Annabeth teria razão?
Deveria ir atrás dele? Ou simplesmente deixar de lado.
Eu poderia ir até ele e saber se enfim ficaríamos juntos, assim como poderia ir e levar um fora. E claro, poderia não ir e ficar com uma interrogação na mente pelo resto dos meus dias.
As pessoas tendem a se arrepender mais de coisas que não fizeram, do que de coisas que fizeram. Eu não seria mais um, eu não conseguiria viver me condenando por não ter ido atrás dele, e consequentemente sem saber se tínhamos uma chance. Eu não iria me arrepender depois.
Largar tudo, ou ignorar?
– Anda logo, vai atrás dele. – Annabeth falou.
Eu acordei de meus pensamentos.
– Eu vou. – respondi com convicção.
Annabeth sorriu orgulhosa.
– Boa sorte. – ela falou.
– Obrigado, acho que vou mesmo precisar.
...
Horas depois, lá estava eu outra vez na Califórnia.
Estava completamente despreparado. Eu literalmente havia esquecido tudo.
Viajei sem malas, e com coragem em falta... Tudo para dar errado eu já tinha, agora cabia fazer de tudo para dar certo.
Assim que cheguei, peguei um táxi que me levou até a casa de Nico.
Eu bati a porta, ela se abriu.
– Ah não, inacreditável. – disse Nico fechando a porta.
Eu a segurei.
– Você não vai fechar a porta na minha cara. – falei.
– Quem vai me impedir? – ele continuou empurrando-a.
– Nico, para!
Ele respirou fundo e desistiu.
– O que você quer aqui? – perguntou.
– Você. – respondi indo até ele.
Nico empurrou a mão contra meu peito, me mantendo distante.
– Não vai dar não, Percy. – ele falou.
Eu bufei.
– O que foi agora? – perguntei.
– Você está achando que eu sou palhaço? Você me abandonou pela última vez, Perseu Jackson.
– Mas eu não te abandonei. – bufei.
– É mesmo? Você estava escondido por aí então? Porque para mim ficou bem claro que você foi embora... Outra vez.
– Não era minha intenção.
– Eu estou cansado, Percy. Você nunca tem intenção, nunca faz de proposito, nunca quer me magoar... Mas você sempre faz outra vez.
– Me desculpe. – falei baixo.
– Não, eu não desculpo.
Nico fechava a porta outra vez.
Mas antes que ele pudesse, eu segurei o seu braço e puxei-o para mim. Ele me olhava alarmado, segurando meu ombro com uma das mãos, eu podia sentir a sua respiração descompassada, assim como a minha. Aproximei meu rosto e ele recuou de inicio, mas depois cedeu ao desejo que tínhamos um pelo outro.
Não nos excedemos, apenas deixamos que aquela sensação nos guiasse. Um beijo como nenhum outro.
– Nico, eu voltei por você, e para você. Nada mais pode separar a gente. – falei ainda abraçado a ele.
– Do que você está falando?
– Acabou. Nós podemos ficar juntos agora. – falei sorrindo.
Ele se soltou dos meus braços.
– Não sei se posso confiar em você outra vez... Ainda dói.
– Sei disso, mas também sei que não posso ficar sem você. Tudo que faço me lembra você, para onde eu olho só consigo ver você. Não consigo pensar em outra coisa que não seja... Você. Me dê outra oportunidade, Nico. Eu amo você.
– Eu não sei, você me magoou muito. – ele falou com o olhar baixo.
Eu encarei seu olhar triste por alguns segundos, ele mordia o lábio me encarando igualmente. Nico estava abatido, não tinha o brilho, o calor que costumava ter.
Foi então que me toquei:
Acabou.
Não tem mais jeito.
É o fim.
Dei as costas e já me imaginei indo embora, voltando a Nova York outra vez, sem Nico, e para sempre.
Flashback.
– Percy, eu te amo.
Suas palavras fizeram as minhas lagrimas secarem e o meu coração voltou a bater forte, meu interior se aqueceu de novo.
– Eu te amo, Nico. Eu te amo.
Ele olhou-me com os olhos ainda marejados e ameaçou sorrir.
– Eu te amo Nico di Angelo. – gritei e me levantando. Estendi a mão para ele que segurou-a e fez força para se erguer.
– Eu te amo Perseu Jackson. – ele gritou para cima e me olhou sorrindo.
Seu olhar já não era frio, seus lábios formavam um sorriso largo, ele pulou em meus ombros e eu o segurei no ar.
Flashback Off.
Como que queria que as coisas fossem tão simples como costumavam ser naqueles tempos. A juventude, a esperança... O amor.
Meus olhos se encheram de lágrimas.
– Percy... Espera. – ele gritou.
Eu o olhei.
– Você me magoou, mas fique... Comigo, por favor.
Eu sorri.
Ele sorriu de volta.
Corri para ele outra vez. Nos abraçamos, e eu o beijei.
– Eu te amo. – falei ao seu ouvido.
– Eu te odeio. – ele respondeu e mordeu meu lábio inferior.
Nova York
4 meses depois.
– Percy, me devolve isso. – Nico reclamou quando tomei o controle de suas mãos. – Se você mudar de canal eu vou te matar.
– Você está vendo esse filme horrivel? – perguntei.
– Estou, e não é horrivel.
– É sim... E a aquela loira alí morre no final.
– Maldito seja você, Percy Jackson. – ele jogou o travesseiro na minha cara.
– E o Ben é o verdadeiro assassino. – falei rindo.
– Eu vou te matar. – gritou.
Nico se jogou em cima de mim, me dando varios socos no peito. Eu gargalhei da raiva dele.
Joguei-o para o lado e me coloquei em cima dele.
– Será que não tem nada melhor que você queira fazer além de ver esse filme?
– Não, alguma sugestão? – ele arqueou uma sobrancelha.
– Posso fazer algumas propostas – falei.
– Obrigado, mas acho que já sei o que eu quero.
– E eu posso saber o que é?
– Acho que você também vai gostar da minha ideia.
Ele sorriu levado e tomou meus lábios.
Minhas mãos percorreram seu corpo, desde os ombros até sua coxa, onde apertei com força o prendendo a mim. Ele gemeu e se contorceu na cama.
Eu me dediquei a procurar o fecho de sua calça, depois de encontrar, eu o abri com agressividade e ele terminou de se despir.
Depois de tirar minha blusa, Nico me puxou outra vez, me beijando mais voraz e arranhando minhas costas. Me livrei da calça, e Nico passou a dedilhar meu membro enquanto ainda nos beijavamos.
Seu corpo estava quente e ele pressionava o quadril contra o meu, o que me deixava ainda mais excitado.
Até que ele interrompeu o beijo, ergueu o corpo e se colocou por cima de mim, me olhou confiante e eu entendi que ele estava pronto.
Começei a adentra-lo lentamente. Ele fechou os olhos.
Logo estavamos os dois em um ritmo constante e perfeito, gemíamos juntos e baixo.
Necessitavamos um do outro. Sem isso não estavamos completos.
Mais algumas investidas e então chegamos juntos ao ápice.
Ele caiu por cima de mim com a respiração pesada, eu envolvi sua cintura com os braços e o coloquei ao meu lado, nos cobri com o edredom branco da cama.
Nico me olhou com ternura e um sorriso tímido.
Eu toquei seu queixo com o polegar.
– Eu te amo. – falei.
– Eu te amo. – ele repetiu.
Beijei-o rapidamente.
Ele colocou a mão sobre meu pescoço.
– Meu summerboy.
Hey there summerboy
Let's go for a drive.
Take me for a ride
Never gonna close our eyes.
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