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História Supergirl - uma nova realidade - O desaparecimento de Clark


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Boa Leitura, desculpa pela demora para atualizar..

Capítulo 8 - O desaparecimento de Clark


O barulho dos carros passava a sensação de que os automóveis estavam dentro do quarto, Lena se moveu na cama e viu ao seu lado uma kryptoniana dormindo profundamente. Se mexeu novamente na cama e então sentou-se, sentindo a brisa fria que invadia o quarto através da janela tocar seu corpo, ela suspirou de forma pesada, com cuidado tirou sua bolsa de baixo da cama, seus dedos vasculharam o bolso e encontrou a pedra de kryptonita, aquecendo sua mão. Aquele pensamento tenebroso retornou novamente, sabia que nunca faria uma coisa parecia com isso. Matar alguém. Ela não odiava tanto a kryptoniana, se quer a odiava. Pelo contrário, era completamente apaixonada por ela. Apertou a pedra na mão e a colocou novamente em seu lugar.

Sua vida ainda não tinha ganhado um senso de normalidade, pelo contrário, tudo ainda parecia fora de órbita, cada sorriso dela lhe trazia um pouco de paz, mas a sensação sempre vinha acompanhada de uma sensação estranha de que, nada ali era real, felizmente ela disfarçava bem e Kara estava tão determinada a fazer com que Lena esquecesse do passado que as vezes, era como se nada tivesse acontecido. Quase dois meses e tudo parecia ir muito bem em sua vida, o trabalho no DEO, suas pesquisas, a L-Corp, seu irmão ficava cada dia mais sombrio em seu escritório, as vezes, costumava provocar a heroina de National City e sua irmã, mas todos ali que sabiam a verdade antes da realidade ser alterada sabiam que ele planejava alguma coisa, só era muito esperto para encobrir seus rastros.

Tiveram um problema com as duplicadas das terras difrerentes, quando o problema foi resolvido, ela pensou que nada mais iria tirar o sossego da cidade tamanha era a tranquilidade em que tudo estavam, o trabalho na CatCo ia maravilhosamente bem, apesar de sua chefe insistir em conseguir mais clicks ou invés de ir em busca da verdade, ela era jornalista e se negava a recorrer as manchetes sensacionalistas apenas para terem mais clicks. Ela gostava de ir atrás da verdade e nada a impediria de alcança-la. Tinha um senso de moral e se recusava a manchá-lo.

Mais um mês se passou e agora, ela já conseguia ver ao abrir seu guarda-roupa, roupas de Lena espalhadas por sua casa, era quase como se nada tivesse acontecido, na verdade elas estavam tão bem que Kara não poderia estar mais feliz por tudo que tinha. Finalmente era como se sua vida estivesse de volta nos trilhos sendo seu único problema um careca mal intencionado de péssimo hábito de aparecer em momento que ninguém havia convidado.

-Outra vez sozinha Lena?

Ela estava pensando que poderia simplesmente ignorar a existência de seu irmão, mas aparentemente nessa nova realidade ele parecia determinado a ficar sempre ao seu lado, de um jeito ou de outro. Ela olhou em seu relógio de pulso, estava atrasada para noite de jogos.

-Você não tem o que fazer, achei que estivesse no comando do DEO – Lena tirou seu jaleco, se preparando para sair.

-Pensei e não vou fazer nada do que me pediu – Afirmou Lena.

-Mas, eu não pedi que fizesse nada – Ela a provocou –Eu só sugeri, lhe deu uma segurança. Alguma coisa para que pudesse se proteger.

 

-Trouxe cerveja – Kate ergueu a caixa que carregava na mão esquerda.

-Kara eu já disse que amo sua amiga – A kryptoniana ouviu o comentário da irmã.

Kara recebeu Kate com um abraço um pouco forte demais, mas felizmente ela já estava acostumada com a empolgação da kryptoniana.

-Pessoal, para quem ainda não a conhece essa é a Kate Kane, de Gotham – Kara a apresentou para o resto do pessoal.

-Então aquela é a sua namorada? – Kate sussurrou apontando discretamente para Lena sentada na poltrona, o olhar distante dirigido para algum ponto especifico, ela se lembrava de ter comentando sobre o quão misteriosa a Luthor andava, mas ela usava a desculpa de um projeto super secreto em que estava trabalhando, as vezes ela se arriscava na piada lembrando do passado quando trabalhou com a mãe de Mon-El, mas sempre vinha com um preço a pagar, já que era apenas mais uma pessoa que havia a traido e enganado e manipulado.

Alex se lembrava de já ter tido uma conversa com Kara sobre manter um relancionamento com alguém daquele jeito, mas Kara geralmente ignorava seus conselhos, cega demais para enxergar qualquer coisa além da Luthor.

E a noite de jogos, rendeu mais um super encontro de amigos. Já que os únicos que não estavam ali eram as lendas, estavam em algum lugar do tempo protegendo a linha do tempo.

Quando o jogo acabou, e todos foram embora. Kara decidiu que já era o momento de sentar e conversar, arrumaram toda a bagunça em silencio com a kryptoniana fez ou outra a olhando por cima do ombro, estava mais distante do que quando recomeçou a andar no apartamento de Kara.

-Muito bem, podemos, por favor, falar sobre esse elefante na sala? – Perguntou Kara, era dificil até mesmo para quem não as conhecia não se contagiarem com aquela coisa que rondava a Luthor, e alguma coisa dizia a kryptoniana que não era o fato de estar magoada havia alguma coisa a mais.

-Eu só estou preocupada com o Lex, já se passaram meses e ainda não descobrimos o que ele está escondendo...

-Alex já está trabalhando nisso – Assegurou Kara, aproximou-se da Luthor e seus braços envolveram toda a cintura da Luthor, Lena a abraçou de forma quase desesperada. Sim, havia alguma coisa de errado ali. Muito errado.

 

-Lena, se tem alguém...

-Kara, podemos só... seguirmos a vida, já disse que é apenas meu irmão.

A heroína deu-se finalmente por vencida, não queria perder o pouco que já haviam percorrido depois da magoa mal digerida.

-Nossa, aconteceu alguma coisa? – Perguntou Nia, quando Kara apareceu na CatCo com uma aparencia de derrotada, os ombros baixos e um olhar cansado –Você e a Lena...

-Nós estamos bem... eu acho – Ela jogou alguns papéis sobre sua mesa.

-Então vamos patrulhar hoje a noite?

-Claro... – Kara acabou sendo interrompida pelo toque de seu celular. Para sua surpresa, Lois Lane –Lois, aconteceu alguma coisa?

-Kara, Kara o Clark desapareceu – Informou de forma apressada e desesperada, Kara ouviu o choro do bebe nos braços da mãe.

 

-Você não precisava vir comigo – Comentou Kara –Com a L-Corp e...

-Vai ser bom voltar para Metropoles um pouco – Afirmou Lena, estava lentamente voltando a olhar para kryptoniana por cima daquela magoa que sentia, isso era um bom sinal, mesmo que Kara ainda sentisse que caminhava sobre ovos –E eu quero ajudar você e seu primo – Lena abriu um meio sorriso, um simples mover de lábios que para Kara, já era o suficiente.

Era meio dia quando a kryptoniana bateu na porta do apartamento dos dois, Lois literalmente se jogou nos braços de Kara, desesperada. Segundo ela, Clark havia saido a noite para atender um chamado e simplesmente desaparecido, já haviam se passado dois dias, mas isso definitivamente não era uma coisa que fizesse, teria telefonado ou dado sinal de alguma forma.

-Ontem eu recebi isso – Lois entregou a Kara um envelope, havia o simbolo de sua casa desenhado no selo –Não tive coragem de abrir – Sua voz soava tremula e cheia de preocupação.

-Não se preocupe vamos encontrá-lo – Seu filhos começaram a chorar, Kara não se lembrava de Kal-El ter dois filhos, seus olhos fixaram-se no simbolo sentiu o toque em seu ombro.

-Você só vai descobrir o que tem ai dentro se abrir – Afirmou Lena

-Será que você poderia... – Lois entregou um dos bebes a Luthor enquanto carregava o outro para sala.

-Eu não... – Lena ainda tentou impedi-la, mas o bebe se agarrou ao seu cabelo.

Antes de abrir o envelope, usou sua visão de raio x, era apenas uma carta com coordenadas. Isso atiçou sua curiosidade. Era como se alguém estivesse enviado uma mensagem diretamente para ela ou seu primo. Kara desviou seus olhos para a sala, encontrando uma Luthor carregando o filho de seu primo nos braços, estava proxima a janela. Marcou as coordenadas em seu celular.

-Tem certeza de que é uma boa ideia ir sozinha? – Perguntou Lena, e por um momento era como se não houvesse acontecido nada de ruim entre elas, os olhos verdes cheios de preocupação, e se Kara desaparecesse também assim como seu primo? Afinal, não faziam a menor ideia do que estava acontecendo –Pode ser uma armadilha.

-Não se preocupe eu vou ficar bem – Assegurou a kryptoniana, suas mãos acariciaram suavemente o rosto da Luthor, ouvindo o barulho que o bebe fazia tentando formular alguma palavra, e sobre o olhar atento e curioso da repórter ao lado, as duas se beijaram.

Lena a assistiu voar pelos céus de Metropoles rumo ao desconhecido, o coração apertado.

-Bem, isso foi... – Lois pigarreou, e sorriu para Luthor –Clark comentou alguma coisa sobre o noivado de vocês... – Disse Lois, tentando desesperadamente ter algo para se distrair.

-Ah, isso foi em outra realidade – Lena argumentou, os olhos verdes ainda fixos no céu azul enquanto o garoto em seus braços puxava algumas mechas de seu cabelo.

-Ele disse algo sobre isso também – Loise não pode deixar de notar, assim como metade de National City que olhasse para Luthor –Você parece cansada – Comentou.

-Muito trabalho – Lena jogou a desculpa finalmente dando sua atenção para o garoto em seus braços, tinha grandes olhos azuis que brilhavam com a inocência que ele carregava.

-Não me refiro a fisícamente – Disse –Mas, emocionalmente, dá para percber isso mesmo não a conhecendo bem.

-É só que... às vezes – Lena suspirou pesadamente, o garoto agora brincava com a palma de sua mão, apertando seus dedos enquanto ria –Me sinto tão fraca por ter perdoado tão rápido a forma como ela me magoou...

-Você não é fraca por perdoar Lena, é preciso muita coragem para se perdoar alguém, ela escondeu uma parte dela, Clark também escondeu essa parte dele de mim, eu sei são coisas diferentes, relacionamentos diferente, mas ainda assim... é preciso entender o que eles carregam todo santo dia quando põe aquele maldito simbolo no peito e saem por ai, os malucos que estão constantemente os perseguindo... eles são literalmente de aço e ainda é perigoso, imagina para pessoas como nós? – Lois suspirou melancólica, estava aflita –Não justifica esconder uma parte enorme dessas, mas... se colocando no lugar deles, não é dificil entender o porquê.

 

Quando Kara chegou no lugar marcado em seu GPS, tudo que havia encontrado era o meio do nada, porque estava no meio do deserto sem absolutamente nada, além de areia, por todo o lado. O sol intenso caia sobre sua cabeça a revigorando de forças.

-Nunca se deve confiar cegamente na tecnologia – Comentou, balançou seu celular e nada, era ali, estava no lugar certo –Kal-El! – Gritou, mas como era de se esperar não obteve nenhuma resposta –Rao.

Ela caminhou ao redor do local, varrendo cada centimetro dali, alguns metros de distancia das coordenadas, encontrou um alçapão, puro chumbo. Curiosa o puxou do chão, dava para um túnel, tudo gritando: armadilha, no entanto, era seu primo que estava ali, precisando da sua ajuda.

 

-Você leva jeito com crianças – Comentou Lois, finalmente havia parado de caminhar de um lado para o outro, e seus filhos estavam dormindo.

-Acredite, é um dom que definitivamente não esperava ter – Lena sorriu, já estava escurecendo e nenhum sinal de Kara muito menos do homem de aço.

-Eu tenho certeza de que a Kara vai encontrar o Clark e está voltando para casa – Disse Lois.

-Você já disse isso algumas vezes – Ela também estava preocupada, mas se tinha uma coisa que a fazia ficar mais despreocupada, era o fato de que sabia com certeza de que de um jeito ou de outro, Kara sempre conseguia voltar para casa. E precisava se agarrar a essa esperança caso contrário, ficaria como Lois, remoendo as unhas e andando de um lado para o outro ou em circulos.

 

Todo o estreito corredor frio era revestido com chumbo, seu coração estava batendo forte, e nem precisava de sua super audição para ouvir sua respiração pesada. Estava com medo do que encontraria na frente, não fazia ideia de quanto tempo estava caminhando em linha reta, fosse o que fosse encontrar, havia sido muito bem trabalhando para lhe dar dificuldade ou seu primo.

-Kal-El – Kara sussurrou seu chamado em meio ao escuro.

Tateou a parede fria, e encontrou um interruptor. O acendou e apenas uma luz amarela e quente balançava no comodo de um lado para o outro. Não havia mais nada ali, apenas a luz, de um lado para o outro. Não havia saida ou outro corredor, apenas um comodo vazio. Uma sensação gélida pesou em seu estomago e uma calafrio atravessou sua espinha, era bizarro a energia que envolvia aquele lugar. Como se a energia de alguma coisa realmente ruim houvesse sido a única coisa deixada para trás.


Notas Finais


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