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História Survive - Capítulo I


Escrita por: UzumakiCrepe

Notas do Autor


Olá pessoal!
Espero que gostem deste 1º capítulo!
Se o feedback for positivo irei continuar esta história!
Sejam sinceros nos comentários e, no caso gostarem, não se esqueçam de favoritar!!

Obrigada e boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo I


7/9/2021

“Cheguei, finalmente, a Vale Verde, a minha terra natal. Vim de França, o país que vivi durante quinze anos da minha vida. Porém, estou pronta para começar do zero, longe de certos problemas que tornavam a minha antiga realidade deveras perigosa e desesperadora.

Enfim, a viagem foi calma apesar da dificuldade de ter conseguido um voo neste avião. Ultimamente, um vírus altamente contagioso tomou conta de França e diversos voos foram cancelados até que a situação se resolvesse.”

- Cheguei a Vale Verde. – referi em voz alta após atender um telefonema, inesperado, de Paris. – Não me voltes a ligar, vou mudar de número. – acrescentei e, após ouvir um suspiro pesado como resposta, desliguei a chamada e olhei em volta para observar o aeroporto. – Estranhamente vazio.

- Os bilhetes para viajar estão caríssimos devido ao vírus. – respondeu uma jovem que aparentava ter os seus vinte anos enquanto me olhava com um leve sorriso no esboço. A sua aparência era extremamente chamativa dado que os seus longos cabelos loiros tinham madeixas rosas. Além disso, era dona de uns lindos olhos azuis que, provavelmente, chamavam à atenção de muita gente.  – Desculpa, não me apresentei. Chamo-me Benedita, Benedita Lior. – acrescentou após aproximar-se ligeiramente de mim e esticar o seu braço.

- Chamo-me Mad...- comecei a falar, porém, ao aperceber-me que estava prestes a falar de mais, arregalei os olhos e respirei fundo. – Olívia, Olívia Garcia. – terminei e levei a minha mão em direção à de Benedita. – Desculpa, estou com alguma pressa.

- Olívia Garcia, toma cuidado. – respondeu a loira após iniciar uma caminhada em direção à saída do aeroporto. – Não esperes por táxis, ninguém quer trabalhar enquanto os jornalistas fizerem questão em assustar todos com um vírus idiota.

Franzi a sobrancelha ao ouvi-la e respirei fundo enquanto observava o local. As últimas notícias tinham sido um pouco desesperadoras, porém, eu queria acreditar que esta maldita doença estivesse controlada. Não fazia sentido, aqueles vídeos idiotas que mostravam  pessoas a reviver e a morder todos que se encontram por perto. – é algo surreal.

Deste modo, decidi caminhar em direção à rua e, assim como a Benedita tinha referido, estava completamente vazia. Nenhum táxi se encontrava à espera de possíveis clientes.

- Até Vale Verde? – questionei em voz alta enquanto observava a rua. – Interessante. – acrescentei esboçando um leve sorriso no rosto enquanto levava a minha mão direita à mala. De seguida, tirei da mesma um cigarro e, após coloca-lo na boca, acendi-o.

Ao fazê-lo, decidi repousar um pouco devido ao cansaço da viagem e encostei-me a uma parede que permitia observar qualquer um que saísse do aeroporto. Sinceramente, tinha algum tempo até chegar ao hotel do qual tinha reservado um quarto.

- Cheguei agora a Vale Verde. – pronunciou-se um homem enquanto saía do aeroporto e falava ao telemóvel. – Eu vou encontra-lo. Se a pista for fidedigna, vamos encontrar o assassino do líder e garantir a merecida vingança. – acrescentou e acabou por parar de andar. – Vou ter que desligar, preciso de arranjar um carro.

Arregalei os olhos ao ouvir a conversa e decidi esconder-me um pouco mais com o auxílio da escuridão do local que me encontrava. Com isto, continuei a observar aquele homem que, infelizmente, conhecia bem de mais. Aqueles cabelos extremamente negros não me deixam enganar, o seu nome é Adam Roy, um membro da máfia MLH’ell e, como consequência, um ser humano desprezível que é capaz de matar e torturar qualquer pessoa. Não se deixem enganar pela sua aparência atraente, aqueles lindos olhos azuis conseguem acabar com qualquer um em poucos segundos.

Tendo em conta a situação, atirei o cigarro para o chão, pisando-o e comecei a andar em direção contrária do Adam Roy.

- Não é hoje, Adam. – murmurei enquanto caminhava e coloquei as mãos nos bolsos. – Eu não sou ela.

14/9/2021

“ Uma semana se passou desde que voltei para Vale Verde. Infelizmente, a situação do mundo piorou e os casos do vírus fatal continuam a crescer. No caso desta cidade, é entendido que a situação está ligeiramente controlada dado que todos os contagiados estão a ser tratados numa tenda ao lado do Hospital. 

 Sinceramente, acredito que a situação piore cada vez mais com o passar do tempo."

Pousei o meu diário na  cama e comecei a andar em direção à casa de banho. Estava a viver num hotel há uma semana e até estava a ser seguro uma vez que o mesmo mal tinha hóspedes. Além disso, nunca mais tinha dado de caras com o Adam Roy, portanto, ainda estava em segurança.

Ao chegar à casa de banho, olhei-me ao espelho e respirei fundo. Mudei a cor dos meus olhos e cabelo. – eu já não sou ela.

- Agora sou loira e tenho olhos azuis. – murmurei e cruzei os braços. – Acho que consigo conviver com esta nova aparência até que aquele idiota volte para França. – acrescentei como desabafo e decidi voltar para o quarto, dirigindo-me até à minha mala de viagem. – Vamos lá ver. – referi enquanto tirava um pequeno envelope do meio da minha roupa. – Ainda tenho três mil euros.  –  refleti após relembrar-me de como tinha conseguido este valor alto em dinheiro.

“ – Quanto é que queres? – questionou Adam Roy enquanto fazia flexões no ginásio da sua enorme mansão. – Se não fosses filha dele, eu já tinha acabado contigo. “

“ – Eu posso acabar contigo antes. – respondi prontamente e abaixei-me para ficar ao seu nível, encarando-o. – Três mil euros, imediatamente. – acrescentei com um sorriso provocador no rosto. “

“ – És uma puta. “

“ – Posso ser a tua se quiseres. – declarei, afastando-me dele e comecei a andar em direção à saída. – O meu pai é que não pode saber. – referi após soltar uma gargalhada alta, soltando os meus longos cabelos ruivos para trás.“

“ Sentia-me dona de tudo, ninguém podia aproximar-me de mim por causa das consequências. Todavia, antes que eu pudesse abrir a porta do ginásio, senti o meu corpo a ser empurrado contra a parede e, ao olhar em frente, encarei os lindos olhos de Adam Roy. “

“ – Queres fazê-lo aqui? Toma banho antes, está suado. – murmurei perto do seu ouvido de forma convicta. Porém, na realidade, interiormente estava a tremer devido à sua aproximação repentina. “

“ – Merecias um bom castigo.  –  murmurou Adam com a sua voz rouca. “

“ – Tens uma semana para colocares um envelope com o dinheiro no meu carro. Após isso, vou dizer ao meu pai que tentaste tocar-me, indevidamente."

“ Após dizê-lo, consegui soltar-me do mais velho e comecei a correr em direção à saída. Assim que cheguei ao meu carro, coloquei as mãos no volante e tentei controlar a minha respiração. Sentia-me nervosa, eu fingia ser alguém que, realmente, não era e isso podia trazer-me  problemas graves. Não estava segura em nenhum lugar. “

- Bom dia! – exclamei ao rececionista do hotel e segui caminho até à saída deste último. Não podia ficar dias seguidos num quarto luxuoso de hotel. Sentia que, de certa forma, era necessário recordar algumas boas memórias do meu passado feliz ao lado da minha falecida mãe.

- Tenha cuidado! Não se aproxime de ninguém que possa ter sintomas do vírus. – respondeu o rececionista.

Assenti com a cabeça como resposta e continuei a caminhar, acabando por seguir caminho até a uma pastelaria que se encontrava a uns vinte metros do hotel do qual estava hospedada. Deste modo, entrei e sentei-me numa mesa a ler o menu para escolher alguma refeição como pequeno almoço.

- Oh meu deus! Estás a arder em febre! – exclamou uma mulher enquanto apontava em direção a um homem que se encontrava sentado do seu lado. – Afasta-te, vamos chamar uma ambulância!

- Eu estou bem! Isto é só febre! Eu juro que estou bem! – referiu o homem um pouco nervoso com a situação e levantou-se. – Não faças isso, eu não preciso de ir ao hospital. Eu nem fui mordido!

- Já ouvi casos de pessoas que morreram por uma infeção grave e voltaram como um daquele monstros após morrer! Eu vi na internet dois vídeos! – foi a vez de uma adolescente falar enquanto gravava um vídeo da situação que estava a acontecer.

-Isso é mentira! O vírus precisa de estar no nosso corpo e eu não fui mordido! Para de gravar! – gritou o homem e aproximou-se da jovem. – Imediatamente! Vocês estão a ficar loucos! De acordo com as notícias locais, só existem três casos em Vale Verde! Não é possível estar infetado.

- Na verdade, a minha irmã é enfermeira e ela contou-me sobre seis casos. – disse um rapaz que estava encostado ao balcão a observar a situação.

Continuei a presenciar a situação e semicerrei os olhos, as pessoas entravam em pânico facilmente. Porém, ele podia ser um perigo para todos nós. Com isto, decidi telefonar, discretamente, à polícia. Talvez, os mesmos pudessem resolver a situação de uma vez por todas.

- Sim, estamos na pastelaria do lado do hotel. – respondi e, assim que desliguei a chamada, desviei o meu olhar em direção ao homem. – Mesmo que não seja o vírus, deveria ir ao hospital. Com a febre não se brinca.

- E quem és tu? – questionou o homem, desviando a sua atenção em minha direção e semicerrou os olhos.

No momento que ia responder, um homem entrou no café e aproximou-se calmamente do senhor que poderia estar infetado.

- Vamos ter calma. – murmurou o homem e olhou para mim, esboçando um leve sorriso no rosto. De seguida, voltou a olhar para o senhor e soltou um suspiro. – Ela tem razão, a febre pode ser um mau sinal. Acho que, neste momento, as pessoas têm de ter consciência. – acrescentou ainda com um tom de voz calmo e aproximou-se um pouco de mais. – Principalmente quando é visível que foi mordido. – ao dizê-lo, agarrou no pulso do homem e, num movimento rápido, colocou a manga para cima e, como consequência, conseguiu mostrar a todos os presentes uma mordida. – O senhor pode ser preso por estar em colocar em risco tantas vidas.

Arregalei os olhos ao ver e decidi levantar-me do meu lugar. Neste momento, o melhor a fazer seria, sem dúvida, fugir da situação e voltar para o hotel. De acordo com algumas informações, as pessoas poderiam transformar-se em qualquer momento.

Porém, com a revelação, todos que se encontravam no café, começaram a correr para fora do mesmo e, consequentemente, uma pessoa acabou por ir contra mim e deixou-me cair no chão.

- Tem mais cuidado! – exclamei e respirei fundo enquanto tentava ajeitar-me.

- As pessoas não conseguem ter calma. – respondeu o rapaz que tinha desmascarado o homem e esticou o seu braço em minha direção. Com a sua ajuda, consegui levantar-me e, deste modo, olhou-me. – Vamos para um lugar seguro.

Assenti com a cabeça ao ouvi-lo e comecei a andar atrás dele, acabando por chegar a um beco discreto que se encontrava entre a pastelaria e uma loja de flores.

- Consegui ter acesso a uns arquivos da polícia e acho que a situação está prestes a complicar, ainda mais, em Vale Verde. – informou o rapaz enquanto tocava no seu telemóvel e respirou fundo. – Não é seguro sair desta rua. Houve um surto no centro da cidade.

- Como é que sabes? – questionei e franzi a sobrancelha. – Desculpa mas quem és tu?

- Chamo-me Leonardo Faria, sou jornalista e trabalho no jornal local. Além disso, estou a fazer uma investigação sobre este vírus. – apresentou-se prontamente e olhou-me. – Tens para onde ir? Quero dizer, um lugar seguro?

- Estou hospedada naquele hotel. – referi e apontei prontamente, acabando por soltar um suspiro. Ainda era tão cedo e já tinha acontecido tanta coisa. – Posso ficar fechada até que a situação se acalme.

- Então vamos para lá! Vamos fechar o hotel e ficar lá, preciso de um lugar seguro para continuar a minha pesquisa!

- Eu não te convidei! Não tens casa para ficar? – questionei e cruzei os braços. – Mal te conheço, não te vou levar comigo.

- A minha casa fica no lugar que, neste momento, está a ter o grande surto. Não posso voltar para lá. Felizmente, consegui trazer tudo o que precisava. – referiu após apontar para a mochila que tinha às costas.

- És estranho. – murmurei e desviei o meu olhar. – Como é que sabias que aquele homem tinha sido mordido?

- Tirei-lhe uma fotografia de madrugada. Ele vive na minha rua e consegui presenciar uma verdadeira luta entre um morto e um vivo. – informou e aproximou-se ligeiramente de mim. De seguida, mostrou-me uma fotografia que tinha no seu telemóvel. – Hoje de manhã segui-o para ter a certeza que ele não faria nada a ninguém..

- Ainda bem que apareceste. – declarei e comecei a andar. – Anda, o hotel está praticamente vazio. Acho que vais conseguir alugar um quarto para ti.

- O hotel precisa de ser fechado após a nossa entrada, só assim é seguro.

- Não sejas louco! – exclamei revirando os meus olhos e continuei a caminhar. – Eu chamei a polícia, daqui a pouco eles vão chegar e, se algum infetado chegar, tenho a certeza que vamos ter a ajuda necessária para que esta área fique segura.

- Estás a ser demasiado positiva. Não vês os vídeos nos outros países? A onde tudo começou? Na Rússia já morreram mais de cinco milhões de pessoas.

- Eu tento ignorar as tragédias para ser minimamente positiva. – respondi prontamente.

Continuei a caminhar até ao hotel e, quando estava prestes a entrar no mesmo, comecei a ouvir alguns gemidos de dor. Ao olhar para o meu lado direito, acabei por dar de caras com uma cena extremamente assustadora. – o homem do café estava de joelhos a comer, literalmente, uma mulher. Esta que, por sua vez, estava prestes a soltar o seu último suspiro e coberta pelo o seu próprio sangue. Além disso, era possível observar os seus órgãos todos expostos enquanto aquele monstro se deliciava com a sua refeição.

- Oh não! – exclamei a apontei em direção para chamar à atenção do Leonardo. De seguida, dei um passo atrás e engoli a seco.

- Vamos entrar, não faças barulho. – murmurou o jornalista perto do meu ouvido e aproximou-se da porta do hotel. Porém, no momento que tentou empurrar a mesma, arregalou os olhos e olhou-me. – Está fechada, alguém a fechou.

- Como assim? – questionei com um tom de voz baixo e aproximei-me da porta para a abrir. Porém, ao olhar pelo vidro, consegui ver o rececionista a encarar-me com um olhar de medo. – Abre. – disse de forma a chama-lo à atenção, contudo, a única resposta que obtive foi um virar de costas. – Não acredito, aquele idiota!

- Anda, temos de sair daqui. – referiu o Leonardo e agarrou o meu braço. – Segue-me.

No momento que ia começar a andar, o homem que se tinha transformado num verdadeiro monstro, desviou o seu olhar em nossa direção e, após fazer um grunhido, levantou-se e começou a andar atrás de nós, completamente faminto.

Antes que pudesse ser tarde de mais, comecei a correr ao lado do Leonardo e, sem rumo, decidimos voltar para o beco que tínhamos estado antes. Porém, o maldito monstro conseguiu seguir-nos e, ao deparar-mos com um cenário impossível de fugir, o jornalista colocou-se à minha frente.

- O que vamos fazer? – perguntei e olhei em volta. – Não há nenhuma escada de incêndio! Foda-se! – respirei fundo e desviei o meu olhar até ao caixote do lixo. – Seria nojento entrar ali?

- Foda-se o nojento! – gritou o Leo e puxou-me até ao caixote do lixo. – Entra, rápido!

Assenti com a cabeça e comecei a colocar uma perna dentro daquele nojento caixote. No entanto, quando menos esperei, um som de um disparo foi ouvido e, ao olhar para o lado, consegui ver aquele homem deitado no chão com a sua cabeça completamente desfeita. – estava morto, literalmente.

- Quem é que disparou? – questionei olhando para todos os lados.

- Vocês pareciam estar assustados. – referiu uma voz conhecida enquanto se aproximava de nós calmamente. Os seus passos eram pesados e chamativos. – Precisam de ajuda?

Ao encarar o dono da voz, arregalei os olhos ao aperceber-me que estava a encarar o Adam Roy, o homem que queria matar-me a todo o custo. O mesmo segurava uma arma enquanto fumava completamente descontraído. – sem dúvida, ele estava preparadíssimo para o fim do mundo.

Matar era a sua grande habilidade.

Porém, a minha maior questão é perceber se ele estaria a reconhecer-me após a minha mudança de visual.

- Precisamos sim. – murmurei e comecei a andar em sua direção. -  Eu e o meu amigo somos jornalistas, pretendemos investigar sobre este vírus. Precisamos de um lugar seguro.

- Ai somos? – questionou o Leonardo olhando-me, porém, ao perceber a minha feição convicta, esboçou um leve sorriso no rosto. – Sim, obrigada por nos teres ajudado. Será que, seria pedir muito, um pouco mais de auxílio? Chamo-me Leonardo Faria e...esta é? – declarou e olhou-me um pouco confuso uma vez que nunca tinha referido o meu nome.

- Olívia Garcia. – declarei e, apesar do receio, voltei a encarar firmemente Adam Roy, o assassino mais perigoso que alguma vez conhecera.

 


Notas Finais


O que acharam?
Comentem o que acharam!
Espero que tenham gostado!


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