História Summerboy - Capítulo 5 - Diamonds

     Os dias passaram-se rápido, quando me toquei já havia uma semana e meia que estávamos na cidade. Nico e eu estamos cada vez mais próximos. É impossível negar que gosto dele, não sei dizer o quanto, mas se ajuda a compreender, Nico passou a ser parte essencial dos meus dias, quando eu estou com ele, quando eu o beijo, quando o tenho em meus braços sinto que tenho tudo.

     Me pego a pensar em o que vai acontecer quando tiver que ir embora, o meu coração doía ao pensar que isso mais cedo ou mais tarde aconteceria. Mesmo em tão pouco tempo aqueles olhos negros tinham conquistado um enorme lugar no meu coração. Tínhamos conversado sobre isso, ele assim como eu entristeceu com o assunto, mas topou que enquanto eu estiver aqui ele vai ser o meu “Summerboy”.

...

     Eu andava apressado pela avenida tentando me lembrar de onde ficava o “paraíso” de Nico, ele me esperaria lá. Finalmente vi a imensa pedra que teria que subir para chegar lá, sorri ao ver que ele estava lá me esperando.

     – Atrasado. – ele me olhou sério.

     – Desculpa, eu não me lembrava da entrada daqui.

     – Como assim você não lembrou a entrada do nosso lugar?

     – Nosso? –eu repeti suas palavras e ele rolou os olhos.

     – Anda logo, Jackson. Eu tenho uma coisa para você.

     Ele começou a subir na pedra pulando nos degraus improvisados que as rochas formavam, eu o segui. Quando por fim chegamos ao outro lado eu perguntei:

     – Agora me diz. O que você quer me mostrar?

     – Fiquei te devendo uma não é?

     – Do que você tá faland...

     Antes mesmo que eu terminasse a frase ele pegou meus óculos de sol e jogou-os na areia, assaltou minha boca, me empurrou contra as pedras e arrancou minha blusa.

     – Vai com calma, di Angelo. – falei

     – É assim que fazemos do lado oeste. – ele respondeu em tom irônico

     Ele voltou a me beijar apressado, passeou com suas mãos por todo o meu abdômen e minhas costas, eu o agarrei com força prendendo-o a mim, coloquei minha mão entre os seus fios pretos e puxei-os levemente interrompendo o beijo, aproveitei para colocar minha mão por dentro de sua blusa e tirei-a calmamente, assim que joguei a peça para um canto qualquer ataquei o seu pescoço beijando e mordendo vez ou outra, sentia a respiração de Nico ficando cada vez mais pesada, coloquei a perna atrás da sua e lentamente nos deitamos na fina areia da praia, livrei-me de sua bermuda e deitei por cima o beijando novamente.

Ele me empurrou para o lado e ficou por cima.

     – Surpresa. – ele me olhou e sorriu perverso.

     Beijou-me e com as mãos desceu ao botão de minha bermuda e desceu-a, terminei jogando a para longe com o pé. Ele passeou suas mãos por cima da minha cueca me instigando mais, ele sorria quando eu fechava os olhos e gemia baixo, fizera isso outras vezes e só parou quando eu murmurei o chamando de sádico. Ele então puxou minha cueca e olhou para mim enquanto sussurrou alguma coisa que não faço a menor ideia do que era. Segurou meu membro e masturbou-me lentamente, eu soltava gemidos abafados e ele sorria como quem gostava de ouvir tal som, colocou-o na boca uma vez e eu gemi outra vez dessa vez mais alto, ele repetiu o ato inúmeras vezes e aumentava o ritmo conforme eu pedia por mais.

     Ergui-me rapidamente, Nico se assustou, peguei o pela cintura e o coloquei deitado na areia.

     – Minha vez. – sussurrei em seu ouvido.

     Comecei a passar as unhas por todo o seu corpo, senti seu arrepio em cada centímetro que percorri com as mãos, segurei suas coxas por baixo e puxei sua cueca lentamente, segurei seu membro com as mãos firmes e depositei beijos calmos, ele mexeu o quadril como se quisesse mais que isso. Não pensei outra vez e rapidamente contornei a glande com a língua e ele se contorceu na areia, fiz outra vez e ele gemeu quase como um grito, no intuito de escutar mais aquele som coloquei-o na boca rapidamente e ele resmungou:

     – Percy, eu...

     Segurei então uma de suas pernas e o olhei, ele me encarou e assentiu. Então eu o penetrei. Ele fechou os olhos e suspirou. Ele sentira dor como eu imaginava, mas logo os abriu novamente carregado de lágrimas, eu sequei uma que escorreu pelo seu rosto, beijei-o e penetrei mais algumas vezes.

     – Percy, continua.

     Eu fechei os olhos e fiz o que ele pediu, gememos juntos e logo estávamos em uma sincronia perfeita, seus gemidos já não parecia expressar dor, mas sim prazer, ele mordia o lábio constantemente tentando inutilmente segurar alguns gemidos.

     Os minutos avançaram e ele parecia desejar sempre mais, os movimentos logo ficaram mais rápidos e chegamos juntos ao ápice. Joguei-me ao seu lado.

     Ele me olhou com ternura e acariciou meu rosto, eu passeava as mãos pela sua cintura. Sentia-me tão bem quando Nico estava perto de mim.

     Passamos todo o dia no que ele agora chamava de “nosso paraíso”, fizemos amor mais algumas vezes e ele parecia não se cansar.

     Seu sorriso para mim valia mais do que qualquer coisa que podiam me oferecer. Todo o ouro não era mais valioso do que sua presença, todas as jóias não brilhavam mais do que os diamantes negros que ele carregava nos olhos.