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História Submissa - Capítulo 23


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Olá de novo, não me aguentei e decidi postar logo hahaha ;

Boa leitura;

Capítulo 24 - Capítulo 23


Estava fazendo uma noite razoavelmente quente, não estava fazendo calor, mas havia uma certa hostilidade no ar. Era engraçado, para dizer o mínimo, Lena seguiu Kara pelas ruas, as pessoas a olhavam de cima abaixo, ela usava um vestido verde com detalhes pretos no busto, enquanto que Lena, estava mais despojada. Era um casal peculiar que entrava no supermercado. Kara mudou duas vezes a bolsa que carregava de uma mão para outra, estava nervosa. Ela sentiu o ar fresco do mercado tocar sua pele e foi a sensação mais agradável que já sentiu até aquele momento. Lena continuou seguindo Kara até que ela puxou um dos carrinhos, e chegou a se perguntar quantas vezes ela precisou ir até o supermercado comprar suas próprias coisas; Lena chegou a franzir a sobrancelha confusa quando Kara a passou o carrinho, ainda não tinha se quer a noção do que estavam fazendo ali.

-Eu preciso que faça uma coisa por mim - disse Kara quando deixaram a lanchonete e ela não estava mais com o humor para voltar a festa, não queria ter que enfrentar James e muito menos que Lena tivesse que seguir suas boas maneiras.

Elas chegaram ao corredor de laticínios.

-Não era bem isso que tinha em mente - comentou Lena empurrando o carrinho ao lado de Kara, a pequena Danvers a olhou por cima do ombro enquanto abria uma das portas do congelador.

Pelo menos isso, não mudou...

-Eu preciso comprar algumas coisas para casa, andei… Alex se mudou, e ela que cuidava dessa parte, acontece que andei um pouco... distraída nos últimos dois meses... então...

-Está morando sozinha?

-Você já jantou? - perguntou Kara, para ela, era inacreditável que Kara continuasse com fome depois do hamburguer e o copo gigante de refrigerante que tomou...

Péssimos hábitos alimentares Kara, péssimos hábitos…

-Não Kara, não tenho uma refeição considerada normal há 2 meses.

Kara parou seu caminhar, ainda estava de costas para Lena. O carrinho chegou a bater em sua perna, ela também estava em uma situação miserável.

-Você… você falou a verdade quando disse...

-Você quer que eu faça um pedido? - replicou Lena -Porque eu não sei como fazer isso, mas eu posso tentar.

Quando se virou para olha-la nos olhos, conseguiu ver a mesma coisa que encontrou em Mike meses atrás, ela havia mudado ou pelo menos estava no caminho para isso. Kara tinha certeza de que não errou com Mike então porque ainda duvidava em relação a Lena. Talvez por estar acostumada a ler Mike desde o que lhe parecia ser sempre, enquanto que, Lena era imprevisível. Não sentia segurança nessa mudança.

-Eu não quero ter medo de começar uma relação com você.

-Você não precisa.

-E, se vamos fazer isso, eu quero saber que confia em mim.

-Eu confio - disse Lena e pareceu realmente sincera.

Uma senhora que fazia suas compras do mês parou de frente para o congelador, ela olhou para Kara que segurava uma garrafa de leite, relativamente perto da Luthor que apertava com tanta força o carrinho que a dobra de seus dedos ficaram brancas, a senhora sorriu para Kara, que retribuiu timidamente.

-Então, quando estiver conversando com um de meus amigos... - Kara a lembrou depois que ficou sozinha novamente com Lena -Porque se estou afirmando que quero ficar com você então precisa acreditar, caso contrário, isso não vai funcionar. Você não precisa ficar pensando que por ele querer ter algo comigo eu vá querer retribuir...

-Mas ele não quer ser apenas o seu amigo...

-Isso não importa, o que importa é o que estou sentindo, e não ele, você está namorando comigo e não com ele....

Foi estranho ver Lena baixar o olhar envergonhada, estranho… e diferente.

-Tudo bem, mas precisa admitir que tive motivos, você saiu com ele – lembrou Lena e Kara assentiu.

-Eu pensei que fazia parte do seu jogo, não pensei direito.... mas não justifica o que fez depois – Lena abriu a boca para lembra-la de que tinham um contrato, mas Kara continuou: -Eu sei, eu deveria ter dito alguma coisa como você lembrou antes de tudo, mas eu fui idiota... e você também foi...

As duas se perderam em um silencio constrangido, um homem passou pelo corredor.

-Olha, tem a minha palavra de que vou ser cem por cento… normal… eu não gosto muito dessa palavra - ela sorriu, um sorriso nervoso que fez seus lábios tremerem -Eu não menti quando disse a você que não me sentia mais solitária desde que entrou na minha vida.

-Quando você me disse… - Kara precisou parar de falar, uma mulher com uma criança ao seu lado estava passando, a criança chorava pedindo um chocolate. Lena apanhou uma caixa de cereal e jogou dentro do carrinho de compras -Quando você me disse isso?

-Você estava dormindo.

-Acho que você precisa aprender que para duas pessoas conversarem, elas precisam estar conscientes.

-Posso acrescentar a minha lista.

Kara balançou a cabeça em uma negativa e voltou para seu caminho. Ela terminou suas compras em silencio, precisava apenas do básico, mas sempre que entrava no mercado com uma lista saía dele com mais coisas do que realmente precisava. A maior parte das besteiras que comprou foi como uma espécie de ritual, as últimas compras que faria pensando na irmã.

-Kara.

Ela olhou para Luthor e sentiu o toque em sua mão, tão frio e um pouco áspero, Lena havia se descuidado muito nos últimos meses isso era visível até para quem não a conhecia. Lena segurou sua mão.

-Eu realmente gosto muito de você.

Ela levou isso como um quase; estou apaixonada por você. Acreditava que seria o máximo que conseguiria dela no momento, ela deveria se contentar com isso? Não Lena, eu não quero alguém que apenas goste de mim, eu quero alguém que me ame. Será que você é capaz disso? Eu acho que não. Mas também não quero ter a certeza de tudo.

            * * *

Ela não tinha certeza se Kara a convidaria para subir ao seu apartamento, mas ela o fez. Lena pediu que seu motorista a esperasse. Ajudou Kara com as sacolas do supermercado, elas levaram para o balcão da cozinha. Quando não tinha mais uma atividade real para fazer, Lena ficou parada diante de Kara...

-Eu vou preparar alguma coisa para a gente comer.

Kara retirou algumas das coisas de dentro das sacolas, Lena mais que prontamente se colocou a sua disposição. Ela estava procurando um deslize dela para desistir, mesmo sabendo que isso não era uma atitude correta a se fazer, já que tinha aceitado tudo aquilo de novo… não, ela aceitou ser a namorada, não alguém que assinar um documento.

Kara estava de costas para Lena, lavando folhas de alface quando ouviu um baque forte da faca na tabua de cortar. Ficou relativamente triste pelo pimentão que era esfaqueado pela Luthor.

-Você nunca precisou fazer isso antes, não é? - provocou Kara.

Lena sorriu, e conseguiu cortar uma rodela inteira do pimentão.

-Eu me viro… então… você quer falar sobre trabalho? – perguntou Lena e pareceu sondar a pequena Danvers.

-Sobre o que quer falar? – murmurou Kara.

-Como é trabalhar na CatCo?

-Eu gosto, as pessoas são maravilhosas e, bem, Cat Grant, é Cat Grant… - ela parou seu elogio. Desligou a torneira da pia e olhou para o perfil de Lena, estava concentrada no pimentão verde que cortava -Não acredito nisso. Foi você quem comprou a revista.

-Antes que diga qualquer coisa… Grant me fez uma oferta na semana passada. Estava desesperada para vender – Será que ela precisava tanto do dinheiro assim? –O que é no mínimo conveniente já que geralmente, quem compra é quem faz a oferta, mas ela disse que não queria deixar a empresa dela com algum desconhecido. E no contrato ela poderia retomar a empresa de volta, se assim desejar, mas não acho que vá fazer isso, ela parecia bastante determinada a... aposentadoria.

Kara pareceu realmente furiosa e ela simplesmente não compreendia motivo.

-Olha se faz você feliz, eu posso contar todas as vezes em que fechar um negócio, como por exemplo além de comprar a CatCo, eu estou fazendo uma parceria com os laboratórios Star, para desenvolver uma cura para doença do meu irmão... ou que tenho um projeto de energia limpa e sustentável com o doutor Ivo...

-Tudo bem, eu já entendi... não acredito nisso, eu dividi a cama com você. Você é minha chefe agora.

-Tecnicamente, faz 2 meses que isso aconteceu - replicou Lena.

Lena sorriu, limpou as mãos no guardanapo que estava sobre seu ombro. De uma coisa ela tinha certeza, poderia não ser a escolha certa voltar aquela relação, ou melhor, começar um relacionamento com Lena estando ainda levemente magoada. Mas que se dane, ela iria… o corpo dela estava a centímetros do seu, a boca entreaberta e um sorriso arriscou voltar a puxar o canto de sua boca, Kara levou suas mãos ao rosto de Lena e a puxou em sua direção, beija-la pareceu ser a coisa mais certa se fazer, e Deus! Como ela havia sentido falta!

Lena recuou e sorriu, um simples mover de lábios e voltou a encarar o pimentão na tabua.

-Assim – ela ensinou a Luthor como se cortava o pimentão e o mais engraçado foi perceber a atenção focada em que ela a assistiu tirar as sementes e corta-lo.

-Parece fácil.

-É claro que nunca precisou fazer isso ou teve qualquer problema na sua vida com um insignificante pimentão – murmurou Kara de forma irônica.

Ela se virou para o armário, apanhou uma garrafa de vinho tinto e serviu em duas taças. Foi estranho e ao mesmo tempo diferente olhar para ela usando um avental enquanto cortava um pimentão cuidadosamente, como se ele fizesse parte de algum experimento cientifico seu, e talvez para ela, fosse, a arte de cortar um pimentão, o pensamento fez Kara sorrir. Ela bebeu um gole curto do vinho e parou para observa-la, não acreditava que pudesse sentir tanto a falta dela.

Kara lavou suas mãos, estava agoniada com o silencio e, principalmente, a concentração dela numa tarefa tão simples, Lena pegou seu segundo pimentão. Quando pegou a frigideira, seu corpo roçou propositalmente no dela, fez a mesma coisa quando precisou pegar os outros ingredientes, eram toques discretos, mas o suficiente para que ela percebesse algum tipo de insinuação, isso aparentemente não aconteceu, Lena continuou focada na sua atividade.

-Quem diria – disse Lena com um sorriso quase sádico no rosto, ela sabia muito bem o que Kara estava tentando fazer -Acho que posso me acostumar com isso.

-A cozinhar? – perguntou Kara de forma sarcástica.

-Como você aprendeu?

-Digamos que os plebeus, precisam aprender a cozinhar senão quiserem gastar todo o dinheiro com fast food.

-Que horas são? – perguntou Lena de forma súbita, pegou seu celular no bolso e Kara notou certa apreensão em seus olhos -Porra, eu preciso ir.

-Ir? Para onde? – Kara a viu tirar o avental e colocá-lo sobre o balcão da cozinha.

-Viajar, vou a Gotham, tenho negócios por lá.

A princípio Kara lembrou-se de Bruce, mas ele não a deixaria tão nervosa.

-Qual o problema? – Kara a acompanhou até a porta.

-São apenas negócios Kara, nada mais – Lena até chegou a forçar um sorriso amarelo, mas não passou tanta verdade quanto desejava.

-Eu não gosto de segredos.

-Mas não existe segredo Kara, são negócios.

Kara suspirou pesadamente e claramente frustrada.

-Eu prometo que as coisas vão ser diferentes – Lena deixou um beijo na bochecha corada de Kara.

E Kara se pegou questionando a si mesma, como era possível que alguém a tenha jogado no fundo do poço tenha resgatado de forma tão rápida? Pensando agora, Winn provavelmente surtaria quando soubesse... e ela não queria pensar no que Alex diria ou faria....


Notas Finais


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