o corpo fazendo uma careta e peguei minhas Saís no banco de trás.Antes de sair, vesti o suporte, de modo que pudesse desembainha-las facilmente assim que saísse.
Me apressei a ir pra fora, para não ter que lançar a porta em nenhum deles e  conviver com aquele sangue nojento pelo resto dia  grudado na porta.

Com movimentos ágeis empunhei minhas  saís  e enfiei cada uma delas nos respectivos cérebros. Um terceiro se aproximava, e sem paciência fui de encontro a ele e acabei logo com isso.

Voltei para o carro e me sentei calmamente no banco do motorista, deixando a porta aberta.Peguei a mochila que se encontrava no passageiro e mexi até encontrar um enlatado qualquer.Porcaria. O que eu não faria por uma comida de verdade?
Comi rapidamente, sem pensar muito no que era, e finalmente me preparei para seguir viagem. Viagem para onde exatamente eu não sei. Não tinha destino, não tinha planos, tudo o que eu sabia é que queria ficar viva.

 Viajei direto, parando muito pouco e atropelando um ou outro walker. Mais ou menos no meio do dia minha gasolina se foi. Obviamente eu joguei chiclete na cruz, afinal por que outro motivo essas coisas aconteceriam?Se bem que eu definitivamente não era a única  a fazer isso, já que o mundo acabou, o que quer dizer que pelo menos 90% da população deve ter feito algo assim.

  Xingando com todos os nomes feios de que me lembrava,arrumei tudo de importante no meu mochilão de acampar e saltei para a estrada. Eu poderia passar a noite no carro de novo mas aquele lugar era muito vulnerável e sem uma saída muito viável caso um grande grupo aparecesse.

Segui para a floresta, e aproveitei para procurar rastros de algum animal ou encontrar um lugar propenso a ter esquilos ou coelhos, porque uma carne de verdade seria muito bem vinda. Só de pensar minha boca se encheu de água. Não que esse tipo de carne fosse o melhor, não seria nenhum super hambúrguer, mas é o que temos para o Apocalipse.

Achei um esquilo  distraído e o atingi com minha faca de arremesso que eu deixava no meu cinto. Pedi desculpas a ele mentalmente, esperando que ele encontrasse a paz no céu dos esquilos.Com sorte lá poderia até rolar show de Alvin e os esquilos,algo bem mais badalado do que o que acontece nessa floresta, com certeza.

Mal me levantei segurando ele pelo rabo e ouvi um  barulho ,franzi a testa e olhei ao redor. Passos de verdade, não pés arrastados. Gente de verdade.

Eu com certeza adoraria conversar com alguém, mas porra é o fim do mundo ,e em tempos difíceis as pessoas não são boas.Girei o corpo silenciosamente analisando a floresta,em busca da origem.Tarde de mais.A alguns metros dois caras apareceram , um deles com uma roupa retardada de xerife e outro com uma besta e colete de asas.
Contraditório esse lance de anjo armado. Sedutor,com certeza.Foco Natasha,procurar uma saída,não  secar o  carinha.

Eles não poderiam me ver de onde estavam, tudo o que eu tinha que fazer era voltar por onde eu vim no maior silêncio possível.Estava indo muito bem até a maldição do chiclete se mostrar presente e eu desabar no chão. O barulho fez o cara da besta se virar em minha direção e procurar por algo.

O mato poderia me  cobrir,pensei.Mas ai aquelas coisas me se sentiram. Três brotaram do além,e eu tive que chutar para mante-los longe de mim.
Cambaleando me levantei e desembainhei minhas Saís acabando  com um facilmente, cortei a cabeça do outro e estava quase atingindo o terceiro quando uma flecha atravessou o crânio da coisa. Sem hesitar, me virei pro quarto e enfiei as duas  saís na cabeça dele, ao mesmo tempo que uma flecha entrava no meu ombro esquerdo.

Trincando os dentes, guardei minha arma da mão direita e arranquei aquele treco pontudo. Doía que nem o inferno. Sem parar pra pensar enfiei a flecha no outro zumbi que se aproximou e corri para a direita , lado contrário dos forasteiros.
Achei que estava indo bem, mas ouvia vagamente o barulho deles me perseguindo. Ganhei velocidade e distância e então paf , la estava eu no chão novamente.Malditas raízes.

Me levantei com uma rolada ninja e peguei minhas Saís de volta no momento exato que os dois caras apareceram no meu campo de visão. Ambos apontando as respectivas armas pra mim.

— Porra, é só uma garota - disse o carinha do colete. Sim,só uma garota,algo contra?Arqueei uma sobrancelha.
Ele estava visivelmente irritado.Grande coisa. O outra cara, pelo contrário, estava calmo. Mais sensato, obviamente.

— Eu sou Rick e este é Daryl. - disse com uma voz de negociador de filme de ação.-Não queremos te fazer mal nenhum.

— Claro. Exatamente por isso estão com as armas apontadas para minha cabeça, obrigada.

— Os tempos são outros, você sabe.Pode estar acompanhada de pessoas nem um pouco amigáveis. - ele se explicou com um olhar culpado.

Tudo bem, ele tinha um ponto. Ele não saber que eu estava sozinha poderia ser uma vantagem também. - você  está sozinha?

— Não acho que lhe deva satisfações, xerife

— Responda logo, menina-  a besta estava agora mais firmemente segura e apontada para minha cabeça. Instintivamente levantei minha Saí direita em direção a ele.

Um movimento e aquela cabeça linda não estaria ligada ao corpo musculoso.FOCO. Ele arqueou uma sobrancelha com o meu movimento,e eu deveria ter me sentido ameaçada  com aquela cara de mal, mas nunca fui uma pessoa muito medrosa.

—Precisamos saber para a nossa segurança.

Voltei meu olhar para o xerife estranho.Seria melhor dizer logo que não estava acompanhada e sair daqui.A ferida definitivamente precisava de pontos. Meu braço já estava pesando e eu sentia o sangue fluindo  e descendo quente pela minha clavícula.
Segurar a saí estava exigindo ainda mais. Resignada, guardei essa, e o encarei.
Daryl(ou seja la qual fosse o nome dele), acompanhou o movimento do meu braço com os olhos, e quase vi uma ponta de culpa  ali.

— Minha flecha fez um estrago em seu ombro,hein?

Claro, desculpas para que?Idiota.Se eu explicasse que estou sozinha desde que essa merda toda começou eu poderia ir embora? Vale a pena tentar

— Estou sozinha, não sou ameaça nenhuma para vocês.Eu sigo meu caminho e vocês o seu. Até mais rapazes.-disse forçando uma piscadinha

— Espera ai, não é tão simples. Não podemos simplesmente acreditar na sua palavra. - a voz dele mais parecia um rosnado.Um sotaque de interior bem presente.

— Não tenho nada além da minha palavra para oferecer, caipira. -respondi irritada

   Outro rosnado. Aparentemente eu o irrito. Bom. Tenho esse direito.

—  Daryl está certo ,não te conhecemos, você estar sozinha é totalmente improvável.Como sobreviveu esse tempo sozinha? É praticamente impossível -se interpôs  Rick. Senti minha raiva brotando e viajando pelo meu corpo, me fazendo esquecer da dor no ombro.

— Por que eu sou mulher? Façam me o favor, qualquer um pode se virar muito bem de acordo com as circunstâncias.  Vão se danar. - estava bem claro que eles não me deixariam sair dali.

Eu preciso de uma maneira de escapar, porque quem esta ameaçada aqui sou eu.
Pela primeira vez em tempos a maldição do chiclete na cruz serviu para algo e alguns zumbis brotaram, como sempre fazem. Isso os distraiu por um momento.

Sem parar para pensar muito enfiei a única arma que ainda empunhava no mais próximo  e corri sem direção para longe deles.
Ficaram para trás  lutando com  quatro deles. Achei ter ganhado distância, mas com a perda de sangue  eu  estava começando a ficar tonta.

Xingando muito virei para um lado qualquer e continuei a correr  em zigue zague agora, já que o homem da besta tinha cara de caçador. Virei novamente e continuei por mais alguns instantes. 

Ofegando parei para escutar. Eles não estavam por perto então me agachei próxima a uma super árvore e peguei o kit de costura(agulha e linha, nada de lantejoulas ou seilá oque) que eu deixava no bolso da frente da mochila para casos assim. Foram os piores pontos que eu fiz na vida, e doeram pra caramba, mas teria que servir.

Minha cabeça estava pesada,  e eu sentia os efeitos do machucado mas eu não morreria por causa de uma coisinha pontuda e afiada que entrou no meu ombro. Faça me o favor, sou Natasha Wayland .

Me forcei a levantar e estava pensando em seguir viagem quando os ouvi. Um deles praguejando bastante, em voz baixa. Aposto a balinha que eu não tenho que era o cara da besta.

Fiquei  imóvel no meu canto, esperando que passassem. Estava dando certo, mas ai não deu.
Eu vi a hora exata que ele achou uma parte do meu rastro.O filho da mãe era bom. Eu poderia correr, mas não sabia por quanto tempo. Escolhi  uma direção mesmo assim, dei impulso e fui.

Vi pela visão periférica Rick ficar para trás, mas dessa vez o caçador colocou suas garrinhas para fora e mostrou que era duro na queda, ficando bem na minha cola. Acabei me dando conta de que acabaria cercada já que Rick provavelmente estava correndo pela lateral para me fechar em algum momento.
Xingando mentalmente parei e me virei para Daryl.Ele ficou momentaneamente surpreso e eu usei uma cara mal feita de moça indefesa para iludi-lo.

Lutar não seria uma boa com o ombro daquela maneira mas é o que tenho pra hoje.

— Realmente , garota estúpida,  chega de todo esse jogo - disse com aquela voz de moço mal. Senti muitas coisas , mas medo não.

Segurei a língua para não devolver a ofensa. Confiante ele chegou ao meu alcance e sem hesitar lhe dei um chute lateral bem forte no rumo da cintura. Ele cambaleou e caiu.
Grunhindo se levantou e rapidamente me puxou de volta no momento em que me preparava para correr de novo, então não consegui frear meu corpo e bati contra ele.Aproveitei a proximidade e lhe dei um soco na mandíbula,  seguido de um empurrão no peito e outro chute, agora pelo outro lado.
Ele perdeu o equilíbrio e caiu novamente com um baque seco. Se levantou irritado,mas dessa vez eu estava o esperando pronta para deixa-lo inconsciente com um mata leão, só que antes que isso acontecesse ele enfiou dois dedos no machucado de meu ombro e fui obrigada a solta-lo, prendendo um grito de dor.

  Ele veio pra cima de mim e caímos ambos no chão,  usei minha força para rolar no instante que toquei o solo com as costas, para ficar por cima. O prendi no chão com uma perna de cada lado de seu corpo,os joelhos pressionados  um pouco acima de sua cintura,fora do alcance de suas pernas e voltei a tentar deixá-lo incapaz.

O sangue tinha voltado a fluir pelo machucado e minha cabeça pesava um pouco.
Ouvi barulho atrás de mim e virei a tempo de ver Rick se aproximando,  mas antes que eu pudesse reagir a ele, Daryl me puxou pela mochila me fazendo cair ao seu lado.
Levantei parcialmente, mas ele me empurrou. Rolei para longe  e levantei ao mesmo tempo que ele. Empurrei Rick com o ombro e voltei minha atenção a Daryl,que me segurou pelos braços.Os braços musculosos me rodearam e quando eu estava prestes a me soltar uma dor escruciante me atingiu a nuca e eu soube que estava desmaiando pois a vista começou a escurecer.
Maldito seja Daryl e seus braços fortes.



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