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História Sui Generis - Parecer médico


Escrita por: SUNGHAEWON

Notas do Autor


Olá, outro capítulo feito com carinho.

Capítulo 31 - Parecer médico


Fanfic / Fanfiction Sui Generis - Parecer médico

Capítulo Anterior

 À noite, quando Yoongi chegou em após um dia agitado, foi tomar um banho para jantar com Hoseok.

-Sunshine, eu já sei o que eu quero de sobremesa! –Falou alto do banheiro, enquanto tirava sua roupa e jogava no cesto de roupa suja.

-Não tem nada pra sobremesa, yeobo! –Hoseok também gritou em resposta, pondo o jogo americano sobre a mesa da cozinha.

-Tem sim, você! –Com chuveiro já aberto e passando shampoo em suas madeixas, riu pervertido de si mesmo, imaginando a cara que Hoseok estaria fazendo.

XXX

Capítulo Atual

Uma tarde em Seoul, a família Jeon estava reunida no quarto do hospital, juntamente com o médico. JungKook, na cama, tinha sua cabeceira um pouco elevada permitindo que sua cabeça ficasse confortavelmente apoiada no travesseiro. Estava bastante triste e o rostinho abatido não negava isso.

Todos tinham um semblante tenso e esperavam o parecer do doutor que acompanhava o caso do motociclista desde que dera entrada na emergência.

-Fizemos a radiografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética para analisarmos seu estado. Você sofreu um traumatismo contundente, ou seja, um impacto muito forte na região lombar da coluna, que ocasionou um choque medular na altura da vértebra L1. –O médico explicava calmamente, olhando diretamente para JungKook.

As respirações ficaram suspensas neste momento.

-Eu e a equipe médica, verificamos que houve um inchaço na medula espinhal devido a concussão, algo menos grave do que nós imaginamos inicialmente.

-Doutor, então meu filho vai voltar a andar? –Ao lado da cama e segurando firmemente uma das mãos do rapaz, senhora Jeon, estava aflita pela notícia. Só pensava no porquê do médico enrolar tanto?!

-Com grande possibilidade. –O médico esboçou um sorriso confortante.

JungKook inspirou profundamente e soltou o ar, contrariado pela resposta do médico que até aquele instante não disse nada do que ele queria ouvir.

-Com grande possibilidade? –O motociclista, transparecendo sua frustração, questionou.

 -Além do analgésico para dor que ele já vem tomando, entraremos com os corticosteroides para tratar esse inchaço, a medida que ele for sendo controlado, a pressão no canal da espinha por onde passa a medula diminuirá, por que ela vai voltando à sua forma íntegra, assim os sintomas da paraplegia vão melhorando e então poderemos afirmar cem por cento.

-Diga em termos de tempo, doutor. –Senhor Jeon que se mantinha do outro lado cama, com as mãos no bolso de seu terno, acompanhava toda explicação e diálogo. Sem muita emoção fez a pergunta. Procurava ser forte, embora internamente estivesse tão preocupado quanto.

-Bom, em casos como estes o paciente pode ter uma recuperação em até 24 horas, mas especificamente devido a proporção do inchaço, não foi isso que aconteceu. Digamos que o prazo máximo possa ser de até seis meses, mas não posso negar a vocês que há relatos na literatura médica de um ano.

-Um ano?! –O motociclista exclamou, os olhinhos puxados, ultimamente com olheiras, começaram a lacrimejar.

Sua mãe levou as mãos à boca e igualmente ao filho, seus olhos também juntaram lágrimas.

O pai colocou a mão no ombro de JungKook e o apertou numa demonstração de apoio.

-Sejamos otimistas, meu rapaz, temos casos irreversíveis. Você tem os movimentos dos braços e controle de sua respiração, deglutição, de sua bexiga, do seu intestino e o mais importante, uma família que te ama e estará com você nessa. –Com os exames em mãos, foi até a prancheta que ficava afixada no pé da cama e fez algumas anotações na ficha do paciente, garantindo que na mudança de plantão tudo seguisse com segurança.

-Sim! –A senhora chorosa confirmou. –Estarei sempre com você, meu filho. –Passou a beijar a face do filho em vários lugares aleatórios.

-Exato, meu filho, exato. –O mais velho dava tapinhas leves no braço livre do acesso para o soro.

-O período de recuperação incluirá fisioterapia e muita dedicação sua. –Enquanto falava, dirigia-se até os pés do paciente, lá pediu licença para levantar o lençol. –Vou tocar seus dedos e você vai me dizer se sentiu algo, certo?

JungKook assentiu.

Sob olhares atentos o médico começou. O pai e a mãe do jovem desviavam suas vistas do médico para o motociclista na expectativa de verem alguma reação. Mas ao final, JungKook apenas apertou os lábios e negou com a cabeça.

-Tudo bem, confesso que ainda é cedo, mas no decorrer do tratamento vou repetir o exame várias vezes, ok?

XXX

Duas semanas se passaram e o humanoide estava mais disposto, não tivera mais febre e seu apetite havia voltado. O tempo do tratamento com o antibiótico encerrou e conforme avaliação de Dr. Yoongi, estava curado da pneumonia.  É verdade que algumas manhãs ainda acordava enjoado, fazendo com que disfarçasse seu estado para que não preocupasse NamJoon. As náuseas eram um caso à parte, não tinha nada a ver com a, agora, extinta infecção de seus pulmões. O dono da fazenda ficava feliz em vê-lo bem e com uma aparência mais saudável.

(...)

-O que eu faço?! –SeokJin diante do espelho se desesperou ao perceber que suas roupas ficavam a cada dia mais apertadas. Precisava sair logo, ou iria se atrasar para mais uma consulta com Doutor Yoongi. NamJoon que o levaria ao consultório, de minuto em minuto batia na porta do quarto do humanoide deixando ele ainda mais nervoso. –Já vou Seu NamJoon! –Respondeu, pegando mais uma calça no guarda-roupa.

-Desculpa te apressar, mas é que eu tenho compromisso também, vou deixar você lá e vou para o entreposto.

-Merda, nada serve! –Resmungou para si quando tentou fechar outra calça. Encolheu a barriga como pode, pois seu bebê não facilitava e forçou o botão, logo depois o zíper. Ajeitou a camisa por cima e secou a fina camada de suor que descia pela lateral do rosto. Tanta agitação e esforço fez nível de adrenalina subir.

-Por que você está vermelho, SeokJin? –O fazendeiro estranhou, assim que o protótipo abriu a porta.

-Eu, eu... eu estou com calor... vamos? –Seguiu para a porta da frente da casa, sendo seguido por NamJoon.

-Tá tudo bem?   

-Está sim, Seu NamJoon... é só calor mesmo.

-Ué, eu não tô sentindo esse calor todo não. –Coçou a cabeça.

No decorrer do trajeto para a cidade, o fazendeiro notou seu carona muito calado.

-Tá preocupado com alguma coisa? –Perguntou depois de passar brevemente os olhos sobre o rapaz.

-Não, eu não estou preocupado com nada, Seu NamJoon. –Mesmo sentindo o incômodo daquela roupa justa em si, sorriu sem necessariamente mostrar os dentes.

Estava sim, muito preocupado, como é que em quinze dias sua barriga podia ter crescido consideravelmente?

Um expressão de dor marcou sua fisionomia e inconscientemente levou as mãos ao pé da barriga.

-O que você tem? –Não passou despercebido pelo motorista.

-Uma dor aq... –Interrompeu sua fala. Não podia se descuidar e entregar seu estado ao dono da fazenda. –Já passou, já passou. –Procurou manter a tranquilidade.

-Quer dar uma barrigada, é isso? Naquele posto alí tem banheiro...

-Ai, Seu NamJoon, que isso?! Não, não preciso ir ao banheiro. –O humanoide ficou verdadeiramente envergonhado com aquela pergunta. Corou como um pimentão.

-Não precisa ter vergonha disso, todo mundo faz.

SeokJin balançou a cabeça em negação, olhando para fora da janela.

Quando chegaram ao consultório, SeokJin despediu-se rapidamente de NamJoon e entrou.

-Boa tarde, Dr. Yoongi, preciso fazer xixi, posso usar o banheiro, por favor? –Um pouco apressado, pediu.

-Sim, fique à vontade. É ali. –Apontou a direção e sorriu para si mesmo, por saber que no estado de SeokJin, essas situações eram normais.

Logo a consulta começou e o protótipo, de imediato, já foi levando uma bronca do médico.

-Não faça mais isso, SeokJin! Olha as marcas em sua barriga, esta calça não lhe serve mais. É claro que sentiu dor, uma câimbra com toda certeza! Seu útero está crescendo, já é o suficiente para diminuir o espaço de sua bexiga, apertando dentro desse jeans fica ainda pior. Fora que você pode prejudicar o desenvolvimento de seu bebê.

O rapaz sentado na maca ouvia a tudo sem nada comentar. Dr. Yoongi estava com a razão mas, como faria para mudar seu número de manequim? Só ia à cidade na carona de NamJoon.

-O resultado do Beta hCG chegou, você está com 20 semanas. –Desta vez, com um tom bem mais simpático falou depois de buscar o exame em seu arquivo.

-Quatro meses? –As orbes de SeokJin ganharam um brilho especial.

-Isso mesmo, você é bem rápido, hein? Está caminhando para o quarto mês de gravidez. –Um pequeno sorriso estampou o rosto do médico. –Venha, pode descer. –Estendeu a mão para auxiliá-lo. –Sobre a ficha de anamnese, que começamos a preencher na fazenda, mas interrompemos por causa da crise do Jimin, podemos continuar hoje. –Sentou-se em sua cadeira, enquanto o grávido sentava na outra de frente para sua mesa.

-Podemos sim. –Abotoando sua camisa o jovem concordou.

-Deixa eu ver onde paramos... -Passou a caneta no corpo do formulário. -Ah, aqui. –Se arrumou na cadeira para prosseguir: -Você é um experimento, portanto, criado num ambiente de laboratório, então sua gravidez é fruto de que método?

O humanoide paralisou e ficou a fitar o médico. Sua respiração ficou ofegante e os seus lábios empalideceram.

 

 


Notas Finais


Embora o capítulo tenha ficado pesado, espero que tenham gostado.

Milhões de beijos!


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