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História Sunbae wa maid sama? - Capítulo Único: Maid


Escrita por: wisheschanbaek , chanlie e anakill

Notas do Autor


-- atualização em 10/11--
Devido as novas regras do site, foi realizada a atualização e esta fanfic deixou de ser uma colegial para temática universitária. Essa atualização não alterará o sentido da história, apenas ambiente em que os personagens foram inseridos inicialmente.

Olá pessoinhas hihi Aqui é a Rub, yey. Meu debut aqui no CBW foi com um plot comemorativo e agora eu finalmente voltei a aparecer por aqui, uhu! A Milka escreveu ali embaixo ó, nas notas dela (livro, né?), mas quero falar também rssrsr Inicialmente, o plot foi escolhido por mim e eu chamei essa pessoinha (um cm mais alta que eu) pra fazer parceria comigo pq ela é maravilhosa e foi a melhor coisa que eu poderia ter feito! Esperem ver nossas parcerias, vulgo dupla 1metroemeio, por aqui mais vezes hehe Inclusive, não acreditem no que a Milka diz sobre ser a parte chata, ela é mó legal. Obrigada toquinho por aceitar fazer essa parceria e aguentar meus áudios e ah, obrigada Rai e MisuZord pela capa maravilhosa, tô babando nela até agora! O resto a Milka tá dizendo ali sjadashgdsa Becca, você arrasa na betagem!
Espero que vocês gostem da fanfic, boa leitura e beijinhos da Rub <3 #1metroemeio #soulyeolcoming

alô, alô! é do manicômio? oi turu bom? xamu o samu que isso aqui vai dar pano pra manga hihi sihfhishdg ( `ε´ )
rerou, marujinhos! aqui quem vos fala é ninguém mais e ninguém menos que a parte chata da dupla 1metroemeio, isso mesmo shdgoigh chanlie é o meu nome, miruka para os íntimos sdfhsgh to me controlando para as notas não serem um mega texto socorr

eu quero agradecer imensamente ao convite perfeito da rub, inicialmente ela escolheu esse plot e depois me chamou para a parceria, fiquei assim ó ヽ(°〇°)ノ espero ter a oportunidade de fazer muito mais fics contigo tanto do cbw quanto de plots pessoais, amigaaaaaaa (emoji do palhaço);; agradeço imensamente à @byun_re minha gêmea linda maravilhosa pela betagem ♡ UM BEIJAÇO ÀS RAINHAS QUE FIZERAM ESSA F U C K I N G CAPA @misuzu-, @megazord_ e @rk, nossa eu to babando socorro #amemzord #amemmisuzordrk #beijopranitch #soulyeol♡ #elamechamoudementirosaela #agentesevenowpp

esse desejo foi enviado pela @sebaekw (link do perfil nas notas finais)
maaaana, você é muito maravilhosa!!! nós ficamos de queixo caído com esse plotão da porra, e se fosse pela rub xsidhfhi isso aqui daria pelo menos uns 30k com o tanto de ideia que ela queria desenvolver hihi, mas enfim, amamos de verdade ♡ nos envie mais comédias como essa ( ಥ ʖ̯ ಥ) esperamos que esteja tudo bem e que você goste do resultado hihi :3

edit1: (lembrando que os signos foram alterados para que pudêssemos apropriar na história, originalmente Baekhyun é taurino e o Chanyeol é sagitariano, ok?)

edit2: por um consenso interno nós realizamos uma alteração no momento em que chanbaek se conhece e na retirada de um personagem (que pra quem já leu, é o Jongdae), tal alteração não afetará na leitura e nem no desenvolvimento da história :v espero que continuem nos dando amor ♡

boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único: Maid


Se toda regra tem uma exceção, com certeza Baekhyun se encaixa nesta de corpo, alma e bunda.

O garoto tinha uma beleza inegável, de dar inveja até em Miss universo, tinha todos os requisitos para fazer parte do grupo seleto de popularidade de seu curso. Mas conforme foi dito anteriormente, e como um bom sagitariano, Baekhyun é a exceção.

Você deve estar suspeitando que toda a popularidade do jovem Byun é devida à sua beleza. Claro, se eu não estivesse sentada em meu sofá com o notebook no colo enquanto digito essa história, e sim em seu lugar, caro leitor ou leitora, também pensaria isso, mas o buraco é bem mais embaixo. Mais precisamente, no ascendente em gêmeos do garoto.

Baekhyun tinha sua popularidade, claro, mas não por ser só mais um rostinho bonito em meio aos neandertais com álcool invés de sangue nas veias, e sim porque além de ser especialmente excêntrico e autêntico — lê-se maluquinho da cabeça —, era inteligente ao ponto de persuadir qualquer um ao seu redor.

Dizia a lenda que com os instrumentos certos, Byun Baekhyun poderia dominar o mundo. Porém, enquanto ele era apenas um calouro no curso de Moda, era dono das melhores notas e presidente do grupo de estudos astrológicos do campus.

Baekhyun era uma figura peculiar e não tinha sequer um aluno que não soubesse de sua existência. Era como o Wesley Safadão, só que sem o cabelo comprido.

De fato, suas ideias malucas encantavam muitos alunos, então bastava apenas um bom papo e uma breve leitura do mapa astral que o garoto conseguia convencer até o mais cético a entrar para o clube de astrologia.

— O reitor está querendo cortar a verba do nosso clube para financiar as viagens do time de basquete durante o ano. — Luhan contou em um fôlego assim que Baekhyun adentrou a sala do clube de estudos astrológicos. — E o nosso coordenador está totalmente do lado dele.

O chinês era o vice presidente do clube e poderia não ser tão persuasivo como o Byun, mas era leonino e isso bastava, certo?

— Eu não acredito que estamos sendo vendido por aquele velho careca! Ele prefere bancar o bando de acéfalos do que manter nosso clube só por uma ninharia de promoção! — Baekhyun bufou enquanto bagunçava seu cabelo castanho e perfeitamente ondulado com ambas mãos.

— Se o velhote te ver falando assim, nosso clube desaparece igualzinho os fios de cabelo dele.

— Você é uma naja, Luhan. — Baekhyun gargalhou.

— Aprendi com o mestre. — O chinês riu soprado e lançou uma piscadela para o amigo. — O que vamos fazer hoje, Cérebro?

— O que fazemos todos os dias, Pinky, tentar dominar o campus inteirinho. — Baekhyun respondeu modificando um pouco a fala original do desenho Pinky e cérebro.

Os garotos tinham aula naquela manhã, mas não se enganem, eles não estavam dispostos a deixar o assunto do clube de lado.

E foi durante um entediante período de estudo de cores do senhor "perolado não é um amarelo mais claro metalizado" que Baekhyun teve A ideia. E se você não está ansioso pelo que vem a seguir, deveria.

A campainha que anuncia o intervalo tocou e logo se formou aquele reboliço de alunos na saída da sala. Baekhyun não estava com pressa, pois se tinha algo que ele não estava, era disposto a se meter no meio daquela bagunça. Por isso esperou o lugar esvaziar, bancando o pleno, caminhou até a sala do clube que presidia. Precisava do megafone usado nas competições anuais entre os clubes, que usualmente preferia usar para outros fins, como por exemplo, cantar as músicas novas da Lady Gaga.

Embebido de coragem e de sua habitual astúcia, o castanho caminhou calmamente até o salão onde ficava a lanchonete central com aquelas mesas surradas, e quase todos os alunos estavam.

Os passos de Baekhyun eram firmes, apesar de sua altura de pigmeu o garoto exalava imponência, por isso acabou chamando atenção de alguns alunos. No entanto, só teve toda a atenção voltada para si quando subiu em uma das mesas de metal do lugar. Com o megafone ligado, Baekhyun só precisava das palavras certas.

— É triste, meus caros, ter que tomar uma atitude desta dimensão, mas foi necessário e acreditem, é do interesse de todos. — começou e já havia se formado uma pequena roda de alunos ao seu redor. — O honrado reitor desta modesta instituição está ameaçando cortar a verba do clube de estudos astrológicos para financiar o time de basquete. Vejam bem, não tenho nada contra o clube de basquete, mas creio que todos os clubes devem ter direitos iguais, tanto na verba quanto nos privilégios. Eu não estou aqui só pelo meu clube, mas por todos os outros. Vocês acham que vai parar por aí? O próximo clube a perder espaço pode ser o de teatro ou o de dança! Vocês irão ficar calados? — Baekhyun perguntou e recebeu um sonoro "não" animado de vários alunos.

Seu discurso havia sido convincente e forte, nada menos do que o esperado. Com um sorrisinho vitorioso ele desceu da mesa sendo ovacionado, do jeitinho que gostava, e seguiu para a sala do coordenador se sentindo O anarquista.

Óbvio que o Byun notou os olhares incrédulos que os garotos do time de basquete lhe lançaram durante seu discurso e com certeza havia arrumado encrenca com o capitão deles, mas como costumava dizer, estava pouco se fodendo e aquele gigante orelhudo não lhe metia medo.

Enquanto caminhava pelo corredor, os dois garotos que Baekhyun costumava apelidar carinhosamente de "os patetas" vieram em seu encalço, como de costume. Jongin e Sehun eram uma espécie de admiradores nada secretos e costumavam divertir o castanho com suas trapalhadas.

 

 

— Bae, você é padeiro? — Jongin perguntou assim que alcançou o baixinho.

— Quê? — Baekhyun o olhou confuso.

Ele esperava receber mais umas das cantadas de pedreiro que Jongin costumava fazer, e não uma pergunta estranha como esta.

— Porque seu pai é um sonho. Não, espera, acho que eu errei. — Jongin puxou o celular do bolso para olhar sua lista de cantadas e Baekhyun riu novamente após entender. Adorava piscianos, não negava.

— Não escuta ele, hyung. — Sehun proferiu. — Eu fiz uma poesia pra você.

— Ficaria honrado em escutá-la. — O Byun disse em tom brincalhão e Sehun arfou animado.

— Rosas são vermelhas, violetas são azuis, o Papai Noel usa touca, deixa eu beijar sua boca. — O mais novo era o mais atrevido e sempre bolava uma maneira inusitada de pedir um beijo do seu hyung.

— Sehun! — Jongin chamou a atenção do outro. — Pare com isso, é vergonhoso.

— Vergonhoso é errar cantada! — Sehun retrucou.

— Ei! — Jongin protestou e assim se iniciou mais uma das inúmeras brigas que aqueles dois protagonizavam durante todo o dia. Baekhyun apenas balançou a cabeça com um sorriso divertido em seus lábios e seguiu seu caminho.

Eu, particularmente, adoraria ter esses dois patetas em meu encalço, mas vida que segue, né?

Voltando para a história da fabulosa vida de Byun Baekhyun, o garoto sabia que uma hora ou outra seria chamado pelo coordenador. Ora essa, ele havia subido em uma mesa e causado tumulto com um megafone feito um mini revolucionário, no mínimo levaria uma advertência. No entanto, meus caros, vocês aprenderão daqui até o fim desta história, Byun Baekhyun não dá ponto sem nó e quando ele adentrou a sala, estava tão confiante quanto seu signo lhe permitia.

— Senhor Byun. — O coordenador Yang saudou. Ostentava uma bela peruca de fios escuros que combinaria muito bem com o terno elegante de cor grafite, se não parecesse tão falsa.

— Senhor Yang. — Baekhyun o reverenciou, curvando levemente o tronco e em seguida sentou-se na cadeira confortável em frente a grande mesa do ilustríssimo.

— O que lhe traz aqui, meu caro? — A voz do homem estava carregada de uma calma, totalmente falsa, devo alertar.

— Creio que o senhor já esteja sabendo do que eu fiz hoje cedo, então antes de tudo, vim lhe pedir que me escute. — Quem visse o menino exalando seriedade nem acreditaria que era o mesmo louco dos signos que fazia o mapa astral até do próprio cachorro. Acreditem, o garoto realmente acreditava que seu animal de estimação não gostava de si, por ter o ascendente em Touro.

— Sou todo ouvidos, meu jovem.

Baekhyun usou todo seu poder de convencimento para desdobrar o mais velho. Seu pedido de desculpa pelo que houve na lanchonete sequer foi sincero e quando os outros alunos, sendo estes presidentes dos outros clubes, adentraram a sala em sua defesa, Baekhyun sorriu satisfeito.

Havia saído tudo como o planejado e por mais que não tivesse conseguido escapar da advertência, os clubes estavam fora de extinção e continuariam recebendo verba que fora diminuída, mas não vetada. Parecia uma cena de filme, mas era só a vida de Byun Baekhyun.

O jovem Byun saiu da sala do coordenador a sensação de dever cumprido. Estava animado por poder continuar com seu estimado clube e mesmo cansado, correu ansioso para assistir as próximas aulas, pois em seguida poderia curtir sua liberdade em outro lugarzinho; o qual também tinha um apreço muito grande e era seu pequeno segredo.

 

(...)

 

Na lanchonete, Park Chanyeol ainda olhava incrédulo para mesa onde aquele baixinho estranho havia subido e dito o que ele considerava um monte de asneira. Sendo presidente do clube de basquete e capitão do time, o peso daquilo cairia todo sobre seus ombros e sabia que mais tarde teria que resolver isso com o coordenador.

Porra, Park Chanyeol odiava essa parte. Seu negócio era mesmo jogar basquete, mas como era o único inteligente e capaz para tratar desses assuntos, acabou tendo que aceitar tal cargo.

Era isso ou ter que aturar outro como capitão do seu precioso time.

— De qual clube o Byun é presidente mesmo? — Kris perguntou a ele, lhe tirando de seus devaneios.

— Astrologia ou algo tipo. — deu de ombros.

Só sabia porque vez ou outra havia reuniões com todos os presidentes dos clubes universitários. Não era como se o Park procurasse descobrir mais sobre aquele baixinho espevitado, nem ao menos acreditava que aquilo era, de fato, um clube. Não estavam mais no colégio, pelo amor.

— Ah, fiquei sabendo desse clube. — Suho sussurrou com uma expressão temerosa, como se estivesse contando um segredo. — Eles são tipo testemunha de Jeová, só que ao invés de entregar panfletos e evangelizar, eles fazem o mapa astral e ainda te entregam impresso.

— Ih, qual foi Suho? Andou cheirando o pó descolorante que o Chanyeol usou no cabelo? — Kris riu.

— Tava demorando pra falar do meu cabelo! — Chanyeol revirou os olhos. — Ficou bonito, eu sei. — Passou os dedos por entre os fios prateados, que beiravam o platinado, e sorriu convencido.

Park Chanyeol era o garoto mais cobiçado do campus e sabia disso, muito obrigado. Ele era uma combinação de músculos, simpatia e status. O resultado da equação era mais que perfeito e isso até tornava suas orelhas grandes e pernas tortas em algo aceitável.

Vejam bem, falar que todas as garotas da universidade queria uma chance com ele não seria exagero, a maioria era por interesse, mas continua não sendo uma expressão de puro excesso.

No entanto havia um pequeno — ou grande, você escolhe — porém. Desde que entrou na faculdade, há mais ou menos um ano e meio, nunca fora visto com uma garota, não havia um sequer rumor de que ele tenha ficado ou namorado com alguma, e bem, isso gerava rumores duvidosos sobre sua sexualidade.

Os garotos do time fingiam não ligar, precisavam dele como capitão e cestinha, então apenas procuravam não se meter na vida do Park. Já o resto se dividia entre: acreditar que Chanyeol era frio e muito exigente ou que tinha uma namorada anônima. Porém, bem no fundo, todos guardavam aquela suspeita do capitão jogar no lado colorido da força.

— Park, você pode raspar a cabeça que as meninas daqui ainda vão querer transar contigo. — Kris comentou e Chanyeol novamente deu de ombros.

O chinês era o único dali que vez ou outra fazia comentários velados, carregados de indiretas, mas por incrível que pareça eram sem maldade, já que ambos os garotos eram amigos; Kris apenas gostaria de obter mais sinceridade de Chanyeol. Algo que o Park não fazia questão de ser, pois é bastante reservado.

— E então, você vai resolver o assunto dos clubes com o Baekhyun? — Suho perguntou ao capitão.

— O Byun não vai conseguir muita coisa com esse showzinho, não sei se vale a pena bater de frente com ele. — Chanyeol respondeu pensativo. — Seria tipo brincar com fogo.

— Tá com medo de se queimar, Park? — Kris sorriu ladino.

— Cala a boca… Eu só tenho mais o que fazer, sabe? — riu soprado. — Inclusive, temos treino hoje. Vão se aquecer e aproveitem pra chamar o resto do time.

O restante da manhã foi como todas as outras para Chanyeol. O garoto treinou, recebeu as habituais cartas de declaração de algumas garotas, assistiu às últimas aulas e depois foi embora da sorrateiramente, pois não estava nem um pouco a fim de lidar com o treinador e muito menos com todo aquele papo de clubes e verbas.

Por isso, o jovem Park resolveu desviar do caminho que sempre fazia até seu apartamento, seguindo  por outro que considerou ser mais tranquilo, para não correr o risco de encontrar seus colegas de classe e time por ali. O treinador tinha a mania chata de deixar recados com todos quando requeria a presença do capitão.

Chanyeol costumava tomar sempre o caminho, mas curto para ir para casa, afinal, quando se tem a oportunidade de andar menos, obviamente a aproveitamos, certo? E ainda tinha o fato dele sempre estar cansado demais por causa dos treinos diários. Então, mesmo não sendo sedentário e dono de pernas longas demais para um ser humano comum, o Park sempre optava pelo caminho mais curto.

Porém, contudo, no entanto e todavia, o garoto preferiu caminhar um pouco mais do que ter que gastar saliva com qualquer outra coisa que não fosse babar em sua cama macia, a qual o esperava de braços abertos.

O Park lembrava de um beco na metade do caminho que servia de atalho e diminuía sua jornada em 50%, e quando ele o avistou, só faltou fazer uma dancinha ridícula de comemoração.

Quando Chanyeol dobrou no beco, entre um prédio e a parte de trás de alguma loja, se deparou com uma figura curiosa quase no fim do extenso caminho estreito. Uma garota lhe chamou atenção, não só pelo fato de estar sozinha num lugar como aquele, mas também por ser desastrada.

Aparentemente estava descarregando algumas caixas da traseira de um pequeno furgão. Os braços abraçaram uma caixa grande que parecia ter o dobro de seu tamanho, com muito esforço tirou o objeto do lugar; seus movimentos foram mal calculados e ela cambaleou em tropeços de um lado para outro.

Por que diabos havia uma garota fantasiada de maid em um beco, carregando caixas tão pesadas? O capitão não sabia, mas apressou o passo para ajudá-la e de quebra sanar sua curiosidade.

Chanyeol apoiou o papelão nos antebraços e riu baixinho ao vê-la ficar na ponta dos pés e arfar confusa com sua aparição repentina.

— Precisa de ajuda aí? — perguntou enquanto se controlar pra não rir do esforço feito para tomar o peso de volta.

O vestido estava um pouco repuxado pela posição, revelando as pernas grossas e definidas. O capitão até as achou bonitas, mas no momento, só pensava em rir da situação. Não o levem a mal, Park Chanyeol é uma criança que havia crescido demais.

— O que acha? — Ela resmungou com ironia. Sua voz estava abafada e em um tom impaciente, obviamente.

O maior soltou uma risadinha e segurou no objeto, se esforçando e seguindo as orientações de onde deveria deixá-lo. Ao se virar com uma respiração levemente alterada, o Park encarou a pessoa diante de si curvada com as mãos nos joelhos para recuperar o ar. Seus olhos percorreram pelo corpinho e instantaneamente se viu interessado.

Porque na verdade, a garota era um garoto. Tcharam! Parece cena de novela mexicana. E não, a garota —  agora é um garoto — não é o pai do Chanyeol.

Engana-se quem achou que o jovem Park perdeu o interesse. Chanyeol só se viu mais curioso ainda, pois aquele não era um garoto qualquer, não mesmo. Era Byun Baekhyun vestido de maid, com meias 3/4 e um lacinho rosa preso em seu cabelo natural. Naquele momento Chanyeol sentiu como se tivesse ganhado na mega-sena.

— Você está bem? — O Park perguntou assim que Baekhyun endireitou a postura com os olhos fechados.

Byun Baekhyun estava irritado pra caralho, mas não tinha motivos para ser mal educado com quem o ajudou, então agradeceria ao cara, porém ficou sem palavras quando viu que era Park Chanyeol ali. O presidente orelhudo de pernas tortas e capitão do time de basquete da sua fucking universidade.

— Droga! — Baekhyun praguejou. — De todas as pessoas do mundo, tinha que ser logo você?

— Logo eu?! — O capitão perguntou com falsa indignação.

— E então, ‘tá esperando o quê pra puxar o celular e bater uma foto? — Baekhyun cerrou os olhos em direção ao mais alto. — Preciso fazer uma pose, sabe? Afinal, se todo o campus for me ver nestes trajes, tenho que mostrar o quanto eu fico bonito assim.

— Eu realmente gostei da ideia de ter uma foto sua vestido desta maneira em minha galeria, mas não sou esse tipo de pessoa, Baekhyun. — Sorriu ladino.

— Espera aí! Deixa eu ver se eu entendi, você tem a chance de me expor para todo mundo, mas não vai aproveitar?

— Se bem entendi, sou o único que já te viu assim, certo? — Chanyeol arqueou a sobrancelha e Baekhyun concordou, mesmo que contrariado, com a cabeça. — Eu gosto disso.

— Desculpe, mas eu não entendo.

— Enfim, isso é algum tipo de fetiche... Ou trabalho? — Chanyeol sorriu se divertindo com a situação.

— Não é da sua conta. — O mais baixo retrucou apenas por estar irritado com a atitude estranha do outro. Baekhyun amava o que fazia e não se envergonhava de ser visto em tais trajes, até mesmo gostava de ser apreciado, se é que me entendem.

— Agora é da minha conta, Baekhyun. Se você me contar, eu fico quieto. — Provocou o castanho com uma piscadela.

— Você não ia ficar quieto de qualquer maneira?

— Se você não quer me contar, eu descubro. — Chanyeol disse e em seguida caminhou em direção a porta dos fundos do estabelecimento.

Baekhyun arregalou os olhos e puxou o maior pela camiseta.

— Tá bom! Eu conto, mas vê se fica quieto.

— Vou fazer esse pequeno esforço.

— Eu trabalho aqui como garçom. — Baekhyun suspirou largando-o de súbito. Chanyeol arqueou as sobrancelhas, pois isso não explicava muita coisa. — É um maid café.

— Entendo. — Park sorriu, finalmente ligando os pontos em sua mente. — Isso é bastante curioso, sabe? Acho que tomarei esse caminho mais vezes.

— O que você quer dizer com isso? — Baekhyun perguntou intrigado. Não queria aquele garoto estragando seu esquema.

— Meu apartamento fica no final da rua. — Explicou. — Eu sabia que tinha um maid café nas redondezas, mas nunca me interessei em frequentar. Pensei que só trabalhassem mulheres aí. — Chanyeol respondeu com naturalidade.

Havia uma grande revelação implícita em seu comentário e Baekhyun não deixou de notar.

— E só trabalham mulheres aí, eu sou uma exceção. Então, continue sem frequentar e tudo fica na paz.

— Você fica muito bonito assim. — Fora a única coisa dita pelo maior disse antes de retornar ao seu trajeto, deixando um Baekhyun confuso pra trás.

Trabalhar como maid naquele café era o pequeno segredinho do nosso jovem Byun. Não que o garoto sentisse vergonha do que fazia, não mesmo! Ele adorava e se sentia livre, no entanto, sabia que se isso chegasse na boca do povo, sua vida poderia se tornar um inferno devida à intolerância da sociedade perante ao "diferente". Coisa de gente escrota, devo acrescentar.

Baekhyun odiava ter que esconder parte de si, mas se fosse preciso, o faria até se formar e se ver livre de tudo aquilo. Por isso nem ao menos Luhan, seu melhor amigo, sabia que após passar as manhãs inteiras na facul, ao se despedir de todos e seguir para a estação de metrô, ele não estava indo para sua casa, e sim, para o trabalho de meio período em um maid café afastado de seu bairro.

Ele era esperto, não podia correr o risco de ser​ encontrado por alguém conhecido, e bem, o Byun sabia de poucas pessoas que frequentavam um café com tal temática e não conhecia muitas pessoas daquela área, até então.

Baekhyun era oficialmente o único homem trabalhando no estabelecimento. Isso não era segredo pra ninguém, nem para os funcionários ou para os clientes. Ele não precisava se disfarçar. Sua chefe o adorava e o estimava como o filho que nunca teve.

A mulher era fascinada por maids e crossdressers, e os clientes adoravam o fato do garoto sempre atender a gostos variados com roupas. Ou até mesmo, vez ou outra, com uns amassos nos fundos do café. Baekhyun não era de ferro, certo?

O garoto ficaria de olho em Chanyeol. O capitão havia agido de uma forma esquisita e poderia muito bem estar fingindo e arquitetando algo contra si. Baekhyun não estava com medo e se o Park realmente estava planejando mexer consigo que ficasse esperto. Porque de acordo com a filosofia de vida de Byun, vacilão morre cedo!

— Eu tenho uma sorte da porra! — Baekhyun adentrou o café pelos fundos, reclamando.

— O que houve, meu anjo? — Hani perguntou preocupada. A mulher agia mais como sua mãe do que sua chefe.

— Eu me atrapalhei com a carga de novo e um cara do campus me viu. — Baekhyun comentou com um biquinho nos lábios. Ele se sentia mimado pela mulher e adorava isso.

— Ele te ameaçou ou algo do tipo? — Perguntou, tomando uma atitude séria. — Ele te agrediu? — O tom se tornou urgente. — Não esconda nada de mim, eu tenho meus contatos e posso dar um fim nele. — Contou demonstrando seu lado totalmente obstinado e sorriu de modo acolhedor em seguida.

Baekhyun não gostava muito de pessoas nascidas em abril, mas Hani era sua ariana preferida.

— Ele fez pior, noona. — Respondeu após rir da proposta da mais velha. — Disse que não iria contar pra ninguém.

— Oh, mas isso não é bom, Baek?

— Não sei, ainda acho que ele está tramando algo. — Baekhyun cerrou os olhos. — Preciso ser mais esperto. Tenho que dar o primeiro passo.

— E qual seria? — Hani perguntou curiosa.

— Descobrir o signo dele.

 

 

(...)

 

No dia seguinte ao fatídico encontro do nosso jovem Byun com Park Chanyeol, o garoto baixinho estava disposto a estar um passo à frente do capitão e o primeiro passo, obviamente, era descobrir seu signo e ascendente.

— Porque você quer saber o signo de Park Chanyeol? — Luhan cerrou os olhos em direção ao amigo. — Baekhyun, tu ‘tá metido com os atletas?

— O quê? Claro que não, Luhan. — Baekhyun estalou a língua no céu da boca. — É coisa minha, você vai me ajudar ou não?

— Baekhyun, você quer invadir a sala do coordenador e olhar os arquivos dos alunos. — Luhan pontuou. — É claro que eu vou te ajudar. — Sorriu e Baekhyun soltou um gritinho de animação.

Os dois garotos planejaram a invasão durante o intervalo, quando o carequinha sairia para comer algo, no entanto, todas as tentativas de invasão foram falhas. Na primeira, Baekhyun deu de cara com Jongin e Sehun. Na segunda, Luhan parou pra conversar com o crush e na terceira o velhaco voltou pra sua sala e acabou com todo o plano dos dois.

Baekhyun foi trabalhar emburrado aquele dia, não aceitava o fato de estar no escuro em relação a Park Chanyeol e muito menos de não fazer a mínima ideia do que ele queria ou faria consigo.

E só piorou ao ouvir a campainha suave da porta indicar a entrada de outro cliente. Não precisou virar para saber exatamente de quem se tratava. O suspiro de basicamente todas as mulheres no local denunciou de quem se tratava.

— Bonitão… — Hani comentou ao se apoiar no balcão e sorrir.

— Uma tragédia isso sim. — Baekhyun torceu o nariz.

— Opa! É ele?

— Em carne e ossos gigantes. — O garoto ajeitou o próprio vestido e engoliu seco. — Me deseje sorte.

— Sorte é para os fracos, bebê, você é Byun Baekhyun. — Ela pousou a mão no ombro do mais novo e o empurrou, dando tchauzinho.

Como todas as outras meninas estavam ocupadas com seus bloquinhos, sobrou para o baixinho atender com certo desgosto o perna de pau. Baekhyun sentiu como se fosse a eternidade caminhar dentre as mesas no salão — que diga-se de passagem era bem pequeno.

— Olá, Byun.

— Já escolheu o que vai querer, Park? Fala logo, não quero ficar o dia inteiro aqui.

Um sorriso largo e de tirar o folego surgiu nos lábios finos. Os olhos medianos de Chanyeol percorreram lentamente pelo salão, até finalmente pararem em Baekhyun ao seu lado. O capitão definitivamente não estava sonhando, como pensou na noite passada. Baekhyun conseguia ser bonito em toda sua essência; a delicadeza do vestido escolhido combinou perfeitamente com os traços suaves do garoto.

— Está bonito hoje. — Disse ao percorrer os olhos por toda a vestimenta do garoto.

— Não me amola, garoto…

— Qual é, Baek?! Você não deveria me chamar de Chanyeol-sama? Pensei que agir como um personagem de maid fosse importante aqui.

Baekhyun juntou o máximo de paciência que pôde, e olha que ele nunca teve muita, porém mesmo assim teve que descontar a raiva em seus punhos cerrados para não perder a compostura. Acima de tudo, ele tinha um emprego, uma missão e muita vontade de desfazer aquele sorrisinho da cara do mais alto.

Então, em meio a uma avalanche de palavrões e xingamentos entalados na garganta, o Byun simplesmente os engoliu em seco e em sua mentezinha perversa só circulava o verdadeiro motivo que o levou até aquela mesa.

E aqui aprendemos a coisa mais importante do mundo, caros leitores, se você tem algum inimigo não admita publicamente odiá-lo. Faça pior, faça como Byun Baekhyun fez.

— Uh… Tão mandão… Ah, não vai me dizer que você é ariano. — Tentou fazer a cara mais descrente que conseguiu.

Chanyeol demorou um pouco para responder, mas foi rápido em sacar o joguinho do outro. Depois do encontro casual no beco, ele fez questão de juntar algumas informaçõezinhas sobre o tal clube de astrologia e seu presidente. E depois de bancar o Sherlock Holmes, como quem não quer nada, com algumas pessoas de sua faculdade, ele logo descobriu que os rumores sobre Baekhyun conseguia manter todos na palma das mãos eram verdadeiros.

— Por quê? Você vai fazer o que se eu for?

— Te expulsar do café. Infelizmente o local é destinado à pessoas, e não, à demônios.

— Boa. — Riu baixinho. — Mas você errou.

— Por que não torna tudo mais fácil e me diz? Economiza meu tempo, sua saliva…

— Por que está tão interessado, Byun?

— Só me diz logo a merda do seu signo, Chanyeol.

— Sama. — Ele umedeceu os lábios e virou o corpo todo para o lado de Baekhyun. — Acho que você se esqueceu quem está no controle da situação, uh?

— Tem certeza que você não é ariano? Só pode, para ter o dom de me deixar irritado só de abrir a boca.

— Então eu te irrito... — Sussurrou mais para si mesmo em um riso fungado.

— Não se faça de idiota, Chanyeol.

— Sama. — Completou. — Por que não tenta? Posso pensar no seu caso sobre o signo se fizer o seu trabalho certo, que tal?

— Escolha logo o que você vai comer, daqui a pouco eu volto e anoto seu pedido. — Disse com amargura e saiu pisando duro.

Os dois trocavam sorrisos sarcásticos a todo instante. Hani lançou olhares preocupados para Baekhyun, tendo em resposta que estava tudo bem. E, de fato, estava. Por mais que não compreendesse o real motivo de Chanyeol estar no seu pé, aquilo era tudo muito atrativo para si. Mesmo que tentasse definir tal sentimento como ódio, até ele entendia que o calor em seu peito tinha outro nome.

Eu e você sabemos muito bem qual é, certo?

Byun, como um bom sagitariano, gostava de desvendar o desconhecido. Um desafio nunca poderia ser deixado para trás sem que o gosto da vitória estivesse em sua boca. E Baekhyun queria ser servido com sal a gosto.

Aquela tensão toda, recheada de expectativas criada por Chanyeol, o deixava inquieto.

Baekhyun estava quase se convencendo de que o orelhudo era nativo de câncer. O cara era inteligente, tinha uma ótima memória e uma dedicação fora do comum. O capitão do time de basquete tinha claras características de um canceriano.

E sem ter visto ao menos o grandão chorar, Byun conseguia visualizar perfeitamente Chanyeol em posição fetal no quarto escuro, acompanhado por um ursinho de pelúcia e um travesseiro regado por lágrimas e ranho após assistir cinco vezes consecutivas Titanic.

Cá entre nós, aquela Rose é tão mesquinha! Cabia ela e o Jack naquela porta, gente! Inclusive, Baekhyun ama esse filme, mas sempre que assiste fica indignado nessa parte…

Ok, ok! Deixando de lado o assunto de navios afundados, tragédias no mar, de lágrimas, e chororô sem fim, é claro que tinha outro porque para ele achar que, de fato, Chanyeol era canceriano.

Meus queridos, alguém sabe qual é o escravo astral de câncer? Uh? Quem acertar ganha um prêmio! Ha-Ha, rufem os tambores!

Isso mesmo! Os pobres sagitarianos, que por ventura é o signo do nosso queridíssimo Byun (insira uma risada maligna aqui).

Sim, para a tristeza, ou talvez não, de Baekhyun, ele poderia facilmente despejar a culpa de seus hormônios insistirem em pensar no sorriso do Park antes de pegar no sono, em todo esse lance de signo.

Foi o que nosso Byun tentou se convencer por alguns dias, mas ele precisava ter certeza e ainda lhe faltava o ascendente. Por isso, recorreu à um dos mongolóides do basquete para descobrir a data do aniversário de Chanyeol e montar o mapa astral dele de uma vez.

Mas é aquela coisa, né? Quando uma alma vem ao mundo para sofrer, queridos, só Deus para ter dó. Sua descoberta foi por água abaixo uns dias depois que Chanyeol cochichou para uma das meninas que trabalhava no café a verdadeira data.

Claro que Baekhyun quase fez o diabo na vida da companheira de trabalho, e ainda sim, não conseguiu nem chegar perto. ‘Tá bem, não era peixes, câncer e nem áries. Socorro! Ainda tinham muitas opções.

Mas, tudo bem, até porque o Byun deixou claro nas constantes visitas do maior que a palavra desistir não fazia parte do seu dicionário.

— Capricórnio? — Chutou Baekhyun já sabendo que aquela era a resposta errada.

Chanyeol não tinha nenhum traço de tal nativo, sempre tão livre e muito fácil de se socializar, mas ele só queria testar, vai que né? Ascendente tem muita influência na vida da gente, queridos.

— Você não se cansa?

— Eu que te pergunto! Chanyeol, é só me dizer e prontinho.

— Sama. — Corrigiu ao bebericar o copo de água a sua frente. — Gosto de saber que você está tão interessadinho assim em mim.

Baekhyun revirou os olhos e suspirou. Desde quando começaram a conversar no diminutivo?

— O que vai querer? — Pegou o bloquinho.

— Hum… Talvez um café… Mas o milk-shake da semana passada estava realmente bom.

— Indeciso? Libra? Por favor, não é possível que você seja de libra… — Baekhyun apoiou a caneta nos lábios enquanto refletia. — Apesar de que faz sentido, até porque você não tem namorada, né? Librianos geralmente tem dedo podre e costumam não ser de ninguém, hum? Sendo assim…

— Libra? Será? — Chanyeol mexeu as sobrancelhas para cima e para baixo enquanto tinha um sorriso brincalhão nos lábios.

— Chanyeol… —Baekhyun chamou em tom de alerta.

— Vamos lá, Baekie, te dou uma dica se disser Chanyeol-sama, ok? — Ele o lançou um sorriso sugestivo.

Nunca. Nunquinha. Never, deixe um sagitariano curioso. Eles podem parecer loucos, mas eles são mesmo. E caramba! Piora demais quando estão envolvidos em qualquer coisa que seja sugestivamente um desafio.

Parece que o menino Chanyeol acertou na mosca. Pois é, pois é. Expressão antiga em terra de memes, é ouro.

Baekhyun trocou o peso do corpo entre um pé e outro, o olhar imponente e incentivador de Chanyeol analisou os lábios presos pelos dentes e a coloração levemente rubra de suas bochechas.

— C-C-Chany… — Engoliu em seco e tomou fôlego. — C-Chanyeol-sa-sa…

— Você é péssimo, Baekhyun. — Tentou segurar a risada, mas foi impossível.

— Eu te odeio.

— Posso fazer você me odiar menos, sabia?

— Ah, é? Como? — perguntou ironicamente.

— Por que não me passa seu telefone? — Dessa vez Chanyeol pegou o copo e deu um grande gole d’água. Seus olhos continuaram presos no rosto de Byun pela borda límpida do vidro.

— Ora, Park. Sejamos sinceros? Signo primeiro, telefone depois.

O mais alto riu e balançou a cabeça.

— Sejamos sinceros? Quem na face da Terra recusa o telefone de Park Chanyeol? — Arqueou uma das sobrancelhas, esbanjando o máximo de prepotência quase inexistente em si.

— Claro! — Bateu uma palma diante do próprio rosto. — É leão!

— Você tem certeza que sabe mesmo sobre astrologia? — Riu ao ganhar um belisco sutil do baixinho em seu braço.

O capitão se divertia demais indo ali para contemplar todos aqueles devaneios de Baekhyun. O presidente do clube de astrologia estava tão empenhado na tal missão que mal percebia que estava dando bandeira até mesmo nos corredores do campus. Os olhares sempre se encontrando no gramado borbulhante de jovens nas primeiras aulas e até entre uma aula vaga e outra.

O baixinho e aquela terrível mania de morder as pontas dos dedos enquanto o encarava, aquilo era um tanto quanto tentador.

Por mais que o treino e sua rotina tenham se intensificado nos últimos dias, Chanyeol sempre conseguia relaxar por completo naquele pequeno café. Ao passar pela porta e ouvir o leve soar da campainha, suas feições automaticamente se suavizavam. E claro, aquela vista. Aquelas pernas, puta merda, que pernas Baekhyun tinha.

Byun não podia dizer que achava a presença do maior de todo ruim. Na verdade, apreciava-a de um modo estranho e meio distorcido pela aura tênue que o olhar do outro carregava. Ainda que de costas ao atender outro cliente, Baekhyun sentia o queimar sutil dos olhos negros acompanhando cada mínimo movimento seu. E não podia negar, adorava toda a atenção do grande capitão “nunca namorei” em si.

Já Park Chanyeol fazia de propósito. Era interessante saber que nem mesmo o grande Byun Baekhyun parecia totalmente livre de seus efeitos.

Podemos ver claramente o traço de um leonino por aqui. Será? Façam suas apostas!

 Chanyeol nunca foi de se gabar de tais coisas, se não fosse para tirar onda com seus amigos, mas ele gostava de prever reações.

Parece que não é leão, certo?

 Mas além disso tudo, Park Chanyeol amava mais ainda analisar nos habituais trajes curtos e delicadamente femininos do tampinha.

Só que vamos ao real fato: Baekhyun não sabia lidar com a falta de informação sobre o astro da porra toda. Vejam bem, por mais que ele, de certa forma, fosse humilde em relação à sua popularidade, Baekhyun não tolerava não ter influência suficiente para obter algum tipo de informação razoável para ganhar vantagem. Aquilo estava o matando por dentro.

Pensar parecia lhe causar um estresse maior ainda. Ele quase conseguia sentir o cheirinho de fumaça quando refletia em planos péssimos para conseguir tais dados. Por isso, Baekhyun nem se deu ao trabalho de desviar os olhos ao ouvir a porta do vestiário se abrir e quebrar sua linha de raciocínio.

— Eita, bebê. Que cara é essa? — Hani apareceu e riu baixinho ao encontrar Baekhyun deitado no chão, encarando o teto.

— Estou em crise, noona. Eu sou bom em astrologia, não sou? Então, como não consigo saber uma coisa tão simples como o signo de Park Chanyeol?

Quase um mês, meus caros! Quase um mês inteirinho querendo morrer e quebrando a cuca para desvendar o signo do perna de pau, e nada.

— Hum… Não sei, benzinho. Já tentou falar com alguém próximo à ele?

— Sim, mas aquele bando de babuínos estão treinados. Quando eu pergunto ou faço alguém perguntar, eles sabem o que responder.

Hani se sentou ao lado de Baekhyun e afagou os fios atrapalhados.

— Por que não tenta de outra forma? Uma forma mais cautelosa?

Baekhyun franziu o cenho ao encará-la.

— Como assim?

— Bom, não sei bem, mas talvez você esteja sendo muito direto, não acha? Pelo que eu notei, Chanyeol gosta de saber que você está exatamente assim... — Ela apontou o indicador para a testa do baixinho e deixou um peteleco leve ali. — bem bravinho.

— Ai, noona! — Choramingou ao afagar o local atingido. — Talvez você esteja certa…

— Eu sempre estou, bebê. — Ela se levantou e antes de bater a porta ela sussurrou: — Pensa logo no que eu disse, pois o bonitão já chegou.

O talvez com gosto de óbvio tomou os pensamentos de Baekhyun. Hani sempre foi ótima com conselhos, mas definitivamente ela estava cada vez melhor. O que é muito estranho para uma ariana, mas né, culpa do ascendente!

 Bom, o garoto bolou então o plano.

Leonino ou não, Chanyeol perderia a juba de rei da porra toda num estalar de dedos. Baekhyun queria um gatinho para fazer carinho.

O jovem Byun tomou fôlego o suficiente para sair de seu pseudo-covil. Trajando um dos seus melhores modelitos, caminhou de maneira habitualmente imponente entre as mesas do café. Quando o olhar de Chanyeol se encontrou com o seu e aquele sorriso malicioso de sempre surgiu nos lábios do capitão, Baekhyun acenou cordialmente para ele, recebendo o mesmo breve aceno.

Chanyeol foi o último a ser atendido pelo baixinho, que antes pegou cinco pedidos, os passou para a cozinha e em seu caminho de volta ao pequeno salão sorriu e cumprimentou todos os clientes frequentes até chegar à mesa de Chanyeol.

— Você está muito bonito hoje, Baekhyun.

— Obrigado, senhor Chanyeol-sama. — Controlou-se para não gaguejar. — Em que posso ajudar?

Baekhyun quase pegou um babador para que o Park não sujasse a mesa. O queixo do garoto caiu ao ouvir o pronome dito de forma tão delicada pelos lábios alheios.

O Park franziu a testa e se aproximou lentamente, tendo Baekhyun analisando cada um de seus movimentos, até que a mão ligeiramente grande tocou a testa de Byun.

— Se você não está com febre, então… — Voltou a mão para a própria testa. — Será que sou eu que estou delirando? — perguntou com falsa preocupação.

O baixinho precisou reprimir os lábios para não deixar o riso tomar-lhe e fitar os próprios pés por alguns meros segundos.

— Por favor, senhor. Diga o seu pedido para que eu possa melhor te atender. — prosseguiu de forma cordial como costumava tratar todos os clientes.

Chanyeol o encarou por um longo instante, o sorriso desafiador crescendo nos lábios gradativamente. Era quase inevitável conter a vontade de provocar um pouco mais Byun, mas naquele momento pareceu muito mais atrativo saber até onde ele iria.

Apertem os cintos, meus caros, e que os jogos comecem!

 Se Baekhyun queria brincar, Chanyeol mostraria a ele que em jogo seu nome brilha mais que enfeites de natal, pois o capitão estava acostumado a fazer cestas de três pontos.

Durante todo o tempo desde que o Park começou a frequentar o café, Baekhyun poderia jurar que nunca havia visto o garoto fazer um pedido tão rápido. Ao contrário do que pensou, depois do leve deslizar desproposital ao notar a mudança drástica na postura de Byun, Chanyeol não aparentou se alterar com mais nada.

Seu olhar perseguia o corpinho, como de praxe, para onde quer que ele fosse. Até mesmo quando Baekhyun sumia pelas portas da cozinha, o Park ainda permanecia com a atenção toda voltada para o ponto fixo a espera do baixinho.

Parece que temos algo acontecendo aqui, não é mesmo?

A verdade é que ele estava esperando o melhor momento para colocar o seu passe em prática. Ora essa, Chanyeol era capitão de um puta time; estratégia era o seu nome do meio. Não se engane se ele pareceu um garotinho potencialmente prepotente e cheio de amigos até o momento. Talvez ele fosse um tiquinho, e mais um pouco, assim.

Pode ter certeza, Chanyeol é bom no que faz. Ele controla a própria ansiedade e respira fundo antes de um lance, aumentando a tensão na quadra e marcando os últimos pontos no jogo só para contemplar a galera enlouquecer ao gritar o seu nome.

E, caralho, queria muito fazer Baekhyun enlouquecer de um jeitinho bem especial.

Naquele dia ele esperou do lado de fora, nos fundos do estabelecimento. Faltavam dez minutos para que o café fechasse, Hani e as meninas se despediram dele aos risinhos e olhares suspeitos. Aquela altura o capitão nem se importava com o que pensavam. Chanyeol tinha um objetivo acima de qualquer julgamento ou opinião.

O ruído característico da caçamba o fez caminhar em direção ao som e encontrar o corpinho na luz fraca da rua estreita, arrastando um saco de lixo não muito pesado.

Chanyeol observou-o de braços cruzados. Baekhyun abriu a tampa do latão, ficando na ponta dos pés para finalizar o processo. O vestido subiu levemente, permitindo a visão privilegiada daquele belo par de pernas.

O mais alto caminhou calmamente até que as costas de Byun tomassem completamente seu campo de visão. Baekhyun se virou para ele de súbito, os lábios presos aos dentes. A franja caída sobre os olhos obrigou Chanyeol a afastá-la de forma provocativa.

O menor não desviou o olhar nem quando sentiu a respiração se acelerar com a repentina aproximação do capitão. O rosto de Chanyeol se aproximava lentamente em direção ao de Baekhyun, analisando cada um de seus movimentos à procura de uma aprovação para seus atos. Assim que os lábios finos foram umedecidos em plena provocação, Chanyeol o tomou pela cintura.

Byun desviou o rosto na primeira tentativa do beijo, tendo uma das bochechas seladas pelos lábios alheios e sentindo toda a estática da respiração de Park próxima demais.

— Primeiro o signo… — tentou dizer, engolindo em seco disfarçadamente. — Depois o beijo, Chanyeol.

— O que houve com o sama? — Chanyeol aproximou mais os corpos, arrastando a mão para uma das coxas de Baekhyun, logo agarrando-o por uma das pernas.

— Idiota. — guinchou ao levar as mãos para os fios da nuca do mais alto, apertando ali e arrancando um arfar do mais alto.

— Vamos lá, Baek. Você quer tanto quanto eu…

Park levou a boca até o pescoço alheio, deixando breves selares e mordidinhas, aproveitando os suspiros fraquinhos do outro. A pressão que ele exercia nas pélvis, deixava Baekhyun sem saída ao aceitar de bom grado os movimentos obscenos contra seu falo.

— Quem me garante que você não é o meu inferno astral? — perguntou num sopro ao tombar a cabeça e permitir que o pescoço fosse abusado ainda mais.

— Seu inferno astral beija bem? — perguntou irônico.

— Imbecil.

Cheio de expectativas e movido pelo desejo de desfrutar o quanto antes da boca do presidente de astrologia, Park trilhou com a ponta do nariz até a orelha do mais baixo.

— Prometo que você não vai se arrepender — sussurrou lento.

Assim que se afastou um pouco para encarar Baekhyun, pôde ver a luxúria transbordando os olhos pequenos e antes de proferir qualquer coisa, Byun grudou os lábios nos dele.

O beijo confuso e cheio de vontade, tornou a respiração de ambos afoita. As mãos de Park foram levadas para debaixo do vestido, em direção a bunda de Baekhyun, agarrando-a com força e recebendo um arfar arrastado em resposta entre o ósculo.

Após o aperto, ele se abaixou lentamente, tendo Baekhyun seguindo seu movimento para não deixar que os lábios se desgrudassem. O Park tomou ambas as coxas roliças e encostou Byun na parede oposta, rebolando sutilmente só para ouvir o menor gemer seu nome baixinho contra sua orelha.

 — Escorpião. — Baekhyun sussurrou com a voz tremida. — Certeza que é.

E o jovem Byun teve sua confirmação no sorriso enorme e malicioso que surgiu nos lábios do Park antes dele tomá-lo em mais um beijo de tirar o fôlego.

 

(...)

 

— Luhan, eu preciso te contar um segredo. — disse o presidente após respirar fundo.

Ambos estavam sozinhos na sala de estudos astrológicos.

— Se você está falando do seu emprego naquele maid café, poupe esforços. — Luhan pontuou impassível, enquanto Baekhyun o fitava de olhos arregalados. — Como eu sei disso? Eu te segui. Se eu estou chateado? Não.

— Você me seguiu?

— Baekhyun, vamos focar na parte em que eu não fiquei chateado com você e por eu ser um ótimo amigo.

— Você sabe que eu não sou de dizer essas coisas, Lu. Mas você é o melhor amigo do mundo. — Lançou uma piscadela para o chinês. — Mas agora me conta, por que diabos você não está chateado comigo?

— Eu imaginei que fosse um assunto delicado pra você e que na hora certa iria me contar.

— Vamos deixar que você continue pensando assim. — Byun brincou e acabou levando um tapa estalado na nuca. — Desde quando você se tornou tão compreensivo?

— Deve ser meu ascendente em câncer. — Riu soprado e o Byun revirou os olhos.

— Vou aproveitar esse seu lado compreensivo pra contar outro segredo.

— Outro? — Luhan semicerrou os olhos. — Byun Baekhyun, quantas coisas você anda escondendo de mim?

— O quê? Não! Isso é algo recente...

— Então conta logo, antes que eu desista de ser compressivo.

— Assim, eu meio que ‘to ficando com o…

A cena era cômica.

Luhan encarava o amigo com curiosidade e ansiedade, ao passo que Baekhyun estava louco pra contar ao chinês que andava dando uns pegas em um certo alguém de orelhas grandes. Já atrás da porta entreaberta da sala, estavam dois garotos que não eram muito bons na arte de ouvir conversas escondido.

Primeiro houve um barulho da porta sendo escancarada rapidamente e em seguida o baque surdo dos dois caindo no chão.

— Eu falei que isso não era uma boa ideia! — Jongin se levantou irritado.

— Até parece! — Sehun falou esfregando as mãos doloridas nos joelhos após se levantar. — Você queria até pegar um copo na cantina pra ouvir melhor a conversa deles.

Então, os dois se deram conta de que Baekhyun e Luhan os encaravam com as sobrancelhas arqueadas.

— Sebo nas canelas! — Sehun gritou e em seguida saiu correndo dali com Jongin em seu encalço.

Óbvio que após isso o jovem Byun fez questão de trancar a porta e contar ao Luhan o que realmente estava acontecendo em sussurros.

Ao passar duas malditas semanas após o primeiro beijo, os amassos marotos se tornaram muito mais frequentes. Sempre cheios de muitas provocações e beijos com mãos bobas, claro.

Park Chanyeol se tornou um cliente assíduo do maid café, já Baekhyun fez até o mapa astral do garoto e que de praxe ganhou um novo passatempo; testar a sanidade do capitão.

O que vocês acham? Até quando Park Chanyeol aguentaria?

No dia seguinte, era pra ser só mais um dia comum onde Baekhyun convertia algumas pessoas para o mundo astrológico e Chanyeol dedicando meio período de seu dia com time e procura de um estágio. Mas no fim das contas, os dois acabaram no quase cubículo que passou a ser seu ponto de encontro.

Mais precisamente no banheiro dos funcionários do café.

— Chanyeol… — Baekhyun sussurrou enquanto o capitão deixava beijinhos molhados em seu pescoço. — Estamos em meu ambiente de trabalho.

— Estamos… — O mais alto trancou a porta e se afastou, aproveitando para carregar o Byun pelo quadril e sentá-lo no balcão de mármore da pia. — E foi você quem me trouxe pra cá. — Se infiltrou entre as pernas do Byun e deixou as mãos grandes acariciarem levemente as coxas macias. — Quer parar, Baek?

A aura sensual envolvendo os dois era tão grande, que eu tenho certeza que até você está lendo esta história se sentiu afetado. Ambos os garotos estavam ofegantes e com os corações descompassados. Tanto Chanyeol quanto Baekhyun tinha conhecimento do sentimento que os envolvia, mas no momento, ninguém estava a fim de discutir isso.

— Deveríamos parar, Chanyeol-sama? — Baekhyun entoou desafiador.

Chanyeol soltou um suspiro ao ouvir o pronome soar com falsa inocência. Baekhyun e seu conjunto de maid rosa com direto a meia 3/4 rendada e lacinho no cabelo deixaram o maior completamente louco para atacá-lo.

— Ou eu deveria te chamar de daddy? — provocou mais uma vez.

Daddy, uh? — Chanyeol​ sorriu ladino. — Parece que alguém aqui tem um fetiche. Você quer ser meu baby?

— Eu serei, se você for um daddy bonzinho. — Baekhyun comentou todo delicado, colocando um bico nos lábios rosados, entrando no personagem.

— E o que meu baby quer que eu faça? — A voz de Chanyeol havia ficado mais rouca do que o normal. Seus olhos brilharam em puro desejo refletindo a volúpia nos do Byun.

Daddy, eu quero você. — Finalmente o mais baixo foi direto.

— Mas quem manda aqui sou eu, certo, baby? — O platinado tomou o cabelo macio de Baekhyun e puxou sua cabeça pra trás, fazendo-o olhar de baixo para si.

— Sim, daddy. Você é quem manda. — respondeu e em seguida puxou a gravata escura de Chanyeol. — Mas eu sou um baby rebelde. — sussurrou rente aos lábios cheinhos do Park.

Chanyeol quase rosnou com a atitude do mais baixo, estava tão excitado que se sentia prestes a explodir. Por isso tomou Baekhyun em um beijo afoito e foi devidamente correspondido.

Baekhyun​ aproveitou para desabotoar a camiseta lentamente. O mais baixo queria ver e tocar o quanto antes aquele abdômen sarado.

— ‘Tá com pressa, baby?

— Estou, daddy.

— E o que você quer? — Chanyeol queria uma resposta decisiva dessa vez.

— Eu quero que você me dê tudo, daddy.

Chanyeol sorriu malicioso antes de descer Baekhyun do balcão e o deixar em pé na sua frente.

— Vira de costas. — falou de forma autoritária.

Baekhyun se virou para Chanyeol e ficou de frente para o enorme espelho que havia em cima do balcão de mármore. O mais baixo pôde observar pelo reflexo o quanto Chanyeol estava lindo com seu abdômen exposto, subindo e descendo de maneira ofegante; a gravata ainda pendurada no pescoço.

— O que eu faço agora, daddy? — Baekhyun encarou Chanyeol pelo reflexo do espelho.

— Deita de bruços no balcão e fica quietinho.

— E se eu não quiser ficar?

— Pague pra ver, baby. — Sorriu presunçoso e se voltou para a bunda empinada em sua direção.

O vestido de Baekhyun possuía duas camadas, o Park levantou cada uma lentamente, desfrutando da imagem de um Baekhyun empinado para si e sorrindo maliciosamente para o reflexo do espelho.

Chanyeol queria focar no quanto a bunda de Baekhyun era bonita mas estava ocupado babando na calcinha rendada e vermelha que o garoto estava usando. Fazia um contraste muito bonito com a pele alva das nádegas alheias.

— Então o baby veio preparado pro daddy, uh? — Chanyeol se agachou até ficar com o rosto rente a bunda de Byun. — Vejamos o que temos aqui. — Ele disse e em seguida enganchou o dedo na calcinha delicada e a puxou para cima, fazendo-a roçar na entrada livre de pelos que ficou semi-exposta com o ato. Chanyeol riu soprado. — É bom saber que você é atencioso.

— Não faz assim, daddy. — Baekhyun​ se contorceu. — Você está tão ansioso quanto eu… Aposto que até se depilou.

— Que baby respondão! Você não tem medo de ser punido?

— E qual seria minha punição?

— Você verá. — Chanyeol lançou mais um daqueles belos sorrisos e se levantou para tirar de vez a camisa e a gravata.

Baekhyun estava ansioso pra saber o que Chanyeol faria, e por incrível que pareça, isso só o deixava mais excitado. Pelo espelho ele viu Chanyeol se mover com a gravata nas mãos e puxar os braços do menor para trás, amarrando os pulsos com o tecido.

— Sua punição será não tocar em mim.

— Ah Chanyeol, você não vai bancar o Christian Grey agora, né? — Baekhyun virou o rosto para encarar o mais alto por cima dos ombros.

— O quê? — Chanyeol o olhou confuso. — Não! Poxa, Baek, não sai do personagem! — Pediu de maneira infantil.

Ao encarar o beicinho fofo que Chanyeol fazia, a primeira coisa que lhe passou pela mente foi o quanto o maior seria um bom baby, e por mais interessante que fosse a ideia, deixaria o assunto pra outro dia. Naquele momento ele só queria aproveitar os dotes ligeiramente grandes do capitão.

— Eu não saí, daddy. — falou de forma manhosa e lançou um sorrisinho divertido em direção ao espelho.

Através do reflexo ele viu o sorriso atentado do capitão antes da face se abaixar e Byun perder tal expressão maliciosa, substituída pelos fios platinados.

Era quase um paraíso para o Park contemplar tal visão. A bunda arrebitada e redondinha empinada em sua direção era extremamente chamativa. Por isso o garoto não perdeu tempo e se prestou a beijar cada canto da pele exposta.

A derme de Baekhyun se arrepiou no mesmo momento em que os lábios de Park Chanyeol encostaram em sua bunda. Ele não tinha como observar as ações do outro, então só lhe restava ansiar pelo o que estava por vir.

O Park se encantou com a parte traseira de Baekhyun e poderia passar horas ali, somente apalpando, mordendo e beijando o local, mas estava necessitado demais para enrolar.

Os beijos de Chanyeol se tornaram leves chupões que marcaram a maciez de Baekhyun. O baixinho mordia os lábios, se inebriando da sensação prazerosa; seu corpo reagia sem que pudesse controlá-lo. A boca se partiu debilmente, obrigando-o a arranjar forças para conter o gemido alto o suficiente para denunciá-los. Não queria que fossem interrompidos logo agora. Nem nós, não é mesmo?

Os dedos magros agarraram o tecido delicado da calcinha, percorrendo a pele de uma vez só para dar espaço à língua do outro. O músculo deslizou entre as duas bandas, umedecendo com vontade até alcançar a entrada de Baekhyun. Munido de um certo sentimento, Chanyeol tirava e colocava sua língua lentamente, aproveitando das reações deliciosas do corpo alheio.

Baekhyun rebolava e gemia exasperado por mais. Sempre implorando por mais. Assim que o Park se afastou, acreditando ter feito um bom trabalho, recebeu um olhar meio irritado e muito ansioso.

— Conquistei um baby apressadinho, uh?  — A pergunta foi proferida de forma rouca ao pé do ouvido do presidente.

Byun revirou os olhos ao sentir as mãos grandes voltarem a agarrá-lo pela bunda.

As unhas curtas do capitão arranharam levemente a pele delicada até que o primeiro dígito chegasse na entrada e o penetrasse. Os olhos pequenos se espremeram ao sentir a sensação incômoda.

Ele respirava afoito, deixando transparecer seu desconforto inicial, enquanto se focava nos carinhos e beijinhos que Chanyeol deixava de maneira desajeitada em seu pescoço, orelha e nuca.

Baekhyun era absurdamente gostoso. Chanyeol se sentia na obrigação de fazer tudo com extrema calma para apreciar os gemidos e picos de espasmos. Assim que o menor se sentiu bem o suficiente, o Park contemplou o corpo se mover sensualmente indo de encontro com seu dedo. Logo o segundo dígito se acomodou em Baekhyun.

O arfar alto foi abafado no mármore frio da pia. O olhar de Chanyeol se perdia na imagem do presidente mergulhado em puro prazer; deslizando os dentes pelos lábios agora avermelhados sem que pudessem impedir os gemidos roucos em deleite.

— Eles são tão compridos… E grossos... — murmurou, rebolando nos dedos. — Anda logo com isso, Chanyeol…

— O que aconteceu com o daddy? — O terceiro dedo foi adicionado, fazendo todo o corpo de Baekhyun de arquear.

— Me fode de uma ve… — Os três dedos se afundaram dentro de si e começaram a entrar e sair com certa rapidez.

— O que foi, baby? Não estou te ouvindo. — disse Chanyeol cheio de sarcasmo ao tomar os cabelos de Baekhyun com certa brutalidade.

O vaivém dos dedos foi diminuindo até parar de vez e Baekhyun grunhir irritado contra a pia assim que os fios foram libertados. Chanyeol riu baixinho ao enfiar a mão em um dos bolsos e pegar a camisinha. Com certa rapidez, ele tirou os sapatos e a própria calça junto à roupa íntima, escorregando o plástico por seu falo. Por coincidência, ou não, o lubrificante do preservativo continha o aroma de morango, deixando o ambiente lúdico o suficiente. Estava tudo perfeito.

Chanyeol voltou a colar o peito nas costas do outro, batendo o pênis contra as nádegas de Baekhyun e rindo contido da expressão ansiosa refletida no espelho. Ele rolou a ponta do falo próximo à entrada, esfregando-a na beiradinha, fazendo o corpo do menor se contorcer do jeitinho que Park se descobriu fã.

Chanyeol continuou no joguinho de roçar o próprio pênis, só que agora diretamente na entradinha rosada, mas sem penetrá-lo. Ele até ameaçou fazê-lo algumas vezes, mas era hipnotizante ver Baekhyun grunhir irritado ao não ser saciado.

Byun apertava os punhos, cravando as unhas contra a palma em pura irritação. Ele queria ser tocado, queria tocá-lo e ser fodido até esquecer o próprio nome. Assim que Chanyeol o atiçou, ele conseguiu impulsionar a pélvis para trás para ser penetrado de súbito, mas sua tentativa foi falha, resultando nos dentes de Park no lóbulo de sua orelha.

— Você quer acabar com a brincadeira, baby? — provocou ao deixar uma mordida na nuca alheia. — Você me quer tanto assim?

— Ah, daddy… Por favor… — choramingou.

— Não sei se você merece. Sabia que babies malcriados devem ser castigados?

Sem esperar pela resposta, Chanyeol se afastou e acertou um tapa estalado em sua bunda, fazendo Baekhyun abrir os olhos e gemer alto. Ele tomou o máximo de cuidado para que sua mão acertasse com força o suficiente apenas para estimular Baekhyun, e não para machucá-lo.

Park queria enchê-lo de experiências novas, e com certeza o segundo tapa atiçou ainda mais o Byun.

Daddy, me solta… — Sua voz soou engasgada de prazer, enquanto a testa estava pressionada contra a pia.

— Não sei se devo. — disse ao alisar a bunda marcada. — Será que devo?

— Prometo ser um baby bonzinho, uh? — Baekhyun usou seu tom mais manhoso e o sorriso enorme quase alcançou as orelhas assim que sentiu Park desatar seus pulsos.

Byun sem demora alguma empurrou Chanyeol para trás e se virou. Um dos cantos da boca foi agarrado pelos dentes, assim que sua mão escorregou para o próprio pênis e iniciou uma masturbação lenta.

Chanyeol não conteve a expressão inebriada de luxúria ao ver a testa franzida em prazer do outro. Baekhyun encostou a mão livre no ombro de Park, empurrando-o aos tropeços desajeitadamente até uma das cabines, sem parar de se tocar.

Assim que fez o capitão sentar na tampa do vaso, Baekhyun se sentou sobre as pernas longas e tomou uma das mãos grandes para juntar os membros e continuar a felação desajeitada, aproveitando-se do roçar para arrancar de vez o vestido do corpo.

Chanyeol automaticamente agarrou a cintura alheia de forma necessitada. O Byun levantou rapidamente o corpo para posicionar o falo teso do outro e se sentar com certa lentidão, aproveitando cada centímetro dolorido.

As mãos pequenas foram levadas até os fios da nuca de Chanyeol que tinha a cabeça tombada para trás. Baekhyun aproveitou tal feito para molestar o pescoço do capitão, escorregando a boca pela pele e sugando o pomo-de-adão com vontade.

O rebolar lento de do baixinho arrancou gemidos abafados de ambos. Os braços do Byun foram deixados sobre os ombros largos do capitão, enquanto as testas se uniram.

— Você é muito gostoso, daddy. — disse com os olhos fixos nas feições prazerosamente de Chanyeol.

Uma das mãos de Baekhyun deslizou até o abdômen alheio, arranhando e sorrindo com o arrepiar do corpo maior. Ele sorriu malicioso com a respiração sôfrega lançada contra seus lábios.

As unhas de Chanyeol voltaram a torturar as coxas de Baekhyun, se afundando na pele, deixando-a marcada para logo em seguida se arrastar por toda a lateral do corpo até o peito que subia e descia afoito, alcançando os mamilos durinhos.

Os lábios se juntaram de forma bruta assim que Chanyeol beliscou os biquinhos e os puxou com sutileza. O ósculo cheio de gemidos altos e mordidas instigou a aceleração do remexer do garoto.

Era a sensação mais excitante do mundo. Porra, Baekhyun era tão bom naquilo. Uma bela bunda, um rebolar gostoso pra caralho e cheio de expressões quase tão deliciosas quanto os gemidos. O garoto tinha tudo que deixava Chanyeol louco.

As mãos do capitão se voltaram para a bunda redondinha, forçando-o a subir e descer em seu pênis. Baekhyun levou os lábios até a orelha avantajada, permitindo que Park se perdesse nas palavras desconexas que o baixinho dizia.

— Chan, eu estou… Quase…

Chanyeol se levantou de repente, fechando a porta com o pé e forçando as mãos de Baekhyun contra a madeira. O falo voltou a penetrar o baixinho de súbito, ganhando um grunhido alto com o ato. Os movimentos de vai e vem se tornaram rápidos assim que as mãos grandes tomaram a cintura de ambos os lados, apertando com certa força.

Baekhyun foi o primeiro a gozar. O jato atingiu a porta em cheio, fazendo-o rir em sussurros ao sentir Chanyeol se contorcer com um gemido alto demais ao chegar no próprio ápice.

O corpo do maior voltou a se sentar na tampa do vaso, tendo Baekhyun novamente em seu colo. Os dois aproveitaram a sensação pós-orgasmo em silêncio.

Os dedos longo de Chanyeol deixaram um carinho sutil nas clavículas salientes, descendo pela barriga, tendo os lábios selando os ombros de Baekhyun, se perdendo novamente na maciez gostosa da derme.

Os dois queriam aproveitar o momento e evitar perguntas do tipo “foi bom pra você?” ou “e agora?”, então apenas ficaram ali, curtindo a presença um do outro. Agora livres de provocações, fetiches ou status. Apenas Byun Baekhyun e Park Chanyeol, peladinhos como vieram ao mundo.

— E então, vamos. — Baekhyun se pronunciou.

— Vamos pra onde? — Chanyeol perguntou receoso com medo de levar um belo pé na bunda.

— Tomar um café, quem sabe? Preciso combinar seu signo com o meu. — Baekhyun sorriu divertido e Chanyeol pôde suspirar aliviado.

Sagitário e Escorpião são diferentes como água e fogo, mas sabemos muito bem que Chanyeol e Baekhyun são muito bons em apagar o fogo um do outro.


Notas Finais


agradecemos por você ter chegado até aqui hihi ( ͡° ͜ʖ ͡°)
https://spiritfanfics.com/perfil/caliel @sebaekw esperamos que você tenha gostado e voltamos a dizer, por favor, nos mande mais desejos como esse! comédia romântica é o fraco de 1metroemeio hihi

rub é uma menina doida que curte ver o circo pegando fogo siudhgshg um sagita e um escorpiano (amém que Deus é pai, e não, padrasto) osdgihgsh obrigada de verdade, amiga (๑˃ᴗ˂)ﻭ amei poder te ajudar a escrever grrr faz tempo que eu estava de olho em ti hohoho sqs dsuhguish #umavezcbwparasemprecbw #naoperdoouma #sousuaunnie #merespeite #melhorparceriadavida

bom, então é isso, pessoal kk

pena de urubu, grito de galinha, se você gostou deixe uma risadinha!
https://twitter.com/cchanlie ( ˘з(˘⌣˘ ) ♡

Aqui é a Rub e o que tá escrito ali em cima é tudo verdade rsrs #minhaunniedisk #atamilka
Só queria ressaltar nosso fraco por comédia romântica, a dupla 1metroemeio vai ficar de olho rsrsr #sagitaeleonina #olhaexplosão
Meu twitter: https://twitter.com/pawrkchanbye


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