1. Spirit Fanfics >
  2. Suicide love >
  3. Dont leave me

História Suicide love - Dont leave me


Escrita por: HeJuice

Capítulo 48 - Dont leave me


POV. Lilyan

 

         Abri os olhos e não conseguia enxergar um palmo na minha frente, provavelmente eu estou em um lugar muito escuro, pois não consigo avistar nenhuma fresta de luz. Tentei me levantar, mas não consegui meus pés, mãos e tronco estavam atados com o que parecia ser uma corda e para piorar minha situação me prenderam em uma cadeira altamente desconfortável.

         - EU QUERO SAI DAQUI!- gritei na esperança de alguém ouvir.

         Minutos se passaram e nada, ninguém veio até aqui para pelo menos dar uma explicação de o que esta acontecendo, me ameaçar ou coisa do tipo. Pouco tempo depois  a porta se abre e uma claridade de cegar atingiu meus olhos, e logo depois fechou a porta deixando tudo em um completo breu .

 Ouvia os passos da pessoa, mas não conseguia ver nada, só os sentia cada vez mais perto de mim. A luz se acendeu invadindo  o cômodo revelando aonde eu estava, eu conhecia aquela casa, afinal estou a quase um mês aqui, sim é a casa do Gabriel.

         Por um instante passou pela minha cabeça que ele também estava  mancomunado com Victor, mas esse pensamento se desfez quando lembrei de outra hipótese, a que Anastásia deveria ter trago eles para cá, mas a pergunta que me intriga, aonde esta o Gabriel?

         A pessoa se aproximou de mim, e como isso não é mais novidade nenhuma,  a pessoa era o cretino do Victor que me olhava com um olhar  triunfante.

         - Ora, Ora, Ora! Olha quem voltou para mim. -  ele disse rindo.

         - Me solta! – disse entre os dentes.

         - Não! – riu.

         - Você vai ver Victor.  Eles  vão chegar e vão me tirar daqui. – me debati tentando me soltar, mas foi inútil.

         Ele soltou uma gargalhada alta jogando a cabeça para trás.

         - como você é tola irmãzinha. Você ainda acredita que o Bieber vai te achar e te salvar? – me encarou.

         - É claro que vai, e você vai ver. – o encarei bem nos olhos.

         - mesmo que eles consigam chegar até aqui. – ele se aproximou mais de mim. – você já vai está longe. – disse bem perto do meu ouvido.

         - como assim? – perguntei confusa.

         - Ah, irmãzinha. Você me renderá uma boa grana. – ele riu. – Você me saiu melhor do que eu esperava. Engravidou do Bieber!  - ele riu mais alto. – você não poderia ter feito coisa melhor do que isso. – ele se aproximou de mim novamente. – um filho de Justin Bieber,  um filho  do maior criminoso de Atlanta, e podemos arriscar dizer  da Geórgia.- ele acariciou minha barriga.

Aquilo fez meu estomago embrulhas. Não me contive, quando ele olhou para mim, em um ato mecânico cuspi em sua fase.  Ele se encheu de irá e descarregou um tapa forte em minha face que a fez virar. 

- você nunca vai consegui o que quer. – cuspi as palavras.

- Eu já consegui. – ele caminhou até a porta e saiu a trancando e me deixando sozinha.

Sentia meu rosto arder e pulsar  como se meu coração batesse ali. Para piorar minha situação estava de pés e mãos atadas em todos os sentidos  imagináveis, eu estava pedindo aos céus para que tudo isso acabasse.

POV. Justin

Estávamos todos  esperando Derek e o tal piloto, enquanto esperávamos  chamamos os seguranças e alguns de nossos homens que estavam dispersos pelas cidades vizinhas dando ordem para que voltassem para Atlanta -  com exceção dos que estavam em Macon. Eles ficariam lá a nossa espera.

Não se passou muito tempo e Derek entrou puxando um homem e seguido de alguns seguranças.

- Até que enfim. Pensei que tivesse morrido na estrada. –  me levantei e disse serio.

- Me desculpa, mas tivemos alguns imprevistos no trajeto. – ele disse abaixando a cabeça.

- Não quero saber de imprevistos, quero saber de resultados. Conseguiu arrancar algo desse ai?

- Não senhor! – negou.

- Vou resolver isso rapidinho! – fui até ele e tomei o homem de suas mãos, o arrastei  pela sala o jogando em uma cadeira. – eu vou ser bem direto e quero respostas diretas. – disse me aproximando dele. – Aonde você pretendia levar o Belman?

Ele relutou em dizer e eu o esbofeteei.

- Vou perguntar de novo porra.  Para onde você pretendia leva-lo? – disse já alterado.

- Eu não vou falar. – ele me encarou.

- Resposta errada. – disse dando um soco forte em seu nariz   fazendo sangrar mais. -  vou te dá uma segunda chance. Pra onde você o levaria?

- eu já disse que não irei falar! – ele rosnou.  Eu já estava sem paciência nenhuma e ele estava deixando ela no saldo negativo, não pesei suas vezes e dei um soco forte,  agora em seu olho. Ele gemeu de dor. – Seattle! Era para lá que eu o levaria. –  colocou uma das mãos no olho.

- Agora sim estamos chegando aonde eu quero. -  o encarei sorrindo. – Agora responde. O que eles fariam com ela quando chegassem lá?

- Você já está querendo saber de mais. – me olhou com um sorriso sínico.

Não pensei duas vezes e tirei minha  38  do bolso e apontei para ele, o mesmo me  encarou e sorriu. Ele está querendo morrer, só pode.  Não atirei porque preciso dele ainda, mas em fez disso dei um tapa no meio da fusa dele com o capo da 38, o que deixou a marca dele estampada.

- Tem alguma coisa para me dizer? – disse calmo e encarando-o.

Ele olhou para mim passando a mão pelo vergão que se formou em seu rosto.

- Já disse, eu não vou falar mais nada. – ele rosnou. Ameacei dar outro tapa com o capo da 38 e ele se rendeu. – tá bom, tá bom. Eu vou falar.  – ele me encarou. – Depois de Seattle eles a levarão para fora do país, só que vai ser outro piloto.

- Seja mais especifico, para qual pais a levarão?- disse firme.

- Eu não sei, tá legal? Eu sou só um piloto, não o braço direito dele. – respondeu.

- donde ele partiria? Em qual parte de Macon você estaria esperando por ele? -  perguntei.

- extremo norte da cidade, lá tem um terreno baldio onde daria perfeitamente para um CTLS pousar. – ele explicou.

- e a que hora ele pretendia decolar?

- entre as sete ou oito horas da noite. Ele pretende chegar com ela pela manhã no outro país.

- espero que isso não seja pista falsa, senão…

- pode confiar.

- eu não confio. Por isso vou te manter aqui e sua família também. – disse simples.

- Os deixem fora disso Bieber. – ele disse com raiva vindo para cima de mim. Não me preocupei em me defender, pois os seguranças o seguraram. -  eles não tem nada a ver com isso. – disse se debatendo.

- Nem eu. – dei de ombro e me afastei enquanto os seguranças o levavam para outro cômodo onde  dariam um jeito nele.

Fui para onde os outros estavam, pois eles tinham prosseguido com os planos. Cheguei e bati a arma na mesa chamando a atenção de todos.

- Conseguiu mais alguma coisa? – Adam perguntou.

- Sim! – me sentei na cadeia da cabeceira da mesa. -  ele disse hora e local.

- então fale! – Candice falou apresada.

- será no extremo norte de Macon, em um terreno baldio que tem por lá, isso acontecerá entre as sete ou oito da noite. – os encarei.

- Ele contou o destino? -  Chris perguntou.

- Eles irão até Seattle e de lá para fora do país.

- Ele disse que país? – Chaz questionou.

- Não, só me disse que ele pretende chegar com  ela nesse pais, pela manha .

- então temos menos de dezesseis ou dezessete  horas para arrumar um plano e detê-lo. – Ryan disse. Assenti.

- Temos que impedi-lo antes de sair de Macon. Pelo que o piloto contou, ele vai de CTLS, isso significa que ele vai voar sozinho com ela até Seattle. 

- então não seria mais vantajoso pegarmos ele em Seattle, já que ele chegará sozinho com ela? – Chaz disse.

- claro que não, em Seattle provavelmente terá uma escolta. – Adam retrucou. – Se for verdade o que o piloto disse e ele realmente vai leva-la para fora do país, só pode ser por um motivo. -  ele nos olhou. – o tal homem interessado pela Ly. Pelo que eu consegui de informações esse tal homem é muito rico e esta disposto a pagar muito por ela.

- Uma coisa eu não entendo. – Candice chamou nossa atenção. – por que esse tal homem misterioso é tão interessado pela Ly? Que eu saiba a família dela não era rica e nem convivia com pessoas desse porte.

Essa é uma bela pergunta, porque ele homem a quer tanto? Por que ela? Entre tantas garotas porque ele a escolheu?

- O motivo nem o próprio Victor sabe. – Adam respondeu. – pelo que eu consegui na boate, esse homem ofereceu uma grande quantia em dinheiro em troca dela depois que o Justin a tirou da boate. A identidade dele é um mistério, ele mantem sigilo absoluto, se comunica com Victor através de representantes.

  - isso é estranho. – Chris disse. – quem estaria disposto a pagar rios de dinheiro por uma garota sem ter motivo?

- talvez ele seja alguém  interessado nela desde o passado, ou talvez seja algum inimigo do Justin, sei lá, nenhuma hipótese pode ser descartadas. – Adam disse.

- Um inimigo meu? – me manifestei. – isso seria muita insanidade, quem pagaria esse dinheiro todo para pegar uma mulher minha?  Sendo que eu já tive varias. – disse como se fosse obvio.

- Mas  você se apegou a essa. – ele respondeu. – se apegou tanto que se dispôs a protegê-la. Sem contar que ela está grávida de um filho seu. -  completou.

- Isso faz sentido. – Ryan disse e todos assentiram excerto eu.

- mesmo se isso fosse verdade, inimigos eu tenho vários,  não dá para saber um. – disse. Adam deu de ombro. –o que importa é que ele não vai conseguir isso, nós o impediremos. – todos assentiram.

- temos que armar uma emboscada e pega-lo. – Ryan disse, assentimos.

- o objetivo é salva-la  e matar todos os outros. – disse.

- precisaremos de reforços. – Chaz disse.

- os homens estão de volta a Atlanta. – respondi.

- precisaremos de alguém que conheça a cidade. – Candice disse olhando para o sofá onde  Gabriel estava. Todos olharam na mesma direção.

- o que foi? -  ele perguntou quando percebeu  os olhares sobre ele.

- chegou a hora de você provar que é útil. – Candice se levantou indo até ele e o trazendo para a mesa, aonde o pôs sentado em seu lugar.

- você está de brincadeira, só  pode. Como você quer colocar esse babaca no esquema? Isso não é um assalto à uma loja de conveniências Candice, isso é uma operação de resgate e excussão de um inimigo.  – disse.

- Precisamos de uma pessoa que conheça a cidade, e nada melhor que um morador dela. – ela disse obvio.

- ele não apresenta nenhum perigo. – Chris disse.

- isso vai dá merda. –resmunguei.

- Traga um mapa de Macon para mim. – ela ordenou para um dos seguranças. – É pra já.

- sim senhora. – o segurança assentiu e se retirou.

- ainda acho que não é uma boa ideia, aliais, é uma péssima ideia. – disse.

- pare de agourar as coisas Justin. – ela disse.

- se é para salvar a Ly eu quero ajudar. – Gabriel se manifestou e Candice olhou para mim com uma cara de “ esta vendo como minha ideia é boa?” , bufei. – e não vai ser você que vai me impedir de fazer isso, príncipe ogro. -  ele disse olhando  para mim.

Aquilo já esta me dando nos nervos, eu juro que se ele me chamar de príncipe ogro mais uma vez, eu vou quebra-lo em pedaços. Eu até ameacei fazer isso, porem me seguraram.

- aqui está senhora. – o segurança entrou na sala novamente  trazendo em mãos um mapa, ele o entregou para Candice e se retirou novamente.

- agora  é sua vez. – Candice estendeu o mapa em cima da grande mesa em que estávamos. – quais são os terrenos baldios que há? – ela disse e entregou uma caneta a ele.

Ele nos encarou e se levantou para melhor analisar o mapa, passou a mão pelo mesmo olhando todos os locais.  Ele circulou toda a área do extremo norte da cidade.

- todos os terrenos baldios que há nessa parte da cidade são esses. – ele marcou pequenas áreas do circulo. – totalizando cerca de vinte terrenos.  -  ele finalizou.

- Porra, demoraríamos um século para achar o ponto certo. – Ryan disse. – não seria mais fácil você perguntar a ele qual seria o lugar exato Justin? – ele olhou pra mim.

-  se ele estivesse acordado eu até que perguntaria. – dei de ombro.

- o que você fez com ele Bieber? – Adam perguntou.

- estão ouvindo barulho?- disse fazendo com que se formasse um silencio na sala. Eles negaram. – então, isso significa que eles deram um jeito nele.

- você ordenou que eles o matassem? – Chaz perguntou. – Drew seu idiota, e se ele estiver mentindo, como vamos fazer?

- para de ser dramático Chaz. – disse serio. – ele não está morto, apenas desacordado.

Ouvi alguém limpar a garganta chamando nossa atenção.

- posso continuar? – Gabriel disse.  O encaramos. -  bom, desses lugares podemos dispensar alguns. Pois muitos deles são de casas abandonadas. - ele começou a riscar alguns locais. – e como vocês disseram, nesses locais não tem como uma aeronave de pequeno porte pousar. – ele nos olhou. – isso elimina metade desses locais.

- mas ainda restam dez, e isso ainda é muito. – Chris disse.

- mas desses dez, dois são ruinas de uma fabrica. – ele riscou mais dois do mapa. – quatro é boca de fumo. – ele riscou mais quatro do mapa. O que nos deixava com somente quatro locais, estava melhorando. – e esses dois são galpões.

- não podemos dispensar esses dois, afinal para um CTLS, um galpão daria muito bem.  – Candice disse.

- creio que não. – ele disse. – pelo que vocês disseram ele vai fazer pouso e decolagem, então não tem espaço suficiente. E também eles são ocupados por gângsteres. – ele riscou os dois locais. – só restou esse dois aqui. – ele apontou. -  ambos são bons locais para decolagem e pouso desse tipo de aeronave, e ainda são bem afastado da cidade.

- não dá para ser mais objetivo? – disse.

- mas especifico que isso? Não tem como. – ele respondeu. – os dois terrenos são afastados da cidade, não tem nenhum tipo de vizinhança por perto, são grande o suficiente para fazer uma decolagem perfeita. -  ele disse mostrando tudo o que falava no mapa.

- talvez isso possa ser até melhor. – Ryan disse. - assim  se o Victor tentar mudar a rota para outro lugar já saberemos para onde ele vai.

- armaremos uma emboscada nos dois lugares. Assim não terá escapatória. – Candice disse. Confirmei.

- então precisaremos dobrar o número de pessoas envolvidas. -  Ryan disse.

-eu acho muito arriscado  mandá-lo pilotando a aeronave, ele pode muito bem desviar o trajeto ou tentar avisar pelo radio. – disse. – eu vou em seu lugar.

-eu acho isso muito arriscado Justin. Você seria reconhecido facilmente. – Ryan disse,

- não se eu não sair da aeronave. –  respondi.

- como assim não sai da aeronave? – eles me perguntaram.

Comecei a explica-los como eu estava planejando fazer isso, e eles concordaram com minha proposta, mesmo achando que seria arriscado. Adam se habilitou  em pilotar a outra aeronave, pois cada uma iria para um lugar diferente.  Mandamos dois seguranças voltarem ao local aonde pegaram o piloto e tirarem fotos da aeronave, pois elas tinham que parecer idêntica a do Belman. Chamamos os homens e seguranças que estavam nas buscas por ela, todos chegaram ao QG rapidamente, confesso que lá ficou pequeno para tanta gente.

O dia já estava amanhecendo e nós ainda estávamos lá  ajustando os últimos detalhes. Seria dividido em dois grupos, um iria para o terreno I que era o mais provável e o outro grupo para o terreno II, o suplente.  Brian, Candice e Chris iriam  ficar como responsáveis pelo grupo  do terreno II e Chaz, Ryan e eu ficaríamos no I, cerca de trinta e cinco homens em cada grupo. Todos ficariam escondidos no meio do matagal ou arredores do terreno.

O esquema seria dividido assim, seis carros de fuga, neles estariam homens armados e prontos para entrarem em ação assim  ele chegasse para embarcar, Candice e Ryan ficariam responsáveis por eles. E caso Victor tentasse fugir  eles iriam atrás, além de ajudarem a encurrala-lo na hora da excussão do plano. Eles ficariam nos arredores do terreno.

O restante dos homens ficariam escondidos no terreno  somente a espera da ordem para entrarem em ação, a ordem viriam de mim e do Adam, daríamos sinal para eles, quando desligássemos o CTLS seria a hora de atacar. Quem ficaria responsável por eles seria Chris e Chaz. Todos os dois grupos armados, com armas precisas e praticas, não podíamos perder tempo.

E Adam e eu chegaríamos no CTLS. Todos que estavam envolvidos no plano eram de extrema confiança, não podíamos arriscar. O plano tem tudo para dar certo, porém ninguém pode falhar. Os seguranças chegaram com as fotos da aeronave, logo tratei de ligar para um de nossos parceiros que sempre alugava aeronaves para nós quando nos era necessário para alguma missão, ele logo confirmou e reservou dois. Conseguimos clonar a placa e a numeração da aeronave. Tudo estava pronto. Olhei no relógio e só faltava somente  quatro horas para tudo isso entrar em pratica e sem erros.

Chaz, Ryan, Candice e Chris acompanhados pelos homens de seus grupos pegaram a estrada em direção a Macon, pois eles deveriam chegar junto com a noite, não podíamos ter atrasos. Cada carro pegou uma rota diferente, mas que não alterava muito o tempo de chegada, e também não podíamos correr o risco de sermos descobertos, todos estavam em carros de passeio- com placas frias, assim não levantariam suspeitas alguma.  Adam e eu sairíamos algumas horas depois, pois pelo ar demoravam menos tempo, mesmo assim não sairíamos muito tarde, temos que chegar junto com os outros, mas ficaremos na cidade vizinha até dá a hora de tudo acontecer.

         POV.  Lilyan

 

         Depois de uma noite desconfortável nessa cadeira ninguém mais apareceu aqui, nem para dar um parecer, ameaçar ou coisa do tipo.  De onde estou não dá para saber o que está se passando lá fora, não conseguia ouvir nada, nem um ruído, o que era estranho.

         A porta se abriu e se fechou rapidamente dando tempo somente de uma pessoa entrar, sentia que havia alguém com os olhares fixos em mim, mas não conseguiu ver quem era. A pessoa acendeu a luz fazendo com que uma claridade de cegar me atingisse,  fechei os olhos  pois o impacto foi forte e fez minha vista doer um pouco, o que se passou rapidamente e em seguida fui abrindo lentamente até ela se acostumar com a luminosidade. A pessoa começa a se aproximar de mim o barulho do salto revela que é uma mulher, ela rodeia a cadeira se pondo em minha frente.

         - De quem vai ser o final feliz agora? – ela disse debochadamente soltando uma gargalhada.

         - Você vai pagar por isso Anastásia!  -  disse firme.

         Ela jogou a cabeça para trás e deu uma gargalhada alta, e logo em seguida me encarou.

         - E quem vai cobrar? Você? -   ela disse sínica.  -  que eu saiba você não vai poder fazer nada contra mim daqui algumas horas. – ela fingiu voz de choro. – a vingança é um prato que se come frito, mas o meu eu vou comer pelando. – ela passou as mãos pelos lábios.

         - Cuidado que você pode se queimar. – disse no mesmo tom que ela.

         - quem brinca com fogo não costuma se queimar. – sorriu de lado. – e pode deixar que eu aproveitarei tudo que minha vingança vai me proporcionar, dinheiro, carros, casas, e o melhor de tudo Justin. – ela riu. – hmm, pode deixar que eu irei cuidar dele, de um jeito  especial como só eu sei. – ela sorriu torto.

         - ele não vai querer você por perto, ele vai descobri o que você fez, do lado de quem você estava, ele  não vai te admitir outra vez. – cuspi as palavras.  Ela riu forçado.

         - ele já caiu uma vez, não só ele como todos eles. Eles acreditaram na historinha de que eu voltei porque estava com saudade da minha antiga vida e tudo mais. – ela mudou o tom de voz. – eles irão cair na minha outra historia também.  A  de vitima, que não sabia de nada disso, que foi usada, enganada. –ela disse colocando a mão no peito se fingindo de vitima.

         - eu não teria tanta certeza. – a encarei. Ela deu uma gargalhada.

         - vamos parar com essa ladainha. – ela disse parando o riso. – você precisa se arrumar para seu Grand Finale. – ela me desamarrou  e me puxou levando até o banheiro, aonde entramos e ela trancou a porta. – vou ficar aqui por precaução, vai que você tenta fugir. – ela trancou a porta e quartou a chave em seu sutiã. – o que você está esperando para começar a tomar banho? É tão inútil assim que nem isso sabe fazer?-  ela me olhou.

         Não esbocei reação alguma em minha face,  como em um ato mecânico fui tirando minha roupa  ficando apenas de lingerie.

         - eu sinceramente não sei o que o Bieber viu em você. – ela disse olhando para meu corpo. – não sei como ele conseguiu me trocar por você. – ela disse com desdém se levantando e vindo ao meu encontro. – eu sou muito melhor do que você, em todos os quesitos imagináveis.

         - É tão boa que ele te trocou por mim. – disse a encarando com um tom carregado de sarcasmo. -  você só diz isso de mim por que não consegue superar ter sido trocada por outra, não aguenta ver que a outra. –apontei pra mim. – está tendo coisas que você não teve. Se toca, você só passou de uma foda, uma foda que não significou nada para ele. – disse olhando fixamente nos olhos  dando uma risada fraca.

         - me espanta ver como você é iludida,  ele só está com você por que  aceitou te proteger e para desafiar seu irmão.- balbuciei um “ eu não teria tanta certeza”.- você não significa nada para ele, nem você e nem essa criança. – ela passou a mão pela minha barriga e a arranhando. Em um ato involuntário dei um tapa no rosto dela, e a mesma rebateu me dando outro  e em seguida ela se retirou me deixando sozinha no banheiro.

         Entrei dentro do box e acabei de tirar minha roupa entrando debaixo do chuveiro. A agua morna caia sobre meu corpo e parecia levar com ela  todo peso que estava em mim, encarei minha barriga e a mesma estava com uma leve marca da unha daquela  vadia. Se alguma coisa acontecer com meu filho eu furo que eu vou até o cabaré aonde ela se esconde e acabo com a vida dela.

         - fica calminho, eu sei que tudo isso já esta acabando. Eu sinto. – disse acariciando minha barriga.

         Acabei de tomar banho e sair do box,  vi que em cima de um suporte tinha uma muda de roupa, a peguei e analisei, era uma lingerie e um vestido rosa bebê com detalhes   em branco. Pequei e  a vesti  e logo esmurrei a porta para que alguém a abrisse. Não demorou muito e uma pessoa abriu e me olhou de cima a baixo.

         - ficou perfeito, você tem que aparentar estar saudável, não quero que descontem do pagamento final. – Victor disse passando as mãos pelo meu rosto. – Marie, venha até aqui. – uma garota loira se aproximou. – faça uma maquiagem que esconda essas marcas que estão no rosto dela, ela tem que parecer saudável e feliz. – ele disse para a garota.

         - Sim senhor. – ela o respondeu e logo em seguida o mesmo saiu. – vamos? – ela disse apontando para um cômodo, aonde  era o quarto de Gabriel.

         Ela começou a fazer a maquiagem, confesso que nem tive interesse  em ver como estava, e  também penetrou meus cabelos, pelo que dava para perceber estava com uma trança embutida. Logo quando terminou me entregou um par de sapatos de salto médio, eles eram de cor nude, e me  levou para a sala aonde se encontrava  Victor e Anastásia.

         - esta perfeita! – Victor disse assim que cheguei a sala. – pronta para um novo começo. – ele sorriu, Anastásia me encarava.

         - Nos encontramos mais tarde! -  ela disse puxando Victor e lhe dando um beijo, que diga-se de passagem foi demorado, faltava pouco eles começarem a se atracar no meio da sala, ela finalizou o beijo e  me lançou um olhar e logo se retirou.

         Não demorou muito para nós partimos, descemos até a frente do prédio aonde tinham um carro já a nossa espera e mais quatro- que provavelmente seria para fazer a escolta. O carro deu partida e saiu cortando a cidade, estávamos indo para uma  área  que eu nunca tinha ido antes. Chegamos a certo ponto que não tinha mais iluminação direito e havia terrenos abandonados  e sem nenhuma vizinhança por perto, e como já estava anoite tudo ficava mais assustador ao meu ver.

         O carros começaram a parar no que parecia ser um terreno baldio, a porta do carro se abriu  e  saímos do mesmo. No fundo dava para ouvir o  barulho de uma aeronave pousando. Victor segurava firme em minha mão, para  garantir que eu não iria fugir, fomos caminhando para o interior do terreno.

         Estávamos indo em direção à aeronave, porem quanto mais nós nos aproximava, mais o barulho dela ia ficando fraco, até que parrou.    Victor olhou confuso para os lados, mas continuou andando. Ouvimos um  barulho no que parecia ser um tiro, ele olhou para os lados e sacou a arma- provável mente ele não estava esperando por isso,  vi quando um dos seguranças que estava do meu lado caiu no chão, confesso que comecei a ficar assustada . De repente o barulho começou a ficar mais intenso, como se uma rajada de tiro viesse em nossa direção.

          Victor me puxou e saiu correndo, ele tentou ir em direção a aeronave, mas mudou de ideia quando viu que homens inimigos estavam correndo atrás dele, nos escondemos atrás de um carro enquanto ouvimos os barulhos incessantes de tiros. O carro passou a ser alvo dos tiros, então mais que rapidamente  ele me puxou para que saíssemos dali.

         Confesso que estava assustada,  os barulhos, os tiros em nossa direção, fugíamos de um lado para o outro a procura de um lugar seguro, mas parece que  não havia  mais, havia homens armados e atirando para todos os lados, estávamos sem saída, encurralados.

         - Você  não tem outra saída a não ser se entregar Victor! – uma  voz gritou um pouco distantes. Eu conhecia aquela voz, era a voz dele, sim ele veio me buscar, confesso que meu coração bateu um pouco mais aliviado. – eu quero a garota, somente isso. – ele disse.

         - a garota você não vai ter, só se me matar. – ele me puxou com força  e prendeu meu pescoço em seus braços, e foi caminhando para onde estava os outros.

         - Largue-a. – ouvi a voz de Justin.

         - não, se ela  tiver que ir a algum lugar ela vai comigo .- ele prensou a arma contra minha cabeça.

         - eu não estou para brincadeira, entregue-a! – Justin ordenou.

         - Não, para isso terão que me matar primeiro…

         - com todo prazer. – Justin disse.

         -… mas antes eu a mato. – ouvi o barulho da arma sendo engatilhada.

         Minha única reação foi fechar os olhos e  esperar tudo acabar. Ouvi o barulho de arma sendo disparada, senti algo pesar sobre meu ombro o que me levou para baixo, abri os olhos  e me vi com Victor em meus braços.

         Ele tossia  enquanto seu sangue escorria por sua boca, ele  segurou forte em meu braço chamando minha atenção. Ele começou a balbuciar alguma coisa que não dava para entender, eu olhava fixamente em seus olhos e boca para tentar compreender o que ele tentava dizer.

         - Minha mãe acorde, de tanto dormir … -  com muito custo eu consegui entender o que ele falava.

         Ele começou a cantarolar uma velha canção, canção essa que tinha uma alta influencia sobre mim e me fez remeter ao passado como de imediato.

 Parecia que o mundo tinha parado naquele instante e só estava somente eu e ele, eu olhava ao meu redor e não via o cenário de antes,  pelo contrario  ao meu redor havia um senário claro que foi se moldando até  se transformar no que era meu quarto.

         Flashback on

 

         - Acho que tem gente quase dormindo. – mamãe disse para Victor e eu, nós estávamos no sofá da sala ouvindo-a tocar piano.

         Ela tocava e cantava como se suas mãos deslizassem nas teclas do instrumento e sua voz era angelical. Ela deu o primeiro acorde e nós já reconhecíamos na hora a musica que vinha, era a musica que ela cantava para que nós dormíssemos.

         - Minha mãe acorde, de tanto dormir. Venha ver o  pobre cego vida minha, cantar e pedir.

         - se ele canta e pede, dê-lhe pão e vinho. Manda ir o pobre cego vida minha, cantar e pedir. – nós cantávamos baixinho junto com ela.

         - não quero seu pão, nem também seu vinho. Quero só que eles, vida minha, me ensine o caminho. – ela parou de tocar e veio ao nosso encontro. 

         Ela se sentou entre nós colocando nossa cabeça em seu colo e acariciava nossos cabelos.

         - anda mais amorzinhos, mas um bocadinho, eu sou um pobre cego vida minha, não sei o caminho. – com aquela voz angelical nós começávamos a adormecer.

         Flashback off

        

         - não sei o caminho. – ele terminou de cantar em meio a tosse.

         As mãos dele se afrouxou em meu braço, olhei fixos em seus olhos os mesmos foram  perdendo o brilho. Ele balbuciou uma coisa que eu não consegui compreender. Seus olhos ficaram imóveis e seu pulso parou, confesso que nesse momento todo aquele cenário que se formou em nossa volta caiu por terra e voltou aquela escuridão.

 Uma dor incalculável atingiu meu peito, as lagrimas caiam freneticamente pelo meu rosto, por mais que ele tenha feito tudo isso comigo ele nunca deixou de ser meu irmão, por mais que eu o odiasse pelas coisas que me fez passar ele ainda era sangue do meu sangue, ele era a única família que havia restado, e agora só restou eu.

Por mais que ele tenha sido um crápula, que  me jogou nessa vida eu tenho que agradece-lo, pois foi dessa desventura que encontrei pessoas  que vou levar  para o resto da vida, foi dessa desventura que eu encontrei amigos, foi dessa desventura que eu encontrei o amor, foi dela que ganhei meu bem mais preciso, meu filho.

Eu sentia meu corpo  tremer, eu o olhava o corpo dele sem vida em meus braços, um aperto atingia meu peito o que me fazia sufocar e o ar faltar em meus pulmões, minha vontade era de gritar para extravasar toda a dor que eu estava sentindo, mas não conseguia, minha voz não saia, era como se tivesse um nó em minha garganta. Senti uma pontada forte na cabeça e minha visão começou a ficar embasada e meu corpo  enfraquecer, tudo se escureceu quando eu senti meu corpo entrar em contato com o chão.

Pov. Justin

 

         Quando ouvi o choro dela fui correndo ao seu encontro, estava no meio do caminho quando a vi cair no chão, quando cheguei perto ela estava caída ao lado dele, sua mão repousava em seu peito. A peguei em meus braços, eu a sacodia e chamava pelo seu nome e ela não me respondia, sua roupa suja de sangue, e seu corpo mole. Um desespero tomou conta de mim como nunca antes havia acontecido, me levantei com ela em meus braços e caminhei até um dos carros que estava por perto.

         - Qual é o hospital mais próximo? – gritei desesperado colocando ela deitada no banco de trás.

         - fica no centro da cidade. – Gabriel disse.

         - leve-me até lá. – disse, ele assentiu e entrou no carro seguido por mim. Ele deu partida e fomos. – rápido, rápido. – ordenei.

         - eu estou indo o mais rápido que eu posso. – respondeu.

         Eu estava no banco de trás com ela, sua cabeça apoiada em minhas pernas eu acariciava seus cabelos.

         - por favor, não me deixe. – sussurrei bem perto dela, lhe dando um beijo.


Notas Finais


creio que muitos de vocês já ouviram essa canção(mina mãe costumava cantar pra mim)

se isso tranquiliza vocês, nada de mal ira acontecer a ela. :)

capitulo ficou gigante ao meu ver. mas ficou legal :)

comentem o que acharam


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...