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História Sua voz - Namjin - Gotas de liberdade


Escrita por: KimDrica

Notas do Autor


Oiie, voltei. Era para mim ter postado ontem, mas tive problemas, mas aqui está.

GENTE, NAS NOTAS FINAIS EU VOU DEIXAR O LINK DE UMA FIC DA LINDA DA @Taahmoura A FIC É ABO NAMJIN, TEM TAEYOONSEOK E JIKOOK. DÊEM UMA PASSADINHA LÁ, NÃO VÃO SE ARREPENDER.

A primeira parte é uma explicação do que houve com o Jackson e com o Jinyoung.

Boa leitura!😘

Capítulo 51 - Gotas de liberdade


Fanfic / Fanfiction Sua voz - Namjin - Gotas de liberdade

Após tomar um banho relaxante, Jinyoung foi até a cozinha pegar algo doce para comer enquanto assistia um programa de entretenimento qualquer na televisão. Seus pais estavam viajando a negócios, por essa razão Jackson iria ficar os três dias em que o moreno ficaria sozinho, fazendo companhia para si. Mas o chinês demoraria pelo menos uma hora para ir até a casa do namorado, já que tinha algumas coisas pendentes em casa. 

Quando o programa já estava quase no fim o som da campainha fez-se presente. Jinyoung levantou do sofá com um sorriso no rosto indo até a porta, pensou que quem estava alí era seu namorado, mas quando abriu a porta deu de cara com quem menos esperava. 

-Mark? 

-Oi Jin. Posso entrar? -com um olhar surpreso o moreno deu espaço para Tuan entrar. Fechou a porta e seguiu até o sofá onde se sentou fazendo sinal para que o outro se sentasse também. 

-Já faz um tempo, não?

-Realmente. Eu queria falar com você. 

-Pode falar. 

-Hoje mais cedo eu fui até a casa do Jackson, eu queria conversar com ele, mas aí eu vi vocês dois juntos e ele estava tão feliz. Eu vi vocês de mãos dadas, abraçados, trocando beijos e supus que estivessem juntos. -Jinyoung assentiu confirmando que sim, estava com Jackson. -Então eu desisti de falar com ele, não queria estragar isso que vocês tem. 

-Por que estragaria? -Jinyoung mantinha a calma, mas viu a afirmação de Mark como uma certeza de que Jackson ainda nutria sentimentos por Mark. -Ele está comigo agora. 

-Bem por isso. Eu queria me despedir dele. Amanhã eu vou para o exército. 

-O que? Por que tão cedo?

-Meu pai. Mas enfim, eu queria pedir desculpas 'pra ele. Não queria ir sabendo que o cara que eu amo me odeia. 

-Se você o ama então porquê o deixou? 

-Você sabe como sãos os meus pais. Eles estavam suspeitando que eu e o Jackson tínhamos algo e eles iriam me afastar do Jackson se soubesse que estávamos namorando. Bom, eles descobriram e me tiraram de Seul. 

-Por que nunca falou isso 'pra ele?

-Por medo. Jin, eu sinto tanto a falta dele. 

-Ele também sentiu a sua por muito tempo. 

-Eu sei. Eu quero que faça um favor 'pra mim. -Mark tirou de seu bolso uma carta e entregou a Jinyoung. -Dê a ele, por favor. Eu quero me despedir de alguma forma. -Jinyoung assentiu. -Senti a sua falta também. 

-Todos nós estávamos com saudades suas, Mark. Não queríamos acreditar que o nosso amigo de anos era um imbecil. -Mark riu sem humor. -Por que não vai falar com os meninos?

-Não quero revê-los para depois me despedir de novo. 

-Entendo. 

-Eu já vou. -os dois levantaram-se juntos e seguiram até a porta. -Foi bom revê-lo Jinyoung. 

-Digo o mesmo. -os dois amigos se abraçaram em despedida. 

-Cuide bem do Jackson. 

-Eu vou. 

Mark iria abrir a porta para que pudesse ir embora, mas antes que fizesse tal coisa, a porta foi aberta por Jackson que ao ver os dois garotos parados olhando fixamente para si desfez o sorriso. 

-O que ele faz aqui? -perguntou a Jinyoung enquanto colocava o buquê de flores em cima da mesa ao lado da porta. 

-Jack eu... 

-Eu falei com Jinyoung, não com você Tuan. Me explica o que está acontecendo aqui, Park Jinyoung. -Jinyoung arregalou levemente os olhos. Jackson nunca havia falado seu nome completo a menos que estivesse bravo. 

-O Mark queria falar comigo, por isso ele está aqui. 

-E o que ele teria para falar com você? Vocês dois estão me escondendo alguma coisa, não estão? A quanto tempo estão se encontrando as escondidas?

-Jackson, calma. Eu vou explicar... -Mark tentou, mas foi interrompido. 

-Eu mandei você calar a boca. -esbravejou. -Jinyoung, estou esperando. 

-Eu acho que ele te explicaria melhor. -apontou para Mark que já tinha lágrimas escorrendo por suas bochechas. 

-Explica. 

-A minha intenção no começo era falar com você, mas... Mas eu não queria que minha presença de algum jeito te machucasse, então eu vim até o Jin. 

-Para que?

-Eu queria me desculpar e me despedir. 

-Despedir?

-Amanhã eu vou para o exército. -a expressão séria de Jackson se transformou em surpresa. -E eu não queria ir sem me desculpar por tudo de errado que eu fiz. Eu não queria te deixar, eu juro, mas meus pais me obrigaram. Todas as noites eu chorava sabendo que você estava sofrendo e me odiando. E eu nem sequer podia falar com você. Meus pais controlam tudo que eu faço e tudo piorou quando eles souberam que estávamos juntos. Eu sinto muito, por tudo. 

-Mark... -Jackson começou, mas Mark o interrompeu. Ainda não havia terminado de falar.  

-A última coisa que eu queria era te machucar. Eu só queria que soubesse disso. Eu te amo, Jackson. Nunca deixei de te amar. 

-Eu também te amo Mark, m... -com a frase dita, Tuan não esperou para juntar seus lábios com os do homem que ama. 

Jinyoung assistia tudo com um misto de tristeza e desapontamento. Mas surpresa era algo que ele não sentia. 

Começou a se sentir mal com a cena, então sem dizer nada e com um chocar -sem querer- no braço de Jackson, o moreno saiu do local apressado. Nenhuma lágrima saía de seus olhos, ele se recusava a chorar por aquilo. 

Enquanto isso Jackson, que estava paralisado por conta do beijo repentino, ao sentir seu braço ser chocado com algo, desfez o beijo com urgência. 

-Não... Mark. Você entendeu errado. Eu ainda te amo do mesmo jeito que te amava antes de termos algo. 

-Como amigo?

-Isso. Eu te amei muito, assim como te odiei muito também, mas agora eu vejo que não posso continuar com isso. Você sempre vai ser alguém importante par mim, mas agora eu estou com o Jinyoung. Eu realmente gosto muito dele. 

-O Jinyoung. -falou lembrando-se que Jinyoung estava ali e havia visto tudo. -Ele deve estar me odiando. 

-Não, ele deve estar me odiando. -o chinês passou as mãos pelos cabelos frustrado. 

-Você deve falar com ele. 

-Eu vou. Mas, como você está?

-Eu tenho o seu perdão?

-Lógico 

-Então eu estou bem. -ambos sorriram juntos. 



Jinyoung entrou no apartamento do amigo se jogando no sofá. 

-O que foi? -Youngjae perguntou ao fechar a porta. 

-Não quero falar. Só preciso ficar aqui hoje. -o mais velho assentiu percebendo que o Park precisava de um tempo. Conhecia bem o amigo e sabia quando ele não estava bem. 

Jinyoung ignorou todas as mensagens e chamadas de Jackson. O ignorou de todas as formas por dois dias, mas sabia que uma hora ou outra teria que o encarar, principalmente porque ambos frequentavam a mesma escola e estudavam na mesma sala. 

Segunda feira chegou. Jinyoung não podia e nem queria mais fugir.  Quando colocou os pés no pátio do colégio soltou um suspiro. Jackson já estava o esperando e quando o viu adentrando o pátio, tratou de correr em sua direção. 

-Jinyoung. -o chinês abraçou o garoto a sua frente com força. -Por que não me atendeu? Eu fiquei preocupado, você não apareceu na sua casa, não atendia as minhas ligações. 

-Eu precisava de um tempo 'pra pensar. -falou desfazendo o abraço. 

-Podemos conversar?

-'Tô aqui 'pra isso. -ambos caminharam até um lugar mais privado onde poderiam conversar sem serem incomodados. 

-Primeiranente me desculpe pelo jeito que eu falei com você. Eu estava surpreso e sem entender nada, me desculpe. 

-Tudo bem, eu entendo essa parte. 

-Jinyoung, quando eu disse que amava o Mark eu queria dizer que eu amo ele do mesmo jeito que eu amo o Namjoon, ele entendeu errado e me beijou. Se você não tivesse saído de lá teria visto o que aconteceu. Eu expliquei 'pra ele que sim, ele é alguém importante para mim, mas a época em que eu o amava como homen já passou, eu estou com você agora Jin. -Jinyoung assentiu sem dar muita importância para a explicação do chinês. Ele não estava alí para ouvir explicações. -Acredita em mim?

-Se eu acredito ou não, não faz diferença. 

-Faz sim. 

-Não faz. Jackson, isso que temos nunca vai dar certo. No começo eu pensei que poderia fazer dar certo, mas eu me enganei. Eu não 'tô disposto a continuar com isso. 

-Do que está falando?

-Eu tenho mais decepções do que felicidades ao seu lado, e quando tínhamos apenas amizade não era assim. Eu acho que forcei esse relacionamento, me desculpe por isso. 

-O que você está falando não faz sentido nenhum. 

-'Pra você pode não fazer, mas para mim faz. Eu estou cançado de esperar coisas suas as quais eu nunca vou receber. 

-Eu posso te dar o que quiser. 

-Essa é a questão. Você não é alguém para mim apesar de eu te amar muito. As vezes amor não basta.

-Nem se ambos amam?

-Nem isso. Somos jovens para pensar em um futuro juntos, mas o pior é que mesmo tentando eu não consigo nos ver juntos no futuro.

-Então vamos viver o agora. Deixa que do futuro cuidamos quando ele se tornar o presente. 

-Desculpa. Mas eu já disse, não 'tô disposto a levar a diante um relacionamento que não me faz bem. 

-Tudo isso é pelo Mark?

-Tudo isso é por mim. Eu estou cançado de ter incertezas. 

-Então não tenha. Eu amo você Jinyoung. 

-Não duvido disso, mas também não tenho certeza. Me perdoe por te fazer perder tempo. 

-Não diz isso. -Jackson abraçou Jinyoung com mais força do que antes, temendo perder seu menino. 

-Vamos continuar como antes que é melhor. Esquece o que houve entre nós. 

-Não faz isso com nós dois. 

-Não tem mais "nós". -apesar das palavras firmes e olhar decidido, Jinyoung estava quebrado por dentro. Mas também já estava cansado, cansado daquele relacionamento, cansado de ser o pilar e de fingir que estava tudo bem. Cansado de fingir. Ele só queria sorrir e se divertir com seu amigo de novo, sem brigas e sem incertezas. 

Pov Seokjin

Quando amanheceu, fui acordado com beijos dados por Namjoon. Se essa não é a melhor forma de se acordar não sei qual é. Namjoon já começou seu interrogatório de como eu estava me sentindo, se aquele lugar ainda doía e mais um monte de coisas de namorado superprotetor. Depois de dizer que estava tudo bem ele foi até a sua casa se arrumar para o colégio enquanto eu fazia o mesmo. 

Após o café da manhã fui para o colégio com Namjoon. Ele estava todo bobo e carinhoso, mais do que nos outros dias -acredite, é possível. Mas não chegava a ser um grudento chato, ele era um carinhoso -barra- protetor no seu limite, não fazendo isso ser chato para nenhum dos lados. 

-Nam, depois da aula, se tudo der certo, eu não vou voltar 'pra casa com você, 'tá?

-Como não? Vai com quem? 

-Eu não vou 'pra casa. 

-Vai aonde então?

-Eu tive uma ideia e tenho dois lugares 'pra levar o Hoseok, se ele quiser. 

-Eu posso levar vocês. 

-Sem chances. Isso é algo que nós dois precisamos fazer sozinhos. 

-Explica. 

-Agora não. 

-Jin. 

-Não adianta, eu não vou dizer nada. -RI quando Namjoon bufou em frustração. 

Chegamos na escola e fomos direto para a mesa onde sempre nos reunimos com os outros garotos. Vai fazer um mês e pucos dias desde que eu entrei no colégio, e, sendo sincero, me sinto mais do que a vontade aqui. 

-Bom dia. -disse me sentando ao lado de Namjoon que já tinha se adiantado no ato. 

-Bom dia. -responderam em coral. 

-Jin. -começou Jimin. -Eu não sei o que aconteceu entre meu primo e você -suspirei. -mas eu espero que a presença dele não te prejudique ou algo do tipo. Eu só queria avisar que ele 'tá aqui e vai passar a frequentar esse colégio. 

Não vou mentir que fiquei surpreso, mas para mim estava tudo bem. Não vou deixar ele interferir na minha vida, nem me deixar para baixo. Vou parar de ter medo das prováveis coisas que ele poderia fazer comigo. 

-Tudo bem. -disse sorrindo. Não ía deixar me afetar por isso. 

Namjoon olhou para mim e segurou minha mão por de baixo da mesa como um pedido mudo se eu estava bem; dei um sorriso sincero e ele soube que sim, eu estava bem. 

O sinal tocou e todos fomos para as devidas salas. Não vi Hyosang desde que eu cheguei, e pelo jeito ele não vai estudar na mesma sala que eu. 

As aulas foram tranquilas. Quando o intervalo chegou eu vi Hyosang, ele sentou na mesma mesa que eu, mas não me dirigiu a palavra, apenas ficou me olhando e eu pude ver tristeza em seus olhos, ou foi só minha imaginação. É, deve ser isso. 


Quando as aulas tiveram seu fim, eu me senti ansioso. Eu preparei as coisas meio em cima da hora, espero que Hoseok aceite. 

-Hoseok-ah. -chamei e ele veio até mim. 

-Fala Hyung. 

-Você tem alguma coisa 'pra fazer agora? 

-Nada de importante, por quê?

-Eu queria te levar a um lugar. Dois, na verdade. 

-Aonde?

-É surpresa. Vamos? -ele pareceu pensar, mas logo sorriu e assentiu. -Legal. Me espere aqui, eu só vou me despedir do Nam. -ele assentiu mais uma vez. 

Caminhei até Namjoon que me esperava com um bico discreto nos lábios e braços cruzados.  Foi impossível não rir. 

-Não vai me dizer onde vai?

-Não. -seu biquinho emburrado aumentou. -Eu vou usar esse momento de pura fofura contra você futuramente. 

-Olha o tipo de namorado que fui arranjar. -ri e deixei um selar em seus lábios. 

-Te conto tudo depois, eu prometo. 

-Okay, se cuida. 

-Pode deixar. -fui até Hoseok que me esperava. -Vamos. -ele assentiu e começou a caminhar ao meu lado. 

-Onde vamos?

-Você vai ver. 

...

Caminhamos durante alguns minutos até chegar onde eu queria. 

-Chegamos. 

-Hyung, o que estamos fazendo aqui, em uma academia de box?

-Aish, você faz muitas perguntar. Vem comigo.  -entramos e eu fui até uma mulher que pelo jeito cuidava de tudo. O local estava vazio por exceção minha, de Hoseok e da mulher que recepcionava. Soube por ela que o movimento começava a partir das 18h. Agradeci mentalmente por isso. 

Peguei dois pares de luva, uma para mim e uma para Hoseok. 

-Me dê a sua mão. -pela primeira vez ele fez algo sem questionar. Peguei umas faixas brancas e passei por suas mãos antes de colocar as luvas nele e fazer o mesmo comigo. 

-Jin hyung, pode me explicar agora?

-Eu gosto muito de psicologia, sabia? É uma das minhas paixões junto com cozinhar e atuar, apesar de não tê-lo feito de fato. Se eu não seguir carreira como um prestigiado chefe de cozinha ou um famosíssimo ator, irei seguir carreira de psicólogo, apesar de não saber lidar nem comigo mesmo. -disse divertido. -Eu também gosto muito de ler e juntando psicologia com livros, bem, você sabe. Em uma de minhas leituras eu vi que uma das melhores formas de liberar o estresse e a raiva é usando a "violência", no caso a força, batendo em algo, então resolvi tentar. 

-Por que isso?

-Porque você precisa se esvaziar e eu também. 

-Isso não vai mudar em nada. 

-Por que não tenta?

-Eu já sou agressivo o suficiente, Hyung. 

-Você é um Anjo, Hoseok. 

-Eu bati no Jaebum e pior, no Yoongi. Tudo por causa dos malditos remédios. 

-Então pensa nisso. -o coloquei de frente a um saco de areia. -Pensa em toda a sua raiva e magoa. Pensa no seu pai e em tudo que ele fez. Pensa na sua mãe, no quão errada ela está por te culpar por algo que não tem haver com você. -Hoseok já chorava em silêncio e eu tive vontade de parar e o abraçar, mas não o fiz. -Pensa no que os remédios te proporcionaram. Eles não te fazem bem, ao contrário, por conta deles você está mudando e 'pra pior. Você deixou de fazer o que gosta, você mentiu para os seus amigos, você bateu no cara que você ama. Sei que está sentindo raiva agora, então sinta essa raiva, nem que seja raiva de mim por estar jogando tudo isso na sua cara, mas olha para esse saco de areia e veja nele todos os seus problemas e desconte toda a sua raiva ali. Vai Hoseok. 

Ele encarou o objeto a sua frente por alguns minutos. Sua expressão de melancólica passou a uma de pura raiva. Seus olhos faiscavam de ódio, foi alí que o primeiro soco foi dado. 

-Mais forte, Hoseok. 

E o segundo foi mais forte, seguido pelo terceiro, quarto, quinto e assim por diante. Ao mesmo tempo que ele socava o saco de areia com toda a sua força, ele dava alguns gritos e chorava, até que uma hora ele caiu sentado no chão chorando. 

-Hoseok, deixa 'pra chorar depois. Vem, ainda tem raiva e frustração aí dentro. Você precisa liberar tudo. -ele secou as lagrimas com as mangas longas da sua camisa e levantou começando a sequência de socos novamente. Segui o mesmo rumo e comecei a socar aquele objeto também, deixando toda minha frustração e raiva irem embora com aqueles socos. Você deve estar pensando o porquê de eu não ter feito isso quando eu precisava. Bom, é mais fácil quando não é com a gente. 

Não sei por quanto tempo ficamos lá, mas foi o suficiente para mim, mas sei que não foi para Hoseok. 

-Obrigado, hyung. Isso realmente ajudou. 

-Não me agradeça ainda. Temos mais um lugar para ir. 

Dessa vez o lugar onde íamos era mais longe, então pegamos um táxi para poupar o tempo em esperar o ônibus. 

-Jin, como soube daqui? 

-Jimin disse ao Namjoon, que disse para mim. Vocês faziam aulas de dança aqui, certo? -ele assentiu. -Por que parou?

-Eu me sentia desmotivado. Eu tentava, juro que tentava, mas nunca era como antes, e com os remédios piorou ainda mais. Eu não tinha disposição. 

-Entendo. Deu  trabalho em reservar uma sala para nós, fiz tudo hoje de manhã. Vem, vamos entrar. 

Caminhamos até a recepção e falamos com o recepcionista. Depois fomos até uma sala que nos indicaram. Quando abri a porta e adentramos a sala, pude ver um brilho diferente nos olhos de Hoseok. A sala estava toda espelhada e mais ao fundo tinha um aparelho de som. 

-Eu senti falta disso. -disse em um sussurro. 

-Tem várias músicas a nossa disposição, escolha à que você quiser. 

-Eu não sei se posso fazer isso. 

-Por que não?

-Isso me trás lembranças tão boas do antigo Hoseok, e quando eu me olho nesses espelhos eu vejo que não sou mais aquele Hoseok e as boas sensações se esvaiam. 

-Escolha uma música. -disse simplista. 

Hoseok suspirou, mas fez o que eu pedi. Foi até o fundo da sala e colocou uma música para tocar, nunca tinha a ouvido, mas ele parecia conhecer levando em conta que não demorou para escolher. 

-Agora venha aqui. -disse do centro da sala. Ele veio até mim à passos lentos. -Feche seus olhos. -assim ele o fez. -Agora comece a dançar. Você não precisa se olhar no espelho, então olhe para si, o seu interior, o que você foi e o que você é. Antes, os socos eram para liberar sua raiva, suas frustrações e ódio, tudo aquilo que não pertence a você. Agora é para mostrar que apesar de tudo você continua o mesmo, com a mesma essência, você continua sendo o Jung Hoseok de sempre. Eu não te conheço a tanto tempo, mas você se conhece e sabe que eu estou certo. Essa dança não é para liberar nada, e sim para manter tudo de bom dentro de você. Viva as antigas boas sensações agora. Dance, Hoseok. 

Ainda de olhos fechados ele começou a fazer leves movimentos. Bastou poucos minutos para que ele se entregasse completamente a melodia da música. Quando a música terminava, outra começava e Hoseok não parava. Já havia tocado 4 músicas e quando estava indo para a 5°, Hoseok abriu os olhos e olhou fixamente para o espelho logo voltando a dançar com um sorriso radiante no rosto. 

Mesmo aparentemente cansado ele não parou de dançar, só foi encerrar seus movimentos quando uma mulher veio nos avisar que nosso horário havia acabado e teríamos que ir embora. 

Quando estávamos voltando para casa -dessa vez de ônibus- começou a chover. Eu ía direto para casa, mas Namjoon ligou avisando que estava com Jimin estudando e que se eu quisesse poderia voltar com ele para casa, então, já que eu estava com Hoseok não vi problemas em deixa-lo em casa -no caso, na casa de Yoongi que estava sendo ocupada por Hoseok e Jimin -e voltar com Namjoon. 

Descemos do ônibus e corremos para não nos molharmos, mas quando estávamos no portão da casa eu tive uma ideia. Estava com saudades de ser criança. 

Peguei na mão de Hoseok e o parei bem no meio do jardim. 

-Hyung, o que está fazendo?

-'Pra que correr? Aproveita, Hoseok. Fecha os olhos e sinta. 

Dito isso eu fechei os olhos e sei que ele fez o mesmo. A chuva não era forte, mas também não era fraca. As gotas molhavam o meu cabelo e minha roupa, meu corpo estava gelado, mas eu não sentia frio. A sensação era boa, eu me sentia livre. 

Abri os olhos e olhei Hoseok. Ele estava com os olhos fechados e com a cabeça para cima e os braços abertos enquanto exibia um lindo sorriso. De repente ele virou para mim e começou a gargalhar, logo começou a correr pelo jardim naquela chuva que começava a engrossar. Olhei para aporta e vi Namjoon junto com Jimin olhando Hoseok. Juro que pude ver resquícios de lágrimas escorrendo pelo rosto de Jimin. 

Talvez ficaremos doentes por estar expostos ao vento e a chuva, mas valerá a pena. 




Notas Finais


Aqui o link da Fic, dêem uma olhada lá😊😉
https://spiritfanfics.com/historia/an-alphas-choice-6095946


Deixa eu explicar um pouco o que eu quis passar com esse termino Jinson. O Jinyoung não conseguia sentir o amor que o Jackson dizia sentir por ele. Ele tentava manter o relacionamento, não deixando os problemas atrapalharem, ele queria fazer aquilo dar certo, mas ele não via retorno. Apesar de amar o Jackson ele não se sentia feliz ao lado dele. Ele era mais feliz quando ele e o Jackson eram apenas amigos. Como ele disse, amor nem sempre é o bastante. O negócio com o Mark foi só a cereja do bolo.

Espero que tenham gostado.

Desculpem-me os erros.

Beijos, tchau! 😘


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