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História Sun - SwanQueen - Capítulo 16


Escrita por: featherIshope

Notas do Autor


Oiii. confesso que estou muito receosa com esse capitulo.
Quase parei a historia com medo de postá-lo.
Tive essa ideia depois que vi um ep de Private Practice.
Espero que gostem e não tirem conclusões e não me xinguem...

Emma e Regina já estão juntas a um tempinho, entao tiveram mais momentos juntas que eu não coloquei na historia. Ok.
Se tiver algum erro, perdoem, mas a autora ta dodoi desde terça e mal consegue levantar.


beijos.

Capítulo 16 - Capítulo 16


 

A noite estava fria, Regina pegou cobertores a mais para se aquecerem. Durante todo o caminho de volta para casa Emma não disse uma palavra sequer. Regina tinha muitas perguntas em sua mente e esperou um tempo para a namorada começar a falar.

Estranhou o fato da mulher estar tão boa de memória para compartilhar aquilo com Regina. De fato a mente humana era uma incógnita. Ou talvez ao falar aquilo para Regina talvez a morena desistisse da namorada. Já que Emma falou que a mãe foi sempre muito preconceituosa. Regina não saberia e também não queria julgá-la. Mas queria entender se realmente era verdade o que a mulher lhe falou e onde estaria o bebê de Emma?

­­― Você quer mais cobertores? ― perguntou ao se aproximar da loira. As mulheres já tinham tomado banho e estavam se preparando para dormir, Emma estava sentada com um pijama de frio olhando para frente.  Regina esperava poderem conversar, mas não queria ultrapassar nenhum limite.

― Não, obrigada. Henry não vem para casa? ― olhou para ela por breves segundos.

― Não, ele pediu para ficar lá com elas. Está cansado. ― Sentou-se ao lado dela, sem saber direito o que fazer a seguir, o que era estranho, pois já estavam a alguns meses juntas e tinham tanta intimidade.

― Ok. ― cobriu-se, mas continuou sentada, Regina fez o mesmo.

― Você quer alguma coisa? Água? Comer alguma coisa? Você não quis nada desde que chegamos.

― Acho que esta na hora de você saber algumas coisas. Eu só não estava preparada para dizer. Na verdade somente Se-ri e Lee sabiam, mas eu queria te contar, só não sabia como. É um assunto delicado e eu nem sei como aconteceu direito.

― Certo. Você pode me contar qualquer coisa, o que estiver pronta para contar. Confesso que gostaria de entender, desde o dia em que você falou que procurava uma pessoa. Primeiro pensei que seria um de seus ex’s aqueles que você contou.

― Quando estava no ensino médio engravidei, descobri e escondi de todos. Nem o meu namorado sabia, acho que nunca soube. Um dia eu passei muito mal e não fui para escola, tomei um remédio e não melhorou, estava com um mau estar horrível, fui parar no hospital e por ser menor de idade minha mãe precisou ir. Lá ela descobriu tudo, estava com algumas semanas, quase perto de ganhar. Minha mãe reclamou que eu tinha ganhado peso, que estava andando mal vestida, mas acho que isso nunca se passou pela cabeça dela. Ela surtou como era de se imaginar. Ela contou para o meu pai e ele só não me bateu por que o motorista não deixou. Passei mal por falta de vitaminas não me alimentava direito, não fiz o pré-natal, nada. Ele me fez esconder a gravidez, mas fomos ao hospital fazer os exames, mudei de escola em outra cidade e esperamos ter o bebê. Como faltava pouco tempo para me formar pensei que com dezoito anos conseguiria um emprego em algum lugar e cuidaria da criança, mas não foi bem assim que aconteceu. ― olhou para Regina e ela lhe encarava atentamente. ― Entrei em trabalho de parto muito rápido e eu só lembro de sentir muita dor. Desmaiei e quando acordei recebi a noticia de que... de que ela estava morta. Eu não consegui segurá-la, conversava com minha barriga, prometi que cuidaria e protegeria e eu não fiz isso. Chamei ela de Catarina, significa pura, pureza.

― Sinto muito Emma. Jamais poderia imaginar que você passou por isso.

― Não teria como. Eu fui embora logo em seguida. Não quis ficar aqui, nem voltar. Voltei mais por causa do meu pai e da minha mãe.

― Mas quem você procura? ― Emma balançou a cabeça em negativa.

― Podemos falar sobre isso amanhã de manhã? Eu prometo que te conto todo o resto.

― Claro. Obrigada por me contar. Imagino que para você ainda seja difícil, ainda mais precisando voltar sem você querer.

― Foi bom ter voltado, embora eu ainda sinta muita raiva, Regina o que você viu da minha mãe é apenas um por cento do que ela foi em toda a minha vida e tem muito mais coisas que você precisa saber. Não sei o motivo de querer que você a conhecesse, eu na verdade nem entendo o motivo que eu ainda cuido dela depois de tudo. Mas sinto muito por isso, por tudo isso hoje.

― Emma?  ― aproximou-se da namorada e lhe deu um abraço, durou poucos segundos, mas ao se afastar ela lhe deu um beijo nos lábios. ―Não é culpa sua, você é uma pessoa doce, incrível, como sempre eu disse a você que era. E cuidar dela não é obrigação sua, você colocou ela em um lugar bom, você dá toda assistência de que ela precisa e ainda assim você tira em toda a sua folga um tempo para dar uma atenção para ela. Você é uma pessoa boa e não precisa me pedir desculpar. Se quiser nunca mais vou lá, e para ser sincera eu não gostei da forma que ela falou sobre você.

― Desculpa pelas coisas que ela te falou, sei que deve ter sido algo horrível. Pensei que ela estaria em um dia bom e que desse certo, ou que ela finalmente aceitasse, mas não.

― Sinto muito por isso. Sinto muito por tudo o que você passou. ― Emma abraçou a namorada com força, praticamente se jogou em seus braços. Regina a acolheu. Apertando em seus braços sentindo o corpo de Emma tremendo pelo choro. Regina nunca tinha visto uma pessoa adulta chorar daquela maneira, a não ser ela. Regina acariciava os cabelos loiros tentando achar alguma maneira de fazer a namorada se sentir melhor. Sabia que o que ela tinha passado era difícil, ainda mais se colocando em seu lugar, ela jamais se imaginaria sem Henry, mesmo com tudo o que passou jamais se imaginou perdendo o seu garotinho.

Alguns segundos se passaram e a loira afastou-se, Regina limpou seus olhos banhados em lágrimas e depositou um beijo na têmpora da namorada. Emma segurava com força em sua blusa e a puxou para si, beijando seus lábios com rápidas e ferocidade. Regina estranhou aquela reação por um momento, mas aceitou os beijos. A loira com pressa deitou Regina na cama caindo em cima da morena.

― Emma? ― a loira não escutou e levou os lábios para o pescoço da mulher dando beijos ali também. ― Emma? ― Regina tentou novamente e não teve respostas. Regina inclinou o corpo e empurrou Emma para a cama deitando a mulher e subiu em cima dela, invertendo as posições. Prendeu as mãos da loira acima da cabeça. Parou por algum tempo para observar a namorada. Os olhos e lábios vermelhos. ― É isso que você quer essa noite? ― Emma afirmou com a cabeça ― Certeza? ― voltou a afirmar. ― Vou soltar suas mãos, mas não faremos nada com pressa, nada agressivo ok? ― ela voltou a afirmar, mordendo os lábios. Regina a soltou e colocou uma das mãos no rosto da loira, acariciando ali, se inclinou para dar um beijo em seus lábios, um beijo lento, calmo, para ver se conseguia desacelerar a namorada e estava dando certo. Emma relaxou o corpo e levou as mãos para a cintura da namorada, para acariciar por debaixo da blusa do pijama. Sabia que a morena gostava de ter sua pele tocada por suas mãos. Regina deixou um gemido escapar de seus lábios, seus quadris se moveram um pouco, procurando atrito, Emma levou a outra mão para a nuca de Regina, puxando-a mais para si, enquanto sua outra mão já estava provocando o mamilo de sua namorada. Agora era Regina quem precisava desacelerar, precisava respirar. Ela se afastou um pouco da outra e levou as mãos para a calça do pijama da loira, desfazendo o laço rapidamente enquanto Emma apenas afirmava com a cabeça, a mão da morena rapidamente foi para dentro da calça encontrando a excitação da namorada, seus dedos faziam movimentos circulares enquanto Emma levantava mais o quadril, querendo mais contato. Regina rapidamente fez a vontade da namorada, tirou os dedos e levou ao cós da calça para logo tirá-la. A mulher estava apenas com a blusa do pijama, Regina olhava para ela, seus olhos brilhando, rapidamente pegou uma de suas pernas e levou aos ombros, Emma a ajudando para ficar em uma posição confortável. Regina levou a boca ao seu sexo e beijou, um beijo tão lento, tão delicado que fez os lábios de Emma se abrirem em um perfeito “O” e levar as mãos para os cabelos negros. Ela amava quando Mills usava sua boca, quando tocava tão intimamente em seu sexo com sua língua. Não demorava muito para gozar quando Regina a tocava desse jeito, na verdade de qualquer jeito. Uma vez Emma disse ser embaraçosa a forma como Regina a fazia gozar tão rápido, a morena sorriu e disse piscando que quando mais rápido ela gozasse mais vezes ela poderia em uma noite. Emma sorriu e balançou a cabeça, de fato a namorada estava certa.

Emma procurou uma das mãos de Regina para ter algo em que segurar quando o orgasmos a atingisse, ela cruzou a mão com a da namorada, entrelaçando seus dedos e gozou deixando o nome de Regina escapar de seus lábios.

 

»(( ☀ ))«

 

Ela tinham acabado de acordar, não tinha mais de dez minutos, em breve Regina teria que levantar para trabalhar. Emma iria apenas mais tarde. As duas mulheres estavam nuas, enroladas no corpo uma da outra com apenas o lençol cobrindo suas cinturas. Emma amava acordar dessa maneira com Regina.

― Você dormiu bem? ― Regina perguntou acariciando os cabelos da loira que estava deitada em seu peito.

― Sempre durmo bem quando durmo com você. ― Emma apertou seus braços em volta da cintura da mulher e Regina sorriu.

― A verdade é que eu nunca pensei que voltaria para cá. Para o Brasil. Vir para São Paulo foi para não ficar no Rio de janeiro. Meu pai morreu e antes dele morrer ele me contou uma coisa. Coisa que mudou tudo Regina. E não sei o que eu sinto por eles atualmente, não sei o motivo de ainda visitar minha mãe sabendo que ela sabia de tudo todos esses anos. Preciso que me escute contar todo o resto da história.

― Tudo bem. Estarei aqui. ― deu um beijo na cabeça loira.

― Certo. ― respirou fundo e voltou a falar ― Fui para a Coréia e anos depois meu pai me ligou dizendo que estava muito doente, minha mãe também estava, isso eu já sabia, mas ele disse que estava morrendo e precisava de mim aqui, ela precisava. Voltei e Lee aproveitou para abrir o restaurante aqui. Tudo bem eu não sabia quanto tempo ficaria. Até que no dia em que meu pai morreu ele me contou.

 

“Rio de janeiro ― dois anos atrás.”

 

― Oi, me chamou? ― perguntou ao entrar no quarto do hospital.

― Pensei que não chegaria a tempo. Emma tenho uma coisa para te contar.

― Melhor poupar suas energias, minha mãe está vindo para cá em breve. ― ela não iria dizer para se despedir, ambos sabiam disso.

― Preciso falar com você. Só com você ― disse com a voz rouca, logo após tossir.

― Tudo bem ― Emma sentou na cadeira ao lado da cama e cruzou as pernas. Odiava hospitais, desde a adolescência. Sua perna coberta com a calça jeans escura não parava de balançar, para cima e para baixo.

― Emma eu quero dizer que tudo o que fizemos até aqui por você não me arrependo. Você se tornou uma mulher independente como pensamos que se tornaria. Trabalha em um lugar que gosta e que foi o seu sonho, mesmo não sendo o nosso e você é bem sucedida. Estou orgulhoso de você por isso.

― Obrigada! ― Falou, tentando não olhar para o homem em seu leito.

― Quando você teve seu bebê eu fiquei furioso, qualquer pai...

― Não precisamos falar disso. Não viemos aqui para isso, não vim aqui falar sobre...

― Você veio da Coréia para cá justamente por isso Emma. Você apenas não sabia. Até agora. Primeiro gostaria de fazer um ultimo pedido. Como sua mãe está doente e não tem mais a capacidade para gerir as finanças da família. Você fará isso. Um direito seu na verdade. Então nesse documento ao lado está tudo escrito e assinado para você. Agora peço que quando eu morrer você pelo menos cuide da sua mãe, ela sempre foi muito fraca da cabeça, coloque ela em uma clinica, mas não a deixe lá, por favor Emma. Tudo o que aconteceu foi minha culpa e não dela.

― Do que você está falando? Eu vou colocar ela na clinica como pediu, vou visitá-la e ajudar como posso. Mas do que exatamente você está falando? ― confusa Emma olha para os papéis na mesinha e depois olha para o homem que volta a tossir.

― Emma quando você engravidou, eu fiquei muito bravo, qualquer pai ficaria. Ver sua filha, única filha estragar o futuro daquele jeito. ― a mão de Emma apertou a própria perna, ela sabia que engravidar na adolescência era ruim, mas jamais viu sua filha como um erro, jamais.

― Se está aqui para falar como foi errado e que eu estraguei minha vida e fui para a Coréia por isso, não precisamos, já se passaram dez anos, não precisamos tocar nesse assunto. Ela morreu, precisa sempre falar disso, afinal não era isso que você queria? Que ela nem existisse, pois bem ela não existe para você. Não atrapalhou nada. Como você sempre disse.

― Emma. Me escute. Ela não é sua filha.

― O-oque? Do que você está falando? Você está delirando? Preciso chamar um medico?

― Emma, escute antes de sair andando por aquela porta. Escute tudo com muita atenção. Você nunca se perguntou o motivo da ultrassonografia ter dado o sexo oposto ao sexo da criança em que nasceu?

― Erros acontecem, é comum. Ainda mais com o avanço da minha gestação.

― Não houve erro nenhum Emma.

― Pai o meu bebê nasceu natimorto. Ela nasceu prematura e morreu assim que nasceu, por falta das vitaminas e tudo o que eu não fiz. Foi o que aquela medica disse.

― Não Emma. Escute. Seu bebê nasceu vivo, não morreu. O que falaram para você era verdade, ela tinha problemas de saúde, não resistiu, mas não por falta das vitaminas que você não tomou. Mas ela não era sua. ― Emma que não tirava os olhos do homem estava sem palavras, era muita coisa para absorver. ― no dia em que você entrou em trabalho de parto levamos você para o hospital, lá tinha outra mulher dando a luz, nem sabemos quem ela era, mas a filha dela nasceu poucos minutos depois do seu bebê e fomos informados de que o bebê dela tinha morrido, falei com o Rafael, dono do hospital e muito meu amigo, fizemos a troca sem que ninguém além dos médicos que fez o seu parto sabiam.

― Vocês? Vocês são loucos? Vocês... Deus... O tanto de crime que você cometeu só naquele dia, e ainda teve a coragem de fazer isso com sua própria filha.

― Emma, iríamos fazer algo de qualquer jeito. Não ia deixar que isso estragasse sua vida.

― Isso? Meu bebê? ― os olhos de Emma estavam banhados em lacrimas que ameaçavam cair.

― Escute, eu não tenho muito tempo então me escute. Seu bebê está vivo. Não sei onde ele está, mas pode ir ao hospital e pedir as datas das crianças que nasceram no mesmo dia em que você deu a luz. Pode procurá-lo.

― Você esperou para me contar isso por dez anos? Você é doente.

― Queria proteger você.

― Me proteger? Agora é me proteger.

― Você pode ir lá no hospital e conseguir o registro, não sei quem ele é, não sei o nome de seus pais, mas você pode conseguir encontrá-lo. Sinto muito Emma.

― Eu odeio você. Não bastasse você ter estragado toda a minha vida desde quando eu nasci você ainda fez isso comigo, com o meu filho? E essa outra mãe? Com o meu bebê? Sem nem saber que o bebê dela morreu.

― Fizemos de tudo para que não fosse descoberto, sou um homem muito respeitado Emma e tenho amigos importantes. Mas se não quiser ir ao hospital comecei uma busca há alguns meses, sei onde ele está, mas não sei se é realmente seu bebê. Na verdade três meninos nasceram naquele dia, dentro do outro envelope está algumas informações, os nomes foram ocultados, mas temos endereços de onde moravam. Você pode encontrá-lo.

― Minha mãe sabia disso tudo? ― encarava o homem, as lágrimas já caiam sem parar.

― Ela foi contra no começo, mas fiz a cabeça dela e disse que era o melhor para você, e ela só queria o melhor para você. Provavelmente ela nem se lembra disso mais. Por isso não desconte nela. ― os olhos de Emma brilharam, raiva subiu em todo o seu ser, medo, ódio por ter sido enganada por todos esses anos.

― A primeira coisa que fiz quando pisei aqui foi ter ido onde minha filha estava enterrada, chorei quem nem uma criança por que nem a oportunidade de segurá-la nos braços eu tive. Mas por que será? Ela não se parecia comigo, não é? Aquela foto preto e branca que me deram era mesmo ela? ― o pai afirmou com a cabeça ― Eu saberia assim que a visse pessoalmente que não era minha. Sabe o que eu vou fazer? Vou pegar todo o seu dinheiro, esse que você deixou e vou usar todos os recursos que eu encontrar para achar o meu filho e mesmo que eu não consiga tê-lo de volta, e acredite eu vou lutar por ele até o fim, e usar todo o seu dinheiro pra isso. O neto que você tanto desprezou, vai ser o motivo de você o tão renomado juiz ficar sem dinheiro nenhum. Espero que você morra e morra sozinho sabendo que eu odeio você por toda a minha vida e que vou encontrar o meu filho. ― Com isso Emma pega os papeis de cima da mesa e sai andando, ela escuta seu pai a chamando, mas lhe dá as costas e depois desse dia nunca mais o viu e nem muito menos foi em seu velório.

 

»(( ☀ ))«

 

― Regina? ― Emma estranhou a namorada ter ficado calada por tanto tempo depois que contou a historia. Pensou até que ela tinha pegado no sono.

― Sinto muito, é muita coisa para assimilar. O que você fez depois?

― Contei para Se-ri e Lee e tenho procurado o meu filho. Encontrei ele na verdade, ele mora em São Paulo há bastante tempo, e não quis fotos, nem nomes, quero primeiro ter a certeza de que é ele. Deixei tudo isso para um detetive e só quando ele tivesse a certeza de que era o meu menino ele me contaria. Ele tinha se mudado do Rio quando criança ainda. E agora está aqui em São Paulo. Não sei muitas informações. Na verdade ele é o segundo menino, o primeiro eu quis saber o nome, onde morava, mas quando o olhei, não podia ser meu filho. Meu filho não seria tão ruivo, se bobear era mais ruivo que sua irmã e sua mãe juntas. Então pedi que só me desse fotos e endereços quando ele tivesse certeza e ele tem. Agora vamos tentar um meio de fazer alguns exames e só então eu tento entrar em contato com os pais.

― E como você o imagina? ― o coração de Regina estava acelerado, o de Emma também. Nunca tinha compartilhado isso com ninguém além de Se-ri e Lee.

― Penso que ele tem cabelos e olhos iguais aos meus, clarinhos, seja um pouco branquelo, embora o pai dele seja um pouco mais escuro que eu. Mas acho que ele é loiro. Mas não importa a aparência dele. Só espero que ele seja saudável e um bom garoto.

― Por que não pediu fotos ou nomes?

― Não sei, medo de me decepcionar, quero ter a certeza primeiro. Ainda tem mais um menino sabe. E não quero me aproximar e fazer tudo isso, e não for ele, acabar bagunçando a vida de alguém.

― Mas se for ele? Você vai pegá-lo de seus pais?

― É meu filho. O que você acha?

― Emma...

― Não Regina. Vou contar tudo a seus pais, explicar e podemos tentar ver o que fazer a partir dali, mas jamais eu vou abandonar meu filho novamente. Eu não fiz isso, meus pais fizeram e eu não vou mais ficar um minuto longe dele. Não posso. Eu era só uma adolescente eu estava disposta a tudo por ele e isso me foi tirado. Com os testes de DNA pode ser comprovado que somos parentes e podemos tentar algo a partir daí. Eles não podem fazer a mesma coisa que meus pais fizeram, não depois de tanto tempo.

― Calma. Você pensou até aqui com muito cuidado tenho certeza que vai conseguir fazer o certo. E estou aqui do seu lado para o que precisar. Ok?

― Obrigada. Mas fico pensando, a outra família perdeu uma criança. Eu ainda tenho a foto dela em algum lugar, evito olhar, a foto está muito velha, mas ela era uma criança linda. Por mais que eu sei disso tudo a pouco tempo eu ainda a amo, é como se fosse minha. Chega a ser estranho a medicina errar o sexo do bebê e ser uma coisa normal. Eu pensei que eles estavam certos, mas foi tudo um plano sabe. ― Regina afirmou com a cabeça e se remexeu na cama.

― Mas sabem do que ela morreu?

― Não sei exatamente há quanto tempo ela estava morta, eu desmaiei na sala de parto e acordei com a noticia algumas horas depois. Ela tinha problemas no coração. O medico disse que com o tratamento ela poderia viver por mais alguns anos, não sei direito. Mas ela não resistiu, estava muito fraca e era muito pequena. ― Emma se levantou e encarou a namorada.

― Entendo. Eu preciso ir, podemos nos encontrar mais tarde?

― Isso tudo mexeu com você? Desculpa eu...

― Não Emma ― Regina se aproximou da namorada e lhe deu um abraço apertado. ― Sinto muito por precisar ir, mas é muita coisa para assimilar e eu estou com tanta raiva de seus pais agora, com tanta raiva de sua mãe por ter permitido fazer isso com você. Eu só preciso pensar um pouco, Ok? Nos vemos mais tarde. Estou um pouco atrasada na verdade e hoje tenho  duas cirurgias não posso me atrasar.

― Ok. Ela causa isso nas pessoas, eu ainda tento ficar ali com ela, pensei que ela não se lembraria, mas pelo visto ela deve se lembrar de algo. ― Deu de ombros ― sinto muito.  Quando chegar em casa me avise, tá bom? ― Emma perguntou assim que Regina se levantou da cama e caminhou para pegar suas roupas espalhadas.

― Tudo bem. E qualquer coisa me avise, me chame. Você vai ficar bem? ― Emma afirmou com a cabeça e Regina afirmou também. Emma se levou e foi até a mulher e lhe deu um abraço e um beijo.

― Se cuide Ok. E boa sorte no trabalho. Me ligue quando sair, queria ver você e Henry hoje. Talvez possamos jantar juntos e depois vocês virem para minha casa ou eu vir para cá. Não queria ficar sozinha. Embora tenha Ruby, mas ela está de encontro com alguém então queria a companhia de vocês.

― Ok. Podemos ver algo durante o dia. E obrigada ― deu um abraço na namorada e saiu dali apressada.


Notas Finais


Não tirem decisões precipitadas.

até mais...


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