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História Super-herói - Capítulo Único


Escrita por: proliiixa

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece. E aparece com umas coisas nonsense, mas let it go~~






boa leitura

Capítulo 1 - Capítulo Único


 

Junmyeon tinha superpoderes, mas não havia chegado ao planeta em uma espaçonave. Nem extraterrestre ele era. Tinha ficado nove meses dentro da barriga da sua mãe por conta daquela noite impensada entre dois amigos bêbados, e chegado ao mundo como todos os outros tantos bebês normais. A única diferença, no entanto, era que desde o seu nascimento Junmyeon se mostrava especial. Não se sabia ao certo no quê, talvez pelo fato de ele não ter chorado, ou ser o garotinho mais quieto e observador no berçário, mas notava-se que havia algo de atípico no pequenino Kim Junmyeon de olhos peculiares.

Cresceu como todo garoto normal cresceria, fazendo poucas estripulias aqui e outras acolá, deixando sua jovem mãe de cabelo em pé uma ou duas vezes com sua arte de criança. Havia, no entanto, aquela sua habilidade extraordinária em vislumbrar pedaços pequenos de um futuro e dividir-se nele para enxergá-lo em diversas matizes, podendo assim o manipular com cuidado. Era algo que o tornava mais um naquela minoria distinta espalhada por aí, sozinhos, pensando se talvez houvesse alguém igual si próprio à espera de companhia.

Aprendeu sozinho tudo o que sabia sobre seu poder ainda sempre desconhecido aos seus olhos. Às vezes, pensando a respeito, se odiava por não ser como todo mundo, um garoto normal qualquer; às vezes se sentia sortudo por ser especial, tendo a capacidade de ajudar pessoas quando era extremamente necessário. Às vezes, contudo, Junmyeon não sentia nada além de um extremo vazio, uma solidão que o sugava um pouquinho lentamente, o fazendo se questionar qual era o motivo da sua existência, por que tinha aquela habilidade e até quando se sentiria tão sozinho e estranho, o aperto constante no peito de um desamparo sem explicação – será que alguém vai gostar de mim sendo assim?

Minseok iria morrer. Junmyeon viu que aconteceria naquela mesma noite. Foi sem querer, apenas o vislumbre de pedaços fragmentados quando se trombaram no corredor da universidade durante a manhã fria. Havia o carro, o sangue, o silêncio e Minseok ali, perdendo, enquanto os segundos pingavam vermelho, a vitalidade em cada suspiro sôfrego, totalmente sozinho, sem ninguém por perto.

Junmyeon sempre evitava interferir quando envolvia morte, tinha aprendido que quando modificava um futuro pré-determinado, ele podia voltar mais tarde meio irritado, meio violento, cobrando o que tinha planejado antes. Mas cedido ao sorriso de Minseok, Junmyeon ponderou. Ele e Minseok não eram amigos, apenas colegas de colegas em comum na universidade. Diziam oi nos corredores por educação, fitavam-se constrangidos quando os colegas os deixavam sozinhos por instantes, nada tão significativo a duas pessoas que mal se falavam.  

Por que, então, fizera aquilo? Por que ousou dizer aquilo? Poderia colocar a culpa nos olhos que tendiam a ficar presos nos seus enquanto juntavam todos os materiais jogados no piso. 

– Quer sair comigo hoje? – Junmyeon perguntou num fiapo de voz rouca, elevando os olhos a Minseok, que, ao contrário do que esperava, aumentou o sorriso depois de deixar escapar um suspiro de quem parecia bem aliviado.

Havia consequências, Junmyeon sabia perfeitamente. E não eram referentes ao futuro que teimava em persistir com seus planos, mas a um coração que viria a sofrer mais tarde, preenchido por um sentimento desconhecido tal como os superpoderes. Entretanto, poderia evitar que Minseok morresse naquela noite, pedindo que, talvez, pudessem passá-la juntos, nada de mais, uns beijos com gosto de macarrão instantâneo na cozinha apertada de Junmyeon. Poderia se esforçar ao máximo no dia seguinte, no outro e no outro seguinte a esse e aos tantos outros, tornando Minseok um tanto mais próximo de si – e apaixonado também –, o impedindo de ir para longe de seus olhos.

Junmyeon podia fazer aquilo, ia exceder e sugar sua habilidade em tantas matizes possíveis, forçá-la a se dobrar, pois embora tivesse encontrado uma utilidade a ela no qual se sentia certo de tudo, seu coração, infelizmente, também estava preso a constante necessidade de salvar o rapaz que pedia todos os dias para que continuasse consigo, ao seu lado. Não deixaria de modo algum que algo tomasse o outro de si. Seria como nas histórias de quadrinhos onde o protagonista se apaixonava, porque se fosse para ser um super-herói, que fosse somente o de Minseok.

 


Notas Finais


obrigada por ler ♥


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