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História Suicide Soul - Part of the plane


Escrita por: HeJuice

Capítulo 3 - Part of the plane


Fanfic / Fanfiction Suicide Soul - Part of the plane

Acordei com o despertador do celular berrando na minha cabeça, fui apalpando a cama até encontra-lo,  levantei a cabeça e encarei o visor, no mesmo marcava seis horas da manhã, eu já estou acostumada a acordar essa hora para correr, mas sempre é um martírio. Levantei da cama e fui me arrastando até o banheiro aonde me despi e entrei debaixo do chuveiro, a água gelada que escorria pelo meu corpo ajudava a despertar.

         Rumei novamente para o quarto enrolada em uma toalha, fui até a mala aonde pequei minha roupa para correr, que era: um short curto e um pouco largo, um sutiã de malhação, um casaco de touca – o mesmo era feito de um material fresco e cheio de furos  e na parte do tronco era curto deixando a barriga a mostra e tênis. Os vesti , prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto e peguei minha braçadeira na qual eu colocava meu celular,  conectei o fone ao celular e coloquei a braçadeira no braço direito.

         Sai do quarto, tranquei a porta e desci pra cozinha aonde  encontrei todas as  garotas da boate sentadas a mesa, ignorei ao máximo os olhares atravessados e me sentei em uma das cabeceiras da mesa. Meu café logo foi servido. Durante toda a refeição tive que ficar ouvindo indiretas da parte delas como: “ nossa, ontem o Bieber veio me ver, e disse que virá hoje novamente”, “ ontem o Bieber me levou a loucura”.

Não rebati nenhuma das provocações, por que, primeiro, eu não vou me rebaixar ao nível delas, segundo, eu não tenho  nada haver com o que ele faz ou deixa de fazer, a vida é dele, o pau é dele e ele fode a puta que ele quiser.

           Terminei minha refeição em silêncio, me retirei da mesa e rumei para fora da boate. Em frente a mesma fiz meu alongamento, olhei no relógio e marcava sete horas da manha, eu tinha  exatamente uma hora para cortar a cidade,  Chris me avisou que nos encontraríamos as oito da manha no QG. Coloquei o fone de ouvido no volume máximo em um remix daqueles  e sai pelas ruas.

           Ao som da musica alta meus pés pareciam flutuar  na imensidão chamada asfalto,  espiração ofegante, coração acelerado, corpo começando a ficar suado. A paisagem a cada segundo se modificava ao meu redor, um, dois, três, quatro bairros já havia se passado, já havia andado praticamente mais da metade do meu trajeto.  Parei em uma calçada para descansar debaixo de uma arvore, já era quase oito horas e as ruas já começavam a ficar movimentadas.

      Voltei a correr agora pela calçada, atravessei mais dois bairros ate que cheguei ao que ficava o QG, a rua era pouco movimentada, não havia muito carro, e nem pessoas, cheguei em frente a casa e adentrei ao quintal. Fui andando pelo caminho ate perto da porta, resolvi não entrar de imediato, fui para o jardim aonde tinha uma torneira e lá lavei meu rosto, recuperei o folego e resolvi entra.

         Olhei para o relógio e marcava oito horas e dois minutos, adentrei a casa e a mesma estava silenciosa. Será que eu cheguei cedo demais? A mesma por dentro estava fria, por causa do ar-condicionado, o que eu agradeci aos céus, pois estava com calor. Como estava tudo em silencio, me sentei no sofá da sala para espera-los.

            ― você esta atrasada. - uma voz disse.

         Olhei para ver da onde vinha, e vi  Justin que estava debruçado na grade do segundo andar olhando para mim.

        ―eu pensei que não houvesse ninguém, por isso decidi esperar. - respondi.

         ―pensou errado. - retrucou. ―pode subir. - ordenou.

         Não respondi somente me levantei e  comecei a subir as escadas que dava acesso o segundo andar. Chegando ao mesmo eu o segui ate uma sala aonde entrou na mesma. Ele estava com os cabelos um pouco bagunçados , uma cara de ressaca e de quem passou a noite fazendo sexo. Ele se sentou espojando-se na cadeira atrás da mesa e começou a me encarar.

    Aqueles olhos que transbordava uma infinidade de coisas na qual você poderia escolher a que te  corresponderia naquele momento , e nesse momento, olhando para ele o que me corresponderia seria o de  prazer.

    ―não vai se aproximar? - perguntou-me.

Aproximei-me e despojei-me na cadeira que havia em frente a mesa.

―os outros não virão? – perguntei.

―Não. – responde-me

―hm…

―vamos acabar com isso logo. – ele disse quebrando aquele silêncio que começou a se formar. – já que os outros insistem nessa ideia absurda de você participar do roubo. – ele se jogou para trás. – eu sou obrigado a passar as instruções do que você  deverá fazer.

Que ele não me queria no plano, isso já era evidente, mas farei questão de esfregar na cara dele que eu posso fazer isso tanto quanto ele.

―bom, daqui a três noites o governador dará uma festa para inaugurar seu novo transatlântico de luxo, e para fazer isso oferecera uma festa com pessoas da alta sociedade, como empresários, outros políticos. Nesse mesmo transatlântico estará o novo lote  de diamantes que ele arrematou  em um leilão a uma semana atrás.

 ―e como você pretende roubar esses diamantes?  Perguntei.

―essa festa que ele irá oferecer, será um baile de máscaras. O que facilitará as coisas para o nosso lado. – assenti.

 ―e aonde eu entro nisso? – perguntei

 ―sua parte é simples. – começou. – o cofre não é daqueles tradicionais, ele só abre com impressão digital. O que você tem que fazer é pegar as impressões do governador e me entregar. – concluiu.

 ―só isso? –assentiu. – isso será muito fácil. – debochei. Ele balançou a cabeça e riu.

―Muito fácil? –riu pelo nariz. Assenti. – só vou te dar um aviso, ele é conhecido como mão branca. –falou. – sabe o que é isso? – neguei. – isso significa que ele só anda de luvas.

―então como eu vou pegar essas malditas impressões digitais se o homem só anda de luvas? – perguntei sem entender.  Ele balançou a cabeça e riu.

―Ué? Você não disse que seria fácil? – riu. – então… - ele veio para o meu lado. – dá o seu jeito, fodona de Miami. – falou bem perto do meu ouvido.

 Eu estou totalmente sem o que pensar, como eu vou pegar impressões digitais se o tal governador só anda de luvas?

Isso é um teste, ele está querendo me ver fora do esquema, mas ele não vai conseguir.

―está bem, eu dou meu jeito. – falei confiante.

―vai? – arqueou a sobrancelha. Assenti.

―é só você me mostrar como será o local, e eu no resto eu me viro. – falei.

―siga-me. – ele se levantou e saiu da sala.

Fui seguindo-o até o final do corredor, ele abriu a porta e me deu passagem, a sala era totalmente escura e não tinha ar-condicionado, estava um forno dentro da mesma.  Ele acendeu a luz revelando varias fotografias.

―essas fotos foram tiradas pela Victoria assim que o transatlântico ficou pronto. – ele apontou para as fotos. –aproxime-se. – ordenou, me aproximei com cuidado, pois a sala não estava totalmente iluminada.

Havia fotos em todas as partes, nas paredes, em cima da grande mesa, em todos os lugares, e do jeito que esta nas fotos, o transatlântico transborda luxo, e muito luxo.

―todas essas fotos são do transatlântico.  Como você pode ver ele é bem luxuoso. – falou.

―deu para perceber. – fui me aproximando da parede aonde tinha varias fotos do que seria um salão de festas.

―aqui será aonde tudo ira acontecer.- ele mostrou uma foto  em um projetor, ali dava para ver mais claramente o quão luxuoso era.

―como iremos entrar? – perguntei.

―a Pattie recebeu um convite.

Isso já era de se esperar , a Pattie era uma grande empresaria em New York,  Los Angeles e aqui em Atlanta.

―e eu irei acompanhando-a – continuou.

―e como eu irei entrar? Bom, eu não tenho convite.

―não se preocupe,  nós falsificaremos um convite para você.  – assenti. – você chegará de helicóptero, que eu mesmo providenciarei. – assenti.

Ele alterou mais uma vez a foto do telão, agora estava uma foto do que parecia ser  um gabinete.

―aqui é o gabinete do governador, e onde está localizado o cofre. Tudo o que você terá que fazer é pegar as impressões, como eu já havia dito. – assenti.

―e como eu irei colher essas impressões?

―Chaz desenvolveu uma espécie de espuma de silicone. Tudo o que você precisara fazer é encosta-la no dedo do governador  e as impressões ficarão na espuma. – assenti. – depois disso você me encontrará no corredor onde fica o gabinete e entregar a espuma.

―você tem o mapa do transatlântico? – perguntei.

Ele assentiu e mudou a imagem novamente para a de um mapa.

―esse é o mapa. Ryan conseguiu construí-lo a partir das fotos que Victoria havia tirado – disse. – aqui fica o salão. – apontou com o laser . – e aqui o gabinete. – apontou novamente.

―onde fica a cabine do capitão? – perguntei.

―para que você quer saber? – perguntou-me

―é parte do meu esquema. – respondi.

―eu não quero saber de imprevisto nos meus esquemas, está entendendo, Lilyan? – falou serio.

 ― relaxa, Justin. Eu sei o que estou fazendo. – me encarou. – confia em mim.

―esse é o problema, confiança. – respondeu.

Ele apontou o   laser para o local pedido. Aproximei-me do telão e comecei a calcular a distancia entre o salão aonde aconteceria a festa, o gabinete e a sala do capitão. Eu atrairia o governador para essa sala, e lá tiraria as digitais da forma que toda mulher consegue e a maioria dos homens não resiste.

Aquela sala estava cada vez mais quente,  o que dificultava pensar em algum a coisa.

―não dá para abri a janela? – perguntei.

―não. Você está vendo a quantidade de papel que tem dentro dessa sala? – ele apontou para todos os lados.

Bufei e tirei o casaco, estava insuportável o calor. Voltei a encarar o mapa  e depois de alguns minutos já havia calculado todos os passos que daria.

―aonde  devo te encontrar? – perguntei.

― na piscina principal externa. – falou e mostrou a imagem.

― e como iremos sair do transatlântico?

  ―de bote,  Chris e Adam estarão próximos do transatlântico, seguiremos de bote até o Iate. – assenti.

         Realmente ele pensou em tudo.

     ― só uma ultima pergunta. Como eu vou vestida? – perguntei.

     ― Candice cuidará disso. – respondeu. – você tem que ser a dama mais linda desse baile, tem que chamar a atenção do Governador de imediato. – ele se aproximou.  – coisa que não será muito difícil. – acariciou meu rosto.

         Nossos corpos assim tão próximos, respiração quase se fundindo, lábios a poucos centímetros de  distancia ficava difícil se controlar. Aproximei mais um pouco, fechei os olhos esperando uma ação da parte dele, e  recebi, ele uniu nossos lábios em um beijo urgente, comecei a corresponder de pronto passando meus braços pelo seu pescoço enquanto os seus envolveram minha cintura.

Fui empurrando-o para a mesa e o joguei em cima da mesma. Afastei todas as fotos, a maioria caiu no chão, mas eu não me importei. O ambiente estava quente o que era convidativo a tirar a roupa.

Subi em cima dele o prendendo entre minhas pernas, me inclinei para poder beija-lo, suas mãos percorriam todo o meu corpo o apertando, minhas mãos foram subindo por debaixo de sua camisa até tira-la por completo.  Finalizei o beijo e o analisei, ele estava melhor do que nunca, mordi  os lábios, inclinei-me e comecei a beijar  cada  centímetro do seu abdômen o arranhando de leve criando uma trilha até sua boca, a devorei com voracidade segurando seu rosto deixando a marca da minha  mão no mesmo.

Ele passou as mãos pelo meu corpo e parou em meus glúteos aonde deu um tapa estalado me fazendo gemer e em seguida os apertou com força.

―não vai tira-lo? – perguntei em seus  lábios. Ele assentiu e riu.

Suas mãos fizeram com que meu short saísse com uma facilidade absurda, em poucos segundos eu estava somente de calcinha e sutiã em cima dele. Sessei o beijo e dei uma mordida em seu pescoço que o fez gemer e sentei em suas pernas.

―ficar tranquilo, hoje eu faço o trabalho. – sorri de lado e ele retribuiu.

Fiz questão de repetir a fala dele.

Abri o botão de sua calça, assim como o zíper e comecei a descê-la até tira-la por completo. Beijei sua boxer e comecei a tira-la também. Peguei seu membro já ereto nas mãos e o abocanhei sem cerimonia,  comecei a estimular a glande primeiro e logo em seguida o abocanhei por completo o chupando com vontade enquanto eu ouvia gemer.

Ele pegou meu rabo de cavalo segurando-o com força conduzindo para movimentos mais fundos, fui tirando a mão dele dos meus cabelos. Eu tomaria frente na situação.

 Intensifiquei mais os movimentos e enquanto uma das minhas mãos arranhava levemente seu abdômen, seu membro estava ficando cada vez mais rígido a ponto de parecer explodir, tirei a boca e fiz flexões com as mãos  o apertando,  vi seu liquido escorrer pelo seu membro e sorri.

            ―vai desperdiçar?  - perguntou com olhos transbordando luxuria enquanto mordia os lábios.

―não. – balancei a cabeça  e ri. – eu vou reutilizar. – mordi os lábios.

Fiz flexão espalhando seu liquido por todo seu membro e lambri o que ficou em meus dedos. Sorri e ele retribuiu, suas mãos começaram a subi pelas minhas pernas apertando minha coxa, tirei sua mão e fiz sinal com o dedo que  ele não poderia fazer isso, me lançou um olhar de frustração. 

Joguei meus cabelos para o lado e desabotoei o sutiã lentamente até tira-lo por completo deixando meus seios amostra, ele os olhou com um olhar de cobiça e luxuria. Peguei suas mãos e fui passado pela minha barriga subindo lentamente até meus seios aonde ele os apertou me fazendo  gemer. Inclinei-me para frente para beija-lo, ele me beijou rapidamente  descendo sua atenção para meus seios os chupando e apertando-os me fazendo gemer.

―você tem certeza que quer ficar no controle? – perguntou com voz roca enquanto  com suas mãos  tirava minha calcinha. Assenti.

Ele acabou de tirar minha calcinha me deixando completamente nua,  sentei em seu membro lentamente até coloca-lo por completo e dei uma leve reboladinha, ele mordeu os lábios.  Ele se levantou um pouco para poder me beijar, mas eu o afastei fazendo suas costas baterem na mesa com força.

 Dava para ver pela sua expressão que ele não estava gostando de está sendo comandado, suas mãos começaram a subir pelas minhas coxas, as peguei e entrelacei nossos dedos para que seu braço me servisse de apoio para subir e descer.

 Comecei a fazer movimentos de sobe e desce rápidos enquanto nós dois gemíamos, ele apertou minha cintura  e começou a me conduzi nos meus movimentos, eu tentei tirar suas mão, mas desisti, ele sabia mais do que ninguém como nós queríamos .

Apalpei minhas mãos em seu peito e comecei a fazer movimentos de vai e vem, ele passou sua mão pela minha nuca, encravando seus dedos em meus cabelos e me puxando para frente unindo logo assim nossos lábios. Sua outra mão percorria todo o meu corpo o acariciando e , ele me impediu de se mexer e começou a entocar fortemente me fazendo gemer em seus lábios.

 Aquilo estava bom, bom demais, eu já tinha experimentado  a pegada dele muitas vezes, mas nenhuma é igual a outra. Ele podia me foder de um milhão de formas diferentes  que eu iria entrar em êxtase em todas elas.

Já sentia as paredes da minha intimidade pulsarem, minhas pernas ficarem bambas, ele intensificou mais as entocadas me fazendo gemer cada vez mais alto.

 Senti seu membro inchar e as paredes da minha intimidade o travarem, de forma que eu cheguei ao meu ápice. Ele deu um tapa estalado em meus glúteos  e continuou as entocadas até chegar ao seu ápice.

  Ele sentou passando seu braços pelas minhas costas e me beijou com intensidade. Afastamo-nos um pouco e nos olhamos, ele estava ofegante e eu não estava muito diferente, sua boca avermelhada era mais do que convidativa para um beijo, não  excitei em beija-lo e ele em corresponder.

  Ele ficou de pé no chão enquanto eu fiquei sentada na beira da mesa o encarando. Aproximou-se novamente se pondo entre minhas pernas, as puxou fazendo nossos corpos se chocarem,  com elas entrelaçadas em sua cintura ele me ergueu e caminhou até outra parte da mesa aonde pegou algo em cima da mesa, não sei o que era.

Mas senti um ar fresco em minhas costas, o filho da puta havia ligado o ar-condicionado, o ambiente começou a ficar mais fresco expulsando aquele ar quente. As fotos que estavam em cima da mesa começaram a voar, mas não demos importância, o ambiente estava  esfriando, mas nós continuávamos pegando fogo.

Pôs-me sentada na mesa novamente e me beijou passando suas mãos pelos meus seios os apertando com certa força me fazendo gemer, passei meus braços em seu pescoço não deixando espaço entre nós, eu estava me sentindo como nos velhos tempos, somente eu e ele.

Sei que  quando eu cruzar a porta de saída seguiremos sentidos opostos, eu vou  resolver meus problemas enquanto ele vai para os braços de outras mulheres, se isso me entristece? Sim, mas esse é o preço que eu vou ter que pagar por ter ido embora.

Sei que essa não foi a opção mais correta, porem foi a mais certa naquele momento. Eu precisava  crescer, virar uma mulher por dentro e por fora, eu precisava deixar de ser aquela menininha indefessa que ele tinha que proteger, ser aquela garotinha chorona, eu mudei por mim, pelo meus filhos e por ele, para ele.

                         ***

Por incrível que pareça, não iniciamos uma nova transa, ele sessou o beijo e se afastou pegando suas roupas que estavam espalhadas em meio as fotos, enquanto eu ficava somente observando-o. Levantei-me e comecei a me vesti novamente e prendi meus cabelos.

― plano é somente isso? – perguntei quebrando o silencio que se formou. Ele me olhou. – quero dizer, o esquema é somente esse que você me explicou.

―não, isso é só a sua parte, o resto deixa conosco que resolveremos tudo.  – ele respondeu. Assenti.

―e da onde partiremos?  Vamos nos arrumar  cada um em sua respectiva casa e nos encontraremos no local?

―não. – ele disse enquanto procurava sua blusa. – no dia do roubo todos nos encontraremos  aqui, vamos nos arrumar e repassar as ultimas instruções. – assenti e entreguei sua blusa.

―está bem. – confirmei. 

Ele saiu pela porta da sala  e eu logo em seguida, só nos falamos  quando cruzamos a porta de entrada.

―não veio de carro? – perguntou-me.

―não, vim correndo, preciso me exercitar. – ele me olhou de cima, umedeceu os lábios e sorriu de lado.  

O mesmo apontou para o carro me oferecendo uma carona, mas recusei, preferi voltar correndo. Fomos embora, ele de carro e eu correndo.

Depois que sai do bairro assim que vi um taxi entrei, eu tinha gasto energia de mais  com ele, e do jeito que eu estava demoraria séculos para chegar a boate. O taxista perguntou o destino e eu informei o endereço, não demoramos em chegar a frente da Laser Light, dei o dinheiro que eu quadrava na capinha do celular para pagar o taxi e entrei.

              ***

Subi correndo para meu quarto, a prova do vestido de madrinha seria hoje e eu tinha que está lá as três  horas da tarde, já eram uma e meia e eu ainda nem arrumada estava. Me despi rapidamente e entrei debaixo do chuveiro, tomei uma ducha gelada, não pude deixar de lembrar do que aconteceu no QG, e tenho que confessar que não reprimi os sorrisos que me vieram.

 Voltei para o quarto para me trocar, sequei-me rapidamente, pequei um short jeans rasgado, uma blusa listrada e uma sapatilha. Vesti-me rapidamente, penteei os cabelos fazendo um coque alto, fiz uma maquiagem leve, coloquei  cordão, relógio e anel.

Pequei meu celular, o mesmo já tinha mais de trinta chamadas perdidas da Vick, ela com certeza estava estranhando a demora, tínhamos combinado todas as madrinhas as três horas, porem Candice e eu chegaríamos antes, mas não deu.

Desci correndo, atravessei o salão até chegar ao lado de fora, entrei no carro e rumei até a loja de roupas.

                                     ***

Graças aos céus ela não escolheu  a loja do desastre, essa que iriamos era em uma das avenidas famosas da cidade, essa loja foi aberta a poucos meses. Parei em frente a dita loja e entrei, lá dentro tive o desprazer de logo de cara encontrar com a oferecida e a ousada. Sim, aquelas duas garotas do jantar.  Eu não posso acreditar que eles serão madrinhas também.

―Ly. – Candice veio ao meu encontro assim que me viu.

―Candy. – a abracei.

―venha a Vick já esta a sua espera. – ela saiu me puxando pela loja a dentro.

―Candice, me diga que elas não serão madrinhas. – falei.

―elas serão madrinhas. - me respondeu, resmunguei. – a oferecida é colega de trabalho da Vick e a outra loira com corpão de modelo foi colega de faculdade. – ela apontou para as garotas discretamente.

―Ly. – Vick disse assim que entrei na sala, ela estava em cima do pedestal vestida de noiva. – Me diz, eu estou bonita? – perguntou-me analisando seu reflexo no espelho enquanto passava as mãos pelo corpo.

―está deslumbrante. - respondi.

―já conhece as duas outras madrinhas? – ela me perguntou assim que as garotas adentraram a sala também.

 Olhei para elas, sorri amarelo e assenti.

―me deixa apresenta-las. – ela desceu do pedestal. – essa é Daiana, minha colega de trabalho. – ela apontou para a garota da voz irritante.

―prazer. – estendeu-me a mão. Retribui.

―e essa é Caroline, minha colega de faculdade, a mãe dela é amiga da minha. Se conheceram no chá de senhoras. – Vick contou.

Então aquela era a vagabunda na qual se iludia em casar com o Justin, bem que eu senti que já a odiava de algum lugar.

―Prazer.  – ela me estendeu uma de suas mãos com um sorriso nos lábios. Retribui lhe lançando um sorriso amarelo.

―bom, vamos começar a prova do vestido das madrinhas. – Vick disse.

Ela tirou o vestido de noiva e ficou a observar os das madrinhas, a primeira a fazer a prova foi a Candice, seguido da Daiana  e da Caroline. Os  vestidos eram vermelhos, mas não eram todos iguais.  

Eu como já deu para perceber  fui a ultima, peguei o vestido, entrei no provador e o vesti saindo logo em seguida. O meu vestido era justo na parte de cima com um decote V até quase no umbigo, mas o mesmo era coberto por tule. A parte da saia era soltinha e um pouco rodada, ele era curto, igual o das outras madrinhas.

―eu acho que não precisará de ajustes. – a costureira disse.  Agradeci aos céus.

―está perfeito. – falei. – o que vocês acham? – perguntei para Candice e Vick, porem as outras duas se meteram.

Enfim, elas concordaram que estava bom, menos mal, não estava a fim de voltar mais vezes para experimentar vestido, ainda mais nas vésperas do casamento. Voltei para o provador para tira-lo e Candice me seguiu.

―Os garotos te explicaram tudo sobre o roubo? – Candice perguntou assim que entrou no provador.

-

―os outros nós foram, somente o Justin estávamos lá, e sim, ele me explicou tudo. – tirei o vestido por completo.

―a conversa pelo jeito foi boa. – respondeu rendendo o riso e olhando par o espelho.

―por que o deboche? – perguntei. – o que você está olhando? – olhei para a mesma direção que ela.

―deboche? Você já viu as marcas que estão na sua coxa e bunda? – perguntou rindo.

Olhei para o espelho e percebi, dava para ver a marca da mão dele direitinho em meus glúteos e coxa, não me contive e ri junto com Candice.  Eu realmente não havia visto as marcas, me vesti rapidamente  e ajeitei os cabelos.

―o casal está de volta? – Candice  perguntou-me enquanto voltávamos para a sala.

―não fale bobagens. – respondi.

―isso será apenas uma questão de tempo para vocês voltarem. –  balancei a cabeça debochando e incrédula . – você vai ver, vocês são como fogo e pólvora, quando entram em contato não tem como conter o estrago.

 ―não viaja Candice. – ri.

Não demorou muito para  nos despedirmos e seguir cada um para um lado, Candice e Vick me convidaram para ir até um café, mas recusei, preferi voltar para a boate.

                                     ***

Cheguei em frente a mesma, coloquei o carro no estacionamento e entrei, subi direto para o quarto para verificar meus e-mails. Peguei meu Ipad para ver se havia algo de novo sobre as investigações dos meus filhos, e nada, nenhum e-mail do detetive, nada, nada, nada e nada.

 O joguei para um lado da cama e me joguei na mesma, mas um dia está se passando e nenhuma noticia dos J’s ,  nenhum e-mail, correspondência, pedido de resgate, nada.

Fechei meus olhos e me permiti flutuar, tira meu corpo de orbita e pensar no imenso nada. Minha depois disso minha mente ficou tão leve que adormeci.

                         ***

Acordei com o som da musica alta da boate, me levantei ainda meio sonolenta, esfreguei o olho  e levantei indo até o bainheiro. Tomei um banho rápido para despertar e voltei novamente para o quarto, aonde me sentei na cama.

Vi que não conseguiria descansar tranquila com o barulho, então resolvi descer para o salão. Levantei peguei na mala um vestido curto e não muito justo da cor preta com estampa em dourado, o vesti, peguei um alto preto e calcei, penteei os cabelos, fiz uma maquiagem caprichando bem em tudo e desci.  

  A casa estava cheia e animada também, peguei uma dose de bebida no bar e fui para a pista de dança. Comecei a dançar com o primeiro que me apareceu.

Recusei dois carinhas, não sei o porquê, me senti estranha. Mas me arrependi quando olhei para cima e vi Justin no camarote – como sempre- rodeado de varias mulheres.

Eu sei que não deveria sentir nada em relações essa cena, mas uma raiva me tomou. Perto de mim havia o um carinha, que não consegui identificar quem era, só sei que era bonito. O puxei e o beijei, e ele não excitou em corresponder. Fiz questão de ir para um lado da boate na qual não havia muita gente e por coincidência ficava de frente para o camarote dele.

Fiz questão também de ficar de costas para o camarote, para que ele visse por onde as mãos do  homem estavam passando. Uma coisa tem que admitir, ele tinha pegada, suas mãos percorriam minha coxa e subiam  para meus glúteos, seu beijo era feroz e bom. Uma de suas mãos  foram para os meus cabelos os segurando com um tanto de força.

Afastei-me um pouco para tomar um pouco de folego, os olhos dele me eram familiar, mas com a quantidade de luz era quase impossível reconhece-lo. Bebemos mais duas doses de tequila  e  voltamos para a pista de dança. Suas mãos em minha cintura, nossos corpos se roçavam enquanto dançávamos, ele me ofereceu um  cigarro, dividimos o mesmo.

 

                                     ***

Eu já tinha bebido todas, fumado alguns  e estava ficando soltinha, puxei o carinha o conduzindo para onde ficavam os quartos. Enquanto nos beijávamos, abri a porta do meu quarto sem sessar o beijo, entramos e começamos a tropeçar nas coisas.

Acendi a luz , ele jogou contra a cama e se pôs em cima de mim e começou a beijar meu pescoço enquanto começava a abrir meu vestido, eu o ajudava correspondendo as caricias e tentando tirar sua blusa, mas algo me dizia que seu cheiro era familiar.

Quando terminou de tirar meu vestido, juntamente dos meus sapatos ele, já sem camisa, me olhou analisando meu corpo e  mordeu os lábios. O encarei, minha visão estava embasada, mas finalmente reconheci seu rosto.

 ―Puta merda, Chris?

 



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