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História Super Lovers - (ABO) - O porquê é recomendável se embebedar sozinho:


Escrita por: iwiIIpetyou

Notas do Autor


E vamos de Jimin bêbado descontrolado e Jungkook 100% contrariado.
Boa leitura!

Capítulo 5 - O porquê é recomendável se embebedar sozinho:








“Eu posso... Tocar nele?”

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Jimin chegou perto o suficiente para sentir o calor alheio, mas suas mãos foram pegas no ar quando estavam prestes a tocar no peitoral. Os dedos ao redor dos pulsos o apertaram com firmeza.

— Park Jimin! — Jungkook exclamou entre dentes, agindo por impulso, sem ter tempo para digerir a surpresa com aquela situação bizarra.

O que diabos aquela pessoa fazia em seu quarto? Não lembrou de trancar a porta? 

E para piorar, ele ainda estava bêbado.

Jimin franziu o cenho levemente e o encarou com uma expressão penosa, os lábios rosados arrumados num pequeno bico. 

— En? Me deixe tocar... Que mal tem? Esse... Seu cheiro... Sempre foi assim? Droga... Me sinto quente.

A última sentença valeu mais para si mesmo. Jungkook suprimiu seus feromônios logo após ouvi-lo, percebendo o que poderia ocorrer diante daquela situação. Era um tanto inútil, visto que todos os cantos de seu quarto estavam marcados. Mesmo que o outro estivesse devidamente medicado, não é como se fosse resistente a odores tão fortes como aquele. Ele reagia lentamente, o corpo esquentava e as bochechas coravam, enquanto sua consciência ficava a um fio.

— Você-

— Eu, realmente... Quero isso.— Jimin forçou seus punhos, mas estava tão bêbado que toda a força que fez não tinha efeito algum.

Ele inclinou a cabeça e encostou no peito de Jungkook, inspirando o odor e esfregando a bochecha. Seus hormônios estavam fugindo sem controle. Em poucos segundos, o ambiente ficou parcialmente dividido, com um feromônio mais fraco levemente sobressaindo-se pelo mais forte.

— Hum... Desde quando você gosta de músicas românticas? — Perguntou, pouco antes de ser afastado e levado até a cabine de banho, anteriormente ocupada.

Jungkook puxou a blusa de Jimin para cima, tentando tirá-la para que ele se molhasse adequadamente. Sua mão foi estapeada assim que chegaram no cinto da calça. 

“Não toque.”

Jimin o fez por si mesmo, no fim, se pondo obedientemente embaixo do chuveiro depois de arrancar as roupas e jogá-las na direção dele. Jungkook as aparou com um rosto escurecido.

— Está frio...— Sussurrou, assim que sentiu as gotas de água sobre suas costas, que molharam suas mechas mais precisamente quando ergueu a cabeça. Ele tirou a última peça de roupa em seu corpo e abraçou a si mesmo, fechando os olhos e balançando de um lado para o outro. A cabine cheirava a Jeon Jungkook; Era a primeira vez que sentia seu cheiro.

Na juventude - sem a capacidade de sentir nada relacionado a ômegas e alfas -, escutou algumas vezes sobre os feromônios do Jeon mais velho. Pelo o que compreendeu, o cheiro ainda estava leve porque ele ainda era virgem na época, mas já fazia-se acentuado como o de um alfa dominante. Desde então, sempre esteve curioso para sentir aquele cheiro. Obviamente, não em uma situação como esta, na qual não tinha a consciência no lugar. 

Visto às atitudes que não lembraria na manhã seguinte, ele perdeu a chance de apreciar em segredo, pela primeira vez. 

A música parou, e tudo o que se pôde ouvir no ambiente foram as gotas vindas do chuveiro e os murmúrios do rapaz embebido na cabine. Seus ombros começaram a tremer embaixo da água gelada.

Jungkook mudou a toalha que usava por um roupão, voltou até a cabine e se encostou por fora, olhando para o rosto de Jimin mal humorado, para ter certeza que ele não afogaria enquanto se lavava. Ao ver sua reação diante a temperatura da água, ele entrou na longa cabine de vidro e foi até o outro, regulando a temperatura do chuveiro para pouco mais que morna. 

Desde que podia recordar, Park detestava banhos gelados. Não importava se estivesse queimando em febre ou o quê, ele ainda detestaria banhos frios e seria capaz de chorar para não entrar em um. Ao menos, há pouco mais de oito anos atrás, era dessa forma. Aparentemente, não mudou muito sobre isso.

Ao virar as costas para sair da cabine, seu cabelo foi puxado abruptamente. Ele encarou Jimin como se pudesse matá-lo, porém, não viu nenhum rastro de hesitação ou medo nas feições desta criatura; havia apenas uma expressão indiferente e meio carrancuda, o rímel da maquiagem escorria como lágrimas pretas por suas bochechas. Esta era uma das primeiras pessoas sem Jeon no nome que o olhava sem receio algum, como se nada pudesse tirá-lo de seu orgulho também. 

— Hyung, me ensaboe. — Jimin mandou. 

— Você pode fazer isso sozinho.

— Não posso, me ensaboe agora. — Sua voz suave ainda estava oscilando, mas a última frase saiu completa. 

Por fim, não querendo discutir e tentar um bêbado a fazer ou falar mais bobagens, Jungkook se aproximou e usou o sabão líquido; espirrando nas costas e abdômen alheio, esfregando suavemente por essas áreas. Jimin manteve os olhos borrados fechados enquanto isso, gostando daquilo. Quando o sabão escorreu por seu corpo sobre a água, ele abriu os olhos e puxou o pote de sabão das mãos do Jeon, mirando-o com a mesma expressão carrancuda, as bochechas ainda mais avermelhadas.

— Eu posso fazer o resto, seu pervertido de merda!

“!?”

Jungkook bufou sobre o insulto sem fundamento e apenas saiu, permanecendo ao lado do box encarando Jimin, que lavava as partes restantes de seu corpo como um bobo. Ele levou as mãos até o rosto e o esfregou, ficando como um palhaço triste quando as retirou, pois borrou inteiramente sua maquiagem desde as sombras em tons rosados e todo o resto que se misturou à base e ao rímel.

O mais velho presumiu o que deve ter acontecido. O Park ficou depois da festa com sua irmã mais nova, e eles resolveram se embebedar juntos para ter um pouco mais de diversão. 

Sequer ousava imaginar a situação deplorável da aparência de Dana, contudo, a irmã era da espécie que desmaiava logo depois de estar totalmente bêbada, em compensação, aquele não parecia tão simples.

Logo, Jimin saiu do box cambaleante e foi coberto por um roupão.

— Olhe aqui. — Jungkook mandou, erguendo seu rosto e passando pacientemente um lenço úmido de demaquilante. Subitamente, a expressão carrancuda de Jimin desmanchou e se mudou para um rosto de divertimento. Ele começou a cutucar com os indicadores.

— Hyung usa maquiagem também? Jung…

— Fique quieto.

— Hyung... Por que está tão bravo comigo? Deixe eu sentir seu cheiro... Por que está se segurando? Eu posso sentir tudo agora, eu posso te dar filhos agora...

Jungkook continuou a ignorar, pensando que o que dizia eram apenas coisas de seu subconsciente, relacionadas aos últimos anos em que estiveram juntos; ouvindo sobre o casamento no qual estavam destinados e sobre como deveriam separar os lucros e dividir para ambas as famílias. Era disso que se tratava para todos. Sem sentimentos, sem emoções, sem tempo para pensar se era certo ou não.

Quando terminou de limpar o rosto do Park, o fez virar-se e tentou secar seu cabelo úmido. Tentou. Jimin não ficou quieto.

— Quando você ficou tão musculoso e alto? Você por acaso esteve se alimentando de chumbo? 

O ômega o apalpava sem prudência enquanto terminava de secar algumas mechas, não havia outro jeito a não ser render suas mãos. Ele foi impulsionado a sair do banheiro como um detento, sobretudo, saiu sorrindo como se tudo fosse muito engraçado. Na sala do quarto, repentinamente franziu o cenho, procurando as mãos que estavam atrás das costas. 

— Hyung, não seja tão agressivo! Você nem vai me beijar antes um pouco? Por que não faz?

Jungkook o soltou e foi pegar uma peça de roupas para si mesmo e para este encosto em seu quarto. Jimin silenciosamente o seguiu como um cachorro e o abraçou por trás quando estava no closet, ficando na ponta dos pés para roçar a ponta do nariz em seu pescoço, aspirando o cheiro inebriante. 

“Hyung, eu posso ficar quente...”

Jungkook simplesmente não aguentava mais a responsabilidade de ter que cuidar dele. Poderia até ser HyeJin, um pirralho inconsequente que nem idade para beber tinha ainda, mas teve que ser essa pessoa!

Ele virou e puxou Jimin para fora do closet, que, por sua vez, segurou no batente da entrada com a mão livre e fez birra outra vez. Por fim, Jungkook o carregou no ombro e o levou até a cama, amarrando seu pulso esquerdo na sustentação da tenda ornamentada com uma gravata jogada por sua mesinha. O rapaz olhou idiotamente o tecido, e o olhou novamente com uma face maliciosa.  

— Ah, então você gosta dessas coisas agora? Você pretende me estapear também?

Enquanto o provocava com bobagens, apesar da insinuação, ele começou a tentar desfazer o nó. Jungkook caminhou para o outro lado do quarto para se trocar. 

— Calado. 

— En? Você sabe que eu faço barulhos, se quer que eu me cale use uma mordaça também. Você irá amarrar só um pulso? Hm, não é tão convencional...

Ele suspirou dramaticamente.

— Jungkook-hyung costumava ser tímido, mas floresceu como um depravado e nem mesmo fica vermelho agora? - Por que não me mostra o que aprendeu durante esses anos? Você tem coragem mesmo para me tocar desse jeito... He, é interessante.

Jungkook: 

— Porcaria ... Você sabe o quanto bebeu? — Ele murmurou mais para si mesmo, do outro lado. Vestido, caminhou outra vez até Jimin com uma bermuda de algodão. 

— Eu não bebo, — O Park balbuciou, escondendo a mão livre nas costas — Eu não bebo! Minha irmã Dana foi a única que bebeu, eu juro! 

— Estenda seu pé. 

— Hyung... Eu ainda devo chamá-lo de Hyung? - Você assumiu a empresa? Eu deveria chamá-lo de senhor? De jovem mestre? Deveria chamá-lo como as garotas o chamam?

— Jungkook-Oppa! Jungkook-Hyung! Jovem mestre Jeon? — As últimas frases saíram em tom de flerte. 

Ele não ficaria quieto até que estivessem devidamente distantes. Todas as vezes que Jungkook se aproximava, seus feromônios podiam ser sentidos com mais clareza por Jimin; se não fosse pelos supressores ele estaria completamente fora de si. Suas bochechas ainda estavam vermelhas e seu corpo poderia realmente derreter, apenas não reagiria profundamente, por conta dos medicamentos que tomava.

Fora uma sorte acabar nos braços de Jungkook, pois qualquer outro dominante poderia tentar tirar proveito de sua inconsciência, se quisesse. Mesmo que estivesse flertando e insinuando-se, ele não estava pensando direito, e havia 70% de chances de não recordar desta madrugada na manhã seguinte, deduzindo que tudo fora um sonho.

— Resolvi que não quero isso! — Exclamou, desfazendo em um estalo o nó da gravata e puxando algumas vezes até se soltar totalmente, apenas para se jogar sobre Jungkook.

— Por que usar roupas se eu estou com você agora? — Perguntou, sem a mínima ideia do perigo que corria. 

Quando conseguiu vesti-lo, Jungkook apenas pegou seu celular e deu às costas para ele.

— Deite-se e durma.— Mandou. Jimin arregalou os olhos e o seguiu outra vez.

— Por que está me afastando? Eu quero você agora! Hyung...Você prefere que eu o chame de Oppa?

— Oppa, Hyung... Você não sentiu minha falta? Por que ficou tão irritado? Eu estava me protegendo...— Murmurou, sentindo-se subitamente irritado poucos segundos depois, caminhando rapidamente para a frente do outro e impedindo a passagem. 

— Idiota!? Você está comprometido? Por que não quer ficar comigo? Você ainda está no meu quarto... O que está fazendo no quarto de hóspedes?

— Você não sairá! — Continuou - com uma expressão irritada -, agindo como se ele e Jungkook fossem um par de amantes numa briga.

— Saia da frente. — O Jeon rosnou, aproximando-se num passo, pretendendo erguê-lo outra vez.

Jimin, que até um segundo atrás estava irritado, pareceu contente por ter algum rosnado de Jungkook. Ele pendeu e sorriu minimamente com lascívia, passando os olhos sem vergonha alguma na figura dele, desde o rosto escurecido até as pernas torneadas de músculos.

— Você não foi o único que mudou... Eu não gosto muito quando é realmente doce, então eu prefiro que você seja duro comigo… Hyung...

Ele se inclinou e estendeu a mão, num rápido movimento pegando de raspão no meio das coxas alheias. Jungkook puxou sua mão no segundo seguinte.

— Você não gosta quando o tocam aí...? — Ele sorriu abertamente, suas bochechas se ergueram e fizeram as pálpebras formarem uma linha. 

— Então você ainda é um pouco tímido? — Em outro movimento rápido, Jimin se desvencilhou e passou seus braços pelo pescoço do Jeon, aproximando seus rostos, soltando seus feromônios consciente e inconsequentemente. 

Jungkook inclinou-se para trás e ergueu um pouco o rosto, deixando a diferença de altura mais evidente entre eles. A expressão do bêbado mudou outra vez; o sorriso se desfez, mas o ar meigo foi mantido. Seus olhos brilharam por um curto instante, enquanto ele sussurrava:

— Hyung... Você sentiu minha falta mesmo depois de tudo o que aconteceu? Me diga se sentiu minha falta e eu o deixarei ir. Tudo bem se dizer que me odeia, eu ainda o deixarei ir.

Pela primeira vez desde que estava importunando, suas palavras saíram em tom limpo e equilibrado, como se estivesse falando com toda a sinceridade. O rosto do homem que o segurava ainda era frio, no entanto, por um breve momento, suas orbes traíram todo o resto; como geleiras movendo-se minimamente sob a pressão do sol, houve uma pequena mudança em suas íris noturnas. Mas foi por menos de três segundos, e não é como se Jimin pudesse notar algo. Ele estava só agindo feito um bêbado sem vergonha.

— Jungkook, eu... 

Estas foram suas últimas palavras. - Tentou continuar, mas uma ânsia de vômito repentina o fez tombar para o lado, e se não fosse pelas mãos que o seguravam, ele estaria com seu rosto prostrado no chão.

Seu corpo amoleceu totalmente, um grande cansaço pesou sobre si junto a ânsia de vômito; ele usou suas forças restantes para correr até o banheiro do quarto e vomitar. Outra vez, se não fosse pelas mãos fortes o segurando, talvez acabasse com o rosto prostrado, desta vez em um local pior que o próprio chão.

Park Jimin estava praticamente inconsciente de tudo quando foi erguido e colocado cuidadosamente na cama do quarto. Os cantos de seus lábios foram limpos, seu corpo foi arrumado no centro do colchão e coberto com um edredom macio, de mil linhas. O vento gélido que vinha por entre as portas escancaradas da varanda privada cessou, a luz diminuiu. Ele finalmente adormeceu profundamente.

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Notas Finais


Laudo médico: Bêbado puxa saco

Esse capítulo ainda continua sendo o que mais me divertiu enquanto eu produzia. Provavelmente, também é o que sofreu menos modificações até agora, com quase um ano desde que foi escrito. 🤧

Espero que tenham gostado.
Até a próxima atualização!🐇


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