Tokyo;
Aos oito anos, sonhava em ser bailarina, aos dez, uma princesa, aos doze anos, que tal uma cozinheira? Mas aos dezoito, todo o sonho de criança sumiu.
Transferência, transferência, transferência, minha vida têm sido só isso, o motivo? São meus pais, minha mãe é modelo, está sempre viajando, e meu pai é médico, ambos bem sucedidos na vida. Com tanta mudanças que fazemos, não tenho nem mesmo tempo de fazer amizades onde estudei.
A universidade de Quioto é a próxima parada, não sei dizer se estou ansiosa ou desapontada com tudo acontecendo novamente.
Já às seis da manhã de uma segunda feira, já me encontrava arrumada e suspirando pesadamente me olhando ao espelho.
Rumo a cozinha para tomar meu café, e já vejo meus pais e alguns funcionários ao redor deles.
—Bom dia– Digo já sentadando–
—Não vá comer massa, coma alguma fruta e beba um suco natural– Minha mãe disse com sua postura totalmente reta–
—Eu vou indo, quer uma carona S/n?– Meu pai levantou e apressou os passos até às chaves do carro–
—Ah, obrigada pai, mas eu vou andando mesmo, não é tão longe–
—Se você diz... Bem, até mais tarde– Saiu da casa–
—S/n, nada de amizades entendeu? E quero que coloque na sua agenda um novo horário de estudo, Quioto não é qualquer uma universidade entendeu?
—Sim mãe...Nada de conversa paralela com ninguém, apenas converse sobre os estudos...–Termino de tomar meu suco e levanto– Licença, preciso ir agora–
°•◤◢•°
A universidade é enorme, e bastante cheia também, bem diferente da última onde estudei.
Agora, já dentro dela, e com um papel em minha mão, com o número da sala e os horários de aula, ando pelo corredor.
Distraída demais olhando o papel, acabo por esbarrar em alguém olho para cima e vejo alguém bem maior que eu, o rapaz me olhava com uma cara de poucos amigos.
—D-desculpe, desculpe mesmo!– Me curvei em sua frente–
—Tudo bem, preste atenção na próxima– Deu o primeiro passo mas o segurei novamente–
—P-pode me dizer onde fica– Olhei o papel– A s-sala dois?– Tremia internamente–
—É novata?
—F-fui transferida semana passada
—Hm...Precisa subir alguns degraus e virar a esquerda–
—Certo, obrigada!– Dei as costas e fiz o que foi dito–
Graças ao cara alto e tatuagem de dragão na cabeça, cheguei bem a tempo na aula, a sala já tinha alguns alunos, procurei uma cadeira vazia e me sentei na mesma.
"Obrigada cara alto, posso dizer que te devo uma?"
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