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História Summer Nights - Capítulo 02


Escrita por: tenmei

Notas do Autor


Eu queria ter postado esse capítulo antes, mas eu sou péssima em estabelecer prazos pra mim mesma. lol
Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo 02


As semanas seguintes passaram como num piscar de olhos. Kakyoin se ocupou em organizar o seu quarto novo e ajudar os seus pais com o restante dos itens da mudança. Era como se sua nova casa estivesse constantemente preenchida com um ar de animação que emanava de todos os membros da família.

Ele sentia-se feliz e empolgado com tudo aquilo. Mas ainda assim, vez ou outra, se recordava daquele encontro que tivera na praia com Jotaro, há algumas semanas atrás. Aquele rapaz de olhos azuis ainda invadia seus pensamentos em alguns momentos durante o dia e, principalmente, durante a noite, quando invadia os seus sonhos.

E embora Kakyoin tentasse não se prender muito àquelas lembranças, ele não conseguia simplesmente ficar indiferente pela forma como tudo aconteceu. Pelo encontro inesperado, pela aproximação confortável e, principalmente, por aquele beijo, que havia sido seu primeiro.

Mesmo que, de certo modo, houvesse sido especial, Kakyoin também estava acostumado a não contar com a presença de outras pessoas em sua vida por muito tempo. Sua infância e juventude solitárias haviam moldado sua personalidade dessa forma. Ele obviamente não conseguia ficar totalmente indiferente, mas ainda assim já estava habituado com pessoas se afastando de si muito rápido.

Ele por muito tempo se perguntou o que o fazia tão diferente dos outros, o que fazia com que ele não conseguisse manter amizades e outros tipos de relacionamentos, exceto com seus pais. Mas àquela altura, já havia apenas aceitado e parado de se preocupar com isso.

E naquele momento, ele tinha outras coisas mais com que se preocupar.

Parado em frente ao portão de acesso da nova escola, ele observou o lugar à sua frente por alguns instantes antes de entrar. Olhou para o papel que estava em sua mão, onde estavam registrados os horários das suas aulas e suas respectivas salas.

Já havia imaginado que iria precisar de tempo para se habituar a morar em uma cidade grande como Tóquio, em um bairro movimentado como aquele. E apesar de só ter visitado aquela escola no dia em que foi com seus pais fazer a matrícula, ele acreditava que iria conseguir se virar lá dentro e encontrar os locais das suas aulas facilmente.

Enquanto caminhava pelo pátio em busca do prédio pra onde deveria ir, ele passava pelos outros alunos, que conversavam com empolgação. Os outros estudantes riam, trocavam histórias de como haviam sido suas férias enquanto se reencontravam para mais um ano letivo. Kakyoin se perguntava se no ano seguinte ele teria colegas próximos pra reencontrar e trocar experiências daquela forma.

Ele caminhava pelos corredores do prédio, olhando as indicações das salas de aula e conferindo com o que estava no papel em sua mão, agradecendo a si mesmo por ter saído de casa com antecedência, sabendo que levaria um tempo para encontrar o local certo.

 

“SALA 112”

 

Ele observou o número na porta do local com uma sensação de alívio e até certo orgulho. Havia levado até menos tempo do que ele imaginava.

Foi só quando abriu a porta para entrar na sala que ele percebeu que, talvez, não estivesse realmente no lugar certo.

A começar pelo fato de que não era uma sala de aula comum. Não haviam mesas enfileiradas para todos os alunos. Haviam alguns armários em um dos lados da sala, alguns puffs e poltronas e, mais ao fundo do local, uma grande mesa redonda com algumas cadeiras ao seu redor.

Ali dentro, haviam três rapazes. Um deles, de pele muito clara, olhos azuis e um cabelo platinado penteado para cima, estava sentado no peitoril da janela. Ele usava brincos em formato de um coração partido ao meio, uma metade em cada orelha. Junto àquela mesa redonda havia outro rapaz, sentado em uma das cadeiras, os pés apoiados sobre à mesa a sua frente, seus longos cabelos castanhos passavam da altura dos ombros.

Ambos rapidamente olharam em sua direção no momento em que ele entrou na sala.

O terceiro jovem, um loiro alto sentado com as pernas cruzadas, o cotovelo apoiado sobre a mesa e o rosto inclinado sobre a própria mão, não desviou os olhos do livro que estava lendo.

- O que você quer aqui? – o rapaz de cabelos castanhos pareceu assumir uma postura desconfiada, baixando as pernas que estavam apoiadas sobre a mesa e se preparando para se levantar.

- Eu... – Kakyoin se sentiu levemente ameaçado, mesmo sem saber exatamente o motivo. – Eu só estava procurando a minha sala.

Só então o loiro ergueu os olhos do livro que estava em sua mão. Kakyoin sentiu como se olhos dele estivessem o analisando de cima a baixo.

- Sua sala não é aqui. Cai fora. – o de cabelos castanhos falou ao se colocar em pé, dando alguns passos na sua direção. Kakyoin sentiu que se não saísse dali, iria ser colocado pra fora.

- Não precisa ser tão ignorante, Ice. Ele só está perdido. – o loiro falou ao fechar o livro e largar sobre a mesa, se colocando em pé e se aproximando do jovem de cabelos castanhos. Um sorriso amigável adornava seus lábios.

- Ok, me desculpa. – o rapaz prontamente desarmou a sua postura agressiva e se desculpou para o loiro.

- Tudo bem. Quer saber? Eu estou com sede. – o loiro soava simpático ao falar, mas Kakyoin ainda se sentia intimidado pelo tom da sua voz. – O que acha de ir buscar um café gelado pra mim, hm?

O jovem de cabelos castanhos apenas concordou em silêncio, com uma estranha postura de obediência, caminhando para fora da sala e lançando um último olhar desconfiado para Kakyoin no instante em que passou por ele.

- Desculpa pelo incômodo. – Kakyoin falou, se preparando para sair dali o mais rápido possível, mas foi interrompido quando o loiro gentilmente pousou uma das mãos sobre o seu ombro.

- Não é incômodo nenhum. – o loiro sorriu novamente. – Você é novo na escola, não é? Eu com certeza me lembraria se tivesse te visto por aqui antes.

Kakyoin mais tarde ficou pensando no significado daquelas palavras.

- Sim, é meu primeiro ano aqui. Eu me mudei pra Tóquio nas férias.

- Então seja bem-vindo! Eu me chamo Dio Brando. Aquele ali é o Jean Pierre Polnareff. – ele apontou para o rapaz de cabelo platinado, que acenou com a cabeça enquanto o cumprimentava com um o sorriso. – E o que acabou de sair é o Vanilla Ice.

- Eu me chamo Noriaki Kakyoin. – o ruivo se esforçou para sorrir de forma educada, ainda que não estivesse se sentindo completamente confortável ali.

- Muito prazer, Kakyoin. – Dio falava enquanto observava o papel que Kakyoin segurava, se colocando ao seu lado, a uma proximidade ousada, para ler o que estava escrito nele. – Agora vamos ver... Sua sala de aula é a 112-B. Essa aqui é a sala 112-A. Você tem que ir pro segundo andar.  Nesse andar do prédio tem só as salas dos clubes, mas os clubes só funcionam à tarde.

- Ah, entendi. Muito obrigada. – Kakyoin falava quando discretamente se afastava do loiro.

- Espera aí! Sala 112-B? – Polnareff subitamente se aproximou deles e, sem a menor cerimônia, tirou o papel das mãos de Kakyoin, que não pôde deixar de achar graça naquele jeito espontâneo. – Você vai ser meu colega!

- Sério? – só então o ruivo se sentiu um pouco mais aliviado. – Vai ser bom ter ao menos um rosto familiar na turma.

- Pois pode contar comigo se precisar de alguma coisa. Eu também já fui um novato, sei bem como é. – Polnareff sorriu de forma confiante, devolvendo o papel para o ruivo. Nem ele nem Kakyoin perceberam o olhar analítico e discretamente invejoso com que Dio os observava.

- Dio. – uma voz desconhecida vinha de trás deles, na entrada da sala. Os três se viraram para a direção da porta. – Eu vim comprar mais... Quem é ele? – o rapaz que havia acabado de chegar interrompeu o que ia falar no instante em que notou a presença de Kakyoin ali dentro.

- Polnareff. – Dio falou, lançando um olhar para o jovem de cabelos platinados, que prontamente entendeu o recado e se afastou deles para ir de encontro àquele que havia acabado de chegar.

- Hey, hey, D’Arby! – Polnareff falava, guiando o outro estudante para fora da sala ao passar o braço sobre os seus ombros. – Deixa comigo que eu vou te ajudar... – a voz dele ficava mais baixa à medida que eles se afastavam.

Kakyoin observou intrigado, sem entender do que eles estavam falando. Mas não teve muito tempo para pensar, logo Dio se colocou à sua frente e chamou a sua atenção, novamente com aquele sorriso dúbio em seu rosto.

- Então, Kakyoin... – o tom de voz do loiro era quase aveludado. – Você comentou que se mudou pra cá nas férias. Já teve tempo de sair pra conhecer a cidade?

- Ainda não muito. Só conheço um pouco do meu bairro.

- Imagino que mudar de cidade não deve ser fácil. Deve ser difícil deixar os amigos de lá pra trás.

Kakyoin quase riu daquele comentário.

- Imagino que seja. – o ruivo falou.

- Como assim? – Dio franziu as sobrancelhas.

Só então Kakyoin se deu conta do que tinha falado. Não era essa a impressão que ele queria passar para a primeira pessoa naquela escola que havia demonstrado certa simpatia para consigo, que havia de certa forma o acolhido. A impressão de uma pessoa solitária ou estranha.

- Bem... Digamos que eu não tinha tantos amigos assim na outra cidade. – Kakyoin falou, mentindo. Não tinha nenhum amigo que havia ficado pra trás.

- Entendi. Provavelmente você só estava cercado pelas pessoas erradas. Mas agora você está aqui... Vamos ser amigos, hm? - Dio ergueu o dedo indicador e tocou de leve no brinco em formato de cereja que pendia da orelha de Kakyoin, aquele sorriso se mantinha em seu rosto enquanto ele falava de forma gentil e acolhedora.

Kakyoin, no entanto, não percebeu que o olhar que Dio lhe direcionava enquanto falava não condizia com aquela máscara polida que ele ostentava junto com suas palavras carismáticas. Seu olhar era quase predatório.

Mas o jovem de cabelos vermelhos só conseguia se sentir encantado com tamanha simpatia. Já havia mantido em mente que a mudança de cidade e de escola lhe traria uma nova oportunidade de fazer amizades e superar suas dificuldades internas que o impediam de se aproximar de outras pessoas. Porém, ele não imaginava que alguém iria querer se aproximar de si daquele modo tão acolhedor.

O sorriso que se formou em seus lábios tinha um ar quase de alívio com as palavras de Dio.

Kakyoin tinha toda a razão em acreditar que a sua vida estava mudando complemente.

A mudança só não iria acontecer da forma como ele estava esperando.

 

. . .

 

- Psiu, Kakyoin. - Polnareff sussurrou atrás dele ao mesmo tempo que tocava em seu ombro e lhe passava um pequeno pedaço de papel dobrado. - Pega aqui.

O francês fez questão de garantir que os dois se sentassem próximos um do outro. E embora Kakyoin não fosse o tipo de aluno que geralmente ocupava os lugares do fundo da sala de aula, ele não via motivos para recusar estar perto da única pessoa daquela turma com quem ele havia tido o mínimo de interação.

Kakyoin discretamente abriu o pedaço de papel para ler.

 

“Rolê depois da aula. Dio, Ice, você e eu.”

 

Aquilo não era uma pergunta e também não parecia como um convite. Era como se ele estivesse sendo comunicado de um evento que iria acontecer, no qual ele estava incluso. Em todas as vezes em que o grupo havia se reunido depois da escola naquela primeira semana de aula, ele sempre era “convidado” por Polnareff daquela mesma forma.

“Vamos comer alguma coisa depois da aula.” “Dio chamou a gente pra ir na casa dele.” “Hoje a gente vai conhecer o fliperama novo.”

Kakyoin havia estranhado aquele comportamento nos primeiros dias, mas depois de um tempo se deu conta de que tanto Polnareff quanto os outros o consideravam como parte do seu pequeno grupo de amigos. Assim que se deu conta disso, ele apenas passou a se sentir feliz com aqueles pequenos momentos depois da aula.

Ele se virou de lado apenas o suficiente para fazer um gesto de “ok” ao colega atrás de si, juntando a ponta do dedo indicador com a ponta do polegar. Polnareff retribuiu com um sorriso e o polegar erguido em um sinal positivo.

Assim que as aulas acabaram, eles foram de encontro aos outros dois rapazes, que já esperavam por eles no portão de saída da escola. Dio estava escorado no carro atrás dele, os braços cruzados. Vanilla Ice estava de costas, conversando com um estudante que Kakyoin não reconhecia. Não demorou para que ele se despedisse do desconhecido, guardando em um dos bolsos do uniforme algo que aquele garoto havia lhe entregado. O estudante se apressou em ir embora, também guardando alguma coisa em um dos bolsos.

Quando Dio notou a presença de Kakyoin, um sorriso se formou em seu rosto. Polnareff passou o braço pelos seus ombros enquanto eles se aproximavam dos outros dois.

- Hoje é sexta-feira. Nós vamos beber. - Polnareff falou com um sorriso empolgado.

O ruivo olhou com certo receio para os outros três rapazes.

- Eu... Acho que não deveria beber. - Kakyoin hesitou ao falar.

- Careta. - Vanilla Ice resmungou. Ele e Polnareff riram com certo deboche em seguida.

- Ele não precisa beber se não quiser. Não sejam idiotas. - Dio se pronunciou e rapidamente os outros dois cessaram os risos. Kakyoin ainda não entendia completamente aquela postura obediente que eles mantinham com Dio.

Os quatro entraram no carro de Dio e seguiram para longe da escola. Pararam em uma loja de conveniência, onde Polnareff desceu para comprar cerveja. Kakyoin decidiu não pensar muito sobre como um estudante do ensino médio havia conseguido comprar álcool.

Dio os levou de carro até o local onde o grupo se reunia pra beber. Uma área afastada da cidade, no alto de uma espécie de colina, de onde podiam ver as luzes da cidade. Vanilla Ice e Polnareff se sentaram na grama enquanto começavam a beber e fumar. Kakyoin se escorou no carro de Dio, logo atrás deles. O loiro foi se acomodar ao seu lado com uma lata de cerveja na mão.

Passaram algumas horas ali, conversando, bebendo, rindo. Polnareff, que já era naturalmente uma pessoa descontraída, ficava ainda mais a animado à medida que as latas de cerveja se esvaziavam, fazendo todos no local rirem. Até Vanilla Ice, o mais sério daquele grupo, se rendia às brincadeiras do francês.

Kakyoin chegou a beber um ou dois goles da cerveja que Polnareff o ofereceu, mas nada além disso. Embora aquele parecesse ser nada além de um momento de descontração entre amigos, Kakyoin ficava levemente intrigado com os olhares que Dio lançava para si. Nos momentos em que seus olhos se encontravam, ele sentia como se seu corpo queimasse. Como se estivesse sendo analisado, vigiado.

- Eu preciso ir pra casa. – Kakyoin falou após olhar no relógio em seu pulso. O céu estava começando a escurecer.

- Mas já? Ainda tá tão cedo, a gente mal começou! – Polnareff protestou, apesar de já fazer um bom tempo que eles estavam ali.

- Eu te levo pra casa então. – Dio se pronunciou. – Depois eu volto aqui com vocês.

Vanilla Ice e Polnareff se entreolharam.

- Ah não, não precisa se dar o trabalho. Eu posso ir sozinho. – Kakyoin falou.

- Não seja bobo, vai levar um tempão pra você voltar sozinho. – Dio já buscava as chaves do carro no bolso enquanto falava. – E pode ser perigoso, também.

Kakyoin buscou em sua mente algum argumento para recusar aquela carona, mas não encontrou nenhum. Acabou apenas concordando, se despedindo dos outros dois que haviam ficado ali e entrando no carro de Dio.

Novamente, Vanilla Ice e Polnareff se entreolharam enquanto viam o carro se afastar.

Em silêncio, ambos sabiam que Dio provavelmente não iria voltar.

 

. . .

 

- Como foi a sua primeira semana na escola nova? – Dio perguntou no instante em que estacionou o carro a alguns metros da casa de Kakyoin.

As janelas do carro estavam fechadas.

- Foi muito mais fácil graças a vocês três. – Kakyoin tentou falar de forma educada, apesar do pequeno nervosismo que estava sentindo.

- Eu disse que você provavelmente só estava cercado pelas pessoas erradas. – Dio se virou de lado. Novamente aquele sorriso dúbio em seu rosto.

- E o que te faz pensar que vocês são as pessoas certas? – Kakyoin falou, tentando quebrar aquele clima estranho com alguma descontração.

Dio riu daquele comentário.

- As pessoas certas iriam te enxergar de verdade, iriam enxergar todo o seu potencial. E eu nem estou falando daqueles outros dois idiotas. – Dio se aproximava lentamente enquanto falava, erguendo a mão para tocar a franja ondulada que pendia do seu cabelo ruivo. – Kakyoin... Eu sou a pessoa certa.

Subitamente, Kakyoin se sentiu paralisado. No entanto, não era o mesmo tipo de sentimento que ele teve quando Jotaro se aproximou dele, na praia, há algumas semanas atrás. Não era o tipo de falta de reação gerada por uma surpresa agradável.

Era como se Dio estivesse o envolvendo por completo. Atingindo seu coração e seus pensamentos com palavras certeiras (até demais) enquanto suas mãos atingiam seu corpo. Ele sentia como se Dio houvesse despido a força um pequeno pedaço do seu íntimo apenas com aquele olhar intenso e aquele sorriso polido.

Kakyoin engoliu em seco, sentia suas mãos tremendo no momento em que Dio chegou perto o suficiente de si. Algo dentro de si lhe despertou o impulso de sair daquele carro depressa e apenas correr para dentro de casa, sem olhar pra trás.

Algo dentro de si gritava que ele devia apenas fugir enquanto ainda podia.

Mas seu corpo não obedeceu.

Kakyoin não conseguiu fugir.


Notas Finais


Por favor, não me odeiem por esse capítulo. Essa ainda é uma fanfic majoritariamente jotakak.
Obrigada a quem leu.
Até o próximo capítulo!


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