O sol havia raiado e eu já estava nas ruas, resolvi correr mais cedo, pois hoje é o casamento da Victoria e eu não posso me atrasar para nada. Não fui muito longe dessa vez, resolvi percorrer apenas dois bairros e logo voltei para a boate, subi direto para meu quarto, tirei a roupa e fui para o chuveiro aonde tomei uma ducha rápida, me enxuguei e coloquei uma roupa leve para sair.
Ouvi o celular tocando, fui logo ver o que era, era uma mensagens e era do Chris, abri e li.
“ foi mal não ter te respondido ontem, mas fica tranquila, eu ainda estou vivo rsrs. Não respondi ontem porque foi um dia muito corrido, e estressante. “
Uma coisa já me tranquiliza, ele está vivo, mas o que ainda me preocupa é o estado em que o Justin o deixou vivo. O respondi.
“ você está vivo, ok, mas está macucado? Não me deixe morrendo de preocupação. “
Joguei o celular na cama e fui procurar um sapato para eu calçar, peguei uma rasteirinha, a calcei, peguei minhas coisas e sai. Rumei até onde estava parado o carro e entrei, Vick se arrumaria na casa da tia Julie aqui em Atlanta e pediu para Candice e eu nos arrumarmos lá também. Não demorei em chegar a casa, estacionei em frente a mesma e adentrei o portão, enquanto andava até a porta verifiquei mais uma vez o celular para ver se havia alguma outra mensagem, e havia.
“ Eu estou inteiro. Rsrs. Na festa eu te explico tudo.”
Menos mal, respirei até mais aliviada, respondi somente um “ OK “ e entrei na casa. A sala estava repleta de caixas, provavelmente os presentes de casamento, fui atravessando a sala com cuidado para não tropeçar em nenhum caixa. Subi para o segundo andar e fui caminhando até o quarto de Victoria e lá encontrei uma noiva em nervos.
- LILYAN! EU PENSEI QUE VOCÊ TIVESSE PERDIDO A HORA. – ela veio em minha direção correndo e tropeçando em algumas caixas que estavam no chão.
- Ei, ainda são oito da manhã, o casamento é só as sete da noite. – falei.
- mas não podemos nos atrasar. – ela foi me puxando pelo quarto. – os vestidos chegaram da loja há meia hora. – falou nervosa. – você quer experimentar o seu mais uma vez para ver se está tudo certo? – me encarou nervosa,
- Ei, respira. – respirou fundo. – vai dar tudo certo, ok? – assentiu.
- mas eu estou uma pilha de nervos. – falou dando pulinhos. – onde será que o Ryan está? – começou a andar de um lado para o outro.
- não sei. – dei de ombros.
- ele está junto com o Chaz. – Candice surgiu do closet. – acabei de falar com ele.
- ai meu Deus, será que ele vai se atrasar?
- fica tranquila, esse cargo nós deixamos por sua conta. – rimos.
Que Victoria estava uma pilha de nervos isso era evidente. Candice e eu tentamos distrai-la praticamente a manhã inteira, pois onze horas da manha ela queria começar a se arrumar, tenho que confessar que é hilário a ver nesse estado, toda desesperada.
Três horas antes do casamento…
Já eram quatro horas da tarde e tínhamos que começar a nos arrumar. Vick contratou uma equipe de quase vinte profissionais entre manicure, massagistas, cabelereiros, maquiadores e costureiras. O quarto foi transformado em um verdadeiro salão de beleza, nós nos sentamos nas cadeiras que eles mesmos trouxeram e começou a sessão beleza, ah, já ia me esquecendo, Vick chamou os colegas de trabalho para fotografarem todos os momentos, desde os noivos se arrumando até a festa se findar, então provavelmente há fotógrafos na cola do Ryan.
Enquanto uns faziam o penteado em nossos cabelos, outros faziam a maquiagem, outros pintavam as unhas dos pés e outras das mãos. Era muita gente para um ambiente só, chegava ser sufocante.
Duas horas antes do casamento…
Candice e eu estávamos na sala de estar jogado conversa fora, já estávamos arrumadas e nos retiramos do quarto para dar espaço para o resto da equipe arrumar a Vick, tenho que admitir, essa equipe faz um ótimo trabalho, o resultado ficou muito bom, eles fizeram um penteado no meu cabelo meio solto e meio preso, na parte presa estava duas tranças que se encontravam, a maquiagem fizeram bem discreta, porem valorizando bastante os pontos fortes do meu rosto. Candice também estava com um penteado meio solto e meio preso, porem a parte presa estava em um coque que se confundia com os cachos em seu cabelo, a maquiagem dela era meiga e marcante, o vestido também vermelho, porem de um modelo diferente do meu, o dela era aberto atrás tendo as costas cobertas somente por um tule. Em fim estávamos incríveis, agora só faltava Victoria ficar pronta e partiríamos rumo o local aonde seria a cerimonia e a festa.
Candice e eu fomos para a cozinha para comermos alguma coisa, pois Vick praticamente nos obrigou a fazer jejum com medo dos nossos vestidos não entrarem, como se fossemos inflar de uma hora para a outra.
- você esta bem? - Candice perguntou chamando minha atenção.
- sim, por que não estaria? - respondo ainda sem entender o motivo da pergunta.
- por causa do que aconteceu ontem, Chaz me contou. - disse.
- ah, você já sabe? - abaixei a cabeça.
- Chaz estava no QG ontem. Ele, o Chris e o Justin. - assenti. - ele falou que eles faltaram pouco se pegarem, Justin estava muito alterado.
- como sempre...
-mas, pow Ly, entende o lado dele. Ele pegou você e o Chris saindo do quarto juntos, logo pela manha e em uma boate ainda, como você queria que ele reagisse...
- entende o lado dele? - ri fraco. - isso que ele fez foi mais do que desnecessário...
- mas foi com um amigo dele, ele e o Chris são amigos desde pirralhos, e você, bom, você já foi mulher dele.
- FUI, não sou mais. - falei irritada. - ele não tinha nada que fazer isso com o Chris, eu não fico tampando na mão com as vadias que ele pega, então ele não tem nada que se meter nas minhas coisas. O problema é que ele não entende que eu não sou propriedade dele, afinal, não sou propriedade de ninguém.
- mas ele não entendeu dessa forma. -falou. - vamos combinar uma coisa, o que há entre vocês nunca terminou definitivamente, e todos sabem disso. - a olhei.
Um silencio se instalou, enquanto ela e eu nos entreolhávamos.
- EH MELHOR VOCÊS SUBIREM, NOIVA ESTA DANDO PROBLEMA. - um dos maquiadores apareceu na porta da cozinha chamando nossa atenção e quebrando o silencio perfumador que se formou.
Candice e eu nos entreolhamos e subimos rapidamente as escadas ate chegarmos ao quarto de Victoria e a encontramos sentada na cama de cabeça baixa. Aproximamo-nos e a mesma nos olhou, ela estava com os olhos vermelhos e começando a ficar inchado, graças aos céus a maquiagem é a prova d'agua. Pedimos que todos se retirassem e nos deixasse a sós assim foi feito.
- o que esta acontecendo com você? – nos abaixamos em sua frente.
- eu não sei se estou preparada. – ela nos olhou enxugando as lágrimas.
- você está brincando, né? – falei. – você a meia hora atrás estava eufórica querendo que chegasse logo a hora e agora esta indecisa? – questionei. – Qual foi da sua?
- você está parecendo o Chaz quando eu toco no assunto “ casamento”. – Candice disse para descontrair. Ela riu fraco.
- mas é serio, eu estou receosa, estou com duvidas, perguntas sem respostas que assolam minha cabeça. – nos olhou. – eu estou confusa.
- Tá de brincadeira né? – Candice disse. – enquanto eu estou aqui tentando arrastar o Chaz para o altar, você está querendo fugir? – a encarou. – vai se foder. – rimos.
Olhei para Victoria que ainda estava com a mesma expressão, de indecisão, o que nós estávamos dizendo não estava adiantando nada, então resolvi apelar para a parte da loucura. E que o Ryan não me mate, mas terei que fazer isso, é para o próprio bem deles.
- você está com duvidas se quer realmente se casar? – perguntei olhando em seus olhos. Ela assentiu.
Olhei no relógio de parede, faltava praticamente uma hora para o casamento.
- Bom, eu acho que se nós atrasaremos um pouco eles não iriam se importar. – dei de ombro, me levantei do chão e sai a puxando pelo braço.
- O que você está fazendo? – ela perguntou sem entender.
- você está com dúvidas não está? – assentiu. – então, vou te levar para um lugar aonde as duvidas sumirão. – continuei puxando-a.
Acabamos de descer as escadas, passamos discretamente pelos fundos da casa, pois não podíamos ser notadas. Depois de conseguimos sair, rumamos na direção de um dos carros, claro, ajudando a Vick andar com o vestido de noiva, entramos no carro da Candice, pois estava mais perto e também era mais espaçoso. Assumi a direção, Candice no carona e Vick no banco de trás para não correr o risco de amaçar o vestido, dei partida e sai cantando pneu.
- para onde estamos indo? – Vick perguntou mais uma vez.
- confia em mim, você vai adorar. – olhei de relance para trás e lhe lancei um sorriso.
- os garotos vão nos matar. – Candice balançou a cabeça e riu.
Acelerei mais para chegarmos mais rápido ao local, local aonde todos esquecem seus problemas. Estacionei numa vaga qualquer do estacionamento, Candice e eu descemos do carro e abrimos a porta ajudando Victoria a descer. Saímos do estacionamento e andamos até a entrada do local.
- Você pode me explicar o porquê me trouxe em um parque de diversão, sua louca! - Vick me encarou segurando sua tiara.
- qual lugar é melhor para colocar as ideias em ordem do que um parque de diversão? – sorri.
- você é louca. – Candice disse. – eu gosto disso. – riu.
- então, o que estamos esperando para entrar? – apontei para a entrada do parque.
Entramos no parque e fomos andando pelo mesmo, compramos ingressos para os brinquedos e começamos a escolher em qual iriamos primeiro. Pessoas que passavam perto de nós nos olhava de cima a baixo, acho que é pelo fato de ter uma garota vestida de noiva e outras duas de madrinha, mas tudo ok.
- vamos à montanha russa. – Candice falou animada apontando para o brinquedo. Assenti e fomos.
Não enfrentamos a fila imensa que estava, fomos cortando até chegar à frente, o cara do brinquedo nos olhou espantado e nos deu passagem para entrarmos. Escolhemos lugares uma perto da outra, Victoria ficou entre nós, o brinquedo rapidamente encheu, a trava foi abaixada e o carrinho começou a se movimentar.
Pov. Ryan
Já eram sete e meia e nada da Vick chegar, os convidados já estavam todos em seus lugares e já começavam a murmurar, o salão estava lotado, eu não posso acreditar que a Victoria vai me fazer passar vergonha me deixando no altar.
- você sabe onde está as garota? – perguntei para Chris e Adam.
- não. -Chris respondeu.
- relaxa Ryan, as noivas costumam atrasar assim mesmo. – Adam tentou me acalmar. – daqui a pouco ela liga avisando que está vindo. – assenti e respirei fundo.
Meia hora depois…
Já eram oito horas da noite e nada de Victoria chegar, já havia perguntado para todos os parentes dela, amigos e ninguém sabia onde ela estava. A mãe dela ainda não havia chegado, provavelmente está com ela. As pessoas diziam para eu ficar calmo, que tudo ia dar certo, mas estava difícil manter a calma quando sua noiva está uma hora atrasada.
Não me contive e liguei para a sua mãe, já que o celular da Vick só dava caixa de mensagens. Começou a chamar, chamar e nada, até que quando estava prestes a cair a ligação ela atendeu.
- alô, Julie?
- Sim Ryan.
- me diz que a Victoria já está vindo.
- bom, temos um probleminha.
- que problema? Não me diga que ela desistiu do casamento.
- não foi isso…
- ainda bem.
- ela desapareceu.
- O QUE? COMO ASSIM?
- ela, a Lilyan e a Candice não estão em lugar algum.
- AI MEU DEUS, eu não acredito que ela fez isso comigo.
- fica calmo Ryan, nós iremos acha-la.
Não respondi nada, somente desliguei. Fui até onde os garotos estavam para avisar do incidente.
- o que aconteceu Ryan? – Adam perguntou quando eu cheguei perto.
- Vick, Lilyan e Candice sumiram. – falei ainda ofegante.
- como assim sumiram? – eles perguntaram.
- sumiram desparecendo, ora essa. – respondi. – acabei de ligar para Julie e ela me disse isso.
- ela não tem ideia para onde elas foram? – Chris perguntou. – neguei.
- então vamos procurar. – Chaz disse. Todos assentiram.
- não, vocês dois ficam aqui, para dar explicações aos convidados. – apontei para Chris e Adam, eles assentiram. – Chaz e Justin, vocês vão comigo. – Chaz assentiu.
- o que? Por que eu tenho que ir atrás delas? Eu não sou babá de marmanja não Ryan! – Justin protestou.
- você vai sim, porque a Lilyan é a madrinha que vai entrar junto com você, então é a sua obrigação busca-la. – respondi irritado.
- O que? Dessa você não me avisou. – respondeu surpreso.
- agora você esta sabendo. – respondi. – e vamos rápido. – Chaz assentiu e Justin nos seguiu protestando.
Saímos do salão indo em direção ao estacionamento, lá fomos para onde estavam nossos carros.
- cada um vai no seu carro, quem as encontrar primeiro avisa os outros. – disse, assentiram.
-mas Ryan, espera um pouco. – Chaz chamou minha atenção. – a Julie verificou se os carros delas estão lá?
- não, por quê?
- então liga para ela e pergunta.
Dei de ombro e disquei o numero dela, ela não demorou atender, e eu fui direto ao assunto.
- Julie, você poderia ver quais carros estão parados em frente a casa.
- é claro. – ouvi os passos dela do outro lado da linha, com toda a certeza estava saindo para verificar. – os carros que estão aqui são o da equipe de maquiagem, o da Lilyan e o meu.
Olhei para Chaz e ele assentiu.
- Muito obrigado Julie.
- não há de que. Vocês conseguiram encontra-las?
- ainda não, mas estamos saindo do salão para procura-las.
- quando acha-las, me avise, por favor.
- ok!
Desliguei o celular e encarei o Chaz.
- o que você queria com isso? – perguntei.
- É por que a Candice saiu de casa hoje pela manhã de carro. – respondeu.
- e o que isso tem haver?
- se ela saiu de carro e o carro dela não está lá, não é obvio? Elas fugiram no carro dela. – concluiu.
- e o que isso nos ajuda, seu gênio? – Justin perguntou com desdém.
- ajuda no fato de eu ter colocado um rastreador no carro da Candice, então da para saber onde o carro está, e por consequência, elas. – respondeu.
- e por que você não falou isso antes? - ele deu de ombro. – vamos logo então, não podemos perder tempo. – eles assentiram e entraram nos carros. – Chaz, você vai nos guiando. – assentiu.
Chaz saiu primeiro sendo seguido por Justin e eu. Começamos a cortar as ruas em alta velocidade, já eram quase oito e meia, eu tenho que encontra-la o quanto antes. Chaz buzinou e começou e ativou o pisca alerta, isso significava que estávamos chegando, retribui o gesto confirmando, Justin fez o mesmo.
Entramos em um estacionamento, o mesmo me era familiar , Chaz estacionou, eu estacionei perto dele e Justin perto de mim, saímos do carro.
- o que viemos fazer no estacionamento do parque de diversão? – perguntei ainda sem entender.
- é aqui que o carro esta. – Chaz respondeu e começou a procurar o carro, o seguimos. – Aqui está ele. –falou quando chegamos perto de um carro, e realmente era o carro da Candice.
- mas elas não estão dentro do carro. – o olhei.
- com certeza elas estão lá dentro. – apontou para o parque.
Corremos para a entrada do parque, o adentramos e começamos a procura-las. Logo de cara encontramos com uma garota que estava na fila de um brinquedo, a mesma chamava atenção pela sua roupa, ela estava muito arrumada, com certeza era a Lilyan ou a Candice, nos aproximamos.
- Candice? – Chaz a chamou. Logo ela olhou e sorriu, sim era ela, a mesma veio ao nosso encontro.
- Chaz, amorzinho. – o abraçou.
- o que você está fazendo aqui sua louca? – perguntou.
- a Vick estava estressada por causa do casamento, então a Ly nos trouxe para cá, sabe, para ela esfriar a cabeça.
- e me deixar em nervos. – falei.
- tinha que ser obra da Lilyan. – Justin se manifestou.
- mas como vocês nos acharam? – perguntou.
- Chaz nos trouxe até você. – respondi.
- Onwt, fofucho da Candy, seu coração te trouxe até mim, não foi? – Candice disse fazendo voz de criança enquanto dava selinhos no Chaz. É serio, eles são estranhos.
- não Candice, foi o rastreador que eu coloquei no seu carro que me trouxe até aqui. – respondeu olhando em seus olhos, a mesma fechou a cara para ele.
- Chaz. – lhe seu um tapa no braço. – que coisa feia.
- TÁ, vocês podem parar de discutir e me responder onde a Vick está. – os cortei.
- ela foi por ali. - Candice apontou na direção onde Vick provavelmente estava.
- e a Lilyan? - perguntei.
-por ali. - apontou na direção. Assenti.
-Justin, você vai procurar a Ly. - falei.
- puta que pariu. - resmungou, mas foi.
Pov. Justin
Fui andando na direção que Candice havia indicado, isso era só o que me faltava, ter que procurar por ela em um parque de diversão. Eu já estava odiando a ideia de ser padrinho, aceitei isso mais por causa dos noivos, por que sinceramente, eu não curto usar esse tipo de roupa. Eu olhava para os lados tentando encontrar aquela louca, e nada, o parque estava lotado e ficava difícil encontrar alguém. Fui para onde ficavam as barradas de comida, afinal, aquela lá é esfomeada e provavelmente estava por em uma dela. Olhei em todas e ela não estava. Escutei um tiro de espingarda, era isso, ela só podia está lá.
Segui o barulho e cheguei a uma barraca de tiro ao alvo e a encontrei, ela está na fila esperando sua vez, me aproximei e peguei seu braço.
- vamos embora. – sai puxando-a pelo braço.
- EU NÃO VOU A LUGAR ALGUM. – gritou fazendo com que eu parasse e a olhasse.
- ah, mas você vai sim. – peguei seu braço novamente.
- não vou. – bateu o pé. – eu vou ficar aqui, e espera minha vez. – emburrou a cara e cruzou os braços.
- escuta aqui, você vai voltar comigo agora. – ordenei. – ou você se esqueceu que é madrinha do casamento da sua prima? – a encarei.
- menos Justin, a Candice e a Vick também está no parque, então me deixa. – virou a cara.
- só para a sua informação o Chaz já levou a Candice e o Ryan com certeza já levou a Victoria, só você está aqui. – ela me olhou, mas ainda relutava em sair da fila. – para com essa loucura e vamos embora, você não é mais criança.
- eu já disse que vou ficar aqui até chegar minha vez, então, não tente me tirar. – virou a cara empinando aquele narizinho dela.
Eu sabia que ela não sairia dali, então decidi resolver as coisas do jeito mais fácil, a peguei pelo braço e fui puxando-a e afastando todos que estavam na frente até sermos os primeiros da fila.
- o senhor não pode fazer isso, havia outras pessoas na fila. – o homem da barraca disse.
- é isso ai. – as pessoas da fila retrucaram.
- Isso te faz mudar de ideia? – coloquei uma nota de cem dólares na bancada.
- você tem três tentativas. – ele pegou a nota e me entregou a arma.
- Toma. – entreguei a arma para ela. – resolve isso logo, não quero demorar nem mais um minuto aqui.
Ela pegou a arma, a engatilhou e mirou.
- anda Lilyan, está demorando demais. – comecei a apresa-la, até que ela atirou, mas errou. – pronto, agora vamos.
- olha o que você fez, me apresou e eu errei. –protestou.
- me da isso aqui. – peguei a arma de suas mãos, e atirei para qualquer lado na barraca.
- o senhor acertou. – o homem da barraca disse. O olhei com uma expressão de “ o que?” . – pode escolher um prêmio.
- eu não quero prêmio nenhum. – respondi. – vamos embora. – a peguei pelo braço.
Ela se recusou a sair do lugar, ela ficou encarando o chão com aquela cara de criança quando não ganha o que quer, aquilo só podia ser brincadeira.
- o que foi agora. – perguntei já irritado. Ela apontou para dentro da barraca aonde havia vários bichos de pelúcia. Bufei. – vai, sua chata, escolhe um e depois vamos embora. – ela levantou a cabeça sorrindo.
Ela começou a escolher até que apontou para uma espécie de coala ou sei lá o que era aquilo.
- eu quero aquele Coala ali. – apontei para onde ela havia apontado.
- aquilo é um urso. – o cara da barraca respondeu.
- foda-se. – respondi serio. Ele pegou o tal urso e me entregou, logo entreguei para ela.
Ela abraçou o tal urso como uma criança quando ganha o presente que queria de natal, o urso era enorme quase do tamanho dela.
- agora vamos embora. – sai puxando- a e dessa vez ela foi. Já estávamos quase na saída do parque quando ela me fez parar.
- Justin. – ela apontou para uma barraca de maça do amor. A encarei sério.
-NÃO! – respondi e voltei a andar.
- Justin. – insistiu fazendo uma expressão triste. – por favor. – segurou meu braço e falou bem perto do meu ouvido.
- está bem, está bem. – bufei e cedi.
Fomos andando até a tal barraca, ela escolheu o que quis, peguei e fomos embora, graças aos céus. Caminhamos finalmente até a saída do parque e de lá até o estacionamento.
- entra! – abri a porta do carro e entrou.
Peguei aquele bendito urso e o joguei no porta malas , dei a volta e entrei no carro, fiz questão de travar a porta do lado do carona, vai que ela tenta fugir? Ela é louca. Dei partida e rumamos para aonde seria a festa. Meu celular apitou, era mensagem do Chaz avisando que a cerimônia havia começado.
- está vendo o que seu atraso causou? – a olhei. – a cerimonia já começou e ainda estamos aqui. - por dentro eu estava dando raças aos céus. - cuidado para não sujar o estofado do meu carro com isso. -a olhei, a mesma ainda estava comendo aquela bendita maça do amor. Ela me olhou e ameaçou encosta aquele troço no meu estofado novo. – você nem se atreva a fazer isso. –ela sorriu e fez.
A olhei sério, a filha puta melou o meu estofado novo, me irritei, tomei aquilo da mão dela e arremessei pela janela.
- Justin…- resmungou.
- cala a boca, antes que eu te coloque desse carro para fora, aí você vai ter que ir andando. – falei serio.
- você é chato. – emburrou a cara.
- digo a mesma coisa de você. –Rebati.
Pov. Lilyan
Quando entramos no salão a cerimonia já estava no final, os noivos estavam saindo e os padrinhos logo em seguida. Olhei para o lado e o Justin já não estava do meu lado.
Depois de uma sessão de fotos com os padrinhos, familiares mais íntimos, amigos, enfim, os convidados. Logo depois a boate teve inicio, a musica alta e agitada invadiu todos os ambientes, todos foram para a pista e começaram a dançar, puxei o Adam para dançarmos, a festa realmente estava muito animada.
Quando as musicas se acalmaram um pouco aproveitei para falar com Chris, o chamei em um canto para conversarmos.
- Eai, como foi a conversa com o Justin? Candice me contou por alto, o que aconteceu. – falei como chegamos do lado de fora do salão.
- não saímos na mão por que o Chaz estava lá e nos impediu. – começou a falar. – Justin estava possesso, eu via o sangue em seus olhos. Fiquei praticamente sem dizer uma única palavra.
- e o que ele te disse?
- Ele ficou jogando indiretas para mim querendo que eu revidasse. Eu aquentei enquanto pude, mas foi demais e comecei a rebater. – ele falou. – e para completar ele começou a jogar na minha cara que se eu tenho alguma coisa hoje, se eu dou alguém hoje em dia foi tudo graças a ele. – ele olhou para baixo. – eu pensei que nós havíamos construído o The Bizzle juntos. – encostou-se na mureta. – foi nisso que começamos a tapar na mão, mas o Chaz nos impediu. – olhou para mim.
- eu também provei dessa ira Chris. – o encarei. – a minha conversa com o sócio da boate, o Justin. – ele me olhou surpreso. - sim, o Justin é o sócio da boate. – o olhei. – a conversa entre nós não foi a mais agradável do mundo, pelo contrario, foi tensa, muito tensa.
- fica assim não Ly. – afastou uma mexa do meu cabelo do rosto e acariciou o mesmo. – vocês vão se acertar. – sorriu fraco, retribui. – quando a ele e eu, já tenho minhas duvidas.
- fica tranquilo Chris, eu tudo vai dar certo. – sorri. – a amizade de vocês não vai ter fim por causa de uma garota. – apontei para mim mesma. – eu vou concertar as coisas para o seu lado. – sorri mais uma vez.
- fica tranquila gatinha. – ele me deu um beijo na bochecha e me olhou. – agora vamos parar com esse baixo astral e vamos curte a festa. – sorriu, ele me puxou para voltarmos para o sala.
Eu estava me sentindo inteiramente culpada, eles são amigos desde crianças, construíram tudo juntos e por causa de uma noite o Justin quer cagar nisso tudo e perder uma amizade de anos, tudo isso por minha causa, não, isso eu não admito. Eu vou concertar essa coisa.
Dançamos mais três ou quatro musica, não me lembro ao certo, até que o DJ desligou o som anunciou que havia chegado a hora da noiva jogar o buquê e passar a sorte para outra felizarda.
- você não vai? – Adam que estava perto de mim perguntou.
- eu não, dessa sorte eu estou recusando por enquanto. – respondi rindo.
- LY, LY, LY! – Candice chegou perto de nós gritando e puxando o Chaz.
- o que foi? – perguntei rindo.
- vamos pegar o buquê. – sorriu batendo palminhas.
- eu não. – neguei. Eles começaram a insistir, insistiram tanto que acabei cedendo.
Fui puxada por Candice até o centro do salão, já havia se formado uma multidão de mulheres eufóricas para pegar o buquê. Candice me puxou para ficarmos na frente de todas.
- estão preparadas? – Vick gritou. – ela estava na frente de todos.
- SIM!- Elas gritaram.
- então lá vai. – Vick se virou de costas. – é um, dois, três, e já. – ela jogou o buquê para o alto.
O buquê veio na direção da multidão eufórica de mulheres , olhei para o alto, vi o buquê vindo em minha direção, ele estava cada vez mais perto e mais perto, eu tinha que pensar rápido antes que ele me atingisse. Dei dois passos lardo para a direita e o buquê cai do chão. As outras começaram a se estapear para ver quem o pegaria, estava pior que morto de fome no deserto. Candice como já era de se esperar estava nesse meio, a vi estapeando outras garotas que tentavam pegar o buquê.
Depois de algum tempo vi Candice se levantar com o buquê nas mãos, e também toda descabelada por conta da batalha com as outras.
- consegui, consegui. – ela gritou, algumas pessoas aplaudiram inclusive eu.
- parabéns Candy. – Vick disse no microfone. – e como já diz a tradição, você será a próxima a se casar. – Candice bateu palminhas com o buquê nas mãos. – está ouvindo Chaz? – Chaz assentiu sorrindo forçado.
Voltamos para perto dos garotos, Adam e Chaz, Candice estava eufórica por ter pegado o buquê, ela mereceu, afinal lutou bravamente por ele.
- Você ouviu né Chaz? – Candice disse para Chaz. – nós seremos os próximos a subir ao altar. – falou empolgada. Chaz a olhou. – eu peguei o buquê. – ela mostrou o buquê para a ele.
Chaz pegou o buquê nas mãos, o analisou e jogou para trás, o mesmo antes de tocar o chão foi pego por outra garota.
- Que buquê? – ele perguntou olhando para Candice. Adam e eu rimos. Candice fechou a cara e ameaçou chorar.
- por que você fez isso? – ela perguntou já com os olhos começando a ficar marejados.
- por que eu não quero ser o próximo a casar. – deu de ombro.
Vish, agora Candice iria começar o drama que ela sempre faz. Ele deveria ter escolhido melhor as palavras. Ri.
- então você não quer se casar comigo? – falou sufocando o choro. – é isso Chaz? Você não me ama, é isso? – ela ameaçou chorar.
- ah não, não Candice. Não chora. – ele encostou a cabeça dela em seu peito.
- me solta. – ela protestou.
- Candice, eu não preciso de um buquê para provar que você é a mulher que eu quero. – eles se olharam olho no olho. Candice sorriu. – Você fode muito bem, eu não vou te largar. – Chaz riu, já Candice emburrou a cara.
Adam e eu começamos a rir. Eu falo que eles são um casal muito estranho, e eles não acreditam.
Fui me afastando aos poucos e rumei na direção do banheiro, atravessei a pista de dança, fui andando por um lugar aonde a musica não era tão forte até que cheguei a porta do banheiro feminino, entre e fui direto para a pia. Abri a torneira e lavei minhas mãos, molhei minha nuca, pois estava com calor, de repente começo a ouvir um barulho parecido com de um gemido, olhei para trás para saber da onde vinha o mesmo e me arrependi amargamente quando descobri da aonde vinha.
Justin estava imprensando aquela piranha loira contra a parede, elas com suas pernas abertas e ele entre elas, aquilo me embrulhou o estomago, só não vomitei ali mesmo por que estava sem reação, ela soltava gemidos enquanto ele mordia seu pescoço. A minha vontade era de sair daquele lugar, mas minhas pernas pareciam estar travadas, em um dado momento os olhos dela se cruzaram com os meus, ela se assustou em me fez ali .
Vi ela cutucar o Justin, o mesmo soltou suas pernas a colocando no chão, ela ajeitou sua roupa enquanto ele fechava a calça, meus olhos se cruzaram com o dele e de imediato minhas pernas destravaram , senti como um se uma pessoa tivesse me empurrado dando impulso para sair daquele lugar. Cruzei a porta do banheiro e rumei na direção da pista de dança a qual eu atravessei para sair do salão.
- LILYAN, LILYAN! – ouvi alguém me chamar, mas não dei importância e continuei andando. - Lilyan. – a pessoa conseguiu me alcançar quando eu estava no estacionamento, era o Adam. – aonde você vai?
- eu vou embora. – enxuguei uma lagrima que insistiu em sair pelo canto dos meus olhos.
- eu te levo.
- não precisa, eu pego um taxi. – sai andando.
- não. – se pôs em minha frente. – eu não vou deixar você sair pelas ruas nesse estado.
Ele me conduziu até seu carro e abriu a porta para que eu entrasse. Ele entrou também e deu partida.
- vai para a boate? – me perguntou.
- por favor, me leva para qualquer lugar, menos para lá.
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