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História Surrender 2 - Boas vindas - parte 1


Escrita por: mjhbates e ArabellaStark

Notas do Autor


VOLTAMOS
Caso alguém tenha sentido a nossa falta, saibam q sumimos pq ta cada vez mais complicado, mas mesmo assim Surrender vai continuar como prometido após o remake. É bem provável q n tenha muito ritmo nas postagens, poréeem vai ser ótimo receber leitores :)
Espero q gostem tanto de históras de mistério quanto eu. Aproveitem.

Capítulo 1 - Boas vindas - parte 1


1999

James se arrastava entre os restos da antiga madeireira. Parecia um lugar improvável para um ponto de encontro, porém ele queria aquilo mais que tudo no momento.

– Alô? – a voz firme e deprimida de James ecoou pelo local vazio. Pouco tempo depois, ele ouviu os grunhidos suaves de um bebê irritado.

– Você é James Colton? – uma voz feminina se aproximava cada vez mais, tornando a figura encapuzada visível. James nem deu atenção à jovem; só tinha olhos para o bebê, que aparentava ter um ano e usava uma roupinha estampada por uma violeta.

– Sim – a voz dele falhou. Ele pegou a menina braços e se voltou para a figura encapuzada – Obrigado, obrigado. Você não tem ideia de como isso é importante pra mim.

A jovem respirou fundo tremulamente enquanto se afastava. Sentia algo estranho, talvez culpa, mas era principalmente coberta pelo sentimento de vitória.

– Seja o que for que fizer com ela – disse, indo embora – Só garanta que ela nunca vai voltar.

 

2016

A brisa fria tocava meu rosto enquanto eu olhava para a outra margem do rio. Pettenscurt se encontrava cinzenta e silenciosa. Na margem oposta a mim, Ally caminhava lentamente pra fora das árvores. Senti a vontade de alcançá-la, mas o rio nos separava.

E, de repente, estávamos do mesmo lado.

Segurei o rosto dela com a mão e encostamos nossos lábios, formando um beijo quente, que esfriava cada vez mais. Quando me afastei do seu rosto, percebi num choque a palidez esverdeada na pele e seus olhos abertos fitando o nada.

Ela estava morta.

Tentando fugir, me encontrei dentro do lago, agora ganhando tons de vermelho sangue. A transparência da água me deixava ver o cadáver de Ally, na margem do rio, sorrindo enquanto eu afundava. Enquanto me debatia pra acordar, podia distinguir um borrão preto com feições grotescas vindo em minha direção.

***

– Jeremy? – acordo num pulo, com a mão de Ally sobre o meu rosto. – O avião já vai pousar.

O reaparecimento de Ally causou a retomada do caso em Pettenscurt, e tanto o povo quanto a polícia desejava o pior para ela. A defesa ficou por minha conta, que tive que explicar toda a situação (de como ela, na verdade, conseguiu pedir socorro e se jogar no lago para fugir) e como ela também era vítima daquilo tudo. As pessoas próximas a mim que sobreviveram ao jogo psicológico sangrento de James, incluindo meus pais, não aprovaram a minha atitude – o que é compreensível, considerando o horror que todos passaram. Porém, minha atração por ela já vinha de antes de tudo acontecer, e eu tive certeza dos meus sentimentos no momento em que achei que ela tinha ido embora pra sempre. Agora que o sofrimento ficou para trás, tudo que eu quero pra mim era uma perspectiva de vida normal, mas não sozinho.

– Eu dormi demais? – estico os braços.

– Não, e se mexeu bastante. Pesadelo?

 – Foi. Mas agora tanto faz. É bom abrir os olhos e ver você.

Recebo um sorriso em resposta. Pela janela, a pista se aproxima.

***

Depois de passar quase duas décadas numa cidade minúscula, estar em uma capital era a promessa de uma experiência e tanto. Acabei me encontrando no curso de medicina na Highrise University, onde eu sabia que poderia aprender a como salvar pessoas pro resto da minha vida.

Entramos de mãos dadas no apartamento cedido pela universidade. Meu nervosismo deve ter sido notável.

– Você precisa relaxar – Ally envolve os braços no meu pescoço, e eu a puxo pra mais perto – É uma cidade nova, pessoas novas, e eu tenho amigos aqui. Vai ser fácil.

– Você tem amigos em todos os lugares, pelo jeito.

– Quase isso.

– Um dia, vou querer saber de todas essas histórias.

– Um dia. Mas, sobre o agora, o que vamos fazer?

– Quero tomar um banho pra me acalmar – respondi, tirando a camiseta e caminhando até a porta que julguei ser o banheiro. Liguei o chuveiro enquanto me livrava do resto da roupa. Assim que entrei, senti a água quente lavar minha alma.

– Você viu que as camas são separadas? – a voz de Ally chega até mim embaçada.

– São? Bom, depois daremos um jeito.

– É bom que sim – a voz agora está dentro do banheiro. Ally abre a cortina do chuveiro e entra, completamente nua. – Precisamos ficar juntos.

A visão causa uma reação imediata no meu corpo. Corro pra encostar a minha boca na dela. Contra a parede, Ally segura minha nuca e me envolve com as pernas. Segurando o peso dela, desligo o chuveiro e ando até a cama do lado esquerdo do quarto. Minha cabeça bate contra a cabeceira.

– Mãos pra cima.

E, instantaneamente, minhas mãos obedecem ao comando. Sinto meu pulso sendo amarrado por alguma coisa.

– Você sabe o que está fazendo? – digo, me divertindo.

– Não faço ideia. O que torna tudo mais incrível.

Os lábios dela pousam no meu tórax e descem cada vez mais.

***

As correntes elétricas ainda não pararam de andar pelo meu corpo enquanto Ally e eu nos dirigimos para a festa, devidamente arrumados e extasiados. Temos o direito de nos divertir. Já dentro do campus, tudo está multicolorido. Incontáveis luzes reagem conforme a música que toca. Fico assustado com a quantidade de gente entrando e saindo de todos os lugares e mais ainda pelo mar de pessoas e mesas.

– É, estamos aqui – ela diz, olhando em volta. – Agora preciso achar Liam. Amigo meu. Marcamos de nos encontrar aqui.

– Se importa em procurar sozinha? Quero buscar uma bebida. Volto rápido – sinto a ansiedade me remoendo por dentro. Talvez beber me deixe menos paranóico.

Com um aceno de cabeça, nos separamos. Vou em direção a um freezer enorme e completamente iluminado, onde há milhares de opções alcoólicas diferentes. Escolho a da garrafa mais chamativa.

Volto para Ally; não está mais sozinha. A garota de cabelo azul turquesa que conversa com ela me analisa.

– Jeremy, certo?

– Acho que sim – estampo um sorriso e ofereço um cumprimento.

– Não encontrei o Liam, mas encontrei a namorada dele – Ally aponta. – Essa é a Jamie. Vem, ela vai ajudar.

Depois de cruzar quase a grama toda, encontramos dois rapazes; um é alto, moreno notavelmente mais velho que nós; o outro, mais baixo, tem um cabelo dourado. O alto se vira:

– Caramba. Ally!

– Liam! – os dois se agarram, o nome é pronunciado com o nariz no ombro dele.

– Achei que nunca mais ia te ver, cara. Que coisa, hein? Você é famosa agora – e o tom fica mais sério. – Fico orgulhoso que você tenha se livrado do seu pseudo-pai psicopata. Esperto da sua parte escolher um homem com boa pontaria.

– Esse pesadelo acabou – Ally o interrompe. Falar sobre aquilo ainda é desconfortável pra nós dois.

– É bom te conhecer, de qualquer jeito – Liam olha pra mim dos pés a cabeça e estende a mão. Faço o possível pra parecer o mais simpático possível. – Esse é o Kyle – ele aponta pro menino de cabelo dourado, que se vira e foca os olhos em mim.

– Prazer – ele diz, com a voz baixa, e eu aceno com a cabeça. Kyle também deve ser do tipo que não gosta de falar muito. A voz calma de Jamie quebra o gelo:

– Tem umas meninas ali meio desconfortáveis. Vou dar uma força. Até mais, gente.

Jamie e Liam se beijam rápido, mas profundamente, e ela desaparece.

– Ai, ai, Liam – a voz de Ally surge quando Jamie está longe o suficiente. – Quando nos falamos semana passada, você namorava um tal de Will.

– Você sabe, a fila nunca para pra mim. Mas ele continua por aqui, em algum lugar. E, verdades sejam ditas, eu não me importaria em “esbarrar” com ele no banheiro se eu não tivesse namorando – Liam finalizou a frase com uma piscada. – Brincadeira. Acho que Jamie é a pessoa certa.

– Você sempre acha que é a pessoa certa. Eu te conheço bem. Que saudade! Nós temos tantas coisas pra conversar – Ally soa infantilmente entusiasmada, e nota algo de errado. – Jeremy, minha bolsa como o celular ficou no apartamento. Vou buscar e já volto, ok?

Eu aceno positivamente, levemente relutante. Ally dá um beijo provocante na minha boca e desaparece no mar de gente.

Ficar por mim mesmo não foi tão ruim quanto eu esperava. Liam já era pra mim uma das pessoas mais engraçadas do mundo, e Jamie e Kyle também me conquistaram, mesmo que Kyle quase não falasse.

Foi na terceira garrafa que notei que Ally estava demorando demais.

***

Sinto um leve suor frio enquanto chego no apartamento. Encontro Ally deitada na cama, chorando, segurando algo nas mãos.

– O que aconteceu? – corro pra verificar se ela está bem. Ally apenas me mostra um pedaço de pano com uma violeta desenhada.

– Isso... – a voz dela sai fraca – Essa violeta... James me mostrou. A minha roupa tinha uma igual quando James me pegou.

– Pegou? Ah... E... Como... O que você acha que isso significa? – minha voz treme, já entendendo. Ally solta um riso desesperado.

– Estava em cima da minha cama. Eu sinto... Quero dizer, só pode ser uma mensagem.

Tentei dizer qualquer coisa reconfortante, mas as palavras não saíam. Nos abraçamos com mais força; tremo com a possibilidade do pesadelo que julgávamos ter acabado ainda viver. A história de James tinha terminado, mas ele não era o pai dela. Antes de parar nas mãos dele, Ally tem que ter vindo de algum lugar. Um lugar que com certeza não era bom.

Pensando bem, nós dois sabíamos muito pouco sobre Allison Adams.


Notas Finais


E aí, oq será q vai ser dessa vez? Essa é só a primeira parte da introdução, antes q pegue fogo de vez
Uma pequena trilha pra quem quiser: https://www.youtube.com/playlist?list=PL88j3vE0FhvDdhBsRb65PLL550dOTANJJ
Obrigadooooooooooooo


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