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História Summer In Love - (JIKOOK) - 16: we will find a way


Escrita por: jigguklgbt

Capítulo 17 - 16: we will find a way


Fanfic / Fanfiction Summer In Love - (JIKOOK) - 16: we will find a way

J E O N  J U N G K O O K

As semanas que eu havia passado com o Jimin hyung foram simplesmente incríveis, eu nunca havia me sentido tão feliz e completo.

É, eu estava me sentindo completo.

Antes eu me sentia totalmente sozinho, mas depois que eu conheci o Jimin hyung, passei a estar a me sentir completo e cheio de sentimentos bons.

Eu não me cansava de dizer o quanto eu estava feliz.

Muito feliz.

As pessoas ao nosso redor começaram a dizer que éramos namorados, mesmo que nós nunca tenhamos conversado sobre esse assunto.

Então meio que a gente se considerava isso mesmo.

Eu estava me sentindo um cara de sorte, pois o Jimin hyung era a pessoa perfeita pra mim. Ele cuidava de mim, eu cuidava dele e nos apaixonávamos cada vez mais.

Chegamos ao ponto de chamar a mãe um do outro de "sogrinha" e elas adoravam isso. Jimin estava se dando tão bem com a minha mãe que os dois pareciam ser amigos à muito tempo, isso me deixava muito feliz.

Outra coisa interessante: a minha mãe decidiu abrir uma barraquinha na feira e a sua comida estava fazendo muito sucesso.

Eu ajudava ela a cozinhar, a servir os clientes e as vezes, quando ficava muito cheio, o hyung e o Chenle vinham nos ajudar. Depois do trabalho, nós quatro sempre íamos para a praia fazer um lanche, enquanto comentavámos sobre o sucesso da comida da mamãe.

Estávamos conseguindo fazer uma boa graninha para nos sustentarmos pelo resto do verão já que o meu pai não havia deixado nada pra gente, a barraquinha não era a coisa mais fácil do mundo de se lidar, mas até que nos divertíamos bastante com o trabalho.

Era uma segunda-feira a tarde e eu estava com Jimin.

O hyung estava se sentindo doente e meio fraquinho, pois havia pegado sereno quando estávamos na praia na noite anterior, então eu cuidei dele e ficamos deitados na sua cama. Eu estava encostado na cabeceira, com fones em meus ouvidos enquanto acariciava os cabelos macios do hyung, já ele estava deitado no meio das minhas pernas, de barriga para cima, enquanto lia uma hq dos X-Men.

Aquele era mais um dos momentos preciosos que eu tinha com ele, mais um daqueles momentos que eu tanto valorizava.

Eu estava ouvindo "Somebody to Love" do Queen, quando a música começou a ficar estranhamente mais lenta, até do nada parou de tocar.

Eu sabia muito bem o que tinha acontecido, mas não consegui evitar um xingamento.

— Porra. — Resmunguei enquanto tirava os fones de ouvido.

Por que logo agora, meu deus? Pensei.

— O que foi? — Jimin me encarou, confuso.

— A pilha acabou.

Olhei para o meu walkman, que naquele momento estava repleto de figurinhas de coelhinhos e pintinhos que Jimin havia colado, ele havia dito que representava nós dois. Eu ri um pouco ao lembrar daquilo, pois o garoto por quem eu estava apaixonado era um fofo.

— Eu acho que devo ter algumas por aqui. — Ele abriu cada gaveta da sua cômoda a procura das benditas pilhas, e então me olhou com um biquinho em seus lábios. — Me enganei, não tenho, desculpa.

— Tudo bem, bebê. — Segurei o seu rostinho que ainda estava meio quentinho por conta da febre. — Se importa se eu for lá em casa buscar? Vai ser rápido.

— Pode ir.

— Está se sentindo melhor?

— Estou.

— Pode me dar um beijinho antes de eu ir? — Perguntei fazendo Jimin sorrir e, em seguida, selar rapidamente os nossos lábios. — Eu te adoro, já vou. — Me levantei.

— Também te adoro Jungkookie, volta logo.

— Vou voltar.

Os pais do Jimin estavam na minha casa conversando com a minha mãe, então quando passei pela sala da casa do hyung, só vi Chenle dormindo no sofá com uma postura totalmente desajeitada.

Quando cheguei na minha casa, os pais do Jimin estavam sentados no sofá, conversando.

Minha mãe não estava ali.

— Oi filho, o Jimin está melhor? — Perguntou a mãe do hyung.

— Ainda está com um pouco de febre, só vim buscar pilhas pro walkman e depois volto pra ele. — Falei.

— Obrigada por cuidar dele, Jungkook. — Ela sorriu. — Sua mãe está ao telefone.

Caminhei até a cozinha, minha mãe estava encostada na parede com o telefone na orelha e um cigarro em mãos. Ela fumava apenas quando estava estressada, então eu fiquei mal quando a vi daquele jeito.

Peguei pilhas novinhas dentro da gaveta e dei um "tchau" rápido para ela, mas antes que eu saísse, parei no corredor para escutar a sua conversa.

— Você quer o divórcio, é isso? — Ela estava ao telefone com o meu pai, ao ouvir a palavra divórcio não pude evitar ficar triste. — Eu já falei pra você e volto a repetir, eu não vou deixar o meu filho de lado por sua causa. E tudo bem, se você quer o divórcio é o que você vai ter.

Eles estavam brigando de novo por minha causa.

Minha mãe era a pessoa mais calma do mundo, até quando eu fazia alguma burrada, ela sempre era paciente. Então para ela estar tão estressada como estava naquele momento, deveria ser porque o meu pai estava falando asneiras demais.

Eu não duvidava nada pois conhecia muito bem a peça.

— Não precisamos do seu dinheiro de qualquer forma, estamos nos virando muito bem aqui. — Ela ficou em silêncio, e então de repente, falou em um tom mais agressivo e mais alto: — Eu cansei de te ouvir falando idiotices, fica longe de mim e do meu filho. Só vamos nos ver agora quando for pra assinar esses malditos papéis, vai se foder. — E então ela desligou.

Sai dali antes que ela me visse, me despedi dos pais de Jimin e então voltei pra casa deles.

Eu não sabia como reagir depois de tudo o que ouvi, meus pais estavam se divorciando e a culpa era minha. Eu havia acabado com toda e qualquer chance de ter a minha família completa, e estava me sentindo muito mal por isso.

Mas de jeito nenhum eu me arrependia de estar com o Jimin e eu não podia fazer nada se o meu pai odiava aquilo, ele que se danasse.

Quando voltei ao quarto, vi Jimin fechando a hq. Ele me olhou e sorriu, eu meio que forcei um sorriso o que fez com que o dele sumisse.

— Aconteceu alguma coisa?

— Eu estou bem. — Peguei o walkman, tirei as pilhas antigas e coloquei as novas.

— Amor. — Ele chamou e eu o olhei. — Fala pra mim, você voltou tão amuado.

— Meus pais vão se divorciar, Jimin.

Falar aquilo em voz alta parecia ainda mais doloroso.

— Sinto muito. — Ele me abraçou, e eu retribui, envolvi os meus braços ao redor da sua cintura e escondi meu rosto em seu peito. — Mas você não acha que é o melhor?

— Acho... Mas... — Não pude controlar quando algumas lágrimas teimosas começaram a descer pelo meu rosto. — Meus pais sempre estiveram juntos em toda a minha vida, eu estou tão acostumado com isso.

— Ei. — Ele segurou o meu rosto. — Meu amor, não chore. — Jimin limpou as minhas lágrimas. — Você, a sua mãe e o Tony vão ser muito felizes depois que tudo isso passar, sabia?

— Nós vamos?

— Claro que sim. — Ele sorriu. — Eu sei que não é fácil, mas vocês vão conseguir ficar bem.

— Espero que sim.

— Vocês vão. — Ele me deu um beijo, e sorriu novamente. — Quer jogar xadrez?

— Quero.

— Você vai perder.

Jimin sempre foi péssimo no xadrez. Jogamos quatro vezes e ele perdeu em todas elas, até que Chenle entrou no quarto, quis jogar e venceu de mim.

Passamos uma tarde divertida juntos, Jimin ficou muito melhor depois que eu fiz uma sopa para ele. Comemos juntos, e quando ficou tarde resolvi que já era hora de ir embora.

— Tem certeza que vai agora? — Ele perguntou assim que chegamos na porta de sua casa.

— Tenho que ir, minha mãe vai precisar de mim.

— Tá bom, então boa noite.

— Boa noite. — Deixei um selinho em seus lábios. — Se cuida.

— Você também. — Ele sorriu. — E cuida da sua mãe.

— Pode deixar.

Assim que Jimin abriu a porta para que eu saísse, vi um carro estacionando na porta da minha casa.

Era o carro do meu pai.

Jimin me olhou com uma expressão preocupada, então eu sorri para ele e sussurrei que iria ficar tudo bem, ele sorriu de volta, então fechou a porta.

Caminhei até a entrada da minha casa ao mesmo tempo em que aquele homem saiu do carro.

Minha mãe abriu a porta.

Ele me olhou com uma cara de nojo, em seguida desviou o seu olhar para a mamãe.

— Eu não acredito que vai deixar o nosso casamento acabar por causa da merda que o seu filho está fazendo. — Disse. — Eu tenho nojo dele e de você, que apoia essa porcaria.

Aquilo doeu em mim como se ele tivesse me dado um tiro.

— O que você veio fazer aqui? — Minha mãe perguntou, soando ríspida.

— Eu trouxe as suas coisas e as desse garoto que estavam na minha casa. — Ele abriu o porta-malas. — Não quero que vocês voltem para lá.

— Por mim está ótimo. — Minha mãe caminhou até o carro e começou a tirar as coisas de lá, eu fui ajudá-la. — E os papéis do divórcio?

— Vou correr atrás disso o mais rápido possível.

Após isso, começou um silêncio desconfortável, fechei o porta-malas assim que terminei de pegar as nossas coisas e então fiquei ao lado da minha mãe que segurou a minha mão.

— Se você só veio fazer isso, pode ir embora agora.

— Tem mais uma coisa. — Ele olhou para ela. — Eu quero de volta todo o dinheiro que eu te dei para abrir o seu restaurante, não vou mais te ajudar com isso.

Filho da puta.

Naquele mesmo instante a raiva começou a me consumir.

Como ele pôde fazer uma merda daquelas?

— Como é que é? — Minha mãe estava mais desacreditada que eu.

— Vou repetir, quero cada centavo do dinheiro que eu te dei pra abrir o seu restaurante. — Ele sorriu. — Já que você está se virando, acho que não precisa do meu dinheiro pra isso né?

— É. — Pude perceber que ela estava se controlando para não chorar na frente dele. — Vai embora, desgraçado!

Sem dizer mais nada, aquele homem que um dia eu tanto amei e tinha orgulho de chamar de pai, entrou no carro e foi embora. Peguei as coisas que ele havia trazido e comecei a levar para dentro de casa, com a ajuda da minha mãe.

Assim que terminamos, ela se sentou no sofá e começou a chorar. Eu me ajoelhei à sua frente e segurei as suas mãos.

Eu não queria que ela chorasse por causa daquele homem.

— É a metade do dinheiro, Jungkook. — Fungou. — Como a gente vai conseguir juntar tudo aquilo de novo?

— Mãe, eu te amo. — Limpei as suas lágrimas. — E eu prometo pra você que a gente vai dar um jeito.

— C-Como?

— A gente vai dar um jeito, confia em mim. — Eu a abracei. — Temos um ao outro e só isso importa.

Apesar de ter dito o que eu disse com tanta convicção, eu confesso que estava com muito medo.

Era muito dinheiro e eu não sabia o que iríamos fazer para juntar tudo aquilo novamente. Mas, eu acreditava que nós seríamos fortes o bastante para conseguir passar por tudo aquilo.

Era só um momento difícil, iria passar logo em um piscar de olhos.

Perguntei se a minha mãe queria companhia para dormir, mas ela negou, dizendo que estava tudo bem. Fui para o meu quarto, logo vendo Tony esparramado na minha cama, como sempre.

Tomei o meu banho tentando pensar em alguma maneira de ajudar a minha mãe a conseguir todo aquele dinheiro de volta, mas nada vinha a minha mente e aquilo me deixava muito triste.

Porra, eu queria tanto ajudar a minha mãe, mas naquele momento não conseguia pensar em nada. Era tão frustante, fazia com que eu me sentisse um inútil.

Já vestido no meu pijama, sentei na cadeira da minha escrivaninha e peguei um caderno para desenhar. Era o que eu gostava de fazer quando estava me sentindo mal, costumava desenhar o que me fazia bem, por isso não me surpreendi nenhum pouco quando comecei a desenhar o Jimin.

O seu rosto lindo foi surgindo no papel, sorrindo daquele jeitinho que eu tanto gostava, quando os seus olhinhos também sorriam. Seus cabelinhos estavam de lado, desenhei até os seus brincos que ele tanto gostava de usar.

O desenho havia ficado perfeito.

Jimin hyung era perfeito.

Enquanto eu procurava um lápis melhor para fazer a finalização, minha visão se focou no calendário esquecido ali na escrivaninha. Então, eu vi algo que me deixou preocupado.

Segunda-feira, 30 de julho de 1984.

Faltavam apenas cinco semanas para as férias de verão acabarem.



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