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História Sunshine - Sycaro - Little visit


Escrita por: thefrancires

Capítulo 17 - Little visit


—alo? Almoçar? — Perguntou a Saiko no telefone, e escutou uma confirmada — t-ta bom, né 


Estava terminando de guardar suas coisas no guarda roupa, era 11 horas da manhã, e ainda o sol estava escondido no nublado de Londres


Sentia um pouco de falta do calor de Fortaleza, e de sua família. Não os via a 5 anos, desde que se mudou para lá. Tentou fugir, já que quando a esposa faleceu, passou um tempo por lá, foi uma oportunidade de assumir ser Bissexual, e foi quando a mãe o ameaçou de morte


Que coisa horrível, a pessoa que te deu a luz, dizer isso


Seu pai falecido, provavelmente o apoiaria, igual sua irmã faz. Mas não é hora de relembrar do passado, seguir em frente é o melhor a si fazer 


Passou a mão no abdômen, que estava começando a inchar, além dos vômitos e dores de cabeça constantes. E o mais importante, como iria dizer para Rodrigo?


Balançou a cabeça, tentando esquecer, tentaria falar algo hoje. Mas só tentaria mesmo



— oi — ele acenou com um sorriso, e o moreno devolveu o mesmo


— parece até uma eternidade que não te vejo — ele o abraçou alí mesmo, deixando Ycaro um pouco envergonhado


— está bem — retribuiu com um risonho 


— vamos sente — caminharam até a mesa do restaurante, que logo chegou um garçom vindo fazer um pedido 


{•••}


A platinada arrumava os cabelos, saindo do carro que o sogro tinha pedido para buscá-la


Era muito luxo. Era um condomínio inteiro de Ximenes, cada casa mais linda que a outra. Tinham a sincronia de cores neutras e portas gigantes. 


As moças eram palidas, de estereótipo sério. As madeixas eram sempre escuras, no máximo um loiro ainda escuro. Sempre de vestidos longos e nenhum decote. 


Os homens só usavam ternos, e eram tão pálidos quanto as moças, mas naturalmente, os olhos escuros, e cabelos pretos como a noite. 


Deixava Skiigles com o pé atrás de ter se casado com Saiko, já que teria de parar de pintar o cabelo de platinado, e deixar de usar suas roupas estravagantes. O que a assustava mais, era o fato de os pais escolherem as noivas dos filhos, e elas tem de gerar meninos com o semblante do pai. 


Meio machista, já que não existia garotas que pudessem revindicar da empresa. O que deu sorte de Rodrigo ser filho do família principal entre os Ximenes


— o senhor Louis Ximenes está lhe esperando — o motorista disse, e um mordomo de bigode do "Hitler" apareceu abrindo a porta 


Ela entro na maior mansão, do condomínio, que mais parecia uma cidade de Ximenes. Dentro era iluminado, com um grande lustre de diamante, e canelabros nós cantos da casa. Uma decoração medieval, mas ao mesmo tempo moderna


— uau — via aquilo deslumbrada, até escutar o sapato de alguém bater na escada de madeira


— o que você quer Francielle? — um homem alto, de cabelos pretos, e alguns fios grisalhos. Usava um belicismo terno, com uma gravata preta. De olhos opacos, sem vida. Tirando esse fato, a personificação perfeita de um Rodrigo mais velho


— b.bom desculpa encomodar, mas o assunto é o Saiko ...


— está te dando trabalho? Nem parece um homem, e sim um moleque — arrumou os botões da manga, e a gravata. Revirando os olhos, ironicamente


— ah... Seu filho está de caso com...


Parou de falar, com um olhar sério, que parecia que investigava a alma da mulher. Engoliu seco, e escutou a risada maléfica escoar por toda casa


— esse Rodrigo. Não tem jeito 


— com um garoto — algum tipo de vento, apagou as velas, e o homem se virou com um olhar irritado, e as sobrancelhas franzidas


— um. Garoto? 


— s-sim... — estremeceu, com o pior olhar que já recebeu na sua vida


— me diz, como ele é? 


— ele tem cabelos longos até o ombro, meio loiro e não tem um pingo de classe — diz de um jeito mesquinho, que fez o homem arquear a sobrancelha


— Céus, iria quebrar todo DNA dos Ximenes... Quero mais informações!! O nome?


— Carlos Ycaro Gabryel 


— brasileiro... É um risco para nossos status familiar, eu seria capaz de matar o meu neto, que nascesse de um brasileiro. Ainda mais se eu não tiver netos


— o que vai fazer? — ele caminhava em círculos


— o mesmo de sempre. Continue deixando Helena em coma, eu conversarei com aquele garoto e com Rodrigo


— está bem.


— acho que alguém está sendo um garotinho levado... — subiu as escadas com um sorriso sádico



·•°•๑•°•·


Olhava a janela do restaurante destraido, e batia os dedos na mesa com ansiedade. Sua cabeça estava a milhão, o que falaria para Saiko? 


— Ycaro?


— an. O que. Sim?? — disse acordando dos devaneios, com Rodrigo arquea uma das sobrancelhas


— está nervoso, e além


— n-não, impressão sua... Na verdade eu... Han... Hum


— quer me contar algo, Ycaro? 


— não, deixa quieto — soltou o ar dos pulmões. Sentiu a mão fria de Saiko encostar na sua, fazendo ficar de mãos dadas 


— tem certeza, parece angustiado. Sabe que pode confiar em mim! Eu tô aqui, loirinho — beijou a mão de Carlos, que o fez ficar avermelhado, desviando o olhar 


O olhar do moreno, ah, os olhos pretos o olhavam com brilho de milhões de estrelas. O deixava tão calmo, mas ao mesmo tempo desesperado. Era como o oceano, que existia ondas calmas, mas as fortes


E o pequeno sorriso, o mais sincero sorriso, daqueles que você guarda só para quem merece vê-lo. 


— está tudo bem, Saiko. Eu estou bem — fez um pequeno carinho com o polegar nas costas da mão 



°•·→\ ♪ /←·•°


— ola, com licença, poderia me passar o check up do ex paciente, Carlos Ycaro? 


— Senhorita, isso é contra os termos de privacidade do hospital — a atendente disse, e Skii apenas revirou os olhos, mostrando a identidade


— escuta, sabe quem eu sou né?


— c-claro


— ótimo, então acho bom me mostrar logo, se não está na rua!! — disse com um sorriso malvado, e a garota engoliu seco, indo preocurar 


Em alguns minutos, voltou com alguns papéis na mão, e entregou para Francielle, e agarrou com arrogância


Seus olhos passavam rápidos, até eles começarem a ir devagar, e arrelarem, seus lábios entre abrir lentamente, e começar a arfar


— a senhorita quer um copo de água? — perguntou preocupada 


— p-pode me dizer se isso é possível? — mostrou para a atendente de enfermagem que estava ali próxima


— "gravidez masculina"? Claro que sim, está sendo um pouco que comum agora


A pálpebra debaixo dela começou a ter leves espasmos, e os dentes cerrando, e as sobrancelhas quase que se juntaram, formando uma só


— quero uma cópia desse documento! 


Sabia, muito bem, que Rodrigo não iria querer um filho, ainda mais uma aberração. Um homem não tem um ventre, como se formaria uma criança ali dentro? Seria toda errada, sem pé nem cabeça 


Se Saiko tivesse um filho, seria dela. Com a beleza dele, e a beleza dela. Com o sangue e o sobrenome dos Ximenes. Ele seria abençoado pela divindade


— duvido que ele vai querer um bastardo desses



{·•°→°•·∞·•°←°•·}










Notas Finais


Nada a dizer, só voltei por um tempo :,)


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