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História Suburbia - Prólogo


Escrita por: UchihaKonan

Notas do Autor


Olá!
Outra fanfic nova, dessa vez não vou pro lado meigo, romântico e dramático. Vou tentar investir mais no lado "perigoso" da vida. É uma ideia simples, com o decorrer vai ficando claro, mas basicamente está resumido na sinopse. Nesse prólogo as coisas vão se mostrar apenas para introduzir ao que a fez se submeter a vida nos próximos, enfim. Pretendo publicar semanalmente, até porque tenho outra fanfic. Mas terá capítulo. No mais é isso, desejo boa leitura e espero que agrade. Comentários são bem vindos!
bjos

Capítulo 1 - Prólogo


 PRÓLOGO                                                   

Dinheiro, poder e glória. Tudo que as pessoas do subúrbio sabem existir, mas desconhecem em sua realidade. Vivo nesse bairro desde que me recordo, minha mãe ainda trabalhava na fábrica de tecidos no fim da rua e, meu pai, ele ainda era vivo. Recordo-me sombriamente das tardes em que me sentava com ele na varanda de casa, onde abríamos uma cerveja, com Dancing Queen tocando no rádio e conversávamos até o escurecer. Quanto tempo passou desde aquilo? 

Ás vezes você prefere morrer a ter de viver outro dia nesse lugar. É como se o barulho nauseante dos cadillacs fossem uma sinfonia, que te faz implorar por um fim, uma vida distante. Armas disparam, vidas acabam. Garotas deixam bonecas para serem vadias, garotos estão nas esquinas, fazendo com que a lucidez dos compradores dure mais um dia. Nada evolui, tudo se corrói e se corrompe nas ruas deste lugar. Engrenagens invisíveis giram as correntes da existência decadente no subúrbio.

E eu? Meu namorado possui uma banda, não uma popular e com fãs a seguirem suas apresentações. Ele canta Lou Reed, ícones do pop e rock, e eu o vejo todas as noites, mantenho o seu chapéu fedora em minha cabeça, aplaudindo a cada canção e bebendo a cerveja amarga. Quando ele termina, me beija e diz que sou a melhor. E assim a vida flui entre nós. 

Essa noite Sasori canta Manhattan Skyline, sua voz tão doce e suave, sendo veludada pela poesia da letra, qual a banda envolve em sua melodia. Entre o monte de copos que são servidos as pessoas os ouvem, alguns mandam gorjetas e aplaudem, gritam pedindo para que cantem mais alto ou sugerem uma canção à lista da noite. Mas esta é a última. 

— Conseguimos vinte pratas a mais essa noite — Deidara disse ao se aproximar da mesa —, Sasori escolheu melhor as músicas, un.

— Os clássicos sempre chamam mais atenção — ele diz e me beija. — Saia, Deidara, tem algo que quero falar com Sakura.

O loiro bebeu o restante de minha cerveja que antes jazia na caneca e ajeitou o chapéu negro na cabeça, sorriu e apontou para uma moça que acabara de entrar no bar. Vi-a de relance, vestida num casaco com estampa animal e saia curta, exibindo suas pernas torneadas. Um prostituta, eu diria.

— O que quer falar comigo? — perguntei quando Deidara se afastou.

Sasori segurou em minha mão e começava a deslizar o dedo pela palma, como sempre o faz quando algo importante tem de ser dito ou feito. E neste instante ele parece pronto a me dizer algo, entre as linhas de sua respiração ele formula uma frase que logo chegará aos meus ouvidos. 

— Estou de saco cheio disso aqui — ele diz —, dessa vida, desse bairro... a música não tem me dado dinheiro e se eu abandonar isso, estarei abandonando meu sonho.

Sorrio e seguro em sua mão, firme e tentando demonstrar que estarei ao lado dele até o fim se me pedir.

— Não queria colocá-la nisso e entenderei se achar extremamente perigoso — e seus olhos castanhos me espionam, suplicam e induzem —, tenho um plano para ficarmos ricos e sumirmos deste inferno na terra.

— E o que seria? 

Ele me solta e se recosta na cadeira, buscando com o olhar alguém entre o fluxo de pessoas e, ao parar o sigo. Lá, no canto afastado, na área mais nobre do estabelecimento, eu o vejo. Num paletó bem cortado, qual do bolso um lenço vermelho contrasta com o azul do tecido que o veste, um homem de pele alva e cabelos negros segura firme um copo de cristal com uísque. E ele segue com os olhos as figuras femininas, admirando o corpo delas, desejoso. Ao lado, uma mulher se senta, gracejando com ele, que sequer a olha. A jovem possui a pele bronzeada, cabelos escuros que caem em seu ombro e um decote que reflete todo seu seio. E ele a ignora, indiferente a tudo.

— Não o conheço — declaro —, espero que não esteja pensando em emprestar dinheiro de agiotas.

— Uchiha Sasuke não é um agiota —Sasori me diz, mas mantem os olhos no outro homem —, ele é um cafetão, Sakura.

Como se fosse uma mentira, olho para aquela figura bem vestida outra vez. Um rosto bonito, qual uma mecha de cabelo cobre parte do rosto, dando-o um aspecto bonito. Como poderia algo belo sustentar uma alma corrompida e suja? A vida no subúrbio corrói qualquer bondade quando se põe poder e glória na mira. Volto a fitar Sasori, tentando entender sua sugestão.

— E então...? 

— Sasuke ama suas putas mais que tudo, além do dinheiro, claro — e o ruivo me encarou, sorrindo —, me ajude a roubar tudo dele. Se conseguirmos a fortuna do Uchiha, vamos viver bem na Califórnia. Juntos.

— Certo —  digo —, onde entro nisso? 

Sasori me olha fundo nos olhos e segura a minha mão.

— Seja uma das vadias dele — sua voz é suave e baixa —, faça Sasuke desejá-la a ponto de te dar tudo. E, então, daremos o fora daqui. O que acha?

As palavras saem da boca dele como se fossem ditas com facilidade, como se a ideia possuísse uma ponta de sanidade em si. Roubar e me prostituir. A promessa de riqueza é boa, não devo negar, mas arriscar-se tanto assim...

— Será por pouco tempo — ele me diz —, apenas até ganhar confiança dele e se tornar a garota vip. São as tratadas como rainha, mas você vai mais longe, será dele, só dele. Pense que será tudo fachada, apenas para descobrir os segredos do cofre e fortuna de Sasuke.

— O que eu ganhar durante será apenas meu — eu disse, tentando entrar na ideia de obter riqueza. — E como começo?

— Vá até a mesa dele, diga que precisa de um emprego, mostre que possui algo e o faça ver em você utilidade.

Ri daquilo, lançando um olhar a mais para o Uchiha, dessa vez notando que ele realmente possuía uma beleza que suas expressões fechadas e mal humoradas não deixavam notar. Mas isso o deixa interessante, curiosamente me sinto atraída pela figura, como se pudesse tirar alguma diversão. 

— Me dê um instante antes de ir até lá — disse e Sasori assentiu, sorrindo.

Desviei o caminho para evitar ser notada por Sasuke, temendo estragar o que posso vir a fazer em seguida. Diante do espelho que antecede os banheiros, ajeitei meu cabelo, deixando-o cair em meus ombros. Com os dedos umedeci meus lábios e tentei me deixar o máximo possível como uma das garotas que o seguem. Se eu focar no dinheiro posso facilmente passar por isso, quem sabe até ganhar algo a mais. Possibilidades, a vida está cheia delas. 

Aproximei-me da mesa dele e o encarei, sorrindo. Ao que obtive como resposta sua fria máscara, seus olhos negros me olhando sem demonstrar nada, apenas o brilho da iluminação ambiente. Me sentei ao lado dele e aproximei os lábios de seu ouvido. E ele não se moveu, apenas permaneceu parado, me olhando de canto, esperando meu próximo ato.

— Ouvi dizer que gosta de boas garotas — sussurrei —, e eu preciso de dinheiro. 
Sasuke apenas arqueou a sobrancelha, aguardando minhas palavras.

— Posso ser boa se me pedir...

— Pode mesmo? —  e ele me olhava fixamente. — Ou pode ser uma ? — a voz dele era intensa, ao ponto de me fazer esquecer o que ia dizer em seguida. — Me mostre o que sabe fazer.

Talvez a aproximação tenha me deixado louca, insana a ponto de levantar e puxá-lo para a pista de dança, onde as batidas da música deixava qualquer um envolvido. E o trouxe, ele me seguiu sem hesitar, vindo e segurando minha mão, até pararmos e eu guiar suas palmas por meu corpo. Ao que ele correspondeu facilmente, apertando minhas coxas e trazendo nossos corpos juntos. E eu o deixava me tocar, fingindo com minha respiração ofegante e soltando arquejos em seu ouvido. Como se estivesse em pleno orgasmo. E aqueles toques ficaram rudes, indecentes e quentes...

Sua mão subindo por minha roupa, indo até os seios, de onde ele abriu o fecho do sutiã por baixo do tecido e o retirou, para então me soltar. Ele segurava a peça e me olhava, como uma caça olha sua presa, faminto  e sedento por algo.

— Tem razão — ele disse —, pode mesmo ser uma garota boa — Sasuke pegou a peça de roupa e a cheirou —, mas as minhas garotas não vão pro céu. Está disposta a isso?

E eu assenti, encarando aqueles olhos escuros e o desejando.



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