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História Surpresas da Vida - SasuNaru - Capítulo VIII


Escrita por: JupiterCaine

Capítulo 8 - Capítulo VIII


Sasuke estava impaciente. Maldita Ino que não havia ligado como prometido. Até já havia feito a reserva na Icha-Icha e iria adorar cancelar, caso ela não ligasse. Praticamente voou pegar o celular, que estava no bolso do blazer, assim que ouviu tocá-lo.

― Finalmente dona Yamanaka. Achei que ligaria ontem, era o combinado. – foi logo despejando sua frustração.

― Calminha aí Uchiha. Eu tive alguns assuntos para resolver. – o som do sorriso malicioso de Ino indicava que a loira estava de "arte".

Sasuke não sabia que Ino estava eufórica por conta de Karin. A garota viria para Konoha no próximo mês e elas tinham passado, praticamente, a tarde toda combinando o que fariam.

― Certo... Então descobriu alguma coisa? Saiba que sua reserva já foi feita?

― Que maravilha. – Sasuke afastou o celular do ouvido, pelo grito da outra. ― Consegui... E creio que é bem promissor o que descobri. – sentiu o tremor percorrer seu corpo.

― E então? – sentou-se e prendeu a respiração aguardando a resposta.

― Sim Sasuke, ouve uma cirurgia há alguns anos atrás, necessariamente há 24 anos...

― O que?

― Sim, aos cinco anos Naruto foi operado no hospital de Konoha por ter nascido hermafrodita... – Sasuke sentiu o zunido em seu ouvido. A cabeça latejou e ele precisou respirar fundo.

― Então quer dizer que...

― Esse garoto pode ser seu filho sim... – o celular caiu de sua mão. O mundo pareceu parar. Ouvia Ino o chamando, mas não conseguia reagir.

Deu-se conta que tinha mais alguém em sua sala, mas nada, além disso.

― Sasuke, Sasuke... Acorda otouto. – batidas leves em seu rosto fez com que olhasse para a pessoa. Mesmo com a imagem desfocada conseguiu concluir ser Itachi. ― Está tudo bem Sasuke? – os braços do mais velho envolveram seu corpo, de forma desajeitada, por ainda estar sentado. ― Seja o que for que tenha descoberto eu estou aqui. – então ele chorou.

Chorou como há muito tempo não fazia. Chorou por saber que era pai de Izuna, sim estava obvio pela semelhança, não era necessário nem mesmo o exame de DNA. Chorou por Naruto o ter privado de acompanhar o crescimento do filho. Chorou por ter descoberto somente agora. Chorou por não ter o procurado antes. Chorou por tantas coisas que ha muito estava guardado em seu coração.

― Está melhor? – Itachi o encarava aguardando explicação. Suspirou e tomou mais um gole de água colocando o copo descartável, que o irmão havia trazido, sobre a mesa

― Ele é meu filho, Itachi. Izuna é meu filho. – soltou, deixando Itachi com a boca levemente aberta de surpresa.

― Mas como pode ter certeza, não sabemos se ele realmente é um...

― Sim, ele é. – contou o que havia pedido a Ino e a descoberta da outra.

― Céus, Sasuke! – Itachi levantou e começou a andar pela sala. ― E o que vai fazer? Sabe que somente isso não explica como ele engravidou e que, talvez, o garoto não seja seu filho...

― Ele é! Eu sinto isso Itachi. – agora era ele que também estava em pé. ― Naruto terá que me explicar o porquê me privou de estar com meu filho, de estar com eles...

― Ele deve ter tido seus motivos...

― NÃO ME INTERESSA ITACHI. – se exaltou. ― Ele me privou disso, desaparecendo sem me dar explicações e, ainda por cima, levando um filho meu.

― Sasuke, se acalme. Não sabe pelo o que Naruto passou. Imagina o quanto deve ter sido difícil pra ele... – Sasuke queria sair dali e ir direto confrontar Naruto, jogar na cara dele tudo o que estava sentindo, toda sua raiva, frustração, tudo, mas as palavras de Itachi o fizeram refletir.

Como Naruto passou por tudo, sendo órfão e morando em um orfanato?

O medo percorreu seu corpo. Naruto poderia ter se livrado do filho na situação que se encontrava; pelas contas ele tinha apenas dezessete anos, podia muito bem ter feito um aborto, mas não o fez... Sim, ele tinha que reconhecer. Naruto, com certeza, teve seus motivos.

― Não pode aparecer lá exigindo mundos e fundos, não é assim que funciona, a não ser queira o afastar ainda mais. – Itachi continuou. Ele estava certo, precisava agir com cautela. Não queria Naruto e muito menos Izuna longe.

― Não, não é isso que quero. – respirou fundo tentando se acalmar e por as ideias no lugar. ― A última coisa que quero é afastá-lo, pelo contrário, quero que ele se sinta à vontade para contar toda a verdade. Que confie em mim.

― Então conquiste sua confiança, não aja como um babaca, Sasuke. Pense em Izuna. – Itachi desligou o computador do irmão e apanhou o blazer do outro. ― Vamos, Mikoto disse pra ir jantar lá em casa. – Sasuke revirou os olhos, depois de tudo teria que aguentar um jantar em família. ― Não faz essa cara. – lhe entregou o blazer e abraçou-o pelo ombro. ― Não fique pensando nisso agora, tente relaxar e agir quando estiver mais calmo. – não disse nada e deixou ser guiado por Itachi.

*****

― Sasuke, está tudo certo para sua viagem a Suna final do mês? – perguntou Fugaku, enquanto cortava seu bife. Sasuke o encarou, não queria falar sobre aquilo, muito menos lembrar-se de Gaara.

― Sim, pai. Já está tudo certo. Viajo um dia antes da reunião. – bebeu um pouco de vinho.

― Ótimo. Irá acertar os últimos detalhes e em breve inauguraremos.

― Podemos aproveitar a vinda de Minato e Kushina, eles irão adorar participar do evento. – comentou Mikoto feliz. ― Se bem que tudo irá depender de Minato. Kushina mencionou que ele esta organizando tudo o mais rápido possível para poder vir, mas que algumas coisas estavam complicadas. – limpou a boca com o guardanapo. ― Mas não entrou em detalhe.

― Madrinha e padrinho estão vindos?

― Sim, Sasuke! Minato está conversando com o dono da pousada Icha-Icha, para uma parceria ou algo assim. – respondeu Mikoto.

― E os pirralhos vêm juntos? – dessa vez foi Itachi. Tinha pouca lembrança de Karin e Deidara, mas o último o tirava do sério.

― Não fale assim Itachi. Karin e Deidara não são mais crianças, acabaram de completar vinte e quatro anos.

― Nossa, faz tanto tempo assim que eles não nos visitam? – Sasuke lembrava-se que a última vez que tinha visto os padrinhos, Karin e Deidara iriam completar dezessete anos.

― Sim querido. Kushina não gosta muito de viajar pra Konoha. – sabia da perda que a amiga havia tido.

― Fico feliz por revê-los em breve. – Sasuke sorriu tentando não pensar em sua descoberta.

― Espero que aquele pirralho loiro não me encha o saco. – murmurou Itachi.

― Pelos cálculos, ele não é mais pirralho ni-san. – sorriu de forma maliciosa para Itachi, que entendeu o recado perfeitamente.

― Deus que me livre daquele lá. – retrucou enfiando um pedaço de carne na boca e Sasuke gargalhou.

― Cuidado ni-san, às vezes, podemos nos surpreender. – Itachi fez fusquinha e não disse mais nada.

*****

― Hm! Sasuke. – ouviu o gemido manhoso perto do ouvido e fechou os olhos. Os dedos deslizavam pela lateral do corpo bronzeado sentindo a pele suada. Estava sentado na cama e Naruto em seu colo. O loiro subia e descia devagar sobre seu pênis, sentia perfeitamente os músculos se pressionarem contra seu órgão, lhe fazendo rosnar em deleite.

― Céus... Isso é melhor do que imaginei. – mordeu o lábio inferior sentindo a deliciosa sensação do entra e sai. Os corpos se encaixavam perfeitamente, Naruto tinha o cabelo grudado na testa e os lábios vermelhos pelos beijos e mordidas que ele tinha dado.

― Você é incrível... – sussurrou rente a cartilagem da orelha de Sasuke que sentiu os pelos arrepiarem. ― Que delicia. – rebolou lento atritando suas bolas com a pélvis do moreno.

― Naruto! – mordeu o ombro alheio segurando o orgasmo.

Acordou molhado e aquilo foi o estopim. Ha quanto tempo não acontecia aquilo? A última vez foi na adolescência e agora, aos trinta anos, isso acontecia. Era o cúmulo.

Passou a mão pelo cabelo e espreguiçou, o relógio marcava dez para as oito, às oito e meia tinha que estar no escritório. Trabalharia ate à hora do almoço, na parte da tarde iria com Ino na pousada. A loira não entendeu sua insistência em acompanhá-la, mas, com certeza, ela descobriria assim que visse quem trabalhava lá.

Já fazia alguns dias da descoberta, se segurou ao máximo para não procurar Naruto ou Izuna, preferiu arejar a cabeça, conforme Itachi tinha sugerido, e agora com os pensamentos em ordens ele até entendia o loiro.

Ele e Naruto ficaram apenas uma vez, antes disso os dois viviam discutindo, mesmo que ele já soubesse da atração que sentia pelo outro, então não seria difícil Naruto decidir por não lhe contar nada, afinal nem o conhecia direito e não saberia qual seria sua reação.

A verdade é que nem mesmo ele saberia como reagiria ao descobrir que seria pai com dezoito anos; muito menos, que a pessoa que carregaria seu filho era do mesmo sexo que o seu. Provavelmente Naruto só queria se poupar de mais uma surpresa, só não entendia o porquê dele não o ter procurado depois já que...

Lembrou-se da mulher de cabelos azulados e olhos perolados, Hinata.

Começou a sair com ela, assim que entrou na faculdade, então Naruto deveria saber que eles estavam juntos, já que Kiba sempre foi próximo de Neji e consequentemente de Hinata.

Merda! Será que Kiba sabia de alguma coisa?

Faltavam alguns minutos para deixar a empresa, arrumou alguns papéis em sua pasta, já que viajaria no dia seguinte para Suna. Estava se preparando para encontrar Gaara, não sabia explicar o que sentia, mas não o agradava saber que o outro estava com Naruto. Por sorte, Izuna não gostava dele.

Assim que saiu deu de cara com Ino.

― Vamos Uchiha. Quero aproveitar o pouco de tempo que me resta, já que tive uma emergência hoje pela manhã. – buzinava dentro do seu Tucson prata.

― Oi pra você também, Ino. – debochou assim que entrou e colocou o cinto.

― Oi! – sorriu e piscou para o amigo.

Sasuke havia notado que Ino estava mais feliz desde a última vez que haviam conversado pelo telefone, quando ele quase teve um ataque ao descobrir que Izuna tinha grande chance de ser seu filho.

Deixaram o carro no estacionamento e caminharam pelo caminho de pedregulhos, Sasuke lembrou-se da última vez que esteve ali, não imaginava que sua vida teria uma reviravolta. Estava ansioso para ver Izuna e, também, Naruto. Mesmo que tentasse se enganar em relação ao último.

A mesma recepcionista da última vez, cumprimentou ambos e levou Ino para sua primeira sessão de relaxamento, para ele a jovem indicou a área dos fundos, a mesma onde tinha encontrado Naruto e Gaara. Caminhou até lá, mas desviou o caminho ao notar pela janela o quintal verde que havia nos fundos, não pensou duas vezes e saiu da pousada seguindo para lá.

Caminhou pela lateral da pousada e chegou até a grama rasteira. Olhou mais a frente e visualizou a casa bem conservada de dois andares. Quando percebeu já estava a poucos centímetros dela.

Seria ali que Naruto morava? Visto que não existiam mais casas além daquela e o SPA.

Percebeu movimentos na parte de trás e caminhou até lá, e qual foi sua surpresa ao se deparar com o riachinho límpido e Izuna, somente de bermuda, brincando na água. Sorriu ao ver o sorriso do garoto quando ele jogava a água pro alto e ela retornava em seu rosto.

― Izuna, só mais um pouquinho. Mais tarde tenho uma cliente e você precisa terminar a lição de casa, Sarutobi disse que suas notas em Matemática não estão muito boas. – Sasuke olhou e encontrou Naruto sentado num banco de madeira usando regata azul e calça branca. Ao seu lado, estava o restante da roupa de Izuna e a parte de cima do uniforme que ele usava no SPA. Podia ser visto parte da tatuagem de raposa pelas laterais do ombro onde a regata não cobria.

― Ah, papai! Sarutobi acha que minhas notas nunca são boas o suficiente eu... – o menino parou assim que o viu e isso chamou a atenção de Naruto.

Izuna saiu correndo do riachinho seguindo em sua direção, não soube dizer o que sentiu ao ter ele em seus braços em um forte abraço. Não se importou se suas roupas seriam molhadas, somente que tinha o filho nos braços.

Os olhos lacrimejaram e Sasuke sentiu que a qualquer momento choraria. Acariciou os fios molhados em um gesto carinhoso e beijou a face alheia, assim que se afastaram. ― Tio Sasuke. – queria dizer alguma coisa, mas nada saía, então puxou o menino para seus braços mais uma vez ignorando Naruto que estava em pé os observando.

Só queria sentir aquele calorzinho gostoso que Izuna transmitia no abraço. 

Calorzinho de filho foi o que pensou.

 



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