Pov Namjoon
-Você vai ter um irmão?
-Vou! -disse animado.
-Pode ser irmã também. -Jackson diz.
-Pode, mas eu quero um menino. -disse eu.
-Até parece que quem vai ser pai é você. -Chen Diz.
-Pois é Nam, você está bem animado. Isso é bom. -Jin diz sorrindo em seguida.
-Eu nunca pensei em ter um irmão ou irmã, mas a ideia não soa ruim. -sorri animado.
Passamos o resto do tempo conversando no pátio do colégio antes das aulas terem início. Hobi estava mais calado, apesar de que foi um dos que ficaram mais animados com a notícia. Como o sinal bateu, eu resolvi perguntar o porquê dele estar assim no intervalo, já que agora ele tem aula de música e eu de biologia.
...
As aulas passaram surpreendentemente rápido, logo estávamos todos no refeitório almoçando. Hobi, como desde o início, estava calado.
-Hobie, está tudo bem? -perguntei baixo, apenas para ele ouvir. Ele assentiu, foi aí que eu tive certeza de que ele não estava bem. -Você Pode vir comigo rapidinho?
-'Pra onde?
-Só vem. -levanto-me. -Gente, eu já volto. -Dou um selinho no Jin e começo a andar para fora do refeitório, sendo seguido por Hoseok. Fomos até a parte de trás da escola, lá é como se fosse nosso lugar particular do colégio.
Sentei no gramado e Hoseok logo sentou-se ao meu lado.
-Pode começar a falar. -disse e ele me olhou com a sobrancelha arqueada. -Não tenta mentir 'pra mim, eu sei que tem algo que está te incomodando.
Hobi bufou e assentiu.
-Meu pai. Ele quer que eu conheça a família dele.
-Como ele pode ser tão cara de pau a esse ponto? Desculpa, eu sei que ele é seu pai, mas...
-Você tem razão, não precisa se desculpar. O problema é que... Você estava falando sobre irmãos e eu... Eu sempre quis ter irmãos. Fora o Kook, o Yoongi, o Jin e o Jimin, todos vocês tem irmãos, e você sabe que meu sonho desde pequeno era ter um irmão ou irmã e agora que eu tenho... Bom, não era desse jeito que eu queria.
-Eu entendo, mas ela é tão vítima nisso tudo quanto você, então porquê não dar uma chance?
-Mas aquela mulher... Eu não quero conhecer a mulher pela qual meu pai trocou a minha mãe.
-Então fala com seu pai que, ou você conhece apenas a sua irmã, ou nenhuma das duas.
-Como se fosse simples assim.
-E porquê não seria? Ele não pode te obrigar a nada.
-É, você tem razão. Eu só espero não ter uma irmã mais velha do mau. -ri da expressão engraçada que ele fez, logo afaguei seus cabelos em um carinho entre irmãos.
-Hobi, você sempre teve irmãos. Oito, para ser mais exato; nove agora com o Jin, então não se preocupa caso se decepcione com ela. -ele assentiu sorrindo.
Após alguns minutos o sinal soou novamente, dando início ao segundo período de aulas.
...
-Eu amei a professora de literatura.
-É, e pelo jeito ela também gostou de você. -disse visivelmente incomodado. Jin riu descaradamente se levantando do meu tronco e selando meus lábios.
Estávamos em seu quarto deitados em sua cama. Após o colégio Jin me convidou para jantar em sua casa e eu aceitei, após o jantar subimos até seu quarto para ver um filme, mas resolvemos apenas ficar na conversa.
-Não seja palhaço, ela é apenas minha professora...
-... De 40 anos que fica de olho nos alunos. Conheço esse tipinho.
-Eu diria para você parar com essas paranóias, mas você fica fofo com ciúmes. Pode continuar.
-Ya! Não me chame de fofo.
-Mas você é. Olhe essas bochechinhas vermelhinhas. Tão apertaveis. -Jin aproximou suas mãos das minhas bochechas para aperta-las, mas antes que ele fizesse o que pretendia, eu inverti nossas posições ficando por cima dele e prendendo suas mãos na altura de sua cabeça.
-Nem pense nisso. -disse fingindo seriedade.
-Mas é fofo de mais. -continuou.
-Eu sou Fofo? Mesmo? -perguntei aproximando nossas bocas.
-É.
-Retira isso.
-Não. Qual é o problema em ser fofo?
-O problema é que eu não sou. Anda, retira o que disse.
-Você está sendo infantil.
-Não vai mesmo dizer? -ele balança a cabeça em negação. -OK. -começo a distribuir beijos pelo seu maxilar, seguindo até seu queixo, boca e por fim seu pescoço. Distribui leves selares pelo local. Dou um risinho ao sentir seus pelos se eriçarem. Vou até o lóbulo da sua orelha onde deixo uma leve mordida enquanto aperto sua coxa com uma mão, após soltar um de seus braços.
-N-nam.
-Uhm? -digo sem parar de beijar, e agora, mordiscar a pele esposta de seu pescoço.
-É me-melhor parar.
-Por quê? Não está gostando desse meu lado Fofo?
-É exatamente por estar gostando que eu quero que pare. -RI me jogando ao seu lado. Ele suspira parecendo aliviado.
-Se você estava gostando então porquê pediu que eu parasse?
-Porque não queria que chegasse a outro nível. E-eu não estou preparado, eu ainda tenho... medo.
-Não se preocupe com isso. -selo seus lábios carinhosamente. -Não te obrigaria a nada, se acha que ainda não é hora, então é porque ainda não é a hora. -ele sorri e deita com a cabeça no meu peito. -Jin, você tem medo do que exatamente? Que eu te machuque? Você é... Virgem? -senti seu corpo tensionar. -Desculpe, não precisa responder.
-Não quero falar sobre. Mas sim, eu sou virgem. Por favor, vamos mudar de assunto.
-Claro, claro! Me desculpa.
-Tudo bem. -sorriu logo após selar nossos lábios.
...
-Cala boca! A Sook 'tá grávida!
-Foi o que eu falei, Yoongi.
-Então vamos ter mais um garotão na família?
-Pode ser menina também.
-Que menina o que! Vai ser um meninão.
-Vocês dois parecem irmãos gêmeos. Lembrem-se que o filho é da Sook e do Senhor Kim e não de vocês. -Jin diz me fazendo rir.
-Não interessa! Tem que continuar o legado de macho alfa que a família KimMinParkJungJeon tem.
-Não 'tá faltando o Wang? -Jin pergunta.
-Aquilo lá não é alfa nem de longe.
-É cada coisa que vocês inventam. -Jin diz revirando os olhos.
-Esquece Yoongi, ele nunca entenderá. -falo e ouço Yoongi rindo do outro lado. -Quando você vem? 'Tá todo mundo com saudades, menos eu é claro.
-Mentira! Ontem ele quase chorou falando de você! -Jin gritou da cozinha.
-Não acredita nele. -digo.
-Vou fingir que não ouvi nada e nem que você sente minha falta.
-Faz bem. Mas ainda não respondeu.
-Eu não sei. As coisas aqui estão sendo mais difíceis do que eu imaginei, apesar de estar sendo bom. Sinto falta de vocês. Eu acho que nunca vou me acostumar, e olha que se passaram apenas 2 semanas.
-Entendo. Espero que tudo dê Certo.
-Como vai tudo por aí?
-Uma loucura como de costume, mas no geral nada de ruim.
-E como o Hoseok 'tá?
-...
-Namjoon!
-Ele 'tá bem, não se preocupa.
-Então porquê demorou 'pra responder?
Bufo. -Ele 'tá bem, só que os problemas de família continuam. Semana que vem ele vai conhecer a irmã dele.
-Vai com ele.
-O que?
-Com certeza ele não quer ir sozinho por medo, mas ele não vai pedir isso 'pra ninguém porque ele pensa que isso é incômodo para vocês. Se eu estivesse aí eu iria ir com ele, então faz isso por mim e por ele. Não deixa ele sozinho.
-Não se preocupa com isso também, não vou deixar ele sozinho.
-E os remédios?
-Na real eu não sei. Ele me diz que está melhorando, mas não posso dizer se ele está sendo sincero ou não. Eu sinto que ele está mais abatido e fechado. Nós fazemos de tudo mas... Eu não deveria estar te dizendo essas coisas.
-Por quê? Eu tenho o direito de saber, ele é meu... Queria poder dizer namorado, mas nem sei mais o que ele me considera.
-Não quero te preocupar e nem correr o risco de que você desista de tudo aí e volte.
-Ele não responde minhas mensagens, nem minhas ligações.
-Ele trocou o número e não nos disse porque sabia que íamos dar a você. Ele falou que conversar com você, seja lá por quais meios, é mais doloroso ainda.
-É, realmente você não deveria ter me dito isso.
-Desculpa.
-Só... Só diz que... Eu amo ele.
-Suga...
-Até mais Nam.
Ligação encerrada.
-Eu sou um idiota.
-Não, não é. Você é apenas um amigo preocupado.
-Que acabou preocupando outro. -completei bufando. -Por que tudo tem que ser tão complicado?
-No começo eu também era e Olha agora.
-Continua sendo. -Jin fez um bico birrento me fazendo rir. -Brincadeira. -selo sua bochecha. -É tão bom te ter pertinho de mim. -envolvo ele em meus braços apertando-o contra mim.
-Você vai me Matar.
-Não seja chato. Eu estou aqui sendo romântico.
-Tentando me matar sufocado?
-Depois diz que não é complicado. -dou risada após receber um tapa em meu braço.
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