História Summer Love - Segunda Temporada - He took!

Sai do aeroporto e fui em direção ao meu apartamento. 

O caso do avião quase ter batido em outro, foi que alguém hackeou (é assim que se escreve?) o sistema de controle e deu ordens ao meu avião que já poderia pousar, mas a torre de sinal tinha controle de outro avião pousando também. Quase que todos morreram. Quase. 

Quem eu acho que foi o responsável? Charlie. 

Esse homem me da muito, muito medo. 

Fui para o apartamento e lá encontrei Zule, que já tinha se acomodado, já que eu pedi pra ela ficar pois tinha medo. E o Harry me pediu pra falar com ela. 

ZU: Querida! 

Faz tempo que não a vejo. 

Zule veio correndo em minha direção, coloquei as crianças no chão e a abracei. Ela era a minha mãe. Eu a amo como uma. 

ZU: Quando eu soube de tudo o que aconteceu, na mesma hora, arrumei minhas coisas e peguei a chave extra com o porteiro. Estava com muitas saudades de você, minha criança que agora.... É mãe!

Sorri. 

K: Vou colocar os bebês no quarto. 

ZU: Preparei sua janta. Depois conversamos. 

Agradeci e fui para o quarto dos pequenos, os troquei, amamentei e os coloquei nos devidos berços. Eles estavam cansados de tanta correria.

Voltei para a cozinha, sentei-me na mesa em frente ao prato que Zule me serviu. Ela estava numa ponta e eu em outra. 

ZU: E então querida, como foi o voo? 

K: O avião quase causou um acidente na hora de pousar. Quase que dois avião se chocaram. 

ZU: Meu Deus! Por isso que eu nunca ando de avião! Mas, e você? Está tudo bem? 

K: Ah, sim, o piloto conseguiu voltar pro ar novamente, por um milésimo de segundo que ele se atrasa e eu mais os outros passageiros estaríamos mortos.

ZU: Mas não está. Ainda bem. 

Sorri. 

Terminei minha janta. 

K: Zule, estou cansada. Posso ir pro quarto dormir? 

ZU: Claro! A casa é sua! E como acho que as crianças irão acordar no meio da noite, pode deixar, eu vou até elas.

K: Boa noite e obrigado por estar aqui. 

ZU: Você é a minha filha, lembra? Faço tudo por esse rostinho de uma mãe adolescente de 18 anos ter um sorriso bem grande nos lábios! 

Ela apertou minha bochecha como aquelas tias fazem. 

Ri e fui pro meu quarto, 

Tomei banho, coloquei um pijama bem quentinho e me deitei.

[...]

Acordei tarde no outro dia. Tomei banho e coloquei uma roupa bem quente. Fui até o quarto das crianças mas elas não estavam nos berços. Fui até a cozinha e Zule estava com os três no cadeirão, dando comida. 

K: Ah, esqueci que não preciso acordar eles.... 

ZU: Bom dia! Dormiu bem? 

K: Sim. Huum, o que temos aqui para o almoço? 

ZU: Pode se servir, é macarrão ao molho branco. Acabei de preparar. 

K: O cheiro está ótimo. 

Peguei um prato e me servi. Enquanto sentava de frente para os três cadeirões com crianças lambuzadas de molho em cima deles, Zule encostou na parede na minha frente e cruzou os braços na altura dos seios. 

ZU: É... Assim, Ka, caso queira que eu mude de assunto, tudo bem. Mas, você tem alguma ideia de quem te estuprou e fez aquilo com o Harry?

Engasguei. 

ZU: Ah! Me desculpe! Não quero incomoda-la! 

Depois de tomar um gole de água, respondi. 

K: N-não, tudo bem... Mas, é... Sim. 

ZU: Hum, quem? 

K: Charlie. 

Z: CHARLIE? -Zule arregalou os olhos.

K: Shhh, mas não conte pra ninguém. 

Ela fez sinal que estava fechando a boca com chave. 

ZU: Mas... Vocês tinham brigado? 

K: Hum, sim. Aconteceu várias coisas lá, Zule. Mas agora eu preciso muito ir. -Disse olhando no relógio e colocando o prato vazio na pia. -Marquei uma sessão com uma psicóloga agora, 1:00 pm. Beijos. Um dia eu te explico o que aconteceu. 

Dei um beijo em sua bochecha e um beijo nas crianças. 

Sai do apartamento em direção a garagem.

"Bom dia! H." 

Recebi a mensagem de Harry, enquanto estava na sala de espera do consultório. 

"Bom dia Hazza." 

"Como foi o voo?" 

"O avião quase bateu." 

"O QUÊ?!" 

"Sim, o sistema da torre de controle foi hackeado, alguém deu ordens que o avião já poderia pousar, mas tinha outro pousando ao mesmo tempo." 

"Você pensou no mesmo 'hacker' que eu?"

"Hum, acho que sim...."

"Charlie."

"Óbvio."

"Oh céus Kazel, eu não vejo a hora de te encontrar. Quero muito te proteger." 

"O seu colar já me protege, fica tranquilo."

"Estou falando sério."

"Eu também." 

"Você está bem? Onde está agora? 

"Num consultório de psicologia, vim ter uma consulta." 

"Ah, ótimo. Mas... como você chegou a conclusão que era o Charlie?" 

"Ele me mandou uma mensagem, assim que o piloto conseguiu pousar."

Tirei print da mensagem do Charlie e enviei para Harry.

"É Ka, alguém realmente quer te matar." 

Não respondi, a doutora me chamou. 

[...]

5 dias se passaram normalmente. Sem sinal do Charlie ou Marcos. Meu medo por homens e meu sentimento de culpa sobre aquele ocorrido, tem diminuído. Agora falta apenas 3 dias pro Harry vim para Londres. 

Hoje acordei cedo, tenho um desfile amanhã e preciso urgentemente comprar uma roupa para ir ao local. 

Fui para o shopping depois do farto café-da-manhã que Zule sempre faz para mim. Tenho a ideia que ela quer me ver gorda. 

Passei o dia entre manicure, spa, compras e etc. 

São 16:00 e estou voltando para casa. Preciso de um banho.

Cheguei em casa, falei oi ao porteiro e entrei no elevador. 

Chegando no andar do meu apartamento, a porta estava aberta. Será que Zule está fazendo faxina e deixou a porta aberta pra colocar o lixo na lixeira? 

K: Zule? -gritei enquanto jogava minha bolsa no sofá, junto com as sacolas que eu carregava. Tranquei a porta.

Ouvi um grito super abafado vindo do quarto das crianças, que estava com a porta escancarada. 

Tirei os saltos e fui correndo até lá. 

Cheguei e encontrei Zule amarrada e amordaçada. Arregalei os olhos e soltei sua boca. 

K: O que houve aqui?! -perguntei desesperada. 

Z: As crianças... -ela disse sem fôlego e assustada. 

K: O que tem as crianças?!

Z: Ele as levou...

K: Ele quem? 

Z: Charlie... Charlie as levou.....