Escrita por: xx_fallencindy
Continuação...
Quando a voz estridente de Chin Sun entrou em meus ouvidos, pude jurar que a qualquer momento eu poderia deitar ela na porrada.
— S/N! É bem com você quem tenho que conversar. — A mais alta bateu a mão na mesa em que estávamos sentadas.
— Diga, Chin. — Falei tranquilamente, arqueando uma sombrancelha.
— A sós! — Praticamente gritou, que menina irritante! Minha nossa!
— Por que não fala aqui, na frente dos outros? — Entrelacei meus dedos, colocando meus cotovelos em cima da mesa, fitando a coreana.
— Tem que marcar horário pra conversar com a "rainha"?— Fez aspas com os dedos, seguido de uma risada debochada.
— Se você diz. — Recostei minhas costas na cadeira, pegando o suco de uva da mesa, deixando-o em minha mão.
— S/N, não se faça de boba! — Bateu a mão novamente.
— Diga as palavrinhas mágicas, meu amor. — Sorri para ela que parecia que saía fumaça por suas orelhas. Naquele momento parecia que o refeitório inteiro tinha se calado, apenas para apreciar o "show".
— Mas que merda...— Jogou os cabelos para trás. — Podemos conversar a sós?
Arqueei a sombrancelha fingindo estar incrédula.
— Por favor... — Hilário.
— Ok. — Sorri forçada, me levantando. — Foi tão difícil assim? — Sussurrei passando por ela.
Posso parecer má, porém aquela garota é o ápice da ridicularidade. Não a suporto. Seguimos até o banheiro em silêncio, ao chegar, pergunto:
— O que é de tão importante para conversar com a rainha? — Usei suas palavras, seguindo de um sorrisinho de minha parte.
— Soube que está andando com Mark Lee. — Chin Sun enrolou uma mecha de seu cabelo no dedo, dando uma mínima atenção aquilo e voltou a olhar para mim.
— Sim. Do que isso te interessa? — Encostei-me no balcão da pia, a fitando.
— Se afaste dele. Simples. — Falou simplória. Quem essa garota acha que é?
— Chin, não sei se sabe... Mas isso não cabe a você decidir, ou ameaçar, né amor?
— Quero que se afaste dele o mais rápido possível. Só quero isso, ou sofrerá consequências. — Ameaçou com aquela cara de sonsa que só ela tem. A única coisa que fiz foi me abrir na risada, o que a fez ficar mais irritada.
— Acha que vou roubar sua paixãozinha platônica? — Dei uma gargalhada. — Relaxa, querida. Tenho mais o que fazer. — Cessei a risada, agora passando por ela. — Quer uma dica? Ele adora calcinhas vermelhas. Boa sorte~~~— Cantarolei saindo do local.
Patética. Acha que gosto do Lee. Logo eu, logo eeeu.
(...)
— Você esqueceu, sua demente?!?!? — Mark praticamente gritou comigo, quando falei o que tinha acontecido no banheiro.
— Primeiro, abaixo o tom. Segundo, o que eu esqueci, fuinha maldita? — Ele me olhou como se fosse algo óbvio.
— O namoro, S/N! O namoro falso, caralho!! Você esqueceu!!! — Ele andava de um lado para o outro, pensei um pouco e lembrei.
— Ops! Acho que esqueci... — Sorri sacana, mas rapidamente colocando um biquinho em meus lábios, fingindo estar chateada. Oscar, me chama aí!
— Sua filha da p...
— Respeita minha mãe, resto de esperma! — Gritei e logo me arrependi vendo que o garoto ficou vermelho de raiva. — Calminha, Markizinho calminho, Markinho é calminho. Ai minha nossa!!!! — O mais alto se jogou em cima de mim, começando a fazer cosquinhas em minha barriga. — Meu ponto fraco, maldito! Estúpido!
— Shhh! Sem xingamentos, boca suja! — O garoto ria quase na mesma intensidade que eu.
— Pa- Para... — Fazia algumas pausas por conta das risadas escandalosas
— Palavrinhas mágicas? — Usou minha frase. Filho de uma mãe.
— Filho da puta...
— 'Oh a boca! — Deu um leve tapa com a mão que não fazia cosquinhas. — Palavras mágicas?
— Por...— Fiz uma pausa pelas risadas. — Favor... Para. — O garoto parou e só assim me dei conta da posição que estávamos. Ele estava praticamente no meio de minhas pernas.
— Não se esqueça que xingou sua quase sogra! — Revirei os olhos. Ridículo.
— Vai a merda! — Olhei novamente para nós. — Agora, sai de cima. — Dei dois tapinhas em sua coxa.
— Não. — Sorriu sacana aproximando seu rosto do meu.
— Sai... É sério... — Minha voz já estava morrendo. Que saco, Mark!
— Acho que acalmei a fera, não? — Sussurrou próximo a minha orelha, fazendo um pequeno arrepio percorrer por meu corpo.
— Sai, caralho! Vou partir para a agressão! — Ameacei e ele tornou o rosto para me encarar.
— Dúvido, Irene da deep web. — Mas como consegue me irritar. Como não o matei quando tive oportunidade?
— Irene da deep web, teu cu! Saaaaai!!! — Empurrei seus ombros, conseguindo inverter as posições.
— Opa! Dessa eu gosto! — Percebi a merda e saí de cima do meu quase arqui inimigo.
— Deixa de ser besta, garoto. — Revirei os olhos, pegando meus materiais que estavam no chão.
— Foda-se, não tô ligando mesmo. — Fez uma pausa. — Você sabe que o Nana vai dar uma festa hoje, né?
— Não... — Olhei para o teto. — Aquele vagabundo não me avisou! Não acredito!
— Ih, amiga, acho que ele está te traindo. — Mark fez uma voz bem fininha, provavelmente querendo imitar alguma de minhas amigas.
— Insuportável!
— Idiota!
— Estúpido!
— Vagaba!
— Owwwww, isso não, babaca!!!!
Comecei a estapear seu peitoral, mas logo cessei quando ele segurou meus pulsos.
— Af, garota. — Desceu seu olhar para minha boca.
— Nem pens...
Seus lábios foram de encontro com os meus, em um selinho rápido. Fiquei parada alí mesmo, ainda raciocinando.
— Assim que eu gosto. Calminha. — Deu uma risadinha.
Acordei no mesmo instante, começando a correr atrás dele.
— VAI TE FUDER, MARK! — Gritei enquanto chegavamos na cozinha.
Ficamos cada um de um lado da mesa, começando uma correria sem fim.
— Porque me beijou? Ein, idiotão? — Travei uma batalha, ficando frente a frente dele, apenas com a mesa de mármore separando.
— Porque eu quis! — Deu uma corrida quando ameacei atravessar a mesa para o bater.
— Mas eu não deixei! — Exclamei.
Mark subiu e rolou por cima da mesa, quando pensei em correr, ele já havia me segurado pela cintura.
— Se eu pedir... Você deixa? — Fitou o teto e depois voltou o olhar a mim.
— Não, né? — Ri debochada, me soltando de seu agarre.
— Então te peço outra coisa. — Me puxou novamente.
— Fala. — Já sem paciência, resolvi ouvi-lo.
— Nessa festa do nana, vá como minha namorada. Apenas para a Mina, nem ninguém desconfiar. — Segurou meu rosto.
— Nem fodendo! Tá ficando louco?
— Apenas hoje. Depois da uns três dias, falamos que terminamos e fim. — Fiquei pensativa, porém, o que eu perderia com isso? Por isso respondi:
— Fechou. — Bati minha mão com a dele, que logo começou a dar palminhas.
— Agora vai para sua casa. Aliás o que você está fazendo aqui mesmo? — Mark fazia cara de desentendido.
— Esqueceu que me arrastou até aqui? — Senti minha mochila vir de encontro com minha cara.
— 'Ah, é! Agora vou te arrastar para você ir embora. — Foi me arrastando como um daqueles carrinhos que carregam corpos. — Escolha um biquíni bonitinho para sua bundinha de grilo, ok? Te vejo as 15:30, beijos de luz, rata!
Ele praticamente fechou a porta na minha cara! Estúpido! Eu nem queria ir nessa festa mesmo! Nana me paga!
(...)
Ouvi a buzina irritantemente constante em frente a minha casa. Anne já havia ido, e eu fiquei aqui sozinha. Terminava de pegar minhas coisas, como protetor solar e etc.
— JÁ VAI CARALHO! — Desci as escadas quase caindo.
— Orra! Achei que tinha desisti... — Mark pareceu um boboca, todo paralisado ao me ver.
— Olha a baba escorrendo, aqui. — Limpei o canto de sua boca.
— Ha, ha! Engraçadinha! — Semicerrou os olhos.
— Eu sei, né? Incrível! Mas, vamos! Não podemos perder tempo! — Liguei o rádio para irmos a caminho a casa de Nana.
(...)
O caminho foi meio longo então chegamos lá e já fui me jogando em uma espreguiçadeira. Mark se aproximou de mim com duas bebidas.
— Trouxe para mim? Ora, que lindo, nenê! — Sorri debochada
— Está falando do que? As duas são para mim! — Ficou sério, mas em poucos instantes se abriu na risada quando um bico se formou em meus lábios, me alcançou a bebida.
— Nossa, como esse cara é um gênio! — Dei um gole na minha bebida, a deixando em cima da mesinha.
— Credo, pode nem brincar mais! — Ele se emburrou. Posso apertar? De preferência até esguelar ele!
— Ownt! Não vai entrar na piscina não? — Perguntei, agora me sentando.
— Não sei... E você? Não vai?
— Não. — Me deitei novamente, ajeitando meus óculos de sol.
Mark intercalou seu olhar entre a piscina e eu, me pegando no colo ele correu até a borda da piscina me jogando lá. Só que como eu não iria ficar lá sozinha, o puxei junto. Golpe em cima de golpe!
— Idiotão! — Joguei água nele.
— Para com as ofensas! — Colocou a mão no peito, fingindo indignação.
— Não e não! — Nadei até a borda da piscina, me apoiando para sair, quando senti mãos em minha cintura, eram de Mark.
— Não reclama, tô ajudando! — Mark parece que leu minha mente.
— Mas não quero a sua ajuda! — Tentei dar impulso para sair, porém escorreguei, caindo de frente com Mark. Nossos olhares se encontraram, e automaticamente parecia que o mundo parou e só existiamos nós dois alí.
Automaticamente, fui puxada como um ímã para seu corpo.
— Eita que a piscina está pegando fogo! — Jaemin grita, enquanto estava aumentando o som.
— Vá a merda! — Mark e eu respondemos juntos, enquanto nos separavamos.
Continua..
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